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Anteprojeto propõe marco legal da mediação

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Mediação
Ministério envia ao Senado anteprojeto sobre marco legal da mediação
O Ministério da Justiça enviou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, um anteprojeto que propõe o marco legal da mediação --técnica jurídica usada para a resolução de conflitos sem a necessidade da sentença de um juiz. De acordo com o ministro José Eduardo Cardozo, a aprovação do texto permitirá, a um só tempo, ampliar o acesso da população ao Judiciário e desafogar o Poder que hoje cuida de 90 milhões de processos.
O anteprojeto foi elaborado por uma comissão de juristas formada pela Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça e busca criar bases legais principalmente para três pontos da mediação: a extrajudicial, judicial e pública.
A mediação extrajudicial, ou privada, é feita antes do ingresso de um processo na Justiça. As partes em conflito buscam mediadores --que de acordo com o anteprojeto terão de ser formados pela Escola Nacional de Mediação e Conciliação, ligada ao Ministério da Justiça, ou pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça)-- e, havendo um acordo, a decisão tomada terá força de uma sentença judicial.
A mediação judicial, por sua vez, acontecerá sempre que alguém ingressar com um processo na Justiça. Pelo texto enviado ao Senado a mediação terá um prazo de 90 dias para acontecer e, somente não havendo acordo, o processo passará a tramitar normalmente noJudiciário.
O anteprojeto também cria bases para a mediação pública. A intenção é que o poder público, que de acordo com o CNJ figura em 51% dos casos que tramitam no Judiciário, também use a mediação para tentar resolver suas ações.
Além disso, a comissão propôs a criação de um sistema de mediação online que seria usado exclusivamente para resolver conflitos criados em compras através da internet.
Segundo o secretário da reforma do Judiciário, Flávio Caetano, a regulamentação da mediação deve reduzir drasticamente o tempo de resolução de conflitos e de processos na Justiça.
Apesar de seu uso incipiente no país, a mediação, mesmo sem arcabouço legal, consegue resolver, segundo Caetano, 80% dos casos cíveis e 90% dos casos familiares em que é usada. "Processos que na Justiça duram em média 10 anos podem ser resolvidos em 3 meses com a mediação", pontuou. 
Marco legal para a mediação vai combater a lentidão
[Artigo originalmente publicado no jornal Folha de S.Paulo desta sexta-feira (27/9)]
O Brasil vive momento especial, marcado por encruzilhadas decisórias que definirão os rumos e o tipo de país que queremos.
Somos impelidos a decidir se avançaremos na direção de uma nação desenvolvida ou se deixaremos que boas oportunidades de transformação sejam desperdiçadas.
Tal definição aplica-se ao sistema de Justiça, obrigando-nos a decidir se trilharemos ocaminho de um Judiciário de fácil acesso, célere, inovador e moderno.
Nosso Judiciário é lento, de alta complexidade e difícil compreensão à sociedade. Os dados contundentes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) confirmam: há 90 milhões de processos, ou um para cada dois brasileiros, que demoram em média dez anos para serem concluídos.
Na raiz dessa situação, subsistem antigos problemas — do sistema processual eivado de possibilidades protelatórias à falsa impressão de que é preciso usar linguagem rebuscada em decisões longas. Fatores agravados por uma cultura de litigância ultrapassada.
É imprescindível adotar maneiras de dissolver essa velha cultura, para combatermos na origem os problemas que fazem da Justiça um serviço público ainda aquém do que o Brasil precisa.
A criação de uma comissão de especialistas para elaborar um marco legal de mediação, no âmbito da Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, foi decisiva para um novo paradigma do sistema de Justiça, mais próximo da população brasileira.
Muitos processos que aguardam sentença poderiam ter sido resolvidos sem que precisassem chegar ao Judiciário. Os métodos de negociação, conciliação e mediação podem nos socorrer nessa valiosa tarefa, mas a inexistência de um marco regulatório atrasa e dificulta a disseminação de tais técnicas.
É preciso institucionalizar a mediaçãojudicial e extrajudicial como instrumentos consensuais de realização da justiça. Para tanto, a comissão se organizou em três frentes: mediação judicial, mediação extrajudicial e aspectos gerais de mediação, coordenadas, respectivamente, pela ministra Nancy Andrighi, pelo ministro Marco Aurélio Buzzi, ambos do Superior Tribunal de Justiça, e pelo então conselheiro do CNJ José Roberto Neves Amorim.
Trata-se de consolidar o sentimento da justiça consensual, reduzir o volume de processos que chegam diuturnamente aos tribunais e, assim, ampliar as condições para que o Judiciário exerça função predominantemente harmonizadora, apreciando processos mais complexos cujo desfecho só é possível por intervenção de um julgador.
Criar um arcabouço legal para a mediação permitirá também ao Brasil reduzir a distância em relação a outros países no tema.
As experiências de alguns tribunais, especialmente após a resolução nº 125 do CNJ, e na administração pública são salutares.
A Escola Nacional de Mediação e Conciliação (Enam) é iniciativa que atende a essa preocupação, e a elevada procura por cursos que organiza, seja da parte de juízes, procuradores, defensores, advogados ou servidores, mostra que há espaço e urgência na difusão de conhecimentos e práticas de mediação.
Os projetos que tramitam no Congresso Nacional constituem avanços. Mas os trabalhos da comissão de especialistastêm o condão de oferecer subsídios e melhorias à confecção de um marco regulatório moderno, que amplie a segurança jurídica e projete o Brasil como referência na resolução consensual de conflitos.
Aprovar o marco é, por fim, um passo crucial para um sistema de Justiça humanizado e que proporcione adequadamente a defesa dos direitos de cidadãs e cidadãos.
Nancy Andrighi é ministra do Superior Tribunal de Justiça.
José Roberto Neves Amorim é desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, coordenador do Movimento pela Conciliação – CNJ.
Flávio Caetano é secretário nacional de Reforma do Judiciário.
Marco Aurélio Buzzi é ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Fonte: Revista Consultor Jurídico, 27 de setembro de 2013
O que é Mediação?
A mediação é um processo voluntário que oferece àqueles que estão vivenciando um conflito familiar, ou qualquer outro conflito de relação continuada, a oportunidade e o espaço adequados para solucionar questões relativas à separação, sustento e guarda de crianças, visitação, pagamento de pensões, divisão de bens e outras matérias, especialmente as de interesse da família. As partes poderão expor seu pensamento e terão uma oportunidade de solucionar questões importantes de um modo cooperativo e construtivo. O objetivo da mediação é prestar assistência na obtenção deacordos, que poderá constituir um modelo de conduta para futuras relações, num ambiente colaborativo em que as partes possam dialogar produtivamente sobre suas necessidades e de seus filhos.
Como a Mediação pode Ajudar?
A mediação é uma oportunidade única de falar com profissionais especializados, expondo os problemas a serem resolvidos em cada caso, sem o custo emocional e financeiro de um processo judicial. A mediação acaba com a imprevisibilidade do desfecho do processo e concede às partes o tempo necessário para alcançar a solução de seus problemas cuja resolução, às vezes, está além da capacidade de decisão do Juiz. Com isso, a mediação ajuda famílias a curar e reconstruir suas vidas de acordo com as normas legais.
Quem são os mediadores?
Os mediadores do Tribunal são extensivamente treinados, o que lhes permite identificar as questões mais importantes, para atender às necessidades das partes, ajudando-as a encontrar alternativas para o alcance de um acordo. Os mediadores são neutros: não dão conselhos, nem tomam decisões. Em vez disso, eles facilitamum diálogo positivo, criando uma atmosfera propícia à identificação das reais necessidades de ambas as partes, bem como dos interesses de seus filhos.
A mediação é Confidencial?
Sim! Todas as matérias discutidas e reveladas são protegidas pela política do sigilo e da confidencialidade. Com a exceção do acordoobtido, nada que foi dito ou revelado na mediação será utilizado no Tribunal, sendo de se ressaltar que os mediadores são impedidos de testemunhar sobre os casos em que atuaram. Os mediadores só estão dispensados do sigilo na hipótese do conhecimento de prática delituosa.
O que acontece na mediação?
Os mediadores conduzem um diálogo direcionado para as questões em debate. Os mediadores falarão com as partes em conjunto ou separadamente, solicitando que cada parte anote por escrito todas as questões que queiram debater. As sessões têm normalmente duas horas de duração, e um caso, em média, carece de três a quatro sessões para que se alcance uma solução.
NUPEMEC alcança 80% de acordos em Agenda Concentrada de Mediaçã o com processos da AMIL
Em Agenda Concentrada de Mediação, coordenada pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos deste Tribunal de Justiça (NUPEMEC), foi alcançado um total de 80% de acordos nos processos em que eram partes a AMIL-Operadora de Plano de Saúde e seus associados. As sessões de mediação oco
rreram nestas segunda e terça-feiras (dias 18 e 19 do corrente mês), comparecendo os advogados da operadora de saúde; seus segurados e patronos,pleiteando estes últimos indenizações por danos morais alegadamente sofridos em razão de desrespeito pelo plano
de saúde aos termos de cláusulas contratuais, configurado, porexemplo,pela a indevida recusa a pedidos de internações. 
A desembargadora Marilene Melo Alves, coordenadora do NUPEMEC, destacou o trabalho
realizado pelo Núcleo. "Estamos seguindo uma política definida como estratégica pela presidência do TJRJ, voltada para solucionar problemas envolvendo consumidores e empresas, garantindo que todos saiam satisfeitos. Estes são um dos tipos de casos mais complexos que tramitam nas Varas Cíveis. Foram, portanto, dois dias muito proveitosos", enfatizou.
A MM. Juíza Coordenadora do Centro de Mediação da Capital endossou as palavras da
Desembargadora. "Foi a primeira vez que uma operadora de saúde procurou resolver os conflitos com seus associados. Isso é positivo para a empresa e para os clientes", afirmou a magistrada Ana Célia Montemor Soares Rios Gonçalves.
A iniciativa da AMIL em tentar resolver os conflitos com seus clientes também foi elogiada pela juíza Márcia Calainho. "Ao contrário de outras empresas que se omitem e obrigam os consumidores a recorrerem à Justiça, a AMIL mostrou-se disposta a solucionar as questões", disse. A Exma. Juíza da 7ª Vara Cível da Capital, Dra. Joana Cárdia Jardim Côrtes, foi convidada para auxiliar na direção dos trabalhos, inclusive para homologar os acordos alcançados, anotando-se que ainda esteve presente ao evento a chefe do NUPEMEC do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Sra.Paula MorgadoHorta Cavalcanti, que colhia informações sobre as atividades aqui desenvolvidas,para levá-las à sua Corte de Justiça.
JOÃO CARLOS, pedreiro, executou serviços na residência de ANTONIA MARIA, como colocação de piso na área externa da residência. ANTONIA se negou a efetuar o pagamento sob a alegação de que o serviço foi mal executado. Ocorre que JOÃO alega que o problema foi do material adquirido por ANTONIA que não tinha qualidade suficiente para que ficasse um serviço adequado. JOÃO deveria receber pelo serviço a quantia de R$ 8.000,00 parcelados em 4 cheques de R$ 2.000,00, porém, descontente ANTONIA sustou os três ultimos cheques, o que fez com que JOÃO movimentasse a maquina judiciaria, requerendo o pagamento dos cheques sustados. Como advogado(a) de JOÃO, elabore uma peça inicial endereçada ao juizo competente requerendo o ressarcimento. Como advogado(a) de ANTONIA elabore uma defesa com suas alegações requerendo além do não pagamento o que achar de direito. Para conclusão dos trabalhos faça pesquisa no Código Civil e no Código de Processo Civil. Escolha no grupo um mediador e um observador da mediação para que possam solucionar o problema através de um processo de mediação. Na aula de hoje formaremos os grupos e discutiremos o caso, na próxima aula escolherei dois grupos que farão defesa e acusação e outros dois grupos que farão a mediação do conflito.

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