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Aula 6 equinos

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Aula 6 – Clínica de Grandes Animais II
Laminite em Equinos
As duas doenças que mais matam os equinos são cólica e laminite, esta ultima demora mais para diagnosticar com relação à cólica, ela demora mais e animal vai sofrendo ate entrar em choque e morrer. 
Laminite é um processo inflamatório e não tem anda a ver com bactérias, só será necessário o uso de antibióticos quando a 3º falange rotacionar, perfurar a sola e criar uma ferida e abrir para o meio externo, então terá o uso de ATB para evitar entrada de bactérias.
Alterações sistêmicas como alta ingestão de carboidratos (há fermentação dos carboidratos, problemas com trato gastrointestinal é mais comum), corticosteroides (hiperglicemiante porque aumenta glicose sérica), endotoxemia (cólicas graves, obstruções estrangulantes em intestino delgado, halo toxemico – fica sobre os entes na gengiva), pneumonias são alguns fatores desencadeantes de laminite. Esses fatores desencadeantes parecem atingir as estruturas lamelares via circulação. Obesidade como um dos fatores pelo aumento de ingestão de lipídios, que fará síndrome metabólica. A laminite ocorre principalmente nos membros torácicos porque o peso é maior, com exceção de éguas com distocias, problemas reprodutivos que pode envolver mais os membros pélvicos. 
Quando há um quadro de endotoxemia grave, algumas enzimas são ativadas na região do casco, e são responsáveis pelo estimulo/liberação da concentração de colagenase que vai digerir o colágeno que é responsável pela aderência das lâminas que são vistas apenas no microscópico que fará rotação da 3º falange. 
Para prevenir a laminite, por exemplo, em casos de pós-cirúrgicos, faz o crioterapia, colocar os quatro membros do animal no gelo (para fazer a vasoconstrição), essa prevenção evita em até 80% o aparecimento de laminite. 
Controle/Monitoramento do Pulso Digital (Normal não é sentir a artéria, pulsação filiforme, é muito discreto) do Equino é uma forma de descobrir se o animal tem laminite antes de começar a manifestar a dor. Se sentir o pulso é sinal de inflamação do casco e já deve colocar o animal no gelo. 
Sinal clinico grave tem a ver com severa lesão histológica. A laminite do ponto histológica pode ter até 3 graus. 
Aqui começa ocorrer uma
 
 
separação da lamina primária e secundária e uma 
vasodilatação dos vasos
 para tentar manter a oxigenação. Faz a vasoconstrição através da crioterapia do gelo para evitar que
 as toxinas circulantes não sejam absorvidas. 
Uso do gelo, por exemplo, com botinhas feitas de EVA. Isquemia
Casco com presença de ar, bem visível no exame radiográfico, a 3º falange já está solta fazendo ou abaulamento ou perfuração da sola, nessa hora se houver a perfuração que entra com ATB. Laminite crônica porque o terapêutico não vai resolver. 
A 3º falange sempre deve ser paralela à muralha do casco, bem visível no raio X. Às vezes o animal faz a luxação da 3º falange porque a mesma esta solta nesse momento. 
A laminite ocorre pela degradação das enzimas metaloproteinases 2 e 9, por isso ocorre toda a separação das lâminas primárias e secundárias na histopatologia. No caso de endotoxemia elas multiplicam sua concentração no casco e exercem um efeito que a colagenase vai digerir o colágeno das laminas e fazer a separação. As enzimas estão presentes no casco em quantidades menores (fisiológicas), mas quando a mesma ataca deve evitar apenas seu efeito patológico, por isso á tanta dificuldade. As metaloproteinases são mediadas por estresse cirúrgico, cólica, que o animal fica imunosuprimido e tensão tecidual. 
A laminite sempre terá um fator desencadeante, ela nunca é primária. Equinos tem limiar pequeno de dor. 
Estudos mostram que a laminite não ocorre se o casco estiver em vaso constrição em fase de desenvolvimento, mas o grande problema é conseguir detectar essa fase precocemente. POLLITT fez estudos em que faz a inibição das metaloproteinases porem é complicado, porque pode afetar as que são fisiológicas.
A laminite de seu aparecimento em ate 48 horas pode se cronificar, e nesse caso o gelo não será mais útil. 
Quais as chances de recuperação total? Por volta de dois anos, mas nunca 100%, de alto desempenho, mas sempre pode ocorrer a volta do processo inflamatório. 
Diagnóstico: Exame Físico completo, anamnese/histórico e Raios – X (dorso palmar e latero medial para ver se ocorreu uma rotação da 3º falange), pode também usar venografia para ver os vasos no casco, tomografia. 
Posição quadrupedal da laminite é bem característica, diferente do navicular que o animal pisa em pinça, a laminite o animal vai encostar toda a sola e sentirá dor, ele anda palpando, de leve. Peso corporal fica leve porque o animal fica esquálido, para de comer. Suspeitas de laminite tira a ração concentrada, só dê feno e capim de boa qualidade. Animal fica muito tempo deitado, bebe pouca água então pode ocorrer cólica. Troca às patas de apoio com muita frequência, com a rotação da falange, o casco cresce com outra forma. 
Na severidade da dor faz bloqueio anestésico se os analgésicos já não resolvem para o animal se levantar e conseguir comer. Se não melhorar por nada tem que ter compaixão e eutanasiar porque o animal sofre por demais.
Imagem de radiografia para verificar paralelismo do casco e falange. 
Ate o grau 2 pode ter a possibilidade de retorno a atividade atlética, dependendo da atividade e da evolução. Muitos casos coloca a ferradura invertida quando a 3º falange está descendo para a ponta do casco. Cama do animal deve ser bem alta, mais ou menos 50 cm. Grau 4 o casco cai e expõe a 3º falange. 
Vasomoduladores, ferrageamento e controle da dor são à base do tratamento. 
Único Tratamento Efetivo Grau 4: Restabelecer o fluxo sanguíneo da 3º falange, realinhar o eixo digital e realinhar o ângulo palmar normal. 
Tratamento Fase Aguda: Se estiver com desvio pequeno, raios-X e pulsação digital vão para o gelo – crioterapia. A crioterapia deve ser de 48 a 72 horas direta. É preciso ter pedra de gelo o tempo todo, a temperatura deve ser de 7ºC para baixo. Administrar anti – inflamatórios não esteroidais – DMSO por 2 dias, mas se o animal estiver com muita dor dar AINES mais forte o Fenilbutazona e dar protetor de mucosa e após a dor intensa continuar com Cetoprofeno. Eles tomam mais de um mês AINES. 
Ao sair do gelo fazer nova radiografia para ver se estabilizou, e colocar a botinha da EVA, bandagens e baia com cama alta 50 cm e fazer ferrageamento com vaso moduladores e AINES para controle da dor. 
Na fase aguda não faz a tenotomia, só se perfurar a sola. 
Cavalos com laminite o tratamento e acompanhamento leva mais de um ano. E o batimento cardíaco nunca é menos de 80 bpm porque a dor é muito grande. 
Objetivo: é voltar a posição quadrupedal. A alimentação tirar o concentrado, só capim e feno de boa qualidade, se for necessário passar a sonda nasogastrica.

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