Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Lavras – UFLA Departamento de Engenharia Disciplina – Irrigação e Drenagem I Irrigação por aspersão PIVO CENTRAL E LATERAL MÓVEL Prof.: Adriano Valentim Diotto adriano.diotto@deg.ufla.br DEFINIÇÃO DE PIVÔ CENTRAL – CONSTITUIÇÃO E DENOMINAÇÕES É UMA LINHA LATERAL DE ASPERSÃO MÓVEL (MECANIZADA) MONTADA SOBRE UM SISTEMA DE TRELIÇAS E MANTIDA A UMA DETERMINADA ALTURA DO SOLO POR TORRES DE SUSTENTAÇÃO EQUIPADAS COM RODAS, QUE SE MOVIMENTAM AO REDOR DE UMA TORRE CENTRAL ANCORADA. ✓ Baixa utilização de mão-de-obra; ✓ Condução de água simplificada pelo uso de um ponto estacionário único de entrada da água; ✓ A orientação e alinhamento do sistema são controlados pelo ponto central do pivô; ✓ Logo que termina uma passagem, a linha lateral já se encontra na posição inicial para a próxima irrigação; Algumas vantagens da irrigação por PIVÔ CENTRAL ✓ Possibilidade de elevada uniformidade de aplicação, quando bem dimensionado; ✓ Viabiliza a irrigação de grandes áreas; ✓ Operação simples; ✓ Possibilidade de uso de fertirrigação. ✓ Adaptabilidade de operação do equipamento em terrenos ondulados e declivosos (até 20%); Algumas vantagens da irrigação por PIVÔ CENTRAL ✓ Altura da cultura a ser irrigada; ✓ Topografia do terreno (dificuldade de instalação em área recortadas); ✓ Irrigação de uma área em formato circular, (20% de área sem irrigação, exceto quando utilizado o sistema corner); ✓ Aumento da taxa de aplicação a medida que se aumenta o comprimento do equipamento; ✓ Alto custo de implantação do sistema. Algumas limitações da irrigação por PIVÔ CENTRAL Fonte: Catálogo Valley Áreas irrigadas com Pivô Central. Alguns sistemas com e outros sem “Corner System” PONTO DO PIVÔ TORRE MÓVEL + REDUTORES VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO + EMISSOR MOTOR ELÉTRICO JUNTA FLEXÍVEL MULTIDIRECIONAL + CONTROLE DE ALINHAMENTO BOMBA DE REFORÇO CANHÃO FINAL TORRE MÓVEL + REDUTORES ANEL COLETOR + CABO DE ENERGIA VÃO VÃO BALANÇO RAIO DA ÚLTIMA TORRE - RUT COMPRIMENTO DA LATERAL - L PAINEL DE CONTROLE RAIO IRRIGADO - R PARTES CONSTITUINTES ANCORAGEM DA TORRE CENTRAL Torre central fixa Torre central móvel – Pivô rebocável Exemplo de aplicação – Pivô rebocável Fonte: catálogo irrigabras PONTO DO PIVÔ / ANEL COLETOR / CABO DE ENERGIA / PAINEL DE CONTROLE TORRE CENTRAL FIXA PAINEL DE CONTROLE ANEL COLETOR / CABO ELÉTRICO JUNTA FLEXÍVEL MULTIDIRECIONAL / CONTROLE DE ALINHAMENTO JUNTA FLÉXIVEL CONTROLE DE ALINHAMENTO NECESSIDADE DE JUNTA FLÉXIVEL TORRE MÓVEL / MOTOR ELÉTRICO / REDUTORES Movimentação por acionamento elétrico - Motoredutor Movimentação por acionamento hidráulico Apenas um fabricante – “TL” MOVIMENTAÇÃO DO PIVÔ CENTRAL PIVÔ PARADO DESALINHAMENTO DA 1a TORRE (6 graus) DESALINHAMENTOS SUCESSIVOS (NECESSIDADE DA JUNTA FLEXÍVEL E DA CAIXA DE CONTROLE DE ALINHAMENTO) VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO / EMISSORES 𝐿 𝑟𝑠 (𝑚) 𝐻𝑟𝑠 (𝑚. 𝑐. 𝑎) 𝐻𝑜 𝑁í𝑣𝑒𝑙 𝐷𝑒𝑐𝑙𝑖𝑣𝑒 𝐴𝑐𝑙𝑖𝑣𝑒 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑚𝑖𝑛í𝑚𝑎 − 𝐻𝐿 𝑹𝒆𝒈𝒖𝒍𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑃 𝑟𝑒 𝑠𝑠 ã𝑜 𝑑 𝑒 𝑠𝑎 í𝑑 𝑎 𝑃𝑆 BOMBA BOOSTER / CANHÃO FINAL CANHÃO FINAL OBJETIVO: INCREMENTAR ÁREA IRRIGADA BOMBA BOOSTER OBJETIVO: ELEVAR A PRESSÃO DO SISTEMA EM SISTEMAS DE BAIXA PRESSÃO, TAL COMO SPRAYS. 𝐴𝑙𝑐𝑎𝑛𝑐𝑒 (𝑚) 𝑅 − 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑖𝑟𝑟𝑖𝑔𝑎𝑑𝑜 (𝑚) 𝐿 − 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 (𝑚) O raio irrigado total é igual ao comprimento da lateral + 75% do alcance do canhão final. 𝐿 = 400𝑚 𝐴𝑙𝑐𝑎𝑛𝑐𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑛ℎã𝑜 = 30𝑚 ANEL IRRIGADO PELO CANHÃO FINAL CÍRCULO BÁSICO IRRIGADO PELA LATERAL MÓVEL Exercício 1. Qual a área irrigada pelo pivô central representado a seguir com e sem a utilização do canhão final. VAZÃO DO PIVÔ CENTRAL 𝑄𝑡 = 𝑄𝑏 + 𝑄𝑐 VAZÃO TOTAL DO SISTEMA VAZÃO DO CANHÃO FINALVAZÃO DO PIVÔ 𝐿 𝑅 ANEL IRRIGADO PELO CANHÃO FINAL CÍRCULO BÁSICO IRRIGADO PELA LATERAL MÓVEL LBI − LÂMINA BRUTA DE IRRIGAÇÃO 𝐿𝐵𝐼 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 (𝑉) Á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑟𝑟𝑖𝑔𝑎𝑑𝑎 (𝐴) 𝑉 = 𝐿𝐵𝐼. 𝐴 𝑄 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 TEMPO DE GIRO (Tg) 𝑄 Τ𝐿 ℎ = 𝐿𝐵𝐼 𝑚𝑚 .𝐴 𝑚2 𝑇𝑔 ℎ EXERCÍCIO 2: DETERMINE A VAZÃO DO PIVÔ CENTRAL ILUSTRADO ABAIXO, COM BASE NA APLICAÇÃO DE UMA LÂMINA BRUTA DE IRRIGAÇÃO DE 7,06 mm, EM UM TEMPO DE GIRO DE 21 h (1 DIA DESCONTADO O HORÁRIO DE PICO DE CONSUMO ENERGÉTICO). CONSIDERE A PRIMEIRA SITUAÇÃO COM A AUSÊNCIA DE CANHÃO FINAL, E UMA SEGUNDA SITUAÇÃO COMO HAVENDO CANHÃO FINAL COM INCREMENTO NO RAIO IRRIGADO DE 20 m. PONTO DO PIVÔ 40𝑚 VÃO INICIAL 38,6𝑚 38,6𝑚 38,6𝑚 38,6𝑚 38,6𝑚 38,6𝑚 38,6𝑚 38,6𝑚 38,6𝑚 38,6𝑚 38,6𝑚 9,4𝑚 BALANÇO VÃOS INTERMEDIÁRIOS EMISSORES - OPERAM COM ALTAS PRESSÕES (BOMBEAMENTO DE ALTA POTÊNCIA E ELEVADO CUSTO OPERACIONAL) - ALTURA DE INSTALAÇÃO DOS ASPERSORES AUMENTA AS PERDAS POR DERIVA PELO VENTO, REDUZINDO A EFICIÊNCIA E A UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO. OBJETIVO: REDUZIR PRESSÃO E INCREMENTAR EFICIÊNCIA E UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO. APLICAÇÃO DE ÁGUA MAIS PRÓXIMA DA CULTURA (PENDURAL) TIPOS DE EMISSORES UTILIZADOS EM DE PIVÔ CENTRAL A B VAZÃO NECESSÁRIA DOS EMISSORES NA LATERAL DO PIVÔ CENTRAL A área irrigada pelo aspersor (A) é menor do que a irrigada pelo aspersor (B) A vazão necessária no aspersor (A) é menor do que a necessária no aspersor (B) ‒ Bocal Senninger; ‒ Modelo Super Spray; ‒ Diâmetro 1,60 – 10,35 mm; ‒ Número de bocal 45. ‒ Bocais Nelson; ‒ Modelo Spray 3TN; ‒ Diâmetro 1,83 – 9,98 mm; ‒ Número de bocal 42. Exemplos de conjuntos de bocais para aspersores tipo spray 𝑞𝑖 = 𝐿𝐵𝐼 𝑇𝑔 . 𝜋. 𝑟𝑖 . 𝑆𝑖L ℎ−1 𝑚𝑚 Raio até o emissor i (𝑚) Espaçamento entre emissores no ponto i (m). A medida que aumenta “ri”, aumenta a área do anel a ser irrigado pelo emissor i, e consequentemente a vazão do emissor deve ser maior, para aplicar a mesma lâmina bruta em toda área. ℎ VAZÃO NECESSÁRIA DOS EMISSORES NA LATERAL DO PIVÔ CENTRAL Q=Cd . π.D2 4 . 2 . g . H D= 4Q Cd .π. 2 . g . H VAZÃO DOS EMISSORES NA LATERAL DO PIVÔ CENTRAL D = diâmetro do bocal (m) Q = vazão do emissor, m³/s; h = pressão de serviço, mca; Cd = coeficiente de descarga; g = aceleração da gravidade, 9,81 m/s2; área do orifício de saída Equação característica do emissor exercício 3: Determine a vazão necessária de um emissor localizado à 75 m de distânica do ponto central e a vazão necessária do ultimo emissor do pivô com as seguintes características: - Pivô central sem canhão final; - Espaçamento fixo entre emissores de 3 m; - Comprimento da lateral – 400 metros; - Lâmina bruta de irrigação – 7,4 mm. - Tempo de giro – 20 h. CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO Velocidade de deslocamento das torres móveis VELOCIDADE DA ÚLTIMA (VUT) 𝑉𝑈𝑇 = 2. 𝜋. 𝑅𝑈𝑇 𝑇𝑔 REGULAGEM DO PERCENTÍMETRO (EXEMPLOS) - 100% (100% do tempo o motoredutor fica ligado); - 50% (50% do tempo fica ligado e 50% desligado, dobrando o tempo de giro); - 0% (não há movimento). RUT - RAIO DA ÚLTIMA TORRE 𝑉𝑈𝑇𝑃𝑡% = 𝑃𝑡 100 . 𝑉𝑈𝑇100% REGULAGEM DO PERCENTÍMETRO velocidade da última torre com percentímetro a 100% 2. 𝜋. 𝑅𝑈𝑇 𝑇𝑔𝑃𝑡% = 𝑃𝑡 100 . 2. 𝜋. 𝑅𝑈𝑇 𝑇𝑔100% 𝑇𝑔𝑃𝑡% = 100 𝑃𝑡 . 𝑇𝑔100% 𝐿𝐵𝐼𝑃𝑡% = 100 𝑃𝑡 . 𝐿𝐵𝐼100% DIMINUI “Pt” DIMINUI A “VUT” DIMINUI “Pt” AUMENTA O “Tg” DIMINUI “Pt” AUMENTAA “LBI” 𝑃𝑡 100 = 𝐿𝐵𝐼100% 𝐿𝐵𝐼𝑃𝑡% = 𝑇𝑔100% 𝑇𝑔𝑃𝑡% = 𝑉𝑈𝑇𝑃𝑡% 𝑉𝑈𝑇100% CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO EXERCÍCIO 4: PARA RESPONDER OS ITENS (A), (B), (C) E (D), CONSIDERE UM PIVÔ CENTRAL COM RAIO EFETIVAMENTE IRRIGADO DE 480 m E VAZÃO DE 340,6 m³/h. (A) QUAL A LÂMINA BRUTA APLICADA QUANDO ESTE EQUIPAMENTO IRRIGA TODA A ÁREA EM 32 h? (B) SENDO 125 m/h A VELOCIDADE MÉDIA DE DESLOCAMENTO DA ÚLTIMA TORRE, QUE SE ENCONTRA A UMA DISTÂNCIA DE 450 m DO PONTO DO PIVÔ, QUAL O TEMPO DE GIRO TOTAL (h) E A LÂMINA BRUTA APLICADA? (C) QUAL DEVE SER A VELOCIDADE MÉDIA DE DESLOCAMENTO DA ÚLTIMA TORRE, LOCALIZADA À UMA DISTÂNCIA DE 450 m DO PONTO DO PIVÔ, PARA APLICAÇÃO DE UMA LÂMINA BRUTA DE IRRIGAÇÃO DE 25 mm? (D) ESTANDO A ÚLTIMA TORRE À 450 m DO PONTO DO PIVÔ E SENDO DE 125 m/h A SUA VELOCIDADE NA REGULAGEM DE 100%, CALCULE A VELOCIDADE MÉDIA DE DESLOCAMENTO, O TEMPO DE GIRO, E A LÂMINA BRUTA DE IRRIGAÇÃO PARA AS REGULAGENS DO PERCENTÍMETRO DE 80 E 40%. É UMA LINHA LATERAL DE ASPERSÃO MÓVEL (MECANIZADA) MONTADA SOBRE UM SISTEMA DE TRELIÇAS E MANTIDA A UMA DETERMINADA ALTURA DO SOLO POR TORRES DE SUSTENTAÇÃO EQUIPADAS COM RODAS, QUE SE MOVIMENTAM PARALELAMENTE. DEFINIÇÃO DE LATERAL MÓVEL – CONSTITUIÇÃO E DENOMINAÇÕES Área irrigada por pivô central USA 2013 – 11,3 milhões de ha; Área irrigada por lateral móvel USA 2013 – 253,3 mil ha. Fonte: USDA2013 Algumas vantagens da irrigação por LATERAL MÓVEL ✓ Baixa utilização de mão-de-obra; ✓ Possibilidade de elevada uniformidade de aplicação, quando bem dimensionado; ✓ Taxa de aplicação uniforme ao longo da lateral, tamanho único de emissor; ✓ Viabiliza a irrigação de grandes áreas; ✓ Irrigação de uma área retangular com aproveitamento de até 98% da área. ✓ Possibilidade de uso de fertirrigação. Algumas limitações da irrigação por LATERAL MÓVEL ✓ Altura da cultura a ser irrigada; ✓ Topografia do terreno (impossibilidade de instalação em área recortadas); ✓ Logo que termina uma passagem, a linha lateral não se encontra na posição inicial para a próxima irrigação; ✓ O ponto de entrada de água da linha lateral não é fixo; ✓ O ponto de entrada de energia para a lateral também não é fixo; ✓ Alto custo de implantação do sistema. Ponto de alimentação de água e energia móvel durante a movimentação da lateral Alimentação por mangueira flexível Captação direta no canal Ponto de alimentação de água e energia móvel durante a movimentação da lateral - Necessidade de mão-de-obra para ajuste da mangueira durante a operação; - O tempo de retorno ao ponto original (quando se faz irrigação em um único sentido) deve ser considerado no cálculo do tempo total da irrigação (turno de rega).
Compartilhar