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UNIVERSIDADE DOM BOSCO DIPLOMADO A DISTÂNCIA EM ÓRTESE E PROTESE MODULO I PROTÉTICA DA EXTREMIDADE INFERIOR ANATOMIA HUMANA I DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - Anatomia Humana I CÉLULAS - TECIDOS - ÓRGÃOS - SISTEMAS 1.1 GENERALIDADES Os humanos, os animais e as plantas estão formados por células. Estas são estruturas microscópicas vivas do corpo. No reino animal existem: 1. Protozoos: são animais que constam de sómente uma célula. 2. Metazoos: são animais que constam de várias ou de muitas células. Nos animais um pouco mais organizados não todas as células que os formam possuem todas as características do corpo, se não, que estas se agrupam segundo as suas características formando assim os tecidos. Antes de continuar é importante definir que um tecido é uma estrutura formada por grupos de células que têm uma mesma função; um exemplo é o tecido que conforma a camada interna do intestino delgado chamada de mucosa intestinal, tecido que está formado por células cuja função principal é a absorção dos nutrientes; os tecidos por sua vez formam aos órgãos e estes formam os aparelhos ou sistemas do organismo, nesse sentido, podemos dizer que um órgão "X" está formado por vários tipos de tecidos tal como veremos posteriormente e, ao mesmo tempo pelo trabalho realizado em conjunto de vários órgãos formam um sistema. Um exemplo seria o sistema digestivo, o qual está formado por vários órgãos, tais como: a boca, a língua, os dentes, as glândulas DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - salivares, o esôfago, o estômago, o intestino delgado e grosso, o ânus, a vesícula biliar e as glândulas anexas, tais como: o pâncreas e o fígado, todos estes órgãos trabalham em conjunto para efetuar a degradação, digestão e a absorção dos alimentos. 1.2 A CÉLULA A célula é a unidade mais pequena do corpo com propriedades básicas de vida. Estas são: 1. METABOLISMO E CRESCIMENTO. A célula pode utilizar uma parte dos materiais recebidos para formar as suas próprias substâncias. A maior parte dessa matéria que é aproveitada (alimento) é queimada com a ajuda do oxigênio para produzir calor e por outra parte para ganhar energia livre. A matéria que sobrou ou residual é excretada. 2. SENSIBILIDADE E MOVIMENTO. A célula toma as impressões do seu meio ambiente, as avalia e responde com movimentos internos e externos. 3. REPRODUÇÃO. A célula tem a capacidade de dividir-se e formar duas células filhas. 1.2.1 Morfologia da Célula Toda célula está composta de: 1. Citoplasma 2. Membrana Celular 3. Núcleo DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - 1.2.2 Descrição do Corpo da Célula Como mencionamos anteriormente, a maioria das células se encontram formadas por várias estruturas microscópicas, as quais serão chamadas de organelos. O organelo é definido como cada uma das estruturas que formam uma célula, das quais as mais importantes são: membrana celular, citoplasma, núcleo, nucleólo, retículo endoplasmático, ribossomas, mitocôndrias, complexo de Golgi, lisossomas, centrossomas, vacúolo. 1.2.3 O Citoplasma O citoplasma é uma substância transparente mais ou menos homogênea. Abrange o total do volume da célula com exceção do núcleo celular. No citoplama se encontram os órgãos celulares e as inclusões citoplasmáticas. Destas existem uma grande variedade. A célula não contém todas elas, se não, que possui sómente as inclusões citoplasmáticas que necessita para o seu metabolismo e para o funcionamento do organismo. RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO. Deste organelo se encontram dois tipos: z Retículo endoplasmático rugoso. z Retículo endoplasmático liso. A diferença é devida a que na superfície do retículo endoplasmático rugoso estão localizadas numerosas ribossomas, as quais lhe dão a aparência de apresentar rugosidades, por outro lado, o retículo endoplasmático liso não apresenta ribossomas e por conseguinte a sua superfície apresenta uma aparência lisa. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - O retículo endoplasmático funciona como um sistema de transporte interno da célula, no qual são transportadas as proteínas, os lipídios e os carboidratos. RIBOSSOMAS. Estas são grânulos que podem estar no citoplasma de uma forma individual ou em grupos. Estes são os lugares de formação das proteínas. O COMPLEXO DE GOLGI. É uma estrutura de forma tubular, cuja função é a de armazenar as diversas substâncias produzidas pelas células (a produção de substâncias dentro das células depende da função do tecido ao qual pertence a célula), estas substâncias poderiam ser: proteínas, minerais, lipídios, etc. CENTROSSOMAS. São corpúsculos que estão perto do núcleo. Estes são importantes para a divisão celular, assim como, para a formação de filamentos. Estes influem como órgãos nos movimentos do citoplasma. MITOCÔNDRIAS. Trata-se de formações alongadas envolvidas por uma membrana dupla, existem em diferentes números e tamanhos . Cuja função é a produção de energia a partir dos componentes orgânicos que entram à célula (carboidratos, lipídios e proteínas), isto quer dizer, que a degradação destes produtos dentro das mitocôndrias gera energia em forma de ATP (adenocintrifosfato) e AMP (adenocinmonofosfato) Estas estão relacionadas com as atividades da célula e são muito mais numerosas enquanto mais ativa seja a célula (metabolismo). LISOSSOMAS. Trata-se de formações diversas que contém DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - enzimas, as quais se encarregam da descomposição das moléculas maiores. CÍLIOS. São ramificações em forma de pestanas, as quais realizam movimentos ritmicos, de certa forma como pêlos sensoriais. 1. Centrossoma 2. Complexo de Golgi 3. Mitocôndria 4. Nucleólo 5. Poro Nuclear 6. Membrana Nuclear 7. Gota de Lipídio 8. Corpúsculo de Pigmento 9. Membrana Basal 10. Corpúsculos de Glucógeno 11. Membrana Celular 12. Ribossomas 13. Núcleo 14. Retículo Endoplasmático 15. Vacúolo Pequeno 16. Lisossoma 17. Vacúolo Grande 18. Ponto de Contato com a Célula Vizinha 19. Cílio 20. Citoplasma 1.2.4 A Membrana Celular A descrevemos com freqüência como uma parte do citoplasma porque a sua função depende diretamente da função deste. Uma das suas principais funções é a de permitir a passagem seletiva para determinar a matéria que vai ser trocada entre o interior e o exterior da célula. Para outras, em especial para as células maiores, a membrana serve como uma barreira de difusão. Desta maneira a membrana escolhe os materiais mais importantes para o trabalho celular permitindo assim o seu ingresso. Ao contrário, permite a saida dos produtos celulares terminados, tais como: proteínas, enzimas, hormônios e anticorpos. A membrana celular consta de uma camada proteica interna e outra externa, assim como, de uma camada intermédia de lipídios. Em circunstâncias normais a superfície celular tem uma carga negativa, que é necessária para o trabalho celular (potencial da membrana). Esta carga residual elétrica negativa é mantida por uma bomba iônica. Este último é um processo metabólico o qual absorve energia. Desta maneira a situação normal da célula está ligada ao consumo de energia (comparar as propriedades características da vida). Por último a superfície celular possui receptores especiais os quais permitem diferenciar entre as substâncias próprias e as alheias. É muito provável que DOP- Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - estes receptores constem de grandes moléculas de glóbulos imunes. 1.2.5 O Núcleo Celular Todas as células humanas, com excessão dos glóbulos vermelhos maduros possuem um ou vários núcleos celulares. A sua forma é na maioria das vezes redonda ou elíptica; porém, também existem de várias camadas com forma irregular. O tamanho do núcleo é adaptado ao da célula. O núcleo forma com o citoplasma uma unidade funcional, o núcleo é o centro de controle do metabolismo, assim como, o que guarda a informação genética. A MEMBRANA NUCLEAR. Consta de uma membrana dupla cuja parte intermédia depende do retículo endoplasmático. O PLASMA NUCLEAR. Está estruturado em forma de malha e permite reconhecer e diferenciar a um ou vários nucleólos. Ao líquido que circula dentro do núcleo é chamado de linfa nuclear. CROMOSSOMAS. As células do corpo humano possuem 46 cromossomas. Destas, 44 são chamadas de autocromossomas e as outras 2 heterocromossomas. Estas 2 determinam o sexo do indivíduo. No sexo masculino são chamadas as heterocromossomas como cromossomas X e Y. No sexo feminino se tem 2 cromossomas X. Nas células determinadas como femininas as cromossomas X formam com freqüência um corpúsculo que se adere à parte interna da parede do núcleo: a cromatina sexual (corpo de Barr). A parte mais importante da cromossoma é o ácido desoxirribonucleico (ADN). DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - Requisito para a mitose, a forma mais comum de divisão celular, é a duplicação idêntica do ADN nas cromossomas. Isto acontece antes da divisão celular e garante que durante a divisão celular o material do núcleo seja transmitido genéticamente igual às células filhas. 1.2.6 Envelhecimento e Morte da Célula O envelhecimento da célula é um processo irreversível de mudança na substância viva. As células mais velhas são substituídas por outras novas equivalentes através da mitose. Sómente em certas células de um indivíduo como são as nervosas , não é possível uma adequada restituição. Durante o envelhecimento se dá uma mudança na condição dos líquidos celulares pela perda de água. Se produz um engrossamento e formação de vacúolos no citoplasma. O núcleo celular é dobrado, a malha de cromatina se torna mais grossa. Ao final dilui-se a membrana do núcleo e as cromossomas. 1.3 Tecidos Um tecido é a união de células semelhantes que realizam uma tarefa comum. São diferenciados quatro grandes grupos de tecidos: z Tecido Epitelial z Tecido conjuntivo e de apoio z Tecido muscular z Tecido nervoso Estes são os quatro tecidos básicos que conformam o organismo humano, os quais se unem ente si para formar assim os órgãos e os sistemas do corpo DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - humano. 1.3.1 Tecido Epitelial Os tecidos epiteliais recobrem superfícies internas e externas do corpo, tem a capacidade de excretar materiais (epitélio glandular) ou de transmitir impressões sensoriais (epitélio sensorial). O tecido epitelial apresenta pouca substância intercelular. As células fazem contato umas com outras. O tecido epitelial realiza três funções: a. Protege (epiderme da pele) b. Absorve (epitélio do intestino delgado) c. Segrega (glândulas salivares) Pela sua forma, as células epiteliais podem ser: a. Planas (epiderme) b. Cúbicas (glândulas salivares) c. Colunares simples (estômago e intestinos) d. Colunares ciliadas (traqueia e brônquios) Os movimentos dos cílios fazem subir as secreções e a poeira. Pela sua estrutura, os epitélios podem ser: a. Simples (formados sómente por uma camada de células) b. Estratificados (formados por várias camadas de células superpostas) 1.3.2 Tecido Conjuntivo DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - 1.3.2 Tecido Conjuntivo e de Apoio Estes tecidos são caracterizados pelo elevado conteúdo de substâncias intercelulares com ou sem forma. TECIDO CONJUNTIVO RETICULAR. Constitui a rede básica dos órgãos simpáticos e da medula óssea. Consta de uma união de células em rede, que são endurecidas por meio da rede de fibras reticulares. TECIDO GORDUROSO: Consta de células gordurosas que contém sómente uma gota grande de gordura. TECIDO FIBROSO. Este tecido é muito comum no corpo, recheia espaços, envolve vasos ou nervos e liga aos diferentes órgãos com as suas partes (facias, aponeurose, bandas). TECIDO CARTILAGINOSO: As células cartilaginosas se juntam em pequenos grupos nas chamadas cavidades cartilaginosas, as quais estão cobertas de uma zona livre de substância básica fibrosa. Já que na cartilagem diferenciada a qual possui uma elevada elasticidade sob pressão trata-se de um tecido de pouca atividade (badytrophes), a sua alimentação sómente pode ser realizada por meio de difusão. Aqui não se encontram vasos sanguíneos. TECIDO ÓSSEO: É a parte microscópica que está formando ao osso. Está conformado por dois componentes: células e matriz óssea. Matriz óssea: é o constituiente intercelular do osso, tem que ser apta para resistir a pressão, a torção, a compressão e ademais a um certo grau de esticamento. Não sómente é dura como uma rocha devido à impregnação de sais de cálcio insolúveis, se não também, resistentes em elevado DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - grau às forças de tensão, já que contém numerosas fibrilas colágenas as quais a fortalecem internamente. São quatro tipos de células as que formam o osso: z Células osteogênicas: Às células osteogênicas são encontradas nas superfícies flexíveis do osso vivo. Estas pequenas células fusiformes constituem tanto na camada profunda do periostio a qual cobre ao osso e também o endostio o qual limita os espaços internos tais como o da sua cavidade medular, canais haversianos e outros espaços do tecido mole. Se é estimulada a proliferação de células osteogênicas do periostio ou do endostio, estas dão origem aos osteoblastos nas regiões que estão bastante vascularizadas, e aos condroblastos naquelas regiões que não são bem vascularizadas. z Osteoblastos: São células especializadas que não podem se dividir, são grandes, as quais estão localizadas na periferia do tecido ósseo, sendo as encarregadas de produzir a matriz óssea, a qual vão depositando fora da sua membrana celular em forma circular e ordenada até ficar fechada por essa matriz a qual já está endurecida. Tais células são características das superfícies de crescimento do osso, onde rápidamente se distinguem das células osteogênicas devido ao seu grande tamanho, o seu perfil é mais ou menos redondo e o seu núcleo é DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - excêntrico. z Osteocitos: Não são nada mais do que um osteoblasto dentro da lacuna óssea, tem a capacidade de produzir matriz óssea, porém, não nas mesmas quantidades produzidas pelos osteoblastos. Cada osteosito tem comunicação com outros osteositos por meio de ramificações. As lâminas concêntricas da matriz óssea rodeiam ao conduto nutricio onde se encontra uma artéria a qual alimenta a todas as células que estão localizadas nas lacunas ósseas; este conduto recebe o nome de conduto de Havers. Este conduto se comunica com outros condutos de Havers, por meio do conduto de Volkmann. Sistema de Havers ou Osteona: É a unidade estrutural do tecido ósseo, está constituido por: pequenas lâminas ósseas ou concêntricas,osteocitos, lacunas ósseas, conduto de Havers ou artéria central. z Osteoclastos: São células grandes que não se dividem e que reabsorvem a matriz óssea excedente ou deficiente. Em geral, os osteoclastos podem se distinguir pelo seu grande tamanho, pelos seus múltiplos núcleos e pela proximidade à superfície óssea. Participam ativamente na produção de cálcio e são os encarregados de limpar o tecido ósseo ruim em todos os nossos ossos. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - Existem dois tipos de tecidos ósseos: Tecido ósseo compacto e tecido ósseo esponjoso. z Tecido ósseo compacto: é um tecido muito duro com uma formação uniforme e está constituido por múltiplos sistemas de Havers. z Tecido ósseo esponjoso: Esta formado por espículas ósseas, se diferencia do tecido ósseo compacto devido a que não possui sistemas de Havers. O tecido ósseo é o que se encontra logo depois do osso compacto, as suas formações ósseas são em forma de traves ou espículas, e entre elas ficam uns espaços que são conhecidos com o nome de espaço medular onde se localiza a medula óssea. Tecido muscular liso 1.3.3 Tecidos Musculares Nas células do tecido muscular estão contidas as miofibrilas, que são a base para a característica mais relevante deste tecido: a Contratibilidade. MUSCULATURA LISA. As células do músculo liso não estão unidas ao esqueleto, se não que se encontram nas paredes dos vasos sanguíneos do trato digestivo e a derme da pele. Possui uma reação lenta aos estímulos do sistema nervoso autonômo e realiza ações como são a de passar os alimentos pelo intestino, transportam a urina e fazem bombear o sangue através dos vasos sanguíneos. Está formada por células mononucleadas, com forma de fuso que não estão unidas entre si, como no caso do músculo esquelético. Da mesma maneira o músculo liso tem fibrilas, mais sem estrias transversais. Estes músculos são involuntários, de ação lenta, não sofrem de fadiga e são fracos. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - Tecido muscular estriado Tecido muscular do coração MUSCULATURA ESTRIADA. A este grupo pertencem os músculos do aparelho locomotor e os músculos do esqueleto. O músculo esquelético constitui aproximadamente o 40% do peso total corporal, este tecido muscular está formado por células chamadas de fibras musculares já que possuem uma forma alongada, cilíndricas e são multinucleadas, seu citoplasma ou sarcoplasma contém miofribrilas, nas quais se observam estrias transversais sendo umas claras e outras escuras. Estes músculos são fornecidos na sua maior parte pelo sistema nervoso somático e podem por isto ser enervados de uma forma voluntária. A MUSCULATURA DO CORAÇÃO. A musculatura do coração pertence à do tipo estriada; mas, o seu fornecimento nervoso é realizado pelo sistema vegetativo, contrário ao grupo de músculos estriados acima mencionados. O músculo é de ação rápida e potente. Se contrai e se relaxa continuamente durante toda a vida. 1.3.4 Tecidos Nervosos O tecido nervoso é um dos quatro tecidos primários que compõem ao corpo humano, básicamente, está formado por células especializadas que recebem o nome de neurônios. Este tecido apresenta duas características que o torna diferente dos outros tecidos, e estas são as seguintes: z A Irritabilidade. z A Condutibilidade. A Irritabilidade se refere à capacidade do tecido nervoso de captar os estímulos e converté-los em impulsos nervosos. A Condutibilidade se refere à DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - capacidade de conduzir ao referido impulso nervoso desde o seu lugar de origem até o órgão efetivo.. As células nervosas possuem além do núcleo celular e do citoplasma, dois tipos de prolongamentos. O prolongamento que transmite uma certa sensação a outras células é chamada de neurita ou fibra nervosa. Os outros prolongamentos nos quais terminam as fibras nervosas de outros neurônios, são chamadas de Dendritas. 1.4 Órgãos Os tecidos não existem simplesmente no corpo em uma forma pura. Estes estão unidos a outros e constituem estruturas complicadas: os órgãos, por exemplo: z Vasos Sanguíneos z Nervos z Músculos z Fígado z Intestinos, etc. 1.5 Sistemas e Aparelhos Os órgãos pela sua vez formam sistemas ou aparelhos. Sistema é um conceito morfológico, e é constituido por um grupo de órgãos com uma estrutura geral semelhante. Por exemplo: z Sistema ósseo z Sistema Muscular z Sistema Vascular Aparelho (trato) é um conceito fisiológico. Está constituido por um grupo de órgãos com uma estrutura diferente, porém com uma função geral determinada. Por exemplo: DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - O ESQUELETO z Aparelho Digestivo z Aparelho (Trato) Respiratório O esqueleto humano está formado por206 ossos de diferentes tamanhos e formas. O seu tamanho e a sua forma depende da sua função e da região onde estão localizados. DIVISÃO DO ESQUELETO. Para fins anatomofuncionais o esqueleto humano está dividido em duas grandes seções: ESQUELETO AXIAL. Abrange o crânio, a coluna vertebral e o tórax. ESQUELETO APENDICULAR. Compreende a cintura escapular pélvica e os ossos das respectivas extremidades superior e inferior. 2.1 Estrutura Geral de um Osso Podemos considerar os ossos como as estruturas as quais oferecem um marco rígido ao organismo, servem de alavanca para os músculos esqueléticos e são sistemas de proteção para os órgãos ou as vísceras vulneráveis como o encéfalo, o coração ou os pulmões. Além disso, devemos considerá-los como órgãos receptáculos de tecido hematopoietico e lugar de armazenamento do cálcio, fósforo, magnésio e sódio. Sua resistência à pressão, tensão, flexão e torsão se deve ao assento de substâncias inorgânicas entre as substâncias orgânicas das células. A análise química do osso dá por DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - resultado os seguintes valores médios: 65% de partes inorgânicas, 25% de partes orgânicas e 10% de água. Classificação segundo a sua forma: z Ossos longos (tubulares como o fêmur, ulnar, tíbia) z Ossos curtos (vértebras) z Ossos achatados (omoplata, occipital) z Ossos irregulares (ossos da base do pé como o calcâneo, cuboides) Classificação segundo a sua estrutura macroscópica: z Ossos esponjosos (por exemplo: os ossos pequenos como as vértebras) z Ossos irregulares (como o calcâneo) z Ossos compactos (como os ossos tubulares) 2.1.1 Estrutura dos Ossos Longos Tubulares Nos ossos longos podemos distinguir três regiões: a. A diáfise, esta corresponde ao tubo longo localizado no meio. b. A epífise, esta corresponde à parte extrema, ativa freqüentemente. c. A metáfise, esta é a união entre a epífise e a diáfise. COM REPEITO À DIÁFISE. Consta de um osso compacto periostial. Na diáfise podemos diferenciar três camadas: uma externa, uma média e a outra interna. COM RESPEITO À EPÍFISE. Consta de osso esponjoso. Este está coberto de cartilagem articular no extremo dirigido para a articulação. COM RESPEITO À METÁFISE. Representa a união entre a diáfise e a epífise. Na sua parte externa tem uma estrutura parecida à diáfise, isto quer DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - dizer, osso compacto, longo e delgado. No seu interior possui uma estrutura esponjosa parecida à epífise. Nos ossos maduros não é mais do que uma peça intermédiaestrutural entre o tubo longo do osso e o terminal esponjoso ativo do osso. Devido ao seu aprovisionamento sanguíneo tem importância durante o crescimento. No osso maduro não se delimita exatamente. 2.1.2 Ossos Pequenos e Achatados Estes têm a mesma estrutura que os ossos da epífise. Possuem uma camada externa freqüentemente delgada, algumas vezes grossa de osso periostial e tem no seu interior uma estrutura esponjosa. 2.1.3 Ossos Especiais, os quais são diferentes dos mencionados anteriormente OS OSSOS LONGOS SEM MEDULA ÓSSEA (POR EXEMPLO: AS COSTELAS). Estes ossos têm uma estrutura parecida aos ossos achatados. Possuem uma estrutura esponjosa dentro da armação delgada interna do osso periostial. OS OSSOS MUITO ACHATADOS (POR EXEMPLO: OS DO CRÂNIO). Estes ossos possuem internamente uma estrutura esponjosa. Também possuem nas partes interna e externa uma armação resistente de osso periostial. OS OSSOS OCOS. São encontrados mais que todo na região cranial e possuem espaços grandes de ar. Por exemplo: sinus frontalis e sinus maxilaris. 2.1.4 Medula Óssea DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - A medula óssea é todo o tecido que enche as cavidades vazias nos ossos longos tubulares (canal da medula óssea), e as pequenas cavidades intermédias nos ossos esponjosos. A composição deste tecido é diversa. Podemos diferenciar: a. Medula óssea vermelha (entre outros, nos ossos esponjosos). b. Medula óssea amarela (entre outros, nos ossos tubulares). A medula óssea vermelha podemos segui-la diferenciando-la em: z Medula produtora de ossos. z Medula produtora de sangue. 2.1.5 O Periostio Recobre aos ossos, com exceção da região da superfície articular. Constitui uma coberta de tecido conjuntivo fibroso com especial abundância nos vasos. 2.2 Crescimento Ósseo - Ossificação À formação de tecido ósseo chamamos de ossificação. Podemos distinguir: 1. A ossificação que é realizada numa base de tecido conjuntivo, sem um "módulo" cartilaginoso (Ossificação primária, Ossificação pericondral). 2. A ossificação que é realizada num "módulo" préformado de cartilagem hialina (Ossificação secundária, Ossificação eucondral). O crescimento do osso parte dependendo da direção na qual marcha, de diferentes tecidos e mecanismos. 1. Crescimento longitudinal: é uma DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - Esquerda: Esquema da mão de uma criança de 12 anos. Em cada metacarpiano, no cúbito e no rádio existem bandas escuras. São as cartilagens de conjunção por onde é efetuado o crescimento longitudinal. Direita: Esquema da mão de um adulto. Tem-se ossificado as cartilagens de conjunção. O crescimento ha terminado. função da cartilagem da epífise. 2. Crescimento em grossura: é uma função do periostio. O mecanismo do crescimento é baseado fundamentalmente na aposição. O ponto de união (a conjunção) entre a epífise e o osso tubular (diáfise) podemos observá-lo claramente nos jovens por meio de raios X. Se apresenta uma linha transversal a qual conhecemos como fise (linha da epífise ou linha de crescimento). Nela é realizado o crescimento longitudinal. Este crescimento não é homogêneo em todas as juntas. Por exemplo: a junta perto do joelho que se encontra entre a epífise do fêmur e a tíbia produz um 60% do crescimento total da perna. Enquanto as juntas restantes produzem o outro 40%. 2.3 Articulações Uma articulação é definida como a conexão que subsiste no esqueleto em qualquer dos seus componentes rígidos, já seja osso ou cartilagem. 2.3.1 Classificação segundo as suas características estruturais As articulações podemos classificá-las segundo as suas características estruturais, em três tipos: 1. Fibrosas 2. Cartilaginosas 3. Sinoviais ARTICULAÇÕES FIBROSAS. Nas articulações fibrosas (sinartrose) os ossos se unem por meio de um tecido fibroso, existem três tipos de articulações fibrosas: z As suturas z As sindesmose z gonfose DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - Nestas articulações não existe ou existe muito pouco movimento. As suturas: os ossos se unem por várias camadas de fibras, um exemplo são as uniões dos ossos do crânio. As sindesmoses: são articulações fibrosas, possuem uma maior quantidade de camadas de tecido fibroso, um exemplo são as sindesmoses Tibioperônio e a Timpanostopedia. As articulações do tipo gonfose são aquelas que se dão entre o alvéolo dentário e o dente. ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS Nestas os ossos estão unidos por meio de cartilagem hialina ou fibrosa. As articulações com cartilagem hialina são aquelas que se encontram em desenvolvimento durante o período embrionário e persistem até o nascimento, é uma união temporária e agem como zonas de crescimento dos ossos que se articulam, um exemplo são os discos epifisarios e a sincondrose occcipitoesfenoidal. As articulações com fibrocartilagem são chamadas também de anfiartrose ou sínfise, os elementos esqueléticos estão unidos por fibrocartilagem durante alguma fase da sua existência, um exemplo são a sínfise do púbis e as articulações entre os corpos vertebrais. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Estas também são chamadas de diartrose, possuem uma cavidade e estão especializadas para permitir movimentos mais ou menos livres. As superfícies dos ossos estão cobertas por cartilagem hialina e os ossos estão unidos pela cápsula articular e os ligamentos. As articulações sinoviais vão estar formadas por: DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - a. cápsula articular b. membrana sinovial c. líquido sinovial d. cartilagem articular e. ligamentos Articulação do quadril A cápsula articular está composta por tecido conectivo laxo e a sua superfície interna é coberta pela membrana sinovial, a qual é um tecido conectivo vascular e produz líquido sinovial. O líquido sinovial é um líquido claro amarelado viscoso parecido com a clara de ovo. É importante mencionar que o líquido sinovial não contém fibrinógeno razão pela qual não sofre coagulação, o sangue misturado com líquido sinovial também não coagula-se. As duas funções do líquido sinovial são: a. nutrir à cartilagem articular b. lubrificar as superfícies articulares. Enquanto à cartilagem articular esta é do tipo hialina, esta cartilagem não tem vasos sanguíneos, linfáticos e nem fibras nervosas, pelo qual sómente depende do líquido sinovial para nutrir- se, a nutrição desta cartilagem é favorecida pelo movimento articular, de tal maneira que a imobilização de uma articulação sinovial durante muito tempo, conduz à estase do líquido sinovial e a respectiva atrófia da cartilagem devido à não utilização desta. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS. Estas as podemos classificar segundo os seus eixos de movimento e segundo a forma das suas superfícies articulares. Segundo seus eixos de movimento, esta classificação supõe três eixos que DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - A. Articulação esférica B. Articulação ovoidea C. Articulação tipo dobradiça D. Articulação de espiga E. Articulação tipo cadeira F. Articulação plana são perpendiculares entre si: 1. uniaxiais 2. biaxiais 3. multiaxiais Segundo a forma das suas superfícies articulares podemos classificá-las em: ARTICULAÇÃO ESFÉRICA. Possui três eixos. Ao terminal convexo é denominado de cabeça, ao côncavo chamamos de cavidade: Articulação Glenoumeral, articulaçãocoxafemoral. ARTICULAÇÃO OVOIDEA. Limitam as rotações ou os movimentos giratórios. A articulação possui dois eixos de movimento. ARTICULAÇÃO TIPO DOBRADIÇA. O movimento da articulação é realizado práticamente num plano só. A articulação possui então sómente um eixo de movimento. ARTICULAÇÃO DE ESPIGA. Uma espiga rasgada em um anel (articulação atlantoaxial). ARTICULAÇÃO DE CADEIRA. Articulação que possui principalmente dois eixos de movimento (por exemplo: a articulação carpo- metacarpo do polegar). ARTICULAÇÃO ACHATADA: As superfícies achatadas se deslizam uma sobre a outra: Articulações intervertebrais. ARTICULAÇÃO RÍGIDA: Entendemos como uma articulação na qual o aparelho de ligamentos fortes impede um movimento próprio. Este tipo de uniões de ossos se encontra entre a tíbia e o perônio, assim também, como entre o sacro e o ilíaco. Estas articulações servem para o amortecimento. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - OS MÚSCULOS 2.3.2 Tendões e Ligamentos Os tendões são estruturas compostas por tecido conectivo denso regular. Estes originam-se ou nascem a partir do tecido conectivo que cobre os fascículos musculares e são os meios de inserção dos músculos, tanto no seu ponto de origem como no seu lugar de inserção. Os tendões musculares práticamente estão aderidos fortemente dentro do tecido ósseo compacto dos ossos nos quais se inserem. Enquanto aos ligamentos, estes são bandas fibrosas muito potentes que servem como meios estabilizadores das diferentes articulações, ao igual que os tendões também estão bem aderidos aos ossos. O elemento funcional mais importante da articulação é que ambas superfícies articulares fiquem de uma forma contínua em uma união congruente. Conseguiremos esta união através de: z Bandas ou ligamentos articulares z Cápsulas articulares z Planos tendinosos ou tração muscular INTRODUÇÃO A propiedade mais característica dos músculos é a capacidade de Contratibilidade. A contração é uma propriedade geral do plasma celular. No caso do tecido muscular é especialmente rápido e abundante. Como um requisito para a contração da célula muscular é que esta seja excitável, estimulável. Como um estímulo funciona normalmente o impulso nervoso. A contração da célula muscular depende no entanto de estímulos DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - mecânicos, químicos ou elétricos, além disso, é preciso que o tecido muscular seja um conduto para o estímulo aplicado. A condutibilidade da célula muscular é bem melhor do que da célula nervosa. O tecido muscular é composto de células musculares únicas em forma de fuso, as quais se mantém unidas por meio de um tecido conjuntivo em forma de rede, formando assim o músculo. Podemos diferenciar dois tipos de tecidos muscular: a. Músculos lisos. b. Músculos estriados. 3.1 Tecido Muscular Liso Os músculos lisos formam camadas de músculos ou órgãos ocos (intestinos, estômago e bexiga) e os vasos sanguíneos. 3.1.1 Descrição das Células Musculares Lisas As células musculares lisas são longas e finas, são chamadas de fibras. No tecido muscular liso as fibras estão bem separadas umas das outras, de maneira que podem ser diferenciadas perfeitamente. A célula muscular longa tem a forma de um pequeno fuso já que os seus extremos terminam em ponta. A metade da célula está no núcleo celular. A célula muscular tem um comprimento médio de 50 microns e uma grossura média de 5 microns. Ao longo de pequenos vasos sanguíneos estas podem ser mais pequenas. Nas mulheres grávidas são mais longas do que nos homens. 3.1.2 Funcionamento da Célula Muscular Lisa Esta célula responde normalmente a um estímulo: 1. Depois de um período relativamente longo (0,1-0,8 seg.). 2. Por meio de uma contração lenta e DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - demorada. Aqui são diferenciados claramente dos músculos estriados. As ações dos músculos lisos são controladas normalmente pelo sistema nervoso autônomo (simpático e párasimpático), o que garante as funções vitais mais importantes porque não são voluntários. 3.2 Músculos Estriados Os músculos estriados são os do aparelho locomotor, do rosto, da língua, da garganta, da faringe, do esôfago, das pestanas, do ouvido médio, da pélvis e do diafragma. Estes conformam aproximadamente o 40% da massa do corpo. Os músculos deste sistema são controlados pelo sistema nervoso cerébro-espinhal e dependem das ações da vontade. Os músculos do coração pertencem aos músculos estriados, porém, contrário aos anteriores estes são controlados pelas fibras do sistema autônomo ao igual do que os músculos lisos. O coração tem as contrações fortes e rápidas dos músculos estriados e o controle do sistema nervoso autônomo independente da vontade. 3.2.1 Descrição das Células Estriadas Transversais No microscópio observamos as estrias transversais, as quais lhe dão o nome. As estrias transversais originam-se da sobreposição de moléculas de proteínas nas fibrilas musculares. Estas por sua vez tem uma forma alongada, cilíndrica e são multinucleadas, seu citoplasma ou sarcoplasma contém miofribrilas nas quais são observadas estrias transversais claras e escuras. As estrias transversais são denominadas de banda I e as estrias transversais escuras são denominadas de banda A. A banda I é dividida por uma linha chamada de linha Z, por sua vez a banda A contém uma região clara denominada banda H a qual é dividida por uma linha escura chamada de linha M. De tal maneira que o espaço entre as duas DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - linhas Z é chamada sarcomera a qual é considerada como a unidade contratil das miofibrilas. 3.2.2 Estrutura da Célula Muscular Estriada As fibras musculares vermelhas (células musculares) têm uma riqueza de sarcoplasma e uma pequena quantidade de miofibrilas. As fibras musculares vermelhas se contraem mais lentamente do que as brancas, no entanto, as vermelhas se mantém contraidas durante um período de tempo mais longo. As fibras musculares brancas têm uma maior quantidade de miofibrilas e possuem menos sarcoplasma. Estas se contraem rápidamente em uma pequena ação e não sendo as mais apropriadas para uma contração duradoura. 3.2.3 Descrição de um Tecido Muscular Completo O tecido muscular forma normalmente um fuso, que termina em ambos extremos em um tendão. O tendão se forma da aponeurose, a qual separa às fibras musculares em porções chamadas fascículos. Os fascículos são diferenciados da seguinte maneira: z Fascículos primários: Estes abrangem um grupo de 20 a 50 fibras musculares. z Fascículos secundários: Um grupo de 4 ou 5 fascículos primários. z Fascículos terciários: Um grupo de vários fascículos secundários. z Fascículos quaternários: Um grupo de fascículos terciários, os quais formam o músculo completo. Os músculos os quais realizam um trabalho fino diferenciado como são os músculos oculares ou os músculos do pescoço, se compõe de fascículos terciários. O seu fascículo primário apresenta menos fibras musculares do que qualquer outro músculo que tenha que fazer um trabalho volumoso. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - Como já mencionamos, os músculos têm uma forma de fuso e terminam em um tendão com o qual normalmente se inserem no osso. Em casos especiais os músculos têm forma de gavetas, de maneira que sómente apresentam um tendão em um extremo, com o qual se insere no osso. No extremo mais largo se inserem nestecaso com as mesmas fibras musculares no osso (músculo íliopsoas, músculo abductor magnus). 3.2.4 Estimulação das Fibras Musculares Estriadas As respostas das fibras musculares estriadas perante um estímulo é a contração. Esta contração obedece ao estímulo de acordo à lei de tudo ou nada. Um estímulo o suficientemente efetivo provoca uma contração máxima das fibras musculares individuais. A musculatura estriada recebe o seu estímulo natural para a contração do sistema nervoso cérebro-espinhal. O comando voluntário passa pelo chamado sistema nervoso motor. Toda contração é registrada e controlada pelos sensores. Estes informam sobre a força de tensão através do sistema sensorial e atuam regularizando por meio da contração muscular. Todo músculo estriado tem ainda uma fase de repouso, mesmo que a pessoa esteja acordada. Esta depende do sistema nervoso autônomo. Desta maneira, a fibra muscular estriada recebe constantemente um impulso do sistema nervoso motor, do sistema nervoso sensorial e do sistema nervoso autônomo. 3.2.5 Sobre a Mecânica da Contração Muscular DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - As quatro condições mais importantes de um músculo. 1. AI: Condição estática, dilatado e sem tensão. 2. AII: Condição estática, dilatado e com contração. 3. BI: Condição dinâmica, encurtado e sem tensão. 4. BII: Condição dinâmica, encurtado e com contração. ç A fibra muscular estriada possui uma dilatação. Esta se dilata proporcionalmente à força de tensão. A fibra muscular estriada possui elasticidade. O músculo dilatado ou estriado volta ao seu comprimento original ao finalizar a força de tensão ou de tração. CONTRAÇÃO ISOTÔNICA. Se uma massa muscular se contrai e, no começo recebe pouca ou nenhuma resistência, então a massa muscular é encurtada. Neste caso falamos de contração Isotônica. CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA. Se a resistência que se opõe à contração do músculo é muito grande de maneira que este não possa se contrair, então aumenta a tensão na "bolsa" muscular. Neste caso falamos de contração isométrica. Ambos tipos de contração são freqüentes na vida do dia a dia e alternam. É possivel que se inicie com uma contração isotônica com encurtamento e depois se continue com um aumento de tensão isométrica (por exemplo: na musculatura na hora de mastigar). Os músculos que são exercitados para funções de fixação, trabalham melhor com um aumento do tom. Os músculos que exercitam para o tabalho rápido e dinâmico se utilizam com contrações. A força do músculo depende da sua área de seção transversal. Estimamos a força de tensão em 11,1 por cm2. A força de tensão ou tração dos tendões é estimada em aproximadamente de 6 a 12 kg. por mm2. 3.3 O Conceito do Movimento nas Articulações A cada lado de um eixo de movimento em uma articulação é ativado um músculo ativador (agonista). Algumas vezes são vários a um mesmo lado; chamamos de sinergistas. A todo músculo que trabalha do lado contrário chamamos de antagonista. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - O SISTEMA NERVOSO O movimento da articulação é iniciado com a contração de um ou vários músculos de um lado do eixo de movimento. O movimento é controlado por receptores localizados nas cápsulas, nos tendões e no músculo mesmo. De acordo ao requerido se compensará ou nivelará a contração dos músculos de um lado com a tensão ou tração dos músculos do outro lado. Todo movimento é por tanto, uma ação tanto do agonista como do antagonista. As relações de alavanca para a ação dos músculos variam de acordo ao deslocamento de movimento da articulação. Se queremos flexionar ou dobrar o cotovelo, então teremos umas relações de alavanca mais desfavoráveis ao princípio do movimento e serão melhores, por exemplo: aos 30º de flexão. A medida que se desenvolve a flexão vão mehorar essas relações de alavanca para a flexão. Entretanto, não é possível para os músculos uma vez realizado o maior acurtamento desenvolver igual quantidade de força como ao inicio, quando conta com todo o seu comprimento. Entetanto, não sómente é decisivo para a diminuição da força, a incapacidade das fibrilas de seguirem contraindo-se, se não que também a razão que a grossura dos músculos aumentaram e oprime aos vasos sanguíneos. O movimento das articulações para desenvolver ações voluntárias ou para manter a postura muscular não sómente depende dos músculos, mais sim dos condutos, do controle nervoso e da irrigação sanguínea. Se requer um trabalho conjunto do sistema nervoso, da circulação sanguínea e da ação muscular. Pelo que estes tecidos estão em ação direta com a musculatura. Já seja através da placa motora para a inervação, pelos receptores de dilatação nos tendões e músculos ou por outros elementos sensíveis nas cápsulas articulares, como também pela abundante irrigação capilar nas fibras musculares individuais. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - 4.1 Definições A. Desde o ponto de vista fisiológico diferenciamos: 1. SISTEMA NERVOSO CÉREBRO- ESPINHAL. Este regula as relações com o meio ambiente e integra ao corpo com o seu redor. É o sistema nervoso que realiza os movimentos e transmite as sensações. 2. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO. Controla o acionar próprio do nosso corpo e mantém as atividades vitais orgânicas (por exemplo: as secreções das glândulas, a assimilação dos alimentos e digestão, o metabolismo). B. Anatômica e morfológicamente ambos sistemas estão unidos em longos trechos. Segundo a sua localização, são diferenciadas duas partes: 1. O SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC). Este é a maior parte como também o principal do sistema nervoso. É encontrado dentro do crânio e também dentro do canal vertebral na medula espinhal. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - 2. O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP). Consta dos nervos que unem ao sistema nervoso central com todas as partes do corpo. Nos pontos de união da rede de nervos encontramos os gânglios. 4.2 O Tecido Nervoso O tecido nervoso é um tecido muito diferenciado, que tem se especializado na captação sensorial e na transmisão do impulso. Pode ser estimulado de diferentes maneiras: z Mecânicamente z Térmicamente z Com Luz z Com Corrente Elétrica z Químicamente Os elementos individuais deste tecido altamente diferenciado são as células nervosas ou neurônios. Estas são tão diferenciadas que na condição adulta já não podem ser divididas. 4.2.1 Descrição do Neurônio O neurônio (célula nervosa) está composto de duas partes inseparáveis: z Corpo celular ou citoplasma z Fibras ou prolongações Ao corpo celular é denominado de unipolar, bipolar ou multipolar, dependendo do fato, se tem uma, duas ou mais prolongações ou fibras. As prolongações ou fibras, podem ser diferenciadas em dois tipos: z As fibras eferentes ou motoras (axônio, cilindroeixo ou neurito). Cada neurônio possui sómente uma fibra eferente ou motora. z As fibras aferentes ou sensitivas (dendritas). Existem freqüentemente várias destas fibras em um neurônio. 4.2.2 As Vias ou Linhas do Impulso Nervoso DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - As linhas do impulso nervoso se conduzem nos neurônios numa determinada direção: a. Dos terminais das dendritas para o corpo da célula. b. Do corpo da célula para o axônio e deste até o plano terminal do axônio no órgão de ação. A condução seguinte do estímulo é um processo químico, que tem como requisito que a membrana celular esteja carregada elétricamente(polarização por meio de diferentes íons). Devido a este fenômeno se produz uma diferença de tensão entre o exterior e o interior da célula no momento em que é transmitido o estímulo. Um estímulo vem por meio de uma prolongação nervosa mudando a polarização de uma parte da parede celular. Aqui é produzido um potencial ativo entre as partes préviamente polarizadas e as que são polarizadas no momento do estímulo. A diferença de potencial é de 80 microvolts. 4.3 Sistemas Nervosos Central e Periférico 4.3.1 O Sistema Nervoso Central Inclui ao cérebro dentro do crânio e a medula espinhal dentro do canal ou furo espinhal, formando assim a coluna vertebral. As tarefas do sistema nervoso central são: 1. Codificação dos estímulos por meio de mudanças na amplitude ou na freqüência de uma corrente elétrica. 2. Transmissão do sinal ou impulso codificado. 3. Controle central, processamento e armazenamento do estímulo. 4. Saida do comando. O fornecimento quase exclusivo da energia das células nervosas é o açúcar, o 10% do açúcar fornecida pelo sangue é consumida pelo cérebro. O sistema nervoso central requer aproximadamente de 6 gramas de glicose por hora. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - 4.3.2 O Sistema Nervoso Periférico É formado pelos nervos da medula espinhal (nervos espinhais) e os nervos do cérebro ou craniais. A função do sistema nervoso periférico é a de transmitir impulsos motores ao órgão terminal, assim como, de transmitir estímulos da periferia e dos órgãos sensitivos ao sistema nervoso central (cérebro-espinhal). O nervo da medula espinhal tem duas raízes: z Um ramal dianteiro, que serve para a condução motora. z Um ramal posterior, que serve para a condução sensorial. Em total existem de 31 a 32 pares de nervos espinhais. 4.4 O Arco Reflexo Se entende como reflexo à resposta automática, inconsciente, motora ou secretora perante um estímulo externo ou interno. O arco reflexo deve estar composto no mínimo de dois neurônios: z Um neurônio sensitivo, aferente z Um neurônio motor, eferente O caminho normal para a percepção de um estímulo contém mais neurônios, a conhecer: o sensível ou aferente; vários neurônios no sistema nervoso central (SNC) para o processamento, controle e envio da ordem para realizar o movimento, a qual finalmente será conduzida ou transmitida por meio de um neurônio motor eferente do nervo periférico até o órgão final. No caso do reflexo é realizada uma comunicação direta entre o neurônio aferente e o eferente, poupando assim o mecanismo de controle do cérebro. Os reflexos permitem reações rápidas, com freqüência servem de proteção contra as DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - SISTEMA CIRCULATÓRIO influências externas. Estas reações são um trabalho eficiente da medula espinhal. Os reflexos são classificados em: a. Reflexos Diretos: São os que estão compostos de dois neurônios. b. Reflexos Indiretos: São reflexos nos quais é ligado um neurônio intermédio entre o neurônio sensível aferente e o neurônio motor eferente. c. Reflexos Condicionados: Estes são desenvolvidos de forma consciente no inicio, depois se tornam inconscientes por meio do treinamento e/ou adestramento e são de resposta rápida. Pelo conseguinte, podemos classificar os reflexos, se são de nascimento ou adquiridos. Os reflexos congênitos ou de nascimento são absolutos e equivalem na sua forma normal de reação nos humanos aos reflexos de algumas espécies animais. Desde o inicio são inconscientes. 4.5 Resumo As ações dos músculos estriados são controladas pelo sistema nervoso cérebro- espinhal, o qual realiza todas as uniões do corpo com o seu redor. As funções vitais, essenciais do corpo mesmo são controladas pelo sistema nervoso autônomo, o qual controla as funções dos órgãos específicos entre eles mesmos. Ambos sistemas nervosos estão unidos um com outro em múltiplos lugares. O sistema nervoso como um todo se apresenta como o grande harmonizador entre as diferentes necessidades, as pressões e as funções vitais, e realiza este trabalho por meio da sua especialização na percepção e transmissão dos estímulos. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - 5.1 INTRODUÇÃO Os vasos sanguíneos formam um sistema fechado de condutos os quais transportam o sangue do coração para todas as partes do corpo e de volta para este. O estudo dos vasos sanguíneos e linfáticos é chamado de angiologia (do grego angeion, vaso). O coração é uma bomba de natureza muscular, cuja função primária é a de impulsar o sangue através deste sistema até uma rede de condutos endoteliais simples, onde podem efetuar-se intercâmbios. Os vasos sanguíneos levam o sangue até os pulmões, onde existe um intercâmbio de dióxido de carbono por oxigênio. Também o levam para o intestino, lugar onde são absorvidas as substâncias nutritivas em forma líquida e para as glândulas endocrinas (as quais não possuem condutos) onde os hormônios atravessam as paredes vasculares para chegar até o sangue. Os produtos da digestão, hormônios, enzimas e oxigênio que contém o sangue ao passar pelos vasos sanguíneos explicam a qualidade e a quantidade de líquido tisular no corpo. As funções dos tecidos, tais como, a contração muscular e a secreção glandular, DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - dependem pelo menos de certa forma da composição deste líquido. Os produtos descartáveis do líquido tisular são tansportados pelos vasos sanguíneos para os rins, intestinos, pulmões e pele, lugares de onde são excretados. Por isto, a estabilidade do meio interno depende do funcionamento adequado dos vasos sanguíneos e da composição do sangue que contém. 5.2 Componentes do aparelho circulatório O aparelho circulatório compreende: 1.Um órgão central, o coração, que lhe da movimento ao sangue. 2.Os vasos que a transportam. 5.2.1 O CORAÇÃO É um órgão muscular oco que apresenta quatro cavidades: duas à direita, a aurícula e o ventrículo direitos; duas à esquerda, a aurícula e o ventrículo esquerdos. A aurícula direita comunica com o ventrículo direito e a aurícula esquerda com o ventrículo esquerdo, porém, as cavidades da direita estão separadas das cavidades da esquerda pelos tabiques interauriculares e interventriculares, que dividem ao coração em duas partes diferentes, o coração direito e o coração esquerdo. 5.2.2 OS VASOS Os vasos são condutos membranosos que se ramificam por todo o organismo. Se dividem em vasos sanguíneos e vasos linfáticos, segundo o que contenham sangue ou linfa. VASOS SANGUÍNEOS. Os vasos sanguíneos compreendem: 1. Os vasos arteriais ou artérias. 2. Os vasos venosos ou veias. 3. Os vasos capilares. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - ARTÉRIAS. As artérias conduzem o sangue impulsado pelos ventrículos do coração a todas as partes do organismo. São de cor cinza amarelada ou cinza azul na pessoa viva, e caracterizam-se por serem pulsáteis. Quando uma artéria é cortada, sangra em forma de jato intermitente. También se encolhe, e se não for de um grande calibre os seus extremos se retraem de tal maneira que se detém o sangramento. Com base na sua estrutura, as artérias são classificadas em: 1. De grande volume ou elásticas. 2. De distribuição, de mediano volume ou musculares. 3. Arteríolas. As mudanças estruturais entre uma artéria elástica e uma muscular podem serem muito gradativas. VEIAS. As veias são condutos membranosos muito dilatáveis que conduzem o sangue dos capilaresàs aurículas. Sua parede é vermelha, mais delgada, menos elástica e também menos contrátil do que das artérias. CAPILARES. Os capilares são vasos muito finos que unem as últimas ramificações das artérias com as origens das veias. Estão ricamente anastomosados e formam uma rede interposta entre as artérias e as veias. Ao seu nível são efetuados os intercâmbios nutritivos. 5.2.3 SISTEMA LINFÁTICO. O sistema linfático está constituido por vasos e gânglios linfáticos. Este sistema conduz a linfa e a deriva para o sistema venoso. Conduz também uma grande parte das substâncias absorvidas no tubo digestivo, as quais são recolhidas na mucosa intestinal por meio dos vasos linfáticos chamados vasos quilíferos. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - PLANOS, EIXOS E DIREÇÕES 5.3 Circuito circulatório O sangue que sai do coração, voltando a ele novamente passa por dois circuitos diferentes. Do ventrículo esquerdo o sangue arterial é impulsado para a aorta e aos seus ramais, atravessa os capilares onde se operam os intercâmbios de materiais que caracterizam à nutrição. Transformado em venoso o sangue passa às veias que o conduzem à aurícula direita, este movimento do sangue denominamos de circulação maior. Da aurícula direita o sangue venoso passa ao ventrículo direito. Do ventrículo direito, o sangue é vertido à arteria pulmonar, atravessa os capilares do pulmão, onde é transformado em arterial e depois é esvaziado pelas veias pulmonares na aurícula esquerda. Este segundo circuito constitui a circulação menor ou circulação pulmonar. Da aurícula esquerda o sangue passa ao ventrículo esquerdo, que é o ponto de partida da circulação maior. Todas as descrições na anatomia humana são feitas com relação à chamada posição anatômica, trata-se de uma posição convencional em que o corpo está reto, com a cabeça, os olhos e os dedos dos pés dirigidos para frente e com os membros superiores extendidos aos lados. Colocados de uma maneira que as palmas das mãos olhem para frente. Isto não implica que a posição anatômica seja de repouso. O plano médio é um plano de corte vertical que passa longitudinalmente através do corpo e o divide em duas metades, a direita e a esquerda. Este plano corta a superfície frontal e dorsal do corpo para determinar as linhas médias anterior e posterior. É um erro freqüente referir-se à "linha média" quando queremos dizer plano médio. Qualquer plano vertical que passe através do corpo e é paralelo ao plano médio chamamos de plano sagital. Os planos sagitais são chamamos assim pela sutura sagital do crânio à qual são paralelos. Com relação a isto, temos que assinalar que o DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - término "parasagital" é uma redundância. Qualquer plano paralelo a um plano sagital também é sagital. Qualquer plano vertical que corte ao plano médio em ângulo reto e divida ao corpo em plano anterior e posterior chamamos de plano frontal ou coronal. Os planos coronais são chamados assim pela sutura coronal do crânio. O termo plano horizontal se refere a um plano perpendicular aos planos médios e coronais, que divide ao corpo em parte superior e inferior. Devemos advertir que o termo "transverso" geralmente significa "através de", isto é, que simplesmente é perpendicular ao eixo longitudinal de uma estrutura. Por isto, um corte transversal de uma artéria não necessariamente é horizontal. Um corte transversal da mão é horizontal, enquanto que um do pé é frontal ou coronal. O término interno (medial) significa mais próximo ao plano médio, e o externo (lateral), mais longe do mesmo. Por isto, na posição anatômica, o polegar é externo com respeito ao dedo mindinho, enquanto que o dedão é interno com relação ao quinto dedo. É um erro freqüente referir-se à rotação para dentro e para fora como rotação interna e externa, respectivamente. O termo intermédio designa ao que se encontra entre duas estruturas, das quais uma é interna e a outra é externa. No membro superior radial significa externo e cubital (ulnar) significa interno; no membro inferior peroneo (fibular) é externo e tibial é interno. Anterior ou ventral significa mais próximo à parte frontal do corpo. Posterior ou dorsal significa mais perto das costas ou do dorso. No membro superior o termo palmar (conhecido antes como volar) significa anterior. No pé, plantar significa inferior. Superior é o que está mais perto da parte mais alta do corpo, e inferior o que está próximo à parte mais baixa. As vezes dizemos cranial ou cefálico em vez de superior, e caudal em vez de inferior. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - A PÉLVIS Nos membros usamos os termos proximal e distal para indicar o mais perto ou o mais longe, respectivamente con respeito à raíz do membro. Interno e externo também significam respectivamente o que está mais perto ou mais longe do centro de um órgão ou de uma cavidade. Superficial e profundo significa o que está mais perto e mais longe da superfície do corpo, respectivamente. O termo médio é usado para uma estrutura que se encontra entre outras duas, as quais são: anterior e posterior, superior e inferior, interna e externa. Além dos termos técnicos de posição e direção, nas descrições anatômicas também são usadas certas expressões comuns, como por exemplo: frente, costas, na frente de, atrás de, para frente, para trás, alto, baixo, acima de, em baixo de, para cima, para baixo, ascendente e descendente. Estes termos carecem de ambigüedade quando sómente são utilizados para referirem-se a uma certa posição anatômica. Outros termos comuns como "debaixo", acostumamos evitar. GENERALIDADES. Os três ossos do quadril, chamados ilíacos ou coxais, o sacro e o cóccix, compõe entre os três uma união articular em forma de anel chamada de pélvis. Ela tem uma superfície externa, uma interna e dois orifícios. SUPERFÍCIE EXTERNA. A superfície externa tem: z Na frente, a cada lado da sínfise, uma superfície retangular e os ramais horizontais e ascendentes do púbis, os quais abrangem ao foramen obturador DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - (furo obturador). z Lateralmente, a ala pélvica do ílio, a cavidade cotiloideia, o ramal ascendente do ísquio e a cartilagem ilíaca. z Na parte posterior, as superfícies posteriores do sacro e do cóccix. SUPERFÍCIE INTERNA. A superfície interna podemos representar como uma linha circular, o plano de entrada da pélvis que se divide em duas partes: 1-A parte superior, denominada pélvis maior. 2-A parte inferior, denominada pélvis menor. O plano de entrada da pélvis é formada das seguintes estruturas: z A proeminência, que é a união do sacro e da quinta vértebra lombar. z A superfície anterior da aleta do sacro. z A linha arcuata. z A linha pectinea (músculo do fêmur) z A espinha do púbis é especialmente a parte posterior do ramal superior do púbis. z A sínfise do púbis. O plano de entrada da pélvis está inclinado para frente e para baixo, formando com a linha horizontal um ângulo de aproximadamente 60º. A pélvis maior é formada pelas partes internas do ilíaco e as aletas do sacro. A pélvis menor está formada na sua frente pela parte posterior da sínfise do púbis e pela parte interna do marco cartilaginoso do púbis e do furo obturador, assim como, pelo furo obturador. Aos lados por uma superfície fina a qual está unida com a cavidade cotilodea. Atrás pelo lado côncavo anterior do sacro e do cóccix. A pélvis menor representa um cólo fino o qual é chamado de plano intermédio de entrada.A abertura da pélvis maior está formada pela beira superior da sínfise, a beira anterior do ílio, a beira do ilíaco, a margem DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - posterior da aleta do ilíaco, a borda posterior da aleta do sacro e da proeminência. A abertura inferior da pélvis ou plano púbico de saida tem a forma de rombo e é estruturado da seguinte maneira: z Na frente pela parte inferior da sínfise. z Aos lados pelas partes inferiores do púbis, pela aleta do ísquio e pelas suas cartilagens. z Atrás pela beira do cóccix. z O plano de saida da pélvis está inclinado para frente e para baixo e forma com a horizontal um ângulo de aproximadamente 10º. DIFERENÇA DA ESTRUTURA DA PÉLVIS SEGUNDO O SEXO: Na mulher temos as seguintes diferenças: z As ondulações pélvicas são menos grossas que no homem. z O plano superior de entrada é mais sobressainte. z A pélvis menor é mais ampla. z A sínfise é menos erguida. z A concavidade da parede posterior do sacro e do cóccix é menos acentuada. z O plano pélvico de entrada é mais amplo z As aletas do ísquio e do púbis são mais finas e estão mais dobradas para fora. z O furo obturador é de forma triangular e também mais pequeno. No homem é de forma oval. ALGUNS VALORES MEDIDOS NA PÉLVIS FEMININA: 1. ESTREITO SUPERIOR Diâmetro anteroposterior da proeminência até a margem superior do púbis: 11 cm. Diâmetro transversal máximo: 13,5 cm. 2. ESTREITO MÉDIO DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - O diâmetro anteroposterior é de 12 cm. O diâmetro transversal, entre as cavidades cotiloideas é de 12 cm. 3. ESTREITO INFERIOR Diâmetro anteroposterior desde o cóccix até a margem inferior do púbis: 7-10 cm. Diâmetro transversal entre os ilíacos: 12,5 cm. 7.1 O Sacro GENERALIDADES. O sacro é o resultado da fusão cartilaginosa das vértebras do sacro. Se forma na parte posterior do cinturão pélvico, abaixo das vértebras lombares e entre ambos ilíacos. Forma junto com a coluna vertebral lombar um ângulo obtuso que sobressai para frente. É chamado de ângulo lombo-sacral e mede aproximadamente 120º na mulher e 125º no homem. O sacro é arqueado e a sua convexidade está orientada para frente. A forma do sacro corresponde aproximadamente à de uma pirâmide com superfície retangular, aplainado tanto na frente como atrás e disposto de tal maneira que a sua base está acima e o seu vértice abaixo. Tem quatro superfícies: uma dianteira, uma traseira e duas laterais. O ASPECTO ANTERIOR é côncavo no plano sagital e transversal. A seção média está abrangida pelas cinco vértebras sacras, separadas umas das outras por bandas transversais. Nos extremos das bandas estão os quatro DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - orifícios: furos sacros. O ASPECTO POSTERIOR é convexo e muito irregular. No meio se encontra a banda vertical crista-sacral média. A cada lado dela encontramos: z A crista sacral intermédia z Os furos sacrais posteriores z A crista sacral lateral AS SUPERFÍCIES LATERAIS têm uma forma triangular na ponta inferior e a base na parte posterior. O segmento superior consta de duas vértebras sacras que têm superfícies articulares denominadas facetas auriculares. Estas se unem articularmente com as áreas respectivas dos ilíacos. O segmento inferior da superfície lateral está formado pelas três últimas vértebras sacras. A BASE DO SACRO. A superfície da base se forma como já temos dito antes, na parte superior do sacro. Está inclinada para frente e para baixo. A seção média da superfície da base corresponde vista da frente para trás, ao disco de coberta triangular do corpo da primeira vértebra sacra e à entrada superior triangular no conduto sacro. As superfícies laterais da base formam as aletas do sacro, as quais por sua vez são originadas das apófises transversais do corpo da vértebra sacra. Na parte posterior das aletas do sacro estão as apófises articulares superiores da primeira vértebra sacra. O CONDUTO SACRO é a parte inferior do furo vertebral. Tem a forma de um prisma, acima mais triangular e embaixo vai aplainando-se cada vez mais. Do conduto sacro saem a cada lado quatro canais à altura dos pontos de união dos corpos das vértebras sacras. Estes canais são os furos intervertebrais do sacro. Os canais estão divididos de tal forma que originam os furos sacro anteriores e os furos sacro posteriores. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - A PONTA DO SACRO tem uma superfície convexa, elíptica e está em união articular com a base do cóccix. 7.2 O Cóccix ou Coxis O cóccix é um elemento ósseo que está aplainado na frente e na parte traseira. Possui uma forma triangular, onde a base está orientada para cima e a ponta para baixo. O cóccix se origina da fusão de quatro a seis vértebras rudimentáres. No cóccix podemos descrever os seguintes elementos: 1. Dois lados: um anterior um pouco côncavo e o outro posterior um pouco convexo. 2. Duas bordas: ficam aos lados e tem uma forma irregular. 3. Uma superfície de base: está em articulação com a ponta do sacro e tem em cada lado duas protuberâncias (processus). A protuberância vertical chamamos de haste do coxis, a protuberância horizontal de transversal. 4. Uma ponta dobrada para frente. 7.3 Os Ossos Coxais (Os Coxae) DEFINIÇÃO. Os ossos coxais são ossos achatados e assimétricos, que junto ao sacro formam o cinturão pélvico. Unem às extremidades inferiores com o tronco. ESTRUTURA. Cada um está formado por três partes que se juntam à altura do quadril, formando uma Y: z O ílio (os ilium) z O púbis (os pubis) z O ísquio (os ischium) O ílio forma a parte superior, o púbis a parte anteroinferior e o ísquio a parte posteroinferior do osso. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - FORMA. Os coxais são comparados com um caracol, onde distinguimos três segmentos: z Um segmento superior: a aleta do ílio aplainada e extendida. Sua área externa está orientada lateralmente e um pouco para trás. z Um segmento médio: grosso e um tanto volumoso, onde se encontra a cavidade cotiloidea (bacia). z Um segmento inferior: que consta de uma parte do ísquio e do púbis formando um anel cartilaginoso que fecha ao furo obturador. ÍLIO O ílio consta de: z Corpo z Ala O corpo do ílio se une ao ísquio e ao púbis; a borda superior alargada do ílio conhecemos com o mome de crista ilíaca, a qual no seu extremo superior e anterior apresenta uma pequena proeminência óssea chamada de espinha ilíaca antero superior, na qual se insere o ligamento da virilha, uns quantos centímetros mais abaixo desta localizamos a espinha ilíaca antero inferior. O tubérculo da crista (tubérculo ilíaco) é um engrossamento ou projeção de uns cinco centímetros localizado atrás da espinha ilíaca antero superior. A ala do osso ilíaco apresenta duas faces e uma cavidade: z Face glútea z Face sacro pélvica z Cavidade ilíaca Na face glútea são localizados: z Linha glútea posterior z Linha glútea anterior z Linha glútea inferior A face sacro pélvica apresenta a tuberosidade do ílio e a superfície auricular na qual se articula o osso sacro. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - A cavidade ilíaca está limitada por cima pela crista ilíaca, a qual é lisa, côncava e geralmente apresenta um amplo furo nutricio. ÍSQUIO Forma a porção postero inferior do osso coxal e está composto de: Um CorpoUm Ramal A borda superior do corpo do ísquio é fusionada com o púbis e o ílio, formando assim parte da bacia. A borda inferior do corpo do ísquio forma a tuberosidade do ísquio; o ramal do ísquio é fusionado com o ramal inferior do púbis. Por sua vez o corpo do ísquio apresenta três faces: z Uma face femoral z Uma face pélvica z Uma face dorsal Na face femoral está localizada a espinha ciática, a qual é uma proeminência óssea que serve de limite aos decotados ciáticos maior e menor; de tal maneira que o decotado ciático maior está localizado entre a superfície sacro pélvica e a espinha ciática e, o decotado ciático menor está localizado entre a espinha ciática e a tuberosidade isquiática. Na pessoa viva estes decotados se convertem em furos por meio dos ligamentos sacroespinhoso e sacrotuberoso. O furo ciático maior contém os vasos e os nervos glúteos. O PÚBIS É a porção antero inferior do osso coxal, o osso púbico apresenta: Um corpo Dois ramais: um superior e o outro inferior. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - OSSOS DAS EXTREMIDADES INFERIORES A BACIA É uma grande cavidade em forma de taça, localizada na parte externa do osso coxal, a qual é articulada com a cabeça do fêmur para formar assim a articulação coxofemoral. O púbis forma 1/5 da bacia, o ílio quase as 2/5 partes e o ísquio um pouco mais das 2/5 partes. O FURO OBTURADOR Está limitado pelo púbis, o ísquio e os seus ramais, na pessoa viva está tampado pela membrana obturadora a qual se insere nas bordas do orifício. 8.1 O Fêmur GENERALIDADES. O fêmur é o osso da coxa. É um osso longo tubular, que se encontra duas vezes no corpo. O fêmur direito e o esquerdo são simétricos. ORIENTAÇÃO NO ESPAÇO. O osso do fêmur tem a forma de uma bengala: o broto longo se transforma em um colo inclinado na direção dele sobre o qual se encontra a cabeça do fêmur. A cabeça do fêmur se encontra em relação ao corpo proximal e medial. A epífese proximal do corpo se encontra de forma lateral e um pouco dorsal da cabeça do fêmur. O corpo mesmo se dirige de uma forma inclinada de proximal-lateral para distal- medial, isto quer dizer, as epífeses distais femorais se encontram mais perto do que as proximais, as quais estão separadas pelo púbis. O fêmur possui um ante- encurvamento, este fato caracteriza a maneira reta da pessoa caminhar. O CORPO DO FÊMUR. A área da seção tem uma forma triangular, proximal e anterior um pouco aplainada e se transforma distal em um quadrilátero. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - AS EPÍFISES PROXIMAIS DO FÊMUR: Estão unidas com a diáfise por meio do trocânter. Geralmente entendemos como sendo os extremos proximais do fêmur as seguintes partes: z A cabeça do fêmur z O colo do fêmur z Ambos trocânter, o maior e o menor A CABEÇA DO FÊMUR. Tem uma forma redonda e está assentada no extremo medial do colo do fêmur. Está recoberta de cartilagem e é articulada com o quadril por meio da cavidade cotiloidea localizada no osso coxal. Seu raio mede aproximadamente de 20 a 25 mm. onde o diâmetro vertical é um pouco maior do que o horizontal. Finalmente a cabeça do fêmur possui medial e um pouco acima do médio uma pequena cavidade onde se integra o ligamento da cabeça femoral ou ligamento redondo. O COLO DO FÊMUR. O colo do fêmur não é encontrado no plano frontal, se não que no inclinado, de tal forma que com o seu extremo medial se encontra proximal e anterior, e com o seu extremo lateral, distal e posterior. Seu eixo forma com a diáfise um ângulo aproximadamente de 130º e com o corpo do fêmur visto do plano transversal um ângulo de 30º. O colo do fêmur é aplainado da frente e de trás, é mais grosso lateral do que medial. O TROCÂNTER MAIOR. Se trata de uma grande protuberância do osso que se encontra no ponto onde o colo e o corpo do fêmur formam um ângulo. É aplainado lateral e medialmente e um pouco quadrado no seu perímetro. O TROCÂNTER MENOR. Se trata de uma protuberância óssea em forma de uma pirâmide triangular com a ponta aplainada. Está orientada um pouco para trás no lado medial, abaixo do colo do fêmur. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - A EPÍFISE DISTAL DO FÊMUR: Possui as seguintes características: z Na união com a diáfise se encontra uma ampliação do osso com seção quadrática. z Em posterior e distal é continuado este rolo nos dois côndilos femorais que tendem para trás e lateral, recargando as superfícies articulares contra a tíbia. Os dois côndilos têm diferentes tamanhos. Com relação ao eixo inclinado do fêmur, o côndilo femoral medial é mais longo do que o lateral. Pelo contrário a parte lateral da superfície articular é reduzida para a patela, quer dizer anterior do extremo distal do fêmur é mais alto que o medial. Com relação à superfície articular da tíbia ambos côndilos femorais estão orientados em forma diferente. O lateral está exatamente no plano sagital, o medial um pouco inclinado, de maneira que na sua parte posterior é desviado lateralmente. Entre ambos côndilos se encontra a profunda cavidade intercondylaris, a qual possui a sua maior profundidade atrás e para frente e se translada ao colo da facies patellaris. 8.2 A Patela A patela ou rótula se encontra na parte anterior do joelho. É o maior osso sesamoideo (nome de pequenos ossos do carpo e do tarso) do ser humano e se desenvolve no tendão do músculo quadríceps. É um elemento muito importante do aparelho de tensão da perna e representa a união entre o tendão do quadríceps e o tendão patelar. A patela ou rótula é de forma triangular vista de frente, com uma base proximal, assim como com um aplainamento dianteiro e outro posterior. Possui uma parede anterior e outra posterior, uma base proximal, a ponta distal e duas paredes laterais curvas. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - A parede anterior é convexa e apresenta numerosos furos que servem para o ingresso dos vasos, assim como também ranhuras verticais. A parede posterior apresenta nos dois terços superiores a superfície articular que corresponde à facia patelar da epífise distal do fêmur. No terço distal o qual se encontra extra articular existe uma superfície protuberante com uma cavidade na ponta. As paredes laterais se tornam convexas para frente. Estas são mais grossas proximal do que distal. A base é, vista desde atrás, triangular inclinada para distal anterior. O vértice da rótula está no meio, é levemente redondo e tem a ponta distal. 8.3 Os Ossos da Perna O esqueleto da perna consta de dois ossos: z A tíbia, com uma localização medial, é o maior dos dois ossos. z A fíbula ou perônio, com uma localização lateral, é o mais fino. A tíbia e o perônio são articulados nos seus extremos ou epífises e estão separados ao longo do seu comprimento por um espaço chamado espaço inter-ósseo. 8.3. A Tíbia GENERALIDADES. A tíbia mede de 30 a 40 cm. de comprimento. É um osso longo tubular. Distinguimos na tíbia os seguintes elementos: uma epífise proximal, o corpo e uma epífise distal. LOCALIZAÇÃO NO CORPO HUMANO. A tíbia se encontra medial do perônio. A epífise mais grossa é a proximal, a menor é a distal. De frente observamos a tíbia com uma beira afiada aguda para fora. DOP - Derechos Reservados 2003 Universidad Don Bosco - O CORPO DA TÍBIA. Este tem uma seção transversal triangular de maneira que nela podemos descrever: z Três superfícies: lateral, medial e posterior. z Três bordas ou cortes: anterior,
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