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1 Paradigmas dominante e emergente

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“”Paradigmas dominante e emergente
Boaventura De Souza Santos
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Unipar – Universidade Paranaense
1
PSICOLOGIA E CIÊNCIA 
Somos convidados a conceber e a agir em um novo paradigma, que possibilite compreender as necessidades do contexto atual e agir sobre elas. 
Tentamos aplicar os conceitos da ciência moderna, com a sua visão de mundo mecanicista da ciência cartesiana-newtoniana, a uma realidade que não pode mais ser entendida em função desses preceitos. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Hoje, vivemos num mundo globalizado, onde os fenômenos biológicos, sociais, psicológicos, ambientais são todos interdependentes.
 Precisamos, pois, de um novo ‘PARADIGMA’ – uma nova visão da realidade, uma mudança fundamental em nossos pensamentos, percepções e valores.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Mudança de percepção se faz muito em função do conhecimento, possibilitando com isso, resignificar concepções e ações compreender as mudanças paradigmáticas que temos presenciado em nosso contexto histórico-sócio-cultural, perspectiva de inserção social crítica e transformadora todavia, o novo não se constrói sem o velho e é a situação de tensão do conflito que possibilita a mudança. 
No século XX, podíamos pensar em centralização, em hierarquia verticalizada...
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
De acordo com Cunha (1998) e Santos (1997), os pressupostos desta ciência são marcados pelas
 prescrições e certezas,
 pela verdade incontestável de um conhecimento científico provindo da observação objetiva,
 mensurável, neutra e constante. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Um conhecimento fechado em si mesmo,
 descontextualizado historicamente, 
reduzido a partes conhecimentos inquestionáveis e desconectados da realidade no entanto,
 é bom lembrar que quando renunciamos à crítica, renunciamos junto ao cidadão que há em nós, ciência moderna, ao partir a realidade para analisar isoladamente o que poderia ser mensurado e observado, acabou por fragmentar a realidade, o conhecimento e o próprio ser.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
O desenvolvimento das ciências e as novas percepções para a realidade nos convidam a repensar a maneira de ser e agir diante do que se apresenta e representa a nós. 
Santos (1997) sugere o PARADIGMA EMERGENTE, fundamentado nas concepções da ciência pós-moderna, que percebe a realidade em sua totalidade complexa, contextualizada e inacabada. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
As prescrições e certezas da ciência moderna dão lugar às possibilidades das inter-relações entre as partes e o todo de cada sistema. 
Cai por terra, assim, o determinismo e surge a possibilidade, na qual o “futuro é, por definição e a priori, vário” (SANTOS, 1998, p. 03). 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Além disso, o conhecimento passa a ser visto como autoconhecimento (SANTOS, 1997), porque é sempre reinterpretado por aquele que o produz (CUNHA, 1998, p.28). 
Sendo aquele que o produz inseparável da cultura que o forma. E, portanto, todo acontecimento, informação ou conhecimento encontra-se em relação inseparável com o seu meio ambiente cultural, social, econômico, político, natural (MORIN, 2001).
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Hoje, vivemos num mundo globalizado, onde os fenômenos biológicos, sociais, psicológicos, ambientais são todos interdependentes. Para descrever esse mundo apropriadamente, necessitamos de uma perspectiva ecológica que a visão de mundo cartesiana não nos oferece. 
Precisamos, pois, de um novo ‘paradigma’ – uma nova visão da realidade, uma mudança fundamental em nossos pensamentos, percepções e valores.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Tem-se como meta que o conhecimento possibilite a mudança de percepção, bem como a compreensão das transformações necessárias numa perspectiva de inserção social crítica e transformadora” (PIMENTA & ANASTASIOU, 2002, p. 81).
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Boaventura de Souza Santos traz o questionamento da ciência em nossa nova sociedade e das potencialidades da tradução tecnológica e dos conhecimentos acumulados, limiar de uma sociedade de comunicação e interação movida pelo interesse de libertação de carências e inseguranças. 
Um período de transição onde as ciências se renovam em prol de uma nova leitura social e de papel fundamental diante as novas construções de subjetividades.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Cita Rousseau que questiona se há relação entre ciência e virtude e se temos razão em substituir o conhecimento vulgar que temos da natureza e da vida pelo cientifico produzido por poucos e inacessíveis para a maioria. Esta ciência contribuiria para diminuir o fosso crescente na nossa sociedade entre o que se é e o que se aparenta ser?o saber dizer e o saber fazer?Rousseau acredita que não.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Somos hoje protagonistas e produtos dessa nova ordem cientifica, testemunhos vivos das transformações que ela produziu, e por isso nos voltamos a Rousseau para questionar quais as relações entre ciência e virtude.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
 Entre o concreto e o a ser descoberto, entre o fato e o experimentado. 
Começa então a era de deixar de fazer sentido a distinção entre ciências naturais e ciências sociais, onde a distinção hierárquica entre o conhecimento cientifico e o conhecimento vulgar tenderá a desaparecer e a pratica será o fazer e o dizer da filosofia da pratica. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
A teoria crítica que se quer é uma teoria da tradução, que torna as diferentes lutas inteligíveis e que ouve as opressões e as aspirações dos múltiplos atores. É também uma teoria pós-moderna que se inquieta com as pós-modernidades reconfortantes. 
Essa teoria crítica pós-moderna se constrói a partir do chão das lutas sociais, de modo participativo e multicultural.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
A existência da contradição não é para se ofuscada ou superada, mas para ser enfrentada, que não quer, necessariamente, encontrar uma síntese. 
Consideram, ao mesmo tempo, concorrentes antagônicos e complementares. É participativo porque é inclusivo, e, multicultural porque têm espaço para a diversidade. 
Essa é a essência da TEORIA CRÍTICA PÓS-MODERNA.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
A ciência porque está nela o paradigma dominante e suas crises com um novo paradigma. 
As crises porque se vive em momentos de inseguranças e porque necessitamos sempre perguntar. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
PARADIGMAS
O paradigma dominante 
está sempre afirmando negando, partindo das leis da natureza (mundo físico) e da sociedade (mundo social).
Seus princípios:
Comprovação cientifica, verdade absoluta e comprovável, sujeito objeto não participativo.
Sua racionalidade:
Cuidar, fazer para, suprir
conhecimento regulatório, comprovatório, avaliado e aferido estatisticamente.
O paradigma emergente 
está sempre especulando. 
Seus princípios: a comunidade, participação, solidariedade. 
Sua racionalidade: estético-expressiva. 
Nesse contexto emergente, o conhecimento emancipatório. Esse senso emancipatório é responsável (ético), político (participativo) e prazeroso (estético). Visa unir o que foi separado. 
Há fusão, revalorização e reaproximação.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Paradigma emergente
Sua nova retórica é de reinvenção, onde existe várias retóricas que dialogam entre si, permitindo um ir e vir de posições e aspirações. Promovendo negociações ao invés de imposições. 
O direito evidencia-se nessa análise porque evidencia a tensão entre regulação e emancipação. 
Ao pensar o direito, o autor entende ser necessário “des-pensar” para poder repensá-lo, mais societal e utópico.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
O autor sinaliza para a cartografia simbólica das representações sociais. Esta combina características das ciências naturais e das sociais. 
IMPLICAÇÃO
Para o autor, essa travessia de paradigmasleva o pesquisador de um paradigma de aplicação técnica da ciência (cartografia simbólica) a um paradigma (epistemologia da visão) de aplicação edificante de conhecimentos prudentes, capazes de transformar os objetos de investigação em sujeitos solidários, de forma prudente, com vistas às consequências prudentes. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Uma nova ciência e um novo direito são elementos que emancipam por isso a possibilidade de uma segunda ruptura.
 Para tanto, necessita-se de novas: 
epistemologia (de travessias),
 retórica (dialógica), 
investigação (das experiências), 
efetivadas por pesquisas com caráter solidário e transitivo com uma perspectiva curiosa.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
No PARADIGMA EMERGENTE, posso despertar com e pelas oportunidades e possibilidades de construir com e para reinventar um compromisso com a emancipação autêntica, um compromisso que, além do mais, em vez de ser o produto de um pensamento vanguardista iluminado, se revela como senso comum emancipatório.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Afinal, pergunta o estudioso:
 se vivemos num tempo em que não faltam situações ou condições que provocam desconforto ou indignação e nos despertam o inconformismo, por que esta dificuldade em construir uma teoria crítica, cujas fontes sempre foram o inconformismo e a indignação? 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Boaventura dos Santos vai tentar responder a esta questão em A CRÍTICA DA RAZÃO INDOLENTE. 
A crítica a razão indolente procura definir os parâmetros da transição paradigmática que, segundo o autor, estamos vivendo desde meados do século dezenove e que se define agora, no início do terceiro milênio, como a crise final do paradigma moderno. 
Neste volume, Sousa Santos realiza uma crítica do paradigma da modernidade e propõe um quadro teórico e analítico que permite pensar a modernidade fora dos cânones do paradigma dominante nos últimos 200 anos. 
A transição epistemológica, diz ele, ocorre entre o paradigma dominante da ciência moderna e o paradigma emergente de "um conhecimento prudente para uma vida decente" (Santos, 2000:16).
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Como pressuposto de toda teoria crítica, diz o autor, está a convicção de que é possível superar aquilo que é criticável no que existe, aquilo que nos causa desconforto, inconformismo ou indignação.
 O desconforto, inconformismo ou indignação com o que existe, diz Sousa Santos, faz com que nos obriguemos a interrogar criticamente nossa sociedade e buscar alternativas fundadas nas respostas que dermos a essas interrogações.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Não há agentes históricos únicos nem uma forma única de dominação. São múltiplas as faces da dominação e da opressão e muitas delas foram irresponsavelmente negligenciadas pela teoria crítica moderna" (Santos, 2000:27) 
Se são múltiplas as faces da dominação, assim como múltiplas são as resistências e os seus protagonistas, fica impossível reunir a todos em uma grande teoria comum. 
"as promessas da modernidade, por não terem sido cumpridas, transformaram-se em problemas para os quais parece não haver solução. Entretanto, as condições que produziram a crise da teoria crítica moderna não se convertem ainda nas condições de superação da crise". Santos,2000:29.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Para a teoria crítica pós-moderna de oposição "todo o conhecimento crítico tem de começar pela crítica do conhecimento" (Santos, 2000:29), construindo-se "a partir de uma tradição epistemológica marginalizada e desacreditada da modernidade o conhecimento-emancipação"1 (Santos, 2000:29-30). 
A opção das ciências sociais pelo conhecimento-emancipação, que é condição necessária para a construção de uma teoria crítica pós-moderna inquietante. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Paradigma dominante
O modelo de racionalidade herdado da revolução científica do séc.XVI é aplicado às ciências sociais, e marca a ruptura entre as ciências e o senso comum, e entre as ciências e os estudos históricos, filológicos, jurídicos, filosóficos, etc. 
Este paradigma científico está presente nas obras de Copérnico, Kepler, Galileu, Newton, Bacon ou Descartes. 
As distinções entre conhecimento científico e conhecimento vulgar, e entre natureza e pessoa são traços essenciais da ciência moderna, que questiona sistematicamente as evidências da experiência imediata. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Ao contrario da ciência aristotélica, a ciência moderna desconfia sistematicamente das evidencias da nossa experiência imediato, consideradas bases do conhecimento vulgar, ilusórias, por outro lado é total a separação entre a natureza e o humano, a primeira tão só uma extensão e movimento, passiva, eterna e reversível. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
O conhecer significa o quantificar, o rigor cientifico afere-se pelo rigor das medições. As qualidades intrínsecas do objeto são por assim dizer desqualificadas e em seu lugar passa a imperar as quantidades em que eventualmente se podem traduzir, o que não é quantificável é cientificamente irrelevante. 
Sendo um modelo global, a nova racionalidade cientifica é também um modelo totalitário na media que nega o caráter racional a todas as formas de conhecimento que não se pautarem pelos seus princípios epistemológicos e pelas regras metodológicas.
 É esta a sua característica fundamental e a que melhor simboliza a ruptura do novo paradigma cientÍfico. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Aparecimento das ciências sociais
As ciências sociais tem um longo caminho a percorrer no sentido de se compatibilizarem com os critérios de cientificidade das ciências naturais. 
Não dispõem de teorias explicativas que lhe permitam abstrair do real para depois buscar nele, de modo metodológico e controlado, as ciências sociais não podem estabelecer leis universais porque os fenômenos sociais são historicamente condicionados e culturalmente determinados,
 não podem produzir previsões fiáveis porque seres humanos modificam seu comportamento em função do conhecimento que sobre ele se adquire, e estes fenômenos são de natureza subjetiva 
e assim não se deixam captar pela objetividade do comportamento, não são objetivas porque o cientista social não pode libertar-se, no ato de observação dos valores que informam a sua pratica em geral. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
O comportamento humano, ao contrario dos fenômenos naturais não podem ser descritos e muito menos explicado com base nas suas características exteriores e objetiváveis.
O positivismo oitocentista do séc.XIX, derivado do racionalismo cartesiano e do empirismo baconiano, foi assumido pelas ciências sociais no séc.XIX de maneiras diferentes;
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
1ª variante: A aplicação dos pressupostos epistemológicos e metodológicos das ciências naturais às ciências sociais parte do princípio de que esse modelo é universalmente válido;
2ª variante: A reivindicação de um estatuto metodológico específico constitui outra hipótese de formulação das ciências sociais, e funda-se na ideia de que o comportamento humano é intrinsecamente subjetivo.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
As ciências sociais são subjetivas já que necessitam de partir de atitudes mentais, o que determina que as suas raízes epistemológicas e métodos de investigação sejam diversos das ciências naturais. 
As duas variantes abordadas revelam-nos uma superioridade cognitiva das ciências naturais, sendo que ambas se enquadram no paradigma da ciência moderna. 
A 2ª variante poderá ser o prenúncio de uma crise que assinala a transição para um novo paradigma científico.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Paradigma emergente
A industrialização da ciência determinou, por um lado, as perspectivas de uma catástrofe ecológica ou nuclear, por outro lado, originou uma proletarização dos cientistas face à impossibilidade dos mesmos em terem acesso aos dispendiosos instrumentos da ciência; 
Estamosperante a substituição do paradigma científico por um novo paradigma: O PARADIGMA EMERGENTE.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Santos (1997) sugere o paradigma emergente, fundamentado nas concepções da ciência pós-moderna, que percebe a realidade em sua totalidade complexa, contextualizada e inacabada.
As prescrições e certezas da ciência moderna dão lugar às possibilidades das inter-relações entre as partes e o todo de cada sistema. 
Cai por terra, assim, o determinismo e surge a possibilidade, na qual o “futuro é, por definição e a priori, vário” (SANTOS, 1998, p. 03). 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
O conhecimento passa a ser compreendido por uma teia inseparável de possibilidades de relações e não mais protegidos, disciplinados e estanques em uma área de saber, mas sim, transdisciplinares. 
Conhecimentos em rede, interligados, assim como é a realidade e curiosamente como funciona o cérebro ao processar e guardar as aprendizagens. 
Além disso, o conhecimento passa a ser visto como autoconhecimento (SANTOS, 1997), porque é sempre reinterpretado por aquele que o produz (CUNHA, 1998, p.28). Sendo aquele que o produz inseparável da cultura que o forma.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Comparativamente à revolução científica do séc.XVI, este novo paradigma é estruturalmente diferente, não só por ocorrer numa sociedade transformada pela ciência, como também por ter um caráter iminentemente social;
 Todo o conhecimento científico-natural é científico-social: Os recentes avanços da física e da biologia vêm pôr em causa a distinção ciências naturais/ciências sociais. 
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
O sentido e o conteúdo da superação das oposições da ciência moderna: Os modelos explicativos das ciências sociais vêm, progressivamente, sendo aplicados às ciências sociais;
A reflexão sobre os pressupostos epistemológicos das ciências sociais e naturais, levam-nos a concluir que as dificuldades do conhecimento no domínio social não são específicas das ciências sociais; são-no do conhecimento em geral.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
 Todo o conhecimento é local e total: A excessiva especialização e parcelarização do saber científico acarreta efeitos nefastos, 
principalmente no domínio das ciências aplicadas, porque aborda os objetos, não como fenômenos totais, mas como partículas rigidamente determinadas;
O paradigma emergente procura uma conciliação entre as ciências sociais de forma a criar totalidades universais, ou seja, procura a convergência dos vários conhecimentos em direção a um centro.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
 Todo o conhecimento é auto-conhecimento: A ciência moderna procurou, através de ajustamentos metodológicos, anular a interferência dos valores humanos ou religiosos no objecto de conhecimento; 
No entanto, as crenças e os juízos de valor são partes constituintes de toda e qualquer explicação científica.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br
Todo o conhecimento visa constituir-se em senso comum:
A ciência moderna constituiu-se em oposição ao senso comum; a ciência pós-moderna procura dialogar com outras formas de conhecimento, especialmente o senso comum;
A relação entre a ciência pós-moderna e o senso comum poderá constituir a base de uma nova racionalidade, em que o conhecimento científico se transforma em senso comum.
Bárbara Brunini - barbrunini@unipar.br

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