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Resumo - Economia do Brasil

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Economia do Brasil
Resumo: Formação econômica do Brasil
Primeira parte: fundamentos econômicos da ocupação territorial
Capitulo I: Da expansão comercial à empresa agrícola
A partir do desenvolvimento do comercio europeu no século XI e seu auge no século XV. O império otomano constituiu-se em uma barreira que foi superada pelo descobrimento de novas rotas e além disso o “descobrimento” da América.
Os espanhóis conseguiram extrair riquezas desde o primeiro momento, pela acumulação de ouro das antigas civilizações pré-existentes. Portugal teve de buscar outros métodos para compensar a ocupação das terras.
As demais potencias (Holanda, França e Inglaterra), excluídas do Tratado de Tordesilhas, tinham interesses nas terras americanas e, por isso, as potencias ibéricas tiveram que ocupar e povoar efetivamente o território para que este não fosse tomado. Para que esse povoamento compensasse foi necessário que Portugal encontrasse uma forma de exploração lucrativa da terra.
Se Portugal não tivesse êxito nos empreendimentos, seria insustentável a manutenção da colônia e não teria perdurado como potência.
Capitulo II: Fatores do êxito da empresa agrícola
Os portugueses detinham o domínio do cultivo da cana-de-açúcar e do comercio do açúcar nas ilhas atlânticas.
Essa experiencia facilitou o sucesso da empresa açucareira no Brasil, pois Portugal já detinha certa tecnologia e o açúcar português inicialmente entrou nos canais tradicionais controlados pelos comerciantes das cidades italianas. Com a entrada desse produto há uma ruptura do monopólio por parte dessas cidades da produção de açúcar e também uma superprodução que foi regulada em 1496 pelo governo português.
Na metade do século XVI os portugueses passam a fazer comercio junto com Flandres, que fica responsável pelo refino e distribuição do açúcar, ponto fundamental do sucesso, pois eram especialistas no comercio intra-europeu e detinham organização comercial suficiente para criar um mercado de grandes dimensões para o novo produto.
“Tudo indica que capitais flamengos participaram no financiamento das instalações produtivas no Brasil vem como no da importação da mão-de-obra escrava.”
Havia o problema de mão-de-obra que foi solucionado com o tráfico de escravos, os portugueses detinham um mercado africano de escravos e viram a possibilidade de ampliar esse negócio e utilizar uma mão-de-obra barata e viável na colônia.
Capitulo III: Razões do monopólio
A Espanha ficou limitada a extração de metais preciosos que gerou imensa fortuna ao império e os enormes gastos públicos geraram uma inflação crônica que gerou déficit na balança comercial. 
“Cabe portanto admitir que um dos fatores do êxito da empresa colonizadora agrícola portuguesa foi a decadência mesma da economia espanhola, a qual se deveu principalmente à descoberta precoce dos metais preciosos.”
Capitulo IV: Desarticulação do sistema
Durante a União Ibérica a empresa agrícola foi profundamente prejudicada. A Holanda travou uma guerra contra a Espanha, no começo do século XVII eles controlavam praticamente todo o comercio realizado pelo mar na Europa. Além disso houve a ocupação holandesa no nordeste por 25 anos, na qual “os holandeses adquiriram o conhecimento de todos os aspectos técnicos e organizacionais da indústria açucareira”. O monopólio pelos portugueses foi perdido e reduzindo os preços.
Capitulo V: As colônias de povoamento do hemisfério norte
Com o enfraquecimento da Espanha, no século XVII, as potencias emergentes (França e Inglaterra) trataram de apoderar-se das estratégicas ilhas do Caribe para nelas instalar colônias de povoamento com objetivos militares. Essa colonização se baseou no sistema da pequena propriedade que seria pago com o fruto do trabalho. As lutas religiosas e políticas que aconteciam na Europa e principalmente na Inglaterra facilitaram esse processo de povoamento, mas também foram enviados criminosos e houve até mesmo rapto de adultos e crianças para serem enviados as colônias.
“Ao contrário do que ocorrera com a Espanha e Portugal, que se haviam visto afligidos por uma permanente escassez de mão-de-obra quando iniciaram a ocupação da América, a Inglaterra do século XVII apresentava um considerável excedente da população, graças às profundas modificações de sua agricultura iniciadas no século anterior”.
O clima predominante nas colônias do norte, por ser igual da Europa, foi fator que retardou o desenvolvimento inicial, por não encontrarem artigos a serem produzidos e exportados. Já o clima das Antilhas permitia a produção de diversos artigos atraentes ao mercado europeu.
Capitulo VI: Consequências da penetração do açúcar nas Antilhas
A mão-de-obra europeia foi substituída pela africana escrava, as pequenas propriedades (na Virginia, por exemplo) foram dando espaço a grandes unidades. E a produção do açúcar era incompatível com o sistema da pequena propriedade.
Os objetivos políticos franceses e ingleses “tiveram de ser abandonador sob a forte pressão de fatores econômicos”. 
A expulsão dos holandeses do Brasil os levou para as Antilhas francesas, que estavam com a economia prejudicada pela queda do preço do fumo, e inglesas, que estavam em guerra civil. “Estes não somente deram a necessária ajuda técnica, como também propiciaram crédito fácil para comprar equipamentos, escravos e terra”.
Essa empresa contava com equipamentos totalmente novos e posição geográfica favorável. O numero de escravos africanos aumentou e a população europeia decresceu, desaparecendo as colônias de povoamento nessas ilhas.
Os membros das colônias do norte empenharam-se em criar uma economia autossuficiente. E as ilhas transformaram-se em importadoras de alimentos e madeira e exportadores dos destilados que não podiam ser vendidos por conta do monopólio da metrópole fortaleceu o comercio entre colônias do norte e as Antilhas francesas.
Considerando a conturbação interna na Inglaterra, não houve uma fiscalização efetiva para impedir esse desenvolvimento, apenas mais tarde que passaram a retaliar com medidas legislativas que criaram tensões.
Capitulo VII: Encerramento da etapa colonial
O fim da união ibérica deixou Portugal como potência enfraquecida e ameaçada pela Espanha (que não reconhecia sua independência), havia perdido o comercio oriental e o mercado do açúcar desorganizado. Para sobreviver como metrópole colonial se aliou a Inglaterra assinando vários tratados que beneficiavam a última.
“Portugal fazia concessões econômicas e a Inglaterra pagava com promessas ou garantias políticas”.
A partir da primeira década do século XVIII se desenvolveu a produção de ouro e modifica a situação vivida por Portugal. 
Acordo de 1703 - Tratado de Methuen/Tratado dos Panos e Vinhos: “significou para Portugal renunciar a todo desenvolvimento manufatureiro e implicou transferir para a Inglaterra o impulso dinâmico criado pela produção aurífera no Brasil.”
Por meio desses tratados, Portugal conseguiu garantir uma posição solida na conferência de Utrecht: “conseguiu o governo lusitano que a França renunciasse a quaisquer reclamações sobre a foz do Amazonas e a quaisquer direitos de navegação nesse rio. Igualmente nessa conferência Portugal conseguiu da Espanha o reconhecimento de seus direitos sobre a Colônia do Sacramento.”
Houveram mudanças significativas com o inicio do ciclo do ouro no Brasil: Portugal assumiu posição secundaria de entreposto, expansão demográfica, maior numero de europeus e menor numero de escravos. E para a Inglaterra: desenvolvimento manufatureiro e concentração de reservas.
No final do século XVIII houve a decadência da mineração e a revolução industrial na Inglaterra que modificou a estrutura comercial.
A independência do Brasil que manteve continuidade do governo português incluiu os privilégios da Inglaterra, os acordos firmados tinham o mesmo caráter “pagamentos em privilégios econômicos de importantes favores políticos”. 
Com o crescente mercado do café, o Brasil tende a ampliar relações com os EUA e se desvincula da Inglaterraapós expirar o tratado de 1827 que favoreciam os ingleses.
A estrutura brasileira até metade do século XIX continuava a mesma de três séculos antes, baseada no trabalho escravo e ausência de tensões internas, compunham fatores que são responsáveis pelo atraso relativo da industrialização. Com a expansão cafeeira da segunda metade do século e aumento dos conflitos é que se houve um impulso de crescimento.
Quinta parte: Economia de transição para um sistema industrial século XX
Capitulo XXX: crise da economia cafeeira
A última década do século XIX criou uma condição favorável à expansão da cultura do café: produção asiática prejudicada, imigração, inflação de crédito para financiamento de novas terras e alta dos preços do café.
O Brasil dominava o mercado de café, ficando claro durante o período de crise de superprodução no qual foi necessário recursos financeiros para reter parte da produção fora do mercado e manter os valores altos.
Porém, houveram crises que fizeram os preços caírem iniciadas em 1893. Sendo em 1906 acordado o Convenio de Taubaté: restabelecer o equilíbrio entre oferta e procura de café, o governo interviria no mercado para comprar os excedentes; financiamento dessas compras se faria com empréstimos estrangeiros; o serviço desses empréstimos seria coberto com um novo imposto cobrado em ouro sobre cada saca de café exportada; os governos dos estados produtores deveriam desencorajar a expansão das plantações.
Transformações na estrutura político-social do país: aumento do poder regional dos cafeicultores; crescente classe media urbana; comerciantes importadores e industriais que se opunham aos cafeicultores que tinham interesse de aumentar o poder político.
Os estados cafeicultores conseguiram aplicar o primeiro esquema de valorização sem o apoio do governo, que posteriormente se viu obrigado a assumir a responsabilidade, reforçando o poder deles até 1930.
Com a defesa nos preços do café proporcionava-se uma situação privilegiada, tal vantagem relativa tendia a aumentar e os grandes lucros faziam os empresários investirem mais. Dessa forma, a solução para o problema se tornou um agravante.
“Não se podia esperar um aumento sensível da procura resultante de elevação da renda disponível para consumo nos países importadores.” 
A única saída seria desestimular a produção cafeeira em detrimento da diversificação das exportações, pois a investida em um único produto faz, inevitavelmente, a queda dos preços a longo prazo. 
Capitulo XXXI: Os mecanismos de defesa e a crise de 1929
A produção continuou crescendo, mesmo após a crise de 1929, até seu auge em 1933. E era impossível obter credito no exterior para financiar a retenção de novos estoques.
“A depreciação da moeda, ao atenuar o impacto da baixa do preço internacional sobre o empresário brasileiro, induzia este a continuar colhendo o café e a manter a pressão sobre o mercado. Essa situação acarretava nova baixa de preços e nova depreciação da moeda, contribuindo para agravar a crise.”
Para evitar essa pressão dos produtores que gerava queda nos preços e descontrole da oferta, que gerava a desvalorização da moeda, foi necessária a destruição dos estoques excedentes. Obtendo um equilíbrio entre oferta e procura a um nível mais alto nos preços.
“A política de defesa do setor cafeeiro nos anos da grande depressão concretiza-se num verdadeiro programa de fomento da renda nacional.”
“É, portanto, perfeitamente claro que a recuperação da economia brasileira, que se manifesta a partir de 1933, não se deve a nenhum fator externo, e sim à política de fomento seguida inconscientemente no país e que era um subproduto da defesa dos interesses cafeeiros.”
XXXII. DESLOCAMENTO DO CENTRO DINÂMICO
Desequilíbrio externo -> elevação do preço de artigos importados;
Diminuição das importações;
Situação inédita: preponderância do setor ligado ao mercado interno no processo de formação de capital;
Migração de capital para outros setores;
Indústria e agricultura superam rapidamente os efeitos da crise;
Atividades ligadas ao mercado interno recebiam novos investimentos, aproveitamento mais intenso da capacidade instalada;
Compra de equipamentos de segunda mão de empresas quebradas pela crise no exterior;
Crescimento da procura por bens de capital;
Capacidade de importação não se recuperou nos anos 30;
Crescimento de 50% na produção industrial entre 1929 e 1937;
Substituição de importações;
Produtores para o setor interno x exportadores.
XXXIII. O DESEQULÍBRIO EXTERNO E SUA PROPAGAÇÃO
Barateamento de produtos de produção interna;
Taxa cambial ganhou mais importância;
Valorização cambial = problemas de competitividade do setor industrial.
Pressão por rebaixamento da taxa cambial graças a sucessivos saldos positivos na balança de pagamentos;
Na Segunda Guerra, houve fixação da taxa cambial;
Capacidade produtiva e exportações em crescimento;
Redução de renda per capita de 10% entre 1937 e 1942;
Dificuldades de transporte para importação e exportação;
“Sobreesforço de guerra”;
Aumento de despesas militares, diminuição de subsídios;
Baixa geral da produtividade;
Começo da Guerra: desemprego, capacidade produtiva não utilizada em diversos países;
Inflação;
Favorecimento aos exportadores;
Preços das importações crescem com menor rapidez;
Revalorização da moeda brasileira.
XXXIV. REAJUSTAMENTO DO COEFICIENTE DE IMPORTAÇÕES
Volta ao nível de gastos em importações de 1929;
Controles seletivos de importações. Intensificação do processo de industrialização do país;
Redução relativa de manufaturas acabadas de consumo, em benefício de bens de capital e matérias-primas;
Intensificação do processo de crescimento do pós-guerra;
Baixa relativa de preços devida ao aumento da produtividade beneficiou a população em geral;
Desvalorização cambial seria péssima para a indústria, mas boa para importadores e exportadores. Seria recuperado o equilíbrio oferta-procura de produtos importados;
Houve também crescimento do mercado e isso ajudou;
Não houve uma simples transferência do setor exportador para o setor interno;
Setor industrial era o maior absorvedor de divisas geradas.
XXXV. OS DOIS LADOS DO PROCESSO INFLACIONÁRIO
Aumento da eficácia marginal das inversões nas indústrias;
Declínio do crescimento à partir de 1953;
Inflação neutra -> sem efeitos reais;
Guerra da Coreia -> pressão inflacionária;
Mecanismo de ampliação dos desequilíbrios provenientes do exterior – setor primário.
Revolução Burguesa no Brasil
O que significou a Independência do Brasil – cap. 2
1º Revolução social no Brasil;
Novo tipo de autonomia política;
Início da sociedade nacional;
Poder exercido de dentro para fora;
Internalização e nativização do poder político;
Possuía elemento conservador (preservar e fortalecer a ordem econômica existente: escravidão, monopólio do poder, agricultura, etc);
Possuía elemento revolucionário (despojar a ordem social da colônia);
Liberalismo: sem efeito para a sociedade. 
Consequências da autonomização política – cap 3
Internalização do comércio;
Aplicações do excedente econômico em bens de consumo – implantação do capitalismo na sociedade brasileira;
Agentes econômicos responsáveis pela ruptura com a era colonial: fazendeiro do café e imigrante = burguês brasileiro
Papel do imigrante: 
Consolidação da ordem social competitiva (rural-urbano)
Herói da industrialização 
Foi vítima da racionalidade adaptativa e não do espírito capitalista ao se deparar com as condições do meio brasileiro;
Coube ao imigrante as transformações que serviram de base ao regimento de uma ordem monetária e de mercado, bem como transferir para as diferentes camadas da plebe expectativas e padrões de consumo típicos de uma sociedade moderna capitalista.
Conclusões
Apesar de manter-se as velhas estruturas e o estamento a construção dessa nova estrutura apresentava sentido revolucionário pois criaram-se as condições para o rompimento do estatuto colonial;
A autonomização do país foi um processo político e nãoeconômico como ocorreu na Europa;
O capitalismo no Brasil nasceu de uma ordem pré-existente;
O liberalismo serviu apenas para legitimar a dominação patrimonialista
Teses sobre o surgimento da indústria no Brasil
Teoria dos Choques Adversos - Celso Furtado
A indústria cresceu nos períodos de crise (I Guerra, Grande Depressão) quando se tornou mais difícil importar. A dificuldade de importar protegeu o produto industrial nacional da concorrência do produto importado.
Teoria Revisionista do Revisionismo - Versiani e Versiani
Foi a sucessão de períodos de dificuldades no setor externo (aumentos de produção) seguida de períodos em que o setor exportador ia bem (aumentos de capacidade) que propiciou à industrialização brasileira. Nos primeiros períodos se acumulavam lucros e expectativas que incentivavam o investimento durante o segundo período.
Celso Furtado
Crise internacional e do café cria a possibilidade para o surgimento da indústria (PSI);
Desvalorização cambial – aumento das exportações e redução das importações – incentivo a indústria.
Por outro lado: crise do setor – reduz exportações que gera redução das importações devido às restrições de divisas;
Sendo assim, torna-se necessário emissão de moeda – redução da taxa de juros e aumento do investimento.
	Para Furtado a indústria surge como um subproduto do café! Não foi intencional 
A industrialização antes 1930 - Versiani e Versiani
Indústria têxtil.
Direções principais:
Crescimento industrial antes da I GM
I GM interrompe o crescimento da indústria
Industrialização gerada a partir das exportações
Fatores determinantes:
Oscilações da taxa de cambio:
Favoráveis ou desfavoráveis aos produtores nacionais.
Efeitos dessas variações sobre os importadores:
Investir na indústria ou no campo, associado a incerteza.
Portanto a indústria surge como atividade colateral a cobertura de riscos.
Hipóteses
Interpretação da industrialização anterior a 1930 a partir dos surtos de crescimento de produção é limitada;
Proteção tarifária foi importante;
Encilhamento;
I Guerra Mundial;
Período entre 1921-30: aumento significativo da capacidade produtiva.
Características da industrialização por Processo de Substituição de Importações (PSI)
Industrialização fechada;
Voltada para dentro (atendimento de uma demanda existente);
Protegida (desvalorização do câmbio, subsídios, tarifas aduaneiras);
Motor dinâmico do PSI foi o estrangulamento externo;
Industrialização por etapas;
Tendências ao desequilíbrio externo (ind. sem competitividade, elevada demanda por importações, política cambial);
Elevada participação do Estado; 
Concentradora de renda;
A ERA VARGAS E O DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL
Precedentes Era Vargas
Crise do café e oscilações no preço do café;
Economia dependente e voltada para fora;
Deterioração dos termos de troca;
Processo de Substituição das Importações;
Para Vargas a crise foi consequência principalmente dos governos anteriores (políticas de defesa do café, superprodução e socialização das perdas)
Desvalorização cambial: escondia sinais do Mercado e encarecia as importações.
Governo Provisório: 1930-34
A Revolução seria dentro da ordem em caráter permanente;
“Reconstrução Nacional “
Assegurar ao capital estrangeiro maior tranquilidade de investimento.
A mudança dera-se na forma almejada pelos “revolucionários”, excludente e sem ferir as estruturas. 
Entre as propostas destacaram-se: 
Constituinte de 1932 (ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido em São Paulo, entre julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas) 
Necessidade de anistia;
Nova legislação eleitoral;
Moralização administrativa;
Remodelação do exército;
Austeridade econômica;
Remodelação do ensino técnico profissionalizante;
Política internacional de aproximação econômica;
Revisão sistema tributário;
Abandono protecionismo às indústrias artificiais;
Criação do Ministério do Trabalho, etc. 
Contencionismo (severa contenção de despesas) do governo em combater a crise e restringir os meios de pagamento;
Ainda permanece pouca diversificação dos setores industriais, embora Governo Federal pronunciava-se favorável a maior centralização em prol da modernização – existência de capacidade ociosa e adoção de políticas anticíclicas
Incentivos à indústria – política monetária expansionista (keynesianismo e o intervencionismo como ideologia)
Constituinte de 1934
Instalada em 1933 a Assembleia Nacional Constituinte deliberava sobre: 
Federalismo fiscal;
Estabelecimento de impostos;
Controle de despesas;
Empréstimos estrangeiros; etc
Reestruturação produtiva e o aparecimento de um novo padrão de acumulação e de novas formas de articulação entre as várias frações do capital, sobretudo a partir da segunda metade de 1930.
O novo desenvolvimento capitalista
Nacionalista – formar uma grande nação;
Industrializante – libertar-se das importações; 
Intervencionismo 
Influência positivista;
Desenvolvimentismo
Vertentes
Existência de um projeto nacional (visando superar estruturas atrasadas consentidas através do predomínio do setor rural sobre o urbano na República Velha);
Industrializante;
Intervenção do Estado (na política monetária ou cambial) + Positivismo (intervenção de Estado através de finanças sadias) ou Metalista (intervenção de Estado na taxa de cambio)
Atributos desenvolvimentismo
Em análise a 28 governos desenvolvimentistas da AL, Fonseca conclui a prevalência de alguns atributos no desenvolvimentismo:
Existência de um Projeto nacional (100% dos casos);
Intervenção estatal (100% dos casos);
Industrialização (100% dos casos)
Capitalismo (100% dos casos)
Ajuda de capital estrangeiro (60%)
Burocracia (79 %)
Reforma agrária (44%)
Redistribuição de renda (41%)
Planejamento (65%)
Bancos de desenvolvimento (71%)
Princípios Desenvolvimentistas: desenvolvimento como superação de estruturas
Para romper com o atraso é necessário desenvolver a industrialização e internalizar a autonomia produtiva nacional); 
Conceito sofre mudanças ao longo dos anos: 
Anos 1950: industrialização;
Anos 1960: Reformas (redistributivas, financeiras, etc)
Anos 1970: Estilos (e a discussão sobre o endividamento versus fortalecimento exortador);
Anos 1980: superação da asfixia da dívida externa com crescimento e diversificação exportadora;
A partir dos anos 1990: novo-desenvolvimentismo e inclusão da democracia, igualdade social e preservação do meio ambiente.
Superação do atraso para o novo desenvolvimentismo: questões imprescindíveis
Retomada da capacidade de poupança e investimento do Estado;
Incentivo ao progresso técnico e inovação 
Capacitação do capital humano;
Aumento da coesão social em torno de estratégia de desenvolvimento;
Manutenção de políticas macroeconômicas que garantam estabilidade fiscal;
Redução gradativa da taxa de juros;
Taxa de cambio competitiva ao mercado externo;
Política ativa de salários que acompanhe os ganhos de produtividade e permita a redistribuição de renda.
Causas do estruturalismo
	Estruturalismo (1940-1990)
	Neo-estruturalismo (1990- ...)
	1. Baixa diversidade produtiva e voltada para prod. primários – processo exigente em poupança e divisas – restrições ao crescimento (vulnerabilidade externa, inflação, desequilíbrios no BP, etc)
	1. Diversificação produtiva e exportadora inadequada – baixa densidade tecnológica, baixos efeitos de encadeamento, baixa produtividade e restrições ao crescimento (vulnerabilidade externa e desequilíbrios macroeconômicos).
	2. Heterogeneidade produtiva com oferta ilimitada de mão de obra – baixa produtividade per/capta, concentração da propriedade – restrições ao investimento e ao crescimento, rendas de subsistência – pobreza.
	2.Heterogeneidade produtiva com oferta abundante de mão de obra, informalidade e baixa produtividade per/capta - restrições ao investimento e ao crescimento, rendas de subsistência – pobreza.
	3. Quadro institucionale composição de agentes poucos favoráveis à acumulação de capital e ao progresso técnico- baixo investimento;
	3. Quadro institucional e composição de agentes poucos favoráveis à acumulação de capital e ao progresso técnico - baixo investimento em capital físico e em conhecimento.
	Em ambas visões há tendências desfavoráveis para combater: 
Inserção internacional desfavorável dada pela contexto centro-periferia, vulnerabilidade externa, instabilidade econômica derivadas dos desequilíbrios externos;
Insuficiência de investimento, de progresso técnico e de crescimento, desequilíbrios no BP;
Preservação do subemprego, da pobreza, da má distribuição de renda;
Destruição da natureza.
Desafios para o desenvolvimento com igualdade e os 3 problemas estruturais
O Governo Constitucional: 1934-37 
Constituição de 1934;
Constituições estaduais tornou muitos interventores governadores, eleitos pelas assembleias legislativas, com significativa vitória dos partidários de Getúlio. 
Em abril de 1935 foi sancionada a Lei nº 38, que definia os crimes contra a ordem política e social, que possibilitou maior rigor no combate à subversão da ordem pública – Lei de Segurança Nacional. 
Criação de “Hora do Brasil" depois denominada Voz do Brasil
Inauguração da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira - 1935.
Expressivo crescimento da radicalização político-ideológica no Brasil, especialmente entre a Ação Integralista Brasileira (AIB), influência fascista, e a Aliança Nacional Libertadora (ANL), influência soviética.
Intentona comunista (1936): após fechamento da ANL
O Estado Novo – 1937-1945
O Estado Novo tinha como objetivo “Reajustar o organismo político às necessidades econômicas do país” – Getúlio Vargas;
Outorgação da Constituição de 1937- plenos poderes ao Executivo;
Foram criados o Ministério da Aeronáutica, a Força Aérea Brasileira, o Conselho Nacional do Petróleo, o Departamento Administrativo do Serviço Público, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Companhia do Vale do Rio Doce, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, o Conselho Federal do Comércio Exterior, a lei da sociedade anônima e a Estrada de Ferro Central do Brasil;
Getúlio deu os primeiros passos para a criação da indústria aeronáutica brasileira e de motores. 
Getúlio é eleito presidente (PTB) sucedendo Eurico Gaspar Dutra;
Foram promulgados Código Penal Brasileiro, CLT, Código de Minas, Lei das Falências, Justiça do Trabalho, Salário Mínimo; criação de territórios nacionais; Marcha para oeste (Colônia Nacional de Dourados); SUMOC – “Bacen”, entre outras medidas. 
II Guerra Mundial: neutralidade nacional até 1941
Governo tumultuado e com indícios de corrupção e aumento da participação comunista no governo de Vargas.
Criação do PTB (15/05/1945);
Deposição de Getúlio 1945 por Ernesto Geisel.
Governo de Eurico Gaspar Dutra 1946-1950
Marcos da política econômica
Política rígida de cambio para flexibilização e sobrevalorização da taxa cambial
Política de comercio exterior diferente (fim do mercado de livre cambio) e contingenciamento das importações;
Passagem de política econômica contracionista para outra de maior flexibilidade nas metas fiscais e monetárias;
Perspectivas da política econômica de acordo com o Sistema Bretton Woods (compreendido como um sistema de equilíbrio:
FMI
GATT (Acordo Geral de Tarifas e comercio)
BIRD
ENTRETANTO A REALIDADE NÃO ERA ESSA! Não havia equilíbrio possível nas condições do imediato pós-guerra e de Guerra Fria.
Objetivos da valorização cambial
Atender demanda da matéria prima, infraestrutura e de bens de capital desgastada durante a II GM;
Liberalização das importações deveria baixar preço das industriais no mercado nacional devido à concorrência;
Estimular a entrada de divisas na mesma proporção das saídas nos médio e longo prazos;
No entanto o problema maior estava na geração de sucessivos superávits comerciais com esse tipo de política cambial, sobretudo por que muitas das exportações brasileiras eram realizadas para áreas de moeda inconversível (Brasil acumulava saldos em moedas fracas e não em dólares americanos).
Fatores que influenciaram na política econômica 
Em 1946 houve a liberação do teto no preço do café o que levou a criação de uma certa “ilusão” de divisas disponíveis por 03 motivos, havendo mudança na política econômica:
O país parecia estar em situação bastante confortável em relação às suas reservas internacionais;
Julgava-se credor dos EUA pela colaboração oferecida no II GM;
Acreditava que uma política liberal de cambio seria capaz de atrair Investimento Estrangeiro Direto (IED) dando solução para os desequilíbrios na Balança de Pagamentos (BP);
P.S.I. e crescimento industrial
Registro de crescimento de produção em alguns setores, sobretudo de infraestrutura (PLANO SALTE – saúde, alimentação, transporte e energia);
Efeitos da adoção de uma política de câmbio sobrevalorizada com controle de importações:
Efeito protecionista;
Efeito subsídio;
Efeito lucratividade e alteração da rentabilidade relativa dos setores importadores e exportadores;
Política econômica interna
Após 1949 – política heterodoxa e controle da inflação;
Políticas fiscais e monetárias severamente contracionistas (redução dos gastos do governo e da emissão de moeda);
A política monetária, contudo, foi pressionada pela expansão de credito do Bando do Brasil em 1948, principalmente para o financiamento da indústria.
Levando ao aumento da inflação em virtude de 3 motivos:
Proximidade com as eleições presidenciais;
Aumento da demanda do setor industrial;
Desvalorização da libra esterlina e outras moedas em 1949.
Governo Vargas 1950-1954
Estabilização da economia (saneamento do sistema econômico e financeiro): 
Combate à inflação 
Taxa de cambio fixa e valorizada;
Mas houve redução das exportações preços pouco competitivos e devido expectativas futuras dos produtores;
Redução dos gastos do governo;
Instrução SUMOC 70 (1953): realização de leiloes de importações classificadas em 5 categorias de maior ou menor essencialidade;
Realização de investimentos em setores de infra: aliança com EUA (Comissão Mista BR-EUA)
Participação do BM e Eximbank;
Em 1952, criação do BNDE, atual BNDES;
Em 1952, pela lei nº 1.649, o Banco do Nordeste;
Criação do Instituto Brasileiro do Café (IBC), o qual foi extinto em 1990;
Em 1953, foi criada a PETROBAS, no aniversário da Revolução de 1930;
Em dezembro de 1953, a lei nº 2.145, criou a CACEX, "Carteira de Comércio Exterior" do Banco do Brasil;
Atentado da Rua Toneleros (Carlos Lacerda)
Getúlio é pressionado a se afastar do governo – renunciando ou licenciando-se;
Crise política – Vargas suicida-se em 24 de agosto 1954 – assumindo Café Filho (1954-55)

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