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Universidade Federal de Sergipe – UFS
Centro de ciências sociais aplicadas – CCSA
Núcleo de Relações Internacionais – NURI
Curso de graduação em Relações Internacionais
Discente: Piettro Rodrigues Santos Nascimento
Disciplina: Economia do Brasil
Professor Dr. Corival Carmo
Visão do processo de desenvolvimento econômico brasileiro
	Atualmente o Brasil possui uma economia bastante observada em todo o contexto do cenário internacional, não por ser de completo eficiente, mas sim por ser considerada relevante nos processos econômicos internacionais. Este patamar, porém, foi fruto de todo um aparato de políticas relacionadas à pesquisa, posicionamento institucional e outros que transformaram as estruturas econômicas do país e isto incluíram nas diretrizes do Estado consequências de diferentes naturezas e que geram diversas questões que abrangem desde inflação até desenvolvimento. O que se pode observar em todo um contexto histórico brasileiro é que estas políticas tomam diversas formas de aplicabilidade nas quais cabe destacar a importância de se obter visão desenvolvimentista e estrutural. Autores como Luiz Carlos Bresser, Maria de Lourdes Rollemberg Mollo, Cezar Dutra Fonseca Ciro Biderman, Guido Mantega e Marcio Rego, através de artigos e publicações propõe uma demonstração de toda a teoria que gira em torno dessas questões, os três últimos, em especial, trazem nas obras “Conversas com economistas brasileiros” e “Conversas com economistas brasileiros II” o que os economistas considerados grandes pensadores da economia do país possuem como arcabouço intelectual sobre o panorama econômico brasileiro em geral e em especial para o desenvolvimento.
	Inicialmente cabe destacar os artigos “Interpretações sobre o Brasil” e “Do antigo ao novo desenvolvimentismo da América Latina” de Luiz Carlos Bresser, e o artigo “Desenvolvimentismo e novo-desenvolvimentismo: raízes teóricas e precisões conceituais” de Maria de Lourdes Rollemberg Mollo e Cezar Fonseca. Estes textos em geral buscam fazer um panorama das políticas econômicas do Brasil e de outros contextos de forma demasiadamente conceitual e teórico. Nos textos de Bresser o que é basicamente abordado é o contexto do desenvolvimento. No primeiro texto há uma contextualização das fases históricas do Brasil que aborda os conceitos de dependência até na visibilidade de uma possível independência e faz com isso uma interpretação sobre o desenvolvimento e subdesenvolvimento e como estes conceitos foram encarados ao longo destes períodos, além disso, são abordados neste texto os processos dominantes que Administram estes procedimentos econômicos, como é o caso das instituições como a burguesia e a política vigente de cada período em geral. Através dessas ferramentas o autor ministra análises a cerca de como a economia brasileira se estrutura e com isso aborda assuntos como os processos agrários inerentes a identidade nacional desde base econômica enquanto colônia de exploração e a dependência em geral que se mostra tanto neste período como nos contextos do militarismo no qual ainda há uma fortificação da vertente imperialista e dominação burguesia, inclusive em nível Estatal. No que toca, porém o pós-redemocratização, há uma tentativa de desenvolvimento interno, no qual a política de desenvolvimento social e econômico abarca os interesses políticos, assim como segurança, saúde e educação deveriam representar objetivos estatais. O segundo artigo de Bresser, ainda relata sobre a questão desenvolvimentista. Intitulado “Do antigo ao novo desenvolvimentismo da América Latina”, o texto de Bresser incialmente propõe uma ideia sobre a interconexão da estrutura globalizada internacional e por isso a possível necessidade de uma estratégia nacional de desenvolvimento, que vem a ser um planejamento, uma idealização de ações e políticas que incialmente não garante a total formalidade de uma política concreta. Esta estratégia de desenvolvimento permite que as implicações futuras ou mudanças possam ocorrer a exemplo da revolução industrial na Inglaterra citado no texto, além disse permite uma analise para melhorias como o caso da Alemanha e do Japão para se destacar internacionalmente, apesar de não pertencerem a cultura de dependência, mesmo que ideológica que subjuga os países periféricos, assim como é citado no texto. Para o autor, todavia, essas estratégias desenvolvimentistas estão além do que se chama substituição da importação pela exportação, esta política é bastante limitada se for levado em consideração toda melhoria estrutural que deve ser agregada a essas ações como se fizessem parte de um mesmo conjunto e assim, umas sucessões de consequências passam a surgir para uma estabilidade econômica nacional que possam até superar as restrições que a divida externa traz. Entretanto, esta política estratégica de desenvolvimentismo é marcada por constantes problemas que a limita a efetivação das ideias, dentre eles crises consequentes de má administração de planejamentos. Da mesma forma, surge, segundo o autor uma política ortodoxia convencional que consiste em uma mudança de mercado voltada para novas posturas de administração institucional na economia o que, de certa, apresta na América Latina um resultado mais próximo da positividade. Porém, essa política propõe uma contradição porque, mesmo obtendo bom resultado monetário inicial, nas contas finais os país desenvolvidos acabam por serem os principais Estados a lucrar com esta nova assistência, principalmente após e considerando o consenso de Washington. enquanto que o desenvolvimento estrutural dos países periféricos acaba por sofrer estagnação, com isso, ainda segundo o texto, o processo desenvolvimentista ressurge como alternativa, entretanto, em uma situação de novas tentativas, marcado por um novo senso de independência latino-americano fomentado, inclusive, pelas mudanças políticas. Maria De Lourdes Rollemberg Mollo e Pedro Cezar Dutra Fonseca, no seu artigo “desenvolvimentismo e novo-desenvolvimentismo: raízes teóricas e precisões conceituais”, retomam mais uma vez as concepção de desenvolvimento de forma bastante teorizada e conceitual. Da mesma forma que Bresser, Mollo e Fonseca focam nas conjunturas latino-americanas e brasileiras como parâmetro para contextualização de marcados subdesenvolvidos. Os autores conceituam o que vem a ser o desenvolvimento e o novo-desenvolvimento, surgidos de como esse assunto era abordado historicamente e, assim como os autores anteriores, abordam um enlace de instrumentos como política, estrutura, economia e relações externas além da substituição da importação pela exportação como alternativa desenvolvimentista. Além disso, os autores demonstram toda uma contextualização do cenário no brasil em vários estágios.
	Após todo esse panorama geral em relação a conceitos e teorias sobre a economia em nível nacional, juntamente com um enlace político, desenvolvimentista, estrutural e estratégico, cabe-se faze ruma abordagem a cerca de como esse processo é visualizado por pessoas, ou melhor, especialistas que possam trazer um panorama mais prático e real do que isso realmente representa para as estruturas econômicas brasileiras, principalmente, através de experiências já vividas. No caso dois pesquisadores na área econômica que podem se relacionar muito bem com o assunto são: José Serra e Maria da conceição Tavares. Ambos colaboraram com entrevistas voltadas para uma análise desssas perspectivas presentes nos livros “Conversa com economistas brasileiros I” e “Conversas com economistas brasileiros II”, o primeiro formatado por Ciro Biderman, Luis Felipe Cozac e José Marcio Rego e o segundo por José Marcio Rego e Guido Mantega. Estes dois livros serão utilizados neste trabalho como base para uma análise do que estes pensadores textualizam com a economia nacional.
	Esses dois autores possuem formação acadêmica parte adquirida no exterior e outra parte no próprio Brasil, o que, de certa forma, proporcionou um visão externa do contexto brasileiro que pode ser trabalhado internamentea partir da utilização destas informações como meios de aprimoramento. Segundo o livro “conversa com economistas brasileiros II” José Serra, na época da faculdade foi mandado para o exílio devido a problemas com o a política nacional da época que sofria um processo de ditadura, como estudante universitário presidente da UNE, seu comportamento foi logo visado como ameaça política e por isso teve que terminar sua formação no exterior. Maria da conceição por sua vez, segundo “Conversas com economistas brasileiros” nasceu em Portugal e licenciou-se em matemática pela Universidade de Lisboa, mas mudou-se para o Brasil e resolveu fazer economia.
	 Segundo o livro de Mantega, na a sua experiência com a academia estrangeira, José Serra teve contato com inúmeros pesquisadores e autores de renome que propiciaram a ele um conhecimento extenso a cerca de economia, já que inicialmente sua formação era nas áreas de engenharia. A partir desses conhecimentos, diálogos e teorias adquiridas ele construiu uma visão própria de como a economia nacional se estruturava e como ela poderia se estruturar. Inicialmente, para Serra a economia é uma arte científica, na qual existe uma propensão intuitiva intensa e onde a matemática se agrega, mas não é fundamental para seu funcionamento. A teoria econômica brasileira para ele não é substancial e, portanto é agregadas teorias já pré-definidas por pensadores, em sua maioria estrangeiros, que permitem uma análise do cenário. E não era apenas o desenvolvimento teorico econômico que era regresso, a própria caracterização da economia brasileira era stagnada já que se mantinha em economia de exportação de matéria primas, e por isso, Serra se manteve consciente da necessidade de criação de um demanda para industrias no país que “o desenvolvimento é desenvolvimento das forças produtivas”. A partir disso, ressalta-se as relações que Serra passou a ter com as ideias de Fernando Henrique Cardoso, o qual teve um breve contato universitário no Estados Unidos. Ele, na verdade, faz críticas ao pensamento de FHC no livro do Mantega, no qual ele expõe novamente, dessa vez baseado no livro “Dependência e desenvolvimento na América Latina” de FHC que os países, como o Brasil possuem sua economia voltada para a contextualização agrária de exportação de matérias primas e de base. O que ele afirma e de relevância e que corrobora com Cardoso, é que o Brasil é um dos países que impulsionam o incentivo a industrialização interna. O que ele coloca de diferente do outro autor é sobre o desenvolvimento, José acredita que o desenvolvimento pode ser atrelado a investimentos internos se estes não ofuscarem a produção interna. Saindo um pouco da ideia da relação Serra x FHC, o Serra, com toda essa filosofia de industrialização também acredita que a industrialização pode substituir as importações e promulgar as exportações de novos produtos de forma geral, todavia, os processos deveriam ser cuidadoso por parte do governo, principalmente no que toca a substituição das importações, como trata os teóricos citados no início deste trabalho. Ele completa sua visão falando sobre as estruturas nacionais atuais que estão, segundo sua perspectiva, ligadas de forma Keynesiana ao Estado e foca o brasil no cenário internacional, como no caso do Mercosul, e no cenário político em geral. 
	Maria da conceição Tavares aborda questões parecidas com as tratadas por Serra, inclusive, segundo os textos de Mantega e Biderman, eles tiveram uma relação acadêmica e ideológica em certo momento. Segundos as obras citadas, para Tavares a economia tinha sua instrumentalização peculiar, a matemática, assim como Serra, era tratada por ela como auxilio e não fundamental, além disso, a pesquisa em sua opinião era de extrema importância apesar da deficiência já trata por Serra nos exemplos da teoria, sendo que para ela, todos os pesquisadores não possuíam, por este motivo, um método de análise definido, utilizando-se de coisas prontas como ferramenta de estudo, além disso, apesar da extrema dificuldade, para ela, as concepções econômicas poderiam ser redutíveis em teoria. Maria Tavares acreditava na relação fundamental entre economia e instituições como coloca os artigos de Bresser e Mollo ao citar a burguesia e o Estado como manipuladora da instrumentação econômica, entretanto, para a pesquisadora, existe uma instabilidade institucional bastante forte devido a volatilidade de qual instituição está sobre o domínio em cada estrutura vigente, principalmente em um contexto histórico. a exemplos dos já citados Estado e Burguesia, e da indústria. Outro ponto de vista de Tavares é de como as concepções econômicas brasileiras estão colonizadas academicamente, dependendo fortemente das produções teóricas externas.
	É interessante notar, como todos os autores citados ao logo deste trabalho se conectam em relação a uma necessidade de independência econômica nacional mais viva, tanto na prática política quando nas produções acadêmicas. Historicamente falando, a atual posição do país neste processo é bastante motivadora, entretanto ainda é preciso construir uma representatividade ainda mais palpável de forma que exista um equilíbrio mais intrínseco e uma situação mais favorável para o contexto nacional.
REFERÊNCIAS
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. Interpretações sobre o Brasil. In: LOUREIRO, Maria Rita (org.). 50 anos de ciência econômica no Brasil. Rio de Janeiro, Vozes, 1997. Disponível em <http://www.bresserpereira.org.br/papers/1997/79InterpretacoesBrasil.pdf>
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. Do antigo ao novo desenvolvimentismo na América Latina. In: PRADO, Luiz Carlos Delorme (org.). Desenvolvimento econômico e crise: ensaios em comemoração aos 80 anos de Maria da Conceição Tavares. Rio de Janeiro, Contraponto/Centro Internacional Celso Furtado, 2012. Disponível em: <http://www.bresserpereira.org.br/papers/2012/12.Do_antigo_ao_novo_desenvolvimentismo.pdf>
MOLLO, Maria de Lourdes Rollemberg; FONSECA, Pedro Cezar Dutra. Desenvolvimento e novo-desenvolvimentismo: raízes teóricas e precisões conceituais. Revista de Economia Política, vol. 33, n.2 (131), pp. 222-239, abril-junho/2013. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rep/v33n2/a02v33n2.pdf>
BIDERMAN, Ciro; COZAC, Luis Felipe L.; REGO, José Marcio. Conversas com economistas brasileiros. São Paulo, Ed. 34, 1996. Disponível em: <http://economiaeparaeconomista.files.wordpress.com/2011/10/conversa-com-economistas.pdf>
MANTEGA, Guido; REGO, José Marcio. Conversas com economistas brasileiros II. São Paulo, Ed. 34, 1999.

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