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Aula 3 Modelos e Paradigmas de Saúde

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Modelos de Assistência a Saúde Brasileiros
Paradigmas de Saúde. 
O que tem haver com saúde da família?
O que é um Paradigma?
		Segundo Kunh (1998), no sentido sociológico do termo é definido como: 
					“Constelação de crenças, valores e técnicas, partilhadas pelos membros de uma comunidade determinada” (p. 218). 
Mudança do paradigma
 Estamos em tempo de superposição...
 Paradigmas sanitários:
 Flexneriano 	Produção Social da Saúde
	
Vamos relembrar as caracteristicas dos modelos assistências estudados até agora.
4
Inicio do Século XX
O professor Abraham Flexner publica, em 1910, um trabalho baseado na visita a 155 escolas médicas americanas, pregando uma série de modificações nos seus currículos, conhecido como “Relatório Flexner”.
O “Relatório Flexner” colocou vários pressupostos ideológicos para a Medicina, tais como:
mecanicismo;
biologicismo;
individualismo;
especialismo;
tecnificação precoce e crescente do ato médico;
ênfase na medicina curativa.
Relatório de Flexner
Deu origem ao modelo flexneriano de prática médica, muito bem ajustado ao binômio controle social / reprodução da força de trabalho no contexto capitalista, caracterizado por:
expansão da indústria de medicamentos e aparelhos médicos;
assistência médica à doença;
fragmentação do indivíduo.
O modelo flexneriano passou a se mostrar crescentemente dispendioso no nível coletivo, excluindo a maioria da população e totalmente ineficaz no combate aos determinantes sociais e psicossociais da doença.
MAPA
 CONCE
I
T
UAL
As transformações no panorama político e social do mundo e da
situação de saúde, principalmente a falta de mudanças esperadas,
põem em xeque as premissas e previsões de antigos modelos, em
Especial do clínico/biológico/flexneriano (Ramos et al 2013)
Quando um paradigma não consegue mais responder às necessidades de uma comunidade científica, este entra em crise, dando margem para o surgimento de outros paradigmas ( RAMOS et al, 2013).
O surgimento de um paradigma que valoriza a integralidade permite o contato do profissional com uma nova forma de cuidar. O reconhecimento de diversas maneiras de visualizar e vivenciar o cuidado de enfermagem impulsiona-nos a repensar o modo de agir e fazer da profissão. Nesse sentido, o artigo tem como objetivo trazer uma reflexão sobre a influência paradigmática na (des)valorização do cuidado em enfermagem. ( RAMOS et al, 2013).
7
Concepção de produção social
	Saúde - então, o resultado de um processo de produção social que expressa a qualidade de vida de uma população. 
	Qualidade de vida- entendida como uma condição de existência dos homens no seu viver cotidiano, pressupõe determinado nível de acesso a bens e serviços econômicos e socias.
Positividade 
SAÚDE 
QUALIDADE 
DE VIDA
=
	Na metade dos anos 70,...
Exercício da Cidadania
Na metade dos anos 70, nos países desenvolvidos, surgem novas concepções.
	As concepções modernas de saúde implicam em considerá-las em sua positividade, articulam saúde com condições de vida.
	Saúde é, então, o resultado de um processo de produção social que expressa a qualidade de vida de uma população. 
	Qualidade de vida entendida como uma condição de existência dos homens no seu viver cotidiano, pressupõe determinado nível de acesso a bens e serviços econômicos e socias.
8
Paradigma da produção social da saúde
	Salvo a natureza intocada, tudo que existe é produto da ação humana na sociedade, a partir de suas capacidades:
 		políticas, 
		ideológicas, 
		cognitivas, 
		econômicas, 
		organizativas , 
		culturais.
		
	Uma sociedade poderá, pela sua produção social, acumular saúde ou produzir socialmente enfermidades.
Mendes, 2009
	Na metade dos anos 70,...
Para atender às mudanças no perfil epidemiológico observadas no país, no transcorrer do século XIX, propõe-se a construção de um novo paradigma, o da produção social da saúde, orientado pelo conceito positivo de saúde, e tendo seus fundamentos calcados na teoria da produção social. Tal teoria permite romper com a divisão da realidade em setores e, dessa forma, além de responder por um estado de saúde em permanente transformação, rompe também com a ideia de um setor saúde, erigindo-a como produto social resultante de fatos econômicos, políticos, ideológicos e cognitivos(7).
9
Vamos a Mudança da prática assistencial ?!?!
Prática assistencial, entendida aqui, como a forma de uma sociedade, num dado momento, organizar suas respostas aos problemas de saúde.
	O conceito de saúde, tomado como a ausência de doença, requer organização dos serviços sob a forma de atenção médica individual. Essa prática dissocia a clínica da epidemiologia.
	A prática centrada na atenção médica, ao excluir a dimensão coletiva da doença e a sociedade da saúde, tem implicações até no diagnóstico e conduta sobre as queixas dos pacientes. Permite que espancamento vire hematomas e que dramas e conflitos de um cotidiano violento sejam tratados como patologias mentais.
	A resposta individualizada, com bases no biológico e na medicalização, cria a necessidades de mais e mais consultas médicas.
	Estudos realizados na Inglaterra e Canadá provaram que mais consultas médicas não têm necessariamente que ver com mais saúde.
Prática assistencial, entendida aqui, como a forma de uma sociedade, num dado momento, organizar suas respostas aos problemas de saúde.
	O conceito de saúde, tomado como a ausência de doença, requer organização dos serviços sob a forma de atenção médica individual. Essa prática dissocia a clínica da epidemiologia.
	A prática centrada na atenção médica, ao excluir a dimensão coletiva da doença e a sociedade da saúde, tem implicações até no diagnóstico e conduta sobre as queixas dos pacientes. Permite que espancamento vire hematomas e que dramas e conflitos de um cotidiano violento sejam tratados como patologias mentais.
	A resposta individualizada, com bases no biológico e na medicalização, cria a necessidades de mais e mais consultas médicas.
	Estudos realizados na Inglaterra e Canadá provaram que mais consultas médicas não têm necessariamente que ver com mais saúde.
Para Mendes(7), a reorientação dos sistemas de saúde na direção
de se afirmar como "espaço da saúde", e não exclusivamente
da atenção à doença, exige um processo de construção social
de mudanças que se darão, concomitante e dialeticamente, na
concepção do processo saúde-doença, no paradigma sanitário e
na prática sanitária.
10
Vigilância da saúde 
 como prática assistencial:
A vigilância da saúde é uma nova resposta social organizada aos problemas de saúde, referenciada pelo conceito positivo da saúde e pelo paradigma da produção social.
Articular as estratégias de intervenção individual e coletiva, 
atuar sobre os nós críticos de um problema de saúde, com base no saber interdisciplinar e de um fazer intersetorial.
 Implica em ação integral sobre as diferentes dimensões do processo saúde-doença.
Necessidades sociais de saúde,
Grupos de risco;
Indícios de exposição e risco;
indícios de danos;
Seqüelas
Doenças,
Agravos.
Vigilância a Saúde
A vigilância da saúde organiza os processos de trabalho em saúde mediante operações intersetoriais, articuladas por diferentes estratégias de intervenção.
As estratégias de intervenção da vigilância da saúde resultam da combinação de três grandes tipos de ações:
1- promoção da saúde;
2- prevenção das enfermidades e acidentes;
3- atenção curativa.
Paradigma da Produção Social de Saúde...
Bases Históricas
Carta de Ottawa – Promoção da Saúde (1986)
“Conceito Ampliado de Saúde” – VIII Conferencia Nacional de Saúde Brasileira (1986)
Politica Nacional de Promoção da Saúde (2006)
Vamos recordar do estes tratam...
Produção social de Saúde
Vigilância a Saúde
Contempla o processo saúde-doença na coletividade;
Fundamenta-se na epidemiologia, nas crenças sociais;
Prática Interdisciplinar e intersetorial;
Reconhecimentodo território
Identificar Problemas
Descrever condicionantes
Ações intersetoriais e Interdisciplinares
MAPA CONCE
I
T
UAL
O que significa Modelo Assistencial? 
O que significa Modelo Assistencial? 
	São formas de organização da relação entre sujeitos (profissionais e usuários) mediadas por tecnologias (materiais e não materiais) utilizadas no processo de trabalho, cujo propósito é intervir sobre problemas (danos e riscos) e necessidades sociais de saúde historicamente definidas.
Paim (1993; 1999)
	“... a maneira como são organizadas e combinadas, numa sociedade concreta, as diversas ações de intervenção no processo saúde-doença”
 
(FIOCRUZ, 1998, p. 40)
No Brasil...
Sanitarista–campanhista
Assistencial- Privatista
Assistencial Sanitarista
Assistencial de Vigilância a Saúde
1904 -1919 - Oswaldo Cruz, médico sanitarista, implementa um modelo intervencionista e campanhista no país, como chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública. 
Este modelo de ação ocorreu por conta das constantes epidemias (febre amarela, peste bubônica e varíola) que afetavam a população de baixa renda. 
 Revolta da Vacina . 
Modelo Sanitarista - Campanhista
O quadro político e sanitário no Brasil, neste período, expressa um momento de mudanças no comportamento popular e dos seus governantes com manifestações e disputas pela democracia “velada”, marcado por conflitos populares e por reurbanizações dos grandes centros. 
Revolta da Vacina (1904) 
 Vacinação obrigatória contra a varíola;
A grande maioria da população, formada por pessoas pobres e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. 
Reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil) 
Operação “bota-abaixo”
Revolta da Vacina (1904) 
Inicia-se o modelo denominado campanhista, possuindo uma “estrutura militar” na qual …
		“… os fins justificavam os meios (uso da força e da autoridade)”
  
O Presidente da República, Rodrigues Alves, cuja filha faleceu vítima de febre amarela, nomeou Oswaldo Cruz para a direção da Saúde Pública
21
Revolta da Vacina (1904) 
Estimulada pela insatisfação dos moradores com:
A operação “bota-abaixo”
Os efeitos adversos da iniciativa anterior da “variolação”, que não era eficaz
A ausência de um trabalho de informação e conscientização popular
Boatos
O Bairro que sediava os últimos revoltosos chegou a ser bombardeado por tiros de canhão de um navio de guerra
Modelo Assistencial- Privatista:
Apresenta as seguintes características:
Centrado na figura do médico especialista, privilegiando a utilização de tecnologias para o diagnóstico e tratamento de doenças;
É predominantemente curativo
Está voltado para o atendimento da demanda espontânea
A forma de organização da produção de ações de saúde é a rede de prestação de serviços, sendo privilegiado o Hospital.
Ênfase na assistência médico-hospitalar e nos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico;
De 1930 a 1979 ...
23
Modelo Assistencial Privatista
Baseado em paradigma fundamentalmente biológico(o corpo doente –descontextualizado)
O culto a doença e não a saúde ( intervenções na parte-efeito. Não sobre o todo – as causas.
A devoção a tecnologia (coisificação)
Modelo Assistencial Sanitarista:
Apresenta as seguintes características:
Privilegia o controle de certos agravos ou de determinados grupos de risco de adoecer e morrer;
Tem como sujeito o sanitarista, 
toma por objeto os modos de transmissão e fatores de risco das doenças, numa perspectiva epidemiológica;
A intervenção de saúde está organizada sob a forma de campanhas e de programas específicos. 
Os programas especiais de saúde pública
	Ênfase nas campanhas, programas especiais e ações de vigilância epidemiológica e sanitária;
Encontra-se em justaposição aos modelos ?
Modelo Assistencial da Vigilância da Saúde
Apresenta as seguintes caracterísiticas:
Intervenção sobre os problemas de saúde (danos, riscos e/ou determinantes);
Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos;
Operacionalização do conceito de risco;
Articulação entre ações promocionais, preventivas e curativas;
Atuação intersetorial;
Ações sobre o território;
Interveção sob a forma de operações.
Carmem Fontes Teixeira e colsSUS, Modelos Assistenciais e Vigilância da Saúde. IESUS, VII(2), Abr/Jun, 1998
27
Referencias...
Mendes,E.V. Um Agenda para Saúde. 3ed. Riode de Janeiro, 2006.
Carmem Fontes Teixeira e cols. SUS, Modelos Assistenciais e Vigilância da Saúde. IESUS, VII(2), Abr/Jun, 1998.
Ramos DKR, Mesquita SKC, Galvão MCB, Enders BC. Paradigmas da saúde e a (des)valorização do cuidado em enfermagem. Enfermagem em Foco 2013; 4(1): 41-44

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