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Ética no serviço público
Regime jurídico único
Noções de direito constitucional
Noções de direito administrativo
Língua portuguesa
Raciocínio lógico
Noções de informática
Conhecimentos específicos
Conteúdo da prova para analista do INSS (2008)
Língua portuguesa
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Direito constitucional
Direito administrativo
Legislação previdenciária
Concurso INSS 2016
Ética no serviço público.
Este artigo, fruto de uma intensa atividade de reflexão escrita de todos nós, alunos do Curso de Direito da UMESP, surgiu da discussão que esteve presente no decorrer do semestre na disciplina: Cidadania, ética pública e ação cultural. Resolvemos escrever sobre os Serviços prestados ao público, devido aos abusos relatados pelos meios de comunicação presentes em nosso cotidiano pelo que Milton Santos chama de funcionários sem mandato, é sabido que muitas pessoas que confiaram no trabalho se decepcionaram. O presente texto pretende trabalhar estas idéias, de modo que possamos olhar através da perspectiva do direito, o desrespeito que vem ocorrendo as regra de conduta e da ética que requer o trabalho que os serviços públicos visam prestar.
O Direito que os cidadãos vêm adquirindo aos poucos, e que levou muito tempo para ser construído e respeitado vem, como sabemos, sofrendo com a grande dificuldade que a população enfrenta no dia a dia para fazer valer seus direitos que às vezes desaparecem porque não são postos em prática. A princípio, achamos que isto ocorra por falta de consciência dos próprios cidadãos seja por normas e desculpas de resolução posta por nossos governantes trazendo um efeito de omissão do papel de um cidadão e seus direitos. Estes efeitos citados são objetivados pelos governantes que enriquecem justamente através da ignorância em relação aos direitos conquistados pela população o que gera um grande desrespeito para com os cidadãos e uma cultura que se perpetua.
Milton Santos, em seu trabalho: O espaço do cidadão mostra-nos que estes atos de desrespeito aos direitos e à representação que alguns dos funcionários públicos em relação à população, viola a moral, os direitos e principalmente, ataca a cultura dos cidadãos, dando a impressão de que os serviços públicos podem ser algo negociável, quando o mesmo é inalienável.
Para que possamos esclarecer melhor nossas idéias, chegamos à questão da ética no serviço público. Mas, o que é "ética"? Contemporaneamente e de forma bastante usual, a palavra ética é mais compreendida como disciplina da área de filosofia e que tem por objetivo a moral ou moralidade, os bons costumes, o bom comportamento e a boa fé, inclusive. Por sua vez, a moral deveria estar intrinsecamente ligada ao comportamento humano, na mesma medida, em que está o seu caráter, personalidade, etc; presumindo portanto, que também a ética pode ser avaliada de maneira boa ou ruim, justa ou injusta, correta ou incorreta.
Num sentido menos filosófico e mais prático podemos entender esse conceito analisando certos comportamentos do nosso dia a dia, quando nos referimos por exemplo, ao comportamento de determinados profissionais podendo ser desde um médico, jornalista, advogado, administrador, um político e até mesmo um professor; expressões como: ética médica, ética jornalística, ética administrativa e ética pública, são muito comuns.
Podemos verificar que a ética está diretamente relacionada ao padrão de comportamento do indivíduo, dos profissionais e também do político, como falamos anteriormente. O ser humano elaborou as leis para orientar seu comportamento frente as nossas necessidades (direitos e obrigações) e em relação ao meio social, entretanto, não é possível para a lei ditar nosso padrão de comportamento e é aí que entra outro ponto importante que é a cultura, ficando claro que não a cultura no sentido de quantidade de conhecimento adquirido, mas sim a qualidade na medida em que esta pode ser usada em prol da função social, do bem estar e tudo mais que diz respeito ao bem maior do ser humano, este sim é o ponto fundamental, a essência, o ponto mais controverso quando tratamos da questão ética na vida pública, á qual iremos nos aprofundar um pouco mais, por se tratar do tema central dessa pesquisa.
A questão da ética no serviço Público.
Quando falamos sobre ética pública, logo pensamos em corrupção, extorsão, ineficiência, etc, mas na realidade o que devemos ter como ponto de referência em relação ao serviço público, ou na vida pública em geral, é que seja fixado um padrão a partir do qual possamos, em seguida julgar a atuação dos servidores públicos ou daqueles que estiverem envolvidos na vida pública, entretanto não basta que haja padrão, tão somente, é necessário que esse padrão seja ético, acima de tudo .
O fundamento que precisa ser compreendido é que os padrões éticos dos servidores públicos advêm de sua própria natureza, ou seja, de caráter público, e sua relação com o público. A questão da ética pública está diretamente relacionada aos princípios fundamentais, sendo estes comparados ao que chamamos no Direito, de "Norma Fundamental", uma norma hipotética com premissas ideológicas e que deve reger tudo mais o que estiver relacionado ao comportamento do ser humano em seu meio social, aliás, podemos invocar a Constituição Federal. Esta ampara os valores morais da boa conduta, a boa fé acima de tudo, como princípios básicos e essenciais a uma vida equilibrada do cidadão na sociedade, lembrando inclusive o tão citado, pelos gregos antigos, "bem viver".
Outro ponto bastante controverso é a questão da impessoalidade. Ao contrário do que muitos pensam, o funcionalismo público e seus servidores devem primar pela questão da "impessoalidade", deixando claro que o termo é sinônimo de "igualdade", esta sim é a questão chave e que eleva o serviço público a níveis tão ineficazes, não se preza pela igualdade. No ordenamento jurídico está claro e expresso, "todos são iguais perante a lei".
E também a idéia de impessoalidade, supõe uma distinção entre aquilo que é público e aquilo que é privada (no sentido do interesse pessoal), que gera portanto o grande conflito entre os interesses privados acima dos interesses públicos. Podemos verificar abertamente nos meios de comunicação, seja pelo rádio, televisão, jornais e revistas, que este é um dos principais problemas que cercam o setor público, afetando assim, a ética que deveria estar acima de seus interesses.
Não podemos falar de ética, impessoalidade (sinônimo de igualdade), sem falar de moralidade. Esta também é um dos principais valores que define a conduta ética, não só dos servidores públicos, mas de qualquer indivíduo. Invocando novamente o ordenamento jurídico podemos identificar que a falta de respeito ao padrão moral, implica portanto, numa violação dos direitos do cidadão, comprometendo inclusive, a existência dos valores dos bons costumes em uma sociedade.
A falta de ética na Administração Publica encontra terreno fértil para se reproduzir , pois o comportamento de autoridades públicas estão longe de se basearem em princípios éticos e isto ocorre devido a falta de preparo dos funcionários, cultura equivocada e especialmente, por falta de mecanismos de controle e responsabilização adequada dos atos anti-éticos.
A sociedade por sua vez, tem sua parcela de responsabilidade nesta situação, pois não se mobilizam para exercer os seus direitos e impedir estes casos vergonhosos de abuso de poder por parte do Pode Público. Um dos motivos para esta falta de mobilização social se dá, devido á falta de uma cultura cidadã, ou seja, a sociedade não exerce sua cidadania. A cidadania Segundo Milton Santos " é como uma lei", isto é, ela existe mas precisa ser descoberta , aprendida, utilizada e reclamada e só evolui através de processos de luta. Essa evolução surge quando o cidadão adquire esse status, ou seja, quando passa a ter direitos sociais. A luta por esses direitos garante um padrão de vida mais decente. O Estado, por sua vez, tenta refrear os impulsos sociais e desrespeitar osindivíduos, nessas situações a cidadania deve se valer contra ele, e imperar através de cada pessoa. Porém Milton Santos questiona, se "há cidadão neste pais"? Pois para ele desde o nascimento as pessoas herdam de seus pais e ao longa da vida e também da sociedade, conceitos morais que vão sendo contestados posteriormente com a formação de idéias de cada um, porém a maioria das pessoas não sabem se são ou não cidadãos.
A educação seria o mais forte instrumento na formação de cidadão consciente para a construção de um futuro melhor.
No âmbito Administrativo, funcionários mal capacitados e sem princípios éticos que convivem todos os dias com mandos e desmandos, atos desonestos, corrupção e falta de ética tendem a assimilar por este rol "cultural" de aproveitamento em beneficio próprio.
Se o Estado, que a principio deve impor a ordem e o respeito como regra de conduta para uma sociedade civilizada, é o primeiro a evidenciar o ato imoral, vêem esta realidade como uma razão, desculpa ou oportunidade para salvar-se, e , assim sendo, através dos usos de sua atribuição publica.
A consciência ética, como a educação e a cultura são aprendidas pelo ser humano, assim, a ética na administração publica, pode e deve ser desenvolvida junto aos agentes públicos ocasionando assim, uma mudança na administração publica que deve ser sentida pelo contribuinte que dela se utiliza diariamente, seja por meio da simplificação de procedimentos, isto é, a rapidez de respostas e qualidade dos serviços prestados, seja pela forma de agir e de contato entre o cidadão e os funcionários públicos.
A mudança que se deseja na Administração pública implica numa gradativa, mas necessária "transformação cultura" dentro da estrutura organizacional da Administração Pública, isto é, uma reavaliação e valorização das tradições, valores, hábitos, normas, etc, que nascem e se forma ao longo do tempo e que criam um determinado estilo de atuação no seio da organização.
Conclui-se, assim, que a improbidade e a falta de ética que nascem nas máquinas administrativas devido ao terreno fértil encontrado devido à existência de governos autoritários, governos regidos por políticos sem ética, sem critérios de justiça social e que, mesmo após o advento de regimes democrático, continuam contaminados pelo "vírus" dos interesses escusos geralmente oriundos de sociedades dominadas por situações de pobreza e injustiça social, abala a confiança das instituições, prejudica a eficácia das organizações, aumenta os custos, compromete o bom uso dos recursos públicos e os resultados dos contratos firmados pela Administração Pública e ainda castiga cada vez mais a sociedade que sofre com a pobreza, com a miséria, a falta de sistema de saúde, de esgoto, habitação, ocasionados pela falta de investimentos financeiros do Governo, porque os funcionários públicos priorizam seus interesses pessoais em detrimento dos interesses sociais.
Essa situação vergonhosa só terá um fim no dia em que a sociedade resolver lutar para exercer os seus direitos respondendo positivamente o questionamento feito por Milton Santos "HÁ CIDADÃOS NESTE PAÍS?" e poderemos responder em alto e bom som que " SIM. Há cidadão neste pais. E somos todos brasileiros.".
Finalizando, gostaríamos de destacar alguns pontos básicos, que baseado neste estudo, julgamos essenciais para a boa conduta, um padrão ético, impessoal e moralístico:
Podemos conceituar ética, também como sendo um padrão de comportamento orientado pelos valores e princípio morais e da dignidade humana.
O ser humano possui diferentes valores e princípios e a "quantidade" de valores e princípios atribuídos, determinam a "qualidade" de um padrão de comportamento ético: Maior valor atribuído (bem), maior ética; Menor valor atribuído (bem), menor ética.
A cultura e a ética estão intrinsecamente ligadas. Não nos referimos a palavra cultura como sendo a quantidade de conhecimento adquirido, mas sim a qualidade na medida em que esta pode ser usada em prol da função social, do bem estar e tudo mais que diz respeito ao bem maior do ser humano .
A falta de ética induz ao descumprimento das leis do ordenamento jurídico.
Em princípio as leis se baseiam nos princípios da dignidade humana, dos bons costumes e da boa fé.
Maior impessoalidade (igualdade), maior moralidade = melhor padrão de étic
Antes de falarmos de Ética e Serviço Público, é necessário demonstrar os conceitos de Ética e Serviço Público e algumas considerações a respeito de outras dimensões que envolvem o tema, uma vez que a principal finalidade do Serviço Público é o bem social.
Conceituarmos Ética impõe-nos, antes, diferenciá-la do conceito de moral, pois esta pode ser entendida como o conjunto de regras consideradas válidas, para qualquer tempo ou lugar, grupo ou pessoa determinada, ou, ainda, como a ciência dos costumes, que se difere de um grupo social para outro e que varia de acordo com o estágio de desenvolvimento de cada sociedade. Por outro lado Ética, uma espécie de teoria sobre a prática moral, representa um conjunto de valores e costumes mais ou menos permanente no tempo e uniforme no espaço, podendo ser entendida também como a ciência da moral ou aquela que estuda o comportamento dos homens na sociedade.
Já o conceito de Serviço público, pode ser traduzido como aqueles de competência e responsabilidade do Poder Público da União, dos Estados e dos Municípios, que visa atender às necessidades coletivas da população. Nesse sentido, o Jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, entende que "Serviço Público é a atividade consistente na oferta de utilidade ou comodidade material fruível singularmente pelos administrados, que o Estado assume como pertinente a seus deveres em face da coletividade”. Por sua vez o Jurista Hely Lopes Meirelles conceitua Serviço Público, em sentido amplo, como sendo “todo aquele serviço prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniências do Estado".
Na análise dos aspectos que envolvem a Ética e o Serviço Público é imprescindível considerar que a prestação destes serviços tem como base o servidor público ou funcionário público, recrutados no meio social de onde se originam os seus valores tradicionais. Portanto, qualquer iniciativa que objetive a disponibilização de serviços públicos de qualidade, permeados pela eficiência e com o fim de promover o bem social, passa, necessariamente, pela constância e consistência das ações de educação, dos valores de família, dos valores do convívio social (religiosos e políticos), do aparato normativo legal do estado e das instituições que cuidam do controle social, tais como o aparato policial, a justiça e seu sistema prisional e do próprio controle social por parte da sociedade. Aliado a todos estes aspectos, uma alternativa à sociedade, é o oferecimento, por parte do Estado, de ações educativas de boa qualidade, nas quais os indivíduos pudessem ter, desde o início da sua formação, valores arraigados e trilhados na moralidade, pautados por comportamentos duradouros e pela interiorização de princípios Éticos.
Realidade brasileira
Diante dos aspectos abordados acima, restringindo-nos à sociedade brasileira, parece-nos importante ressaltar, dentre outros, a ética aplicada na condução dos Serviços Públicos por administradores e políticos, pois as críticas da sociedade ao serviço público são externadas pela morosidade no andamento dos processos, pelas longas filas, pelo gerenciamento dos recursos financeiros, em todas as esferas de governo, pela denúncia sobre desvio de verbas públicas, traduzidos em ineficiência do serviço público, que muitas vezes tem fundamento. Tal situação passa a exigir uma condução séria para dotar o estado brasileiro de padrão ético capaz de produzir o bem social, por meio da repreensão e a repressão dos desvios, aplicando as leis punitivas existentes, fortalecendo as Comissões de Ética e os diversos Códigos de Ética de categorias profissionais e de servidorespúblicos que trazem severas penalidades aos maus administradores.
Dos conceitos anteriormente citados, das outras dimensões avaliadas no texto nos permite inferir que o Serviço Público para produzir o bem não pode se distanciar das dimensões Éticas que devem permear e constituir um padrão Ético dos serviços colocados à disposição dos cidadãos, não pode distanciar-se dos padrões de eficiência exigidos pela sociedade, doaproveitamento máximo de tudo aquilo que a coletividade possui, em todos os níveis, ao longo da realização de suas atividades.
Regime jurídico único
1. LEI 8.112/90 Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
2. <ul><li>1. Provimento </li></ul><ul><li>2. Vacância-Remoção-Redistribuição-Substituição </li></ul><ul><li>3. Direitos e Vantagens </li></ul><ul><li>4. Deveres e Proibições </li></ul><ul><li>5. Responsabilidades </li></ul><ul><li>6. Penalidades </li></ul>
3. O que é regime jurídico? <ul><li>O regime jurídico trata das formas de preenchimento do cargo, vacância, vantagens, férias, licenças, regime disciplinar, aposentadoria, afastamentos, etc. </li></ul>
4. A quem se aplica essa lei? (art.1º) ‏ <ul><li>Servidores públicos civis federais da (s): </li></ul><ul><li>* União </li></ul><ul><li>* Autarquias </li></ul><ul><li>* Autarquias em regime especial </li></ul><ul><li>* fundaçõ es públicas federais </li></ul>
5. Servidor e cargo público (arts. 2º, 3º, 4º) ‏ <ul><li>Servidor é aquele investido legalmente em cargo público (em comissão ou efetivo ) ‏ </li></ul><ul><li>“ Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor” (3º) ‏ </li></ul><ul><li>Cargo público deve ser previsto em LEI e é acessível a todos os brasileiros*. </li></ul><ul><li>O ocupante de cargo público é estatutário </li></ul><ul><li>O ocupante de emprego público é celetista </li></ul><ul><li>É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo previsão em lei </li></ul>
6. Cargo efetivo, comissionado e função de confiança <ul><li>1) Servidor estatutário = ocupante de cargo efetivo ou comissionado </li></ul><ul><li>2) Cargo efetivo = ocupado por servidor concursado; </li></ul><ul><li>3) Cargo comissionado e função de confiança = para direção, chefia e assessoramento. </li></ul><ul><li>4) Cargo comissionado = livre nomeação e exoneração (ocupado por efetivo ou não) ‏ </li></ul><ul><li>5) Função de confiança = ocupado somente por servidor efetivo </li></ul>
7. 1. PROVIMENTO 2. VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO
8. Requisitos básicos para investidura em cargo público (ART. 5º) ( investidura ocorre com a posse ) <ul><li>Nacionalidade brasileira (tem exceção); </li></ul><ul><li>Gozo dos direitos políticos; </li></ul><ul><li>Quitação com obrigações militares; </li></ul><ul><li>Quitação com obrigações eleitorais; </li></ul><ul><li>Nível de escolaridade; </li></ul><ul><li>Idade mínima de 18 anos; </li></ul><ul><li>Aptidão física e mental </li></ul><ul><li>Podem existir outros requisitos estabelecidos em lei. </li></ul>
9. FORMAS DE PROVIMENTO (ART. 8º) ‏ <ul><li>NOMEAÇÃO; </li></ul><ul><li>PROMOÇÃO; </li></ul><ul><li>REA D APTAÇÃO; </li></ul><ul><li>RE V ERSÃO; ‏ </li></ul><ul><li>REIN TEGR AÇÃO; </li></ul><ul><li>RE CONDUÇÃO ‏ </li></ul><ul><li>APROVEITAMENTO </li></ul>
10. PROVIMENTO <ul><li>Originário </li></ul><ul><li>Derivado </li></ul>
11. NOMEAÇÃO (ART. 9º E 10) ‏ <ul><li>Ato administrativo; </li></ul><ul><li>Confere cargo a pessoa que não fazia parte da Administração; </li></ul><ul><li>Única forma de provimento originário; </li></ul><ul><li>Pode ocorrer de duas maneiras: </li></ul><ul><li>*em caráter efetivo; </li></ul><ul><li>*em comissão (inclusive como interino) ‏ . </li></ul>
12. POSSE Ocorre pela assinatura do termo, no qual constam atribuições, deveres, responsabilidades, direitos, não podendo ser alterado unilateralmente, salvo atos de ofício previstos em lei <ul><li>Ato solene; </li></ul><ul><li>Pessoa nomeada pela Administração manifesta aceitação em desempenhar a função; </li></ul><ul><li>Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação; </li></ul><ul><li>Só pode ser empossado o julgado apto física e mentalmente (junta médica oficial) ‏ ; </li></ul><ul><li>Ato de provimento= 30 dias =Tomar Posse= 15 dias =entrar em exercício (30+15). </li></ul>
13. POSSE E EXERCÍCIO (ART. 13 AO 20) ‏ <ul><li>1) Aprovação no concurso (expectativa de direito) ‏ </li></ul><ul><li>2) Nomeação (provimento originário) ‏ </li></ul><ul><li>3) Posse (investidura) – pode ser através de procuração </li></ul><ul><li>15 dias entrar em exercício = exonerado </li></ul><ul><li>4) Exercício: efetivo trabalho </li></ul>
14. Estágio Probatório = 03 anos (ART. 20) ‏ <ul><li>Assiduidade, disciplina, iniciativa, produtividade, responsabilidade; </li></ul><ul><li>Avaliação de desempenho 4 meses antes de terminar o estágio; </li></ul><ul><li>Pode exercer qualquer cargo comissionado ou função de confiança; </li></ul><ul><li>Inaptidão: exonerado ou reconduzido ao cargo ocupado anteriormente. </li></ul>
15. Estabilidade = 03 anos ( art. 21) ‏ <ul><li>Somente para quem prestou concurso público; </li></ul><ul><ul><li>Exceção </li></ul></ul><ul><li>Servidor empossado em cargo de provimento efetivo; </li></ul><ul><li>Perde o cargo nas seguintes hipóteses: </li></ul><ul><ul><li>Através de sentença judicial transitada em julgado; </li></ul></ul><ul><ul><li>processo administrativo disciplinar (assegurada ampla defesa e o contraditório). ‏ </li></ul></ul>
16. Requisitos Estabilidade <ul><li>Nomeação caráter efetivo; </li></ul><ul><li>Precedida de concurso público; </li></ul><ul><li>Conclusão de Estágio Probatório </li></ul><ul><li>Aprovação na Avaliação de Desempenho. </li></ul>
17. PROMOÇÃO <ul><li>Somente em cargos da mesma carreira; </li></ul><ul><li>Exemplo: técnico nível 01, para técnico nível 02, para técnico nível 03. Jamais de técnico para analista (carreiras diferentes) ‏ ; </li></ul><ul><li>Para ingressar em outra carreira somente por concurso público. </li></ul>
18. REA D APTAÇÃO (ART. 24) ‏ <ul><li>Encaminhamento do servidor a outro cargo compatível com as limitações na capacidade laborativa física ou mental; </li></ul><ul><li>Cargo de atribuições, responsabilidades, nível de escolaridade e vencimentos equivalentes; </li></ul><ul><li>Se não houver cargo vago exercerá como excedente; </li></ul><ul><li>Se julgado incapaz será aposentado. </li></ul>
19. RE V ERSÃO ( ART. 25-27) Retorno à atividade do servidor aposentado (02 hipóteses) <ul><li>01) se junta médica declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria (quando aposentado por invalidez) ‏ </li></ul><ul><li>02) no interesse da administração: Se solicitou , se aposentou-se voluntariamente , nos últimos 05 anos, quando era estável e se houver cargo vago . </li></ul>
20. REIN TEGRAÇÃO (ART. 28) Rein vestidura do servido demitido injustamente – ato ilegal ou nulo <ul><li>Demissão invalidada por decisão administrativa ou judicial ; </li></ul><ul><li>Indenizado (ressarcimento) ‏ ; </li></ul><ul><li>Servidor estável; </li></ul><ul><li>No cargo anteriormente ocupado, ou no resultante de sua transformação; </li></ul><ul><li>Se o cargo estiver ocupado, o ocupante será reconduzido, sem indenização , aproveitado em outro ou posto em disponibilidade (o reintegrado tem total direito sobre seu cargo) ‏ ; </li></ul><ul><li>Se o cargo houver sido extinto, ficará em disponibilidade. </li></ul>
21. RECONDUÇÃO (ART. 29) ‏ <ul><li>Retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado (02 hipóteses): </li></ul><ul><li>1) Inabilitado em estágio probatório em outro cargo (se estável); </li></ul><ul><li>2) O cargo que estava ocupando, vai ser ocupado pelo servidor reintegrado; </li></ul><ul><li>Se o cargo de origem estiver provido será aproveitado em outro ou, se não for possível, posto em disponibilidade. </li></ul>
22. APROVEITAMENTO (ART. 30, 31, 32) Retorno do servidor em disponibilidade <ul><li>Cargode atribuições e vencimentos compatíveis; </li></ul><ul><li>Vaga que ocorrer em qualquer órgão da Administração Pública Federal; </li></ul><ul><li>Será cassada disponibilidade e tornado sem efeito o aproveitamento se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada pela junta médica oficial. </li></ul>
23. CONCURSO PÚBLICO (ART. 11 E 12) para provimento por nomeação de cargos efetivos <ul><li>Será de provas ou de provas + títulos; </li></ul><ul><li>Pode ser realizado em duas etapas (conforme lei ou regulamento) ‏ ; </li></ul><ul><li>Validade de até 2 anos, prorrogável por igual período; </li></ul><ul><li>Edital publicado no DOU. </li></ul>
24. Constituição x Lei 8112/90 <ul><li>Lei 8112/90 – art.12, §2º </li></ul><ul><li>“ Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado” </li></ul><ul><li>Constituição Federal, art. 37, IV </li></ul><ul><li>“ Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.” </li></ul>
25. JORNADA DE TRABALHO <ul><li>Máximo = 40 horas semanais, 8 horas diárias. </li></ul><ul><li>Mínimo = 6 horas diárias </li></ul><ul><li>Pode haver durações diferentes conforme leis especiais (ex. polícia – plantão) ‏ </li></ul><ul><li>Cargo em comissão ou função de confiança não se aplica – regime de dedicação integral ao serviço. </li></ul>
26. VACÂNCIA Cargo declarado vago (art. 33) ‏ <ul><li>Decorre de: </li></ul><ul><li>*Exoneração </li></ul><ul><li>*Demissão </li></ul><ul><li>*Promoção </li></ul><ul><li>*Readaptação </li></ul><ul><li>*Aposentadoria </li></ul><ul><li>*Posse em outro cargo inacumulável </li></ul><ul><li>*Falecimento </li></ul>
27. EXONERAÇÃO <ul><li>A pedido do servidor; </li></ul><ul><li>De ofício: </li></ul><ul><ul><li>Ocupantes em Cargo em Comissão; </li></ul></ul><ul><ul><li>Reprovação no estágio probatório; </li></ul></ul><ul><ul><li>Servidor empossado não entra em exercício no prazo legal. ‏ </li></ul></ul>
28. DEMISSÃO <ul><li>Sempre uma punição; </li></ul><ul><li>Precedida de PAD, assegurado contraditório e ampla defesa; </li></ul><ul><li>Não existe demissão a pedido para os estatutários. </li></ul>
29. PROVIMENTO DERIVADO <ul><li>Quando ocorre uma promoção, readaptação reintegração... </li></ul>
30. POSSE EM CARGO NÃO CUMULÁVEL <ul><li>Quando o servidor aprovado em concurso público for nomeado para cargo diverso, sendo incompatível o acúmulo de funções; </li></ul><ul><li>Assim, se declara a vacância do outro cargo. </li></ul>
31. REMOÇÃO (art. 36) deslocamento do servidor , a pedido ou de ofício, no mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. (não é forma de provimento) ‏ <ul><li>1) de ofício, no interesse da administração; </li></ul><ul><li>2) a pedido, a critério da administração; </li></ul><ul><li>3) a pedido para outra localidade, independente do interesse da administração: </li></ul><ul><li>* para acompanhar cônjuge, companheiro, servidor de qualquer poder, em qualquer esfera, que foi deslocado no interesse da administração; </li></ul><ul><li> * por motivo de doença sua, do cônjuge, companheiro, parente, comprovado por junta médica oficial; </li></ul><ul><li>* em face de processo seletivo promovido. </li></ul>
32. REDISTRIBUIÇÃO (art. 37) Deslocamento do cargo de provimento efetivo (ocupado ou vago), para outro órgão ou entidade do mesmo poder <ul><li>Sempre de ofício para ajustamento de lotação e força de trabalho; </li></ul><ul><li>Requisitos: interesse da administração , equivalência de vencimentos, da essência das atribuições do cargo, do nível de escolaridade, especialidade, habilitação, responsabilidade e complexidade das atividades; </li></ul><ul><li>Caso haja extinção de órgão ou entidade o servidor estável , será colocado em disponibilidade; </li></ul><ul><li>Se não for redistribuído nem posto em disponibilidade poderá ter exercício provisório até ser aproveitado. </li></ul>
33. SUBSTITUIÇÃO (art. 38 e 39) ‏ <ul><li>Servidores ocupantes de cargo comissionado ou função de confiança terão substitutos indicados no regimento interno ou, em caso de omissão, designados pelo dirigente máximo do órgão; </li></ul><ul><li>O substituto assume automática e cumulativamente o cargo sem prejuízo do que ocupa e deve optar pela remuneração de um deles (01 remuneração apenas) ‏ ; </li></ul><ul><li>Substituto será retribuído se assumir por mais de 30 dias consecutivos (paga-se os dias que excederem os 30 dias) ‏ . </li></ul>
34. <ul><ul><li>... Relembrando ... </li></ul></ul><ul><li>Estágio probatório: 3 anos e após esse período adquire estabilidade; </li></ul><ul><li>Sempre que o servidor mudar de cargo inicia-se novo estágio probatório; </li></ul><ul><li>O servidor ao assinar o termo de posse, considera-se investido no cargo (15 dias); </li></ul><ul><li>Só é servidor efetivo quem faz concurso público; </li></ul><ul><li>Discricionariedade é o poder de liberdade da Administração, sempre condicionda a um juízo prévio de conveniência e oportunidade; </li></ul><ul><li>Agente político não é regido pela lei 8.112/90 e sim, pela constituição; </li></ul><ul><li>Cargo vitalício: membros do MP (promotor) e membros da magistratura (juizes) (diferente estabilidade); </li></ul><ul><li>Todo cargo tem função, mas o servidor pode ter função sem ter cargo (função é mera atribuição); </li></ul><ul><li>Função comissionada é só para servidor efetivo; </li></ul><ul><li>Cargo em comissão é para servidor efetivo ou não; </li></ul><ul><li>Prover é preencher o cargo; </li></ul><ul><li>Só é servidor ao tomar posse, antes é nomeado; </li></ul><ul><li>EC/19 terminou com o Regime Único: estatutário e celetista. </li></ul>
35. <ul><ul><li>3. Direitos </li></ul></ul><ul><ul><li>e </li></ul></ul><ul><ul><li>Vantagens </li></ul></ul>
36. VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO <ul><li>Vencimento: </li></ul><ul><ul><li>básico ou padrão; </li></ul></ul><ul><ul><li>tem valor fixado em lei; </li></ul></ul><ul><ul><li>salário do servidor público; </li></ul></ul><ul><ul><li>Irredutível. </li></ul></ul><ul><li>Remuneração: </li></ul><ul><ul><li>vencimento + vantagens pecuniárias (parcelas extras); </li></ul></ul><ul><ul><li>redutível. </li></ul></ul>
37. VANTAGENS PECUNIÁRIAS <ul><li>Gratificações: função comissionada, cargo em comissão ou de natureza especial, gratificação natalina (13º salário). </li></ul><ul><li>Adicionais: tempo-função </li></ul><ul><ul><li>Ex: art. 61 - atividades insalubres, perigosas e penosas, serviço extraordinário (50%), trabalho noturno (25%) e adicional de férias (1/3) ‏ </li></ul></ul><ul><li>Indenizações: não se incorporam ao vencimento </li></ul><ul><ul><li>Diárias </li></ul></ul><ul><ul><li>Ajuda de Custo </li></ul></ul><ul><ul><li>Transporte </li></ul></ul><ul><ul><li>Auxílio-moradia </li></ul></ul>
38. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS <ul><li>Auxílio natalidade </li></ul><ul><li>Auxílio funeral </li></ul><ul><li>Salário família: baixa renda - filhos ou equiparado até 14 anos de idade. </li></ul><ul><li>Auxílio reclusão: baixa renda </li></ul><ul><li>licença gestante: ? </li></ul><ul><li>licença paternidade: 5 dias </li></ul><ul><li>licença adotante </li></ul><ul><li>para tratamento de saúde </li></ul><ul><li>acidente em serviço </li></ul><ul><li>Pensão: </li></ul><ul><ul><li>Temporária (filhos ou enteados menores de 21 anos) ‏ </li></ul></ul><ul><ul><li>Vitalícia (cônjuge ou companheiro) ‏ </li></ul></ul>
39. DIFERENÇA ENTRE CARGO E FUNÇÃO <ul><ul><li>CARGO </li></ul></ul><ul><li>Previsto em lei, com número e vencimento certo; </li></ul><ul><li>Preenchidos por servidor efetivo ou não (brasileiro ou estrangeiro); </li></ul><ul><li>Retribuição: remuneração; </li></ul><ul><li>Tem função. </li></ul><ul><ul><li>FUNÇÃO </li></ul></ul><ul><li>Prevê atribuições de natureza gerencial e de supervisão a serem desempenhadas – adição de atribuições; </li></ul><ul><li>Preenchido por servidor efetivo; </li></ul><ul><li>Retribuição:gratificação – acréscimo, “ plus” salarial; </li></ul><ul><li>Nem sempre tem cargo. </li></ul>
40. SEMELHANÇAS ENTRE CARGO EM COMISSÃO E FUNÇÃO COMISSIONADA (DE CONFIANÇA) ‏ <ul><li>Funcionalmente não se distinguem; </li></ul><ul><li>Ambos são apenas para encargos de direção, chefia, assessoramento; </li></ul><ul><li>Regime de dedicação integral; </li></ul><ul><li>De livre nomeação e exoneração: ad nutum (a qualquer momento). </li></ul>
41. DIFERENÇAS ENTRE CARGO EM COMISSÃO E FUNÇÃO COMISSIONADA (DE CONFIANÇA) ‏ <ul><ul><li>CARGO EM COMISSÃO </li></ul></ul><ul><li>Confere </li></ul><ul><ul><li>Posto, </li></ul></ul><ul><ul><li>Atribuições, </li></ul></ul><ul><ul><li>Responsabilidades </li></ul></ul><ul><li>Ocupado por servidor efetivo ou não; </li></ul><ul><ul><li>FUNÇÃO COMISSIONADA (de confiança) ‏ </li></ul></ul><ul><li>Confere </li></ul><ul><ul><li>Atribuições </li></ul></ul><ul><ul><li>Responsabilidades </li></ul></ul><ul><li>Ocupado por servidor efetivo (pois já deve possuir Posto- lugar ocupação); </li></ul><ul><li>Antiga “função gratificada” - acréscimo salarial </li></ul>
42. DIREITO DE AUSÊNCIA AO SERVIÇO <ul><li>FÉRIAS </li></ul><ul><li>LICENÇAS </li></ul><ul><li>AFASTAMENTOS </li></ul><ul><li>CONCESSÕES </li></ul>
43. LICENÇAS (art. 81) ‏ <ul><li>doença em pessoa da família (art. 83); </li></ul><ul><li>afastamento do cônjuge ou companheiro (art. 84) ‏ </li></ul><ul><li>serviço militar (art. 85); </li></ul><ul><li>atividade política (art. 86); </li></ul><ul><li>capacitação (art. 87); </li></ul><ul><li>por interesse particular (art. 91); </li></ul><ul><li>desempenho de mandato classista (art. 92). </li></ul>
44. AFASTAMENTOS art. 93 <ul><li>serviço em outro órgão ou entidade (art. 93); </li></ul><ul><li>exercício de mandato eletivo (art. 94); </li></ul><ul><li>estudo ou missão no exterior (a rt. 95). </li></ul><ul><li>participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País (art. 96-A) ‏ </li></ul>
45. CONCESSÕES art. 97 <ul><li>doação de sangue: 1 dia </li></ul><ul><li>alistamento eleitoral: 2 dias </li></ul><ul><li>casamento: 8 dias </li></ul><ul><li>falecimento de pessoa da família: 8 dias </li></ul><ul><ul><li>Podem ainda ser concedidos afastamentos nos casos de: convocação para participar do tribunal do júri, participação em programas de treinamento, participação em competição desportiva, deslocamento para nova sede. </li></ul></ul>
46. TEMPO DE SERVIÇO art. 100 <ul><li>TEMPO DE SERVIÇO: destina-se a verificar: </li></ul><ul><li>a estabilidade; </li></ul><ul><li>a aposentadoria (em regra, 35 anos de contribuição); </li></ul><ul><li>a disponibilidade; </li></ul><ul><li>as concessões, como por exemplo: férias, licença-prêmio, licenças... </li></ul>
47. DIREITO DE PETIÇÃO art. 104 <ul><li>DIREITO DE PETIÇÃO: redigir um pedido, uma reclamação, uma denúncia, a qualquer autoridade ou Poder Público a fim de que algum direito seja garantido. </li></ul><ul><ul><li>Art. 34 CF: </li></ul></ul><ul><ul><li>“ São assegurados, independente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder”. </li></ul></ul>
48. REGIME DISCIPLINAR 4. DOS DEVERES E PROIBIÇÕES
49. DEVERES <ul><li>Dever : &quot;obrigação de fazer ou deixar de fazer alguma coisa&quot; = art. 116 da Lei 8.112; </li></ul><ul><li>A maior parte dos direitos dos servidores estão expressos nos artigos 37 a 44 CF; </li></ul><ul><li>Outros direitos podem estar previstos em leis ordinárias dos Estados ou Municípios, ou nas Constituições Estaduais. </li></ul><ul><li>Os direitos e deveres dos servidores estatutários estão traduzidos no Estatuto do Servidor que compete a cada unidade da Federação estabelecer, </li></ul><ul><li>Podem estar presentes na CLT, caso o regime jurídico seja o celetista. </li></ul>
50. DEVERES (art. 116) ‏ <ul><li>LEALDADE </li></ul><ul><li>OBEDIÊNCIA </li></ul><ul><li>CONDUTA ÉTICA </li></ul><ul><li>SIGILO FUNCIONAL </li></ul><ul><li>ASSIDUIDADE </li></ul><ul><li>PONTUALIDADE </li></ul><ul><li>URBANIDADE </li></ul><ul><li>ZELO </li></ul>
51. PROIBIÇÕES <ul><li>Artigo 117 e incisos. </li></ul>
52. DA ACUMULAÇÃO DE CARGOS (art. 118) ‏ <ul><li>Proibição ao servidor: Art. 117, X, Lei 8112 : </li></ul><ul><ul><li>“ participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário” </li></ul></ul><ul><li>Art. 37, XVI, CF: </li></ul><ul><ul><li>“ é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários... </li></ul></ul><ul><ul><li>a) a de dois cargos de professor; </li></ul></ul><ul><ul><li>b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico; </li></ul></ul><ul><ul><li>c) a de dois cargos privativos de médico” </li></ul></ul>
53. ACUMULAÇÃO DE CARGOS <ul><li>ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários; </li></ul><ul><li>o servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva. </li></ul><ul><li>ACUMULAÇÃO </li></ul><ul><ul><li>Incompatível - Boa-fé = opção 1 cargos </li></ul></ul><ul><ul><li>Má-fé = * perde cargo </li></ul></ul><ul><ul><li>* restitui $ </li></ul></ul><ul><ul><li>* demissão (C/E/F exercido em outro órgão ou entidade) ‏ </li></ul></ul><ul><li>Exceção: EC/20. </li></ul>
54. 5. DAS RESPONSABILIDADES
55. RESPONSABILIDADE <ul><li>A Responsabilidade pode ser: </li></ul><ul><ul><li>PENAL </li></ul></ul><ul><ul><ul><li>Dolo </li></ul></ul></ul><ul><ul><ul><li>Culpa (imprudência, negligência, imperícia) ‏ </li></ul></ul></ul><ul><ul><li>CIVIL (reparação patrimonial) ‏ </li></ul></ul><ul><ul><ul><li>Subjetiva (só indeniza se agiu com dolo ou culpa) ‏ </li></ul></ul></ul><ul><ul><ul><li>Objetiva (Teoria do Risco Administrativo) ‏ </li></ul></ul></ul><ul><ul><li>ADMINISTRATIVA (apurada em processo adminstrativo e enseja sanção administrativa) ‏ </li></ul></ul><ul><ul><ul><li>Comissivas (ação) ‏ </li></ul></ul></ul><ul><ul><ul><li>Omissivas (omisão) ‏ </li></ul></ul></ul>
56. RESPONSABILIDADE <ul><li>ATENÇÃO – ART. 125: </li></ul><ul><li>AS RESPONSABILIDADES: PENAL, CIVIL E ADMINISTRATIVA SÃO AUTÔNOMAS E INDEPENDENTES, E, PORTANTO, PODEM CUMULAREM-SE ENTRE SI. </li></ul>
57. - Porém, há casos em que a decisão em uma das esferas influenciará as demais: * Esfera PENAL: absolvido por inexistência do fato ou porque o ato não foi de sua autoria = afasta responsabilidade na esfera CIVIL e ADMINISTRATIVA; * Esfera PENAL: absolvido por falta ou insuficiência de provas: a responsabilidade CIVIL E ADMINISTRATIVA não será afastada; * Esfera PENAL : condenado = responsabilidade CIVIL e ADMINISTRATIVA se tornam certas. OBS: Ver quadro p. 47
58. 6. PENALIDADES
59. O servidor pode ser punido com: <ul><li>ADVERTÊNCIA </li></ul><ul><li>SUSPENSÃO </li></ul><ul><li>DEMISSÃO </li></ul><ul><li>CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE </li></ul><ul><li>DESTITUIÇÃO </li></ul><ul><ul><li>De cargo em Comissão </li></ul></ul><ul><ul><li>Função Comissionada </li></ul></ul>
61. DIFERENÇA ENTRE SINDICÂNCIA E PAD <ul><ul><li>Processo administrativo disciplinar não se confunde com sindicância, posto que aquele, segundo lecionava Hely Lopes Meirelles, &quot;é o meio de apuração e punição de faltas graves dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao regime funcional de determinados estabelecimentos da Administração&quot;, e enquanto sindicância, segundo o mesmo ensinador, &quot;é o meio sumário de elucidação de irregularidades no serviço para subseqüente instauração de processo e punição ao infrator,... e não tem base para punição, equiparável ao inquérito policial em relação à ação penal. É o verdadeiro inquérito administrativo que precede o processo administrativo disciplinar.&quot; </li></ul></ul><ul><ul><li>- SINDICÂNCIA = REGRA, medida preparatória do PAD </li></ul></ul>
62. ADVERTÊNCIA <ul><li>Punição branda; </li></ul><ul><li>para faltas de menor gravidade; </li></ul><ul><li>porescrito nos assentamentos funcionais; </li></ul><ul><li>prazo prescricional: 180 dias; </li></ul><ul><li>cancelamento de registro: 3 anos; </li></ul><ul><li>procedimento necessário: sindicância; </li></ul><ul><li>prazo para término da sindicância: 30 dias + 30 dias; </li></ul><ul><li>nos casos de reincidência da advertência, aplica-se suspensão; </li></ul><ul><li>irregularidades: art. 117, inc. I ao VIII e XIX. </li></ul>
63. SUSPENSÃO <ul><li>Punição branda ou rigorosa; </li></ul><ul><li>branda: até 30 dias – precedida de sindicância (término: 30 dias + 30 dias); •Rigorosa: de 31 a 90 dias – precedida de “PAD” (término 60 dias + 60 dias); </li></ul><ul><li>por escrito nos assentamentos funcionais; </li></ul><ul><li>prazo prescricional: 2 anos; </li></ul><ul><li>cancelamento de registro: 5 anos. </li></ul><ul><li>pode ser convertida em multa: 50% sobre o vencimento ou remuneração diária, proporcionais aos dias em que restaria suspenso. (ao invés de o trabalhador não trabalhar e não receber, existe a possibilidade de que trabalhe e receba somente a metade da remuneração); </li></ul><ul><li>irregularidades: art. 117, inc. XVII, XVIII e negar-se a exame médico determinado pela Administração; </li></ul><ul><li>este último enseja suspensão por 15 dias, passiva de “arrependimento”; </li></ul><ul><li>REGRA: tudo que deve ser punido com rigor, mas não cabe demissão, leva a suspensão. </li></ul>
64. DEMISSÃO <ul><li>Punição rigorosa; </li></ul><ul><li>Precedida de Processo Administrativo Disciplinar ou Rito Sumário; </li></ul><ul><li>Deve sempre ser motivada; </li></ul><ul><li>Rito Sumário para as seguintes irregularidades: </li></ul><ul><ul><li>Acúmulo de cargos: empregos e funções públicas; </li></ul></ul><ul><ul><li>Inassiduidade habitual: 60 dias, interpolados em 12 meses, de ausências injustificadas; </li></ul></ul><ul><ul><li>Abandono de cargo: mais de 30 dias consecutivos de ausências injustificadas; </li></ul></ul><ul><li>não pode ser aplicada por qualquer autoridade, mas deve necessariamente ser imposta pelo Presidente da República, Presidentes dos Tribunais, Presidentes das Casas Legislativas e Procurador-Geral-da-República; </li></ul><ul><li>No Executivo Federal, há a delegação de competência para os Ministros de Estado; </li></ul><ul><li>Prazo prescricional: 5 anos; </li></ul><ul><li>Irregularidade: art. 117, inc. IX ao XVI e art. 132. </li></ul>
65. DEMISSÃO <ul><ul><li>São casos para a aplicação da Demissão: </li></ul></ul><ul><li>Crime; </li></ul><ul><li>Abandono de cargo (faltar sem justificativa por mais 30 dias consecutivos); </li></ul><ul><li>Inassiduidade habitual (60 dias interpolados); </li></ul><ul><li>Improbidade administrativa; </li></ul><ul><li>Incontinência pública e conduta escandalosa; </li></ul><ul><li>Insubordinação; </li></ul><ul><li>Ofensa física; </li></ul><ul><li>Aplicação irregular de dinheiro público; </li></ul><ul><li>Revelação de segredo do cargo; </li></ul><ul><li>Lesão aos cofres públicos; </li></ul><ul><li>Dilapidação do patrimônio; </li></ul><ul><li>Corrupção; </li></ul><ul><li>Prática de crimes contra licitação. </li></ul>
66. CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE <ul><li>Aplica-se quando o servidor, na atividade, cometeu uma falta punível com demissão; </li></ul><ul><li>Somente pode ser aplicada pelas mesmas autoridades que podem demitir. </li></ul><ul><li>Prazo prescricional: 5 anos </li></ul>
67. DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO E FUNÇÃO COMISSIONADA <ul><li>De cargo em comissão: preenchido por servidores estáveis ou por particulares, sem estabilidade. Exemplo: a lei dispõe que determinado órgão possui um cargo de assessor jurídico, que será nomeado livremente pela autoridade competente . </li></ul><ul><li>Destituição de função comissionada (função de confiança): exercidas exclusivamente por servidores públicos estáveis. </li></ul><ul><li>Essa destituição deverá ser aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão; </li></ul><ul><li>Deve ser aplicada pela mesma autoridade que fez a nomeação. </li></ul>
68. PRESCRIÇÃO <ul><li>180 dias para faltas puníveis com advertência; </li></ul><ul><li>2 anos para faltas puníveis com suspensão; </li></ul><ul><li>5 anos para faltas puníveis com demissão ou sanção equivalente; </li></ul><ul><ul><li>Esses prazos começam a fluir a partir do momento em que se toma conhecimento da infração, e não do instante em que ela é praticada. </li></ul></ul>
69. <ul><li>O SERVIDOR PÚBLICO COMO AGENTE DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL </li></ul><ul><li>SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO SERVIÇO PÚBLICO </li></ul><ul><ul><li>Promoção </li></ul></ul><ul><ul><li>Proteção </li></ul></ul><ul><ul><li>Prevenção SAÚDE </li></ul></ul><ul><ul><li>Recuperação </li></ul></ul>
Para começar, uma pergunta importante: Você sabe o que é crase?
Com origem na Grécia, a palavra crase significamistura ou fusão. Na língua portuguesa, a crase indica a contração de duas vogais idênticas, mais precisamente, a fusão da preposição a com o artigofeminino a e com o a do início de pronomes. Sempre que houver a fusão desses elementos, o fenômeno será indicado por intermédio da presença do acento grave, também chamado de acento indicador de crase.
Para usar corretamente o acento indicador de crase, é necessário compreender as situações de uso nas quais o fenômeno está envolvido. Aprender a colocar o acento depende, sobretudo, da verificação da ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Acompanhe a seguir cinco dicas simples sobre o uso da crase que vão eliminar de vez as suas dúvidas sobre quando e como empregar o acento grave. Atenção e bons estudos!
Cinco dicas simples sobre o uso da crase:
A crase nada mais é do que a fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a”, por isso ela não ocorre antes de substantivos masculinos
1. A crase deve ser empregada apenas diante de palavras femininas: Essa é a regra básica para quem quer aprender mais sobre o uso da crase. Apesar de ser a mais conhecida, não é a única, mas saber que – salvo exceções – a crase não acontece antes de palavras masculinas já ajuda bastante! Caso você fique em dúvida sobre quando utilizar o acento grave, substitua a palavra feminina por uma masculina: se o “a” virar “ao”, ele receberá o acento grave. Veja só um exemplo:
As amigas foram à confraternização de final de ano da empresa.
Substitua a palavra “confraternização” pela palavra “encontro”:
As amigas foram ao encontro de final de ano da empresa.
2. Lembre-se de utilizar a crase em expressões que indiquem hora: Antes de locuções indicativas de horas, empregue o acento grave. Observe:
Às três horas começaremos a estudar.
A partida de futebol terá início às 17h.
Ele esteve aqui às 8h, mas foi embora porque não te encontrou.
Mas quando as horas estiverem antecedidas das preposições para, desde e até, naturalmente o artigo não receberá o acento indicador de crase. Observe:
Ele decidiu ir embora, pois estava esperando desde as 10h.
Marcaram o encontro no restaurante para as 20h.
Fique tranquilo, eu estarei no trabalho até as 9h.
3. Antes de locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo, lugar e modo. Observe os exemplos:
Às vezes chegamos mais cedo à escola.
Ele terminou a prova às pressas, pois já passava do horário.
4. A crase, na maioria das vezes, não ocorre antes de palavra masculina: Isso acontece porque antes de palavra masculina não ocorre o artigo “a”, indicador do gênero feminino:
O pagamento das dívidas foi feito a prazo.
Os primos foram para a fazenda andar a cavalo.
Tempere com pimenta e sal a gosto.
Eles viajaram a bordo de uma aeronave moderna.
Marcos foi a pé para o escritório.
Existe um caso em que o acento indicador de crase pode surgir antes de uma palavra masculina. Isso acontecerá quando a expressão “à moda de” estiver implícita na frase. Observe o exemplo:
Ele cantou a canção à Roberto Carlos. (Ele cantou a canção à moda de Roberto Carlos).
Ele fez um gol à Pele. (Ele fez um gol à moda de Pelé).
Ele comprou sapatos à Luís XV. (Ele comprousapatos à moda de Luís XV).
5. Casos em que a crase é opcional:
→ Antes dos pronomes possessivos femininos minha, tua, nossa etc.: Nesses casos, o uso do artigo antes do pronome é opcional. Observe:
Eu devo satisfações à minha mãe ou Eu devo satisfações a minha mãe.
→ Antes de substantivos femininos próprios: Vale lembrar que, antes de nomes próprios femininos, o uso da crase é opcional, até porque o artigo antes do nome não é obrigatório. Observe:
Carlos fez um pedido à Mariana.
Ou
Carlos fez um pedido a Mariana.
→ Depois da palavra até: Se depois da preposição até houver uma palavra feminina que admita artigo, a crase será opcional. Observe:
Os amigos foram até à praça General Osório.
ou
Os amigos foram até a praça General Osório.
Elegia
Parte integrante do gênero lírico, a elegia é um tipo de poesia que ficou caracterizada por seu conteúdo temático, e não por sua forma.
 
A tristeza e a melancolia provocadas pela morte ou pelo rompimento amoroso são os principais temas da elegia
Cântico do Calvário - À memória de meu Filho morto a 11 de dezembro de 1863
“Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.
Eras a messe de um dourado estio.
Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, a inspiração, a pátria,
O porvir de teu pai! - Ah! no entanto,
Pomba, - varou-te a flecha do destino!
Astro, - engoliu-te o temporal do norte!
Teto, - caíste!- Crença, já não vives!
Correi, correi, oh! lágrimas saudosas,
Legado acerbo da ventura extinta,
Dúbios archotes que a tremer clareiam
A lousa fria de um sonhar que é morto! (...)”.
 
O fragmento acima é parte do célebre poema do poeta ultrarromântico Fagundes Varela. Cântico do Calvário é considerado a obra-prima do autor e certamente figura entre os mais comoventes e tristes poemas da Literatura Brasileira. A beleza dramática das metáforas criadas por Varela compõe aquilo que na literatura denominamos elegia.
A elegia integra o gênero lírico, embora guarde semelhanças com o gênero épico. De origem grega, era associada à música — sendo cantada com o acompanhamento da flauta — até que posteriormente ficou destinada à recitação e à leitura. Ao contrário de outros tipos de poemas do gênero lírico, a elegia tem no conteúdo sua principal característica: aborda temas como a tristeza e a melancolia, sentimentos despertados pela morte, como no poema Cântico do Calvário, ou ainda pela dor de um amor não correspondido ou interrompido.
Em Portugal, os maiores escritores de elegias foram Sá de Miranda, um dos mais tradicionais poetas lusitanos, e Luís de Camões, considerado o mestre do gênero. No Brasil, além de Fagundes Varela, outros poetas, como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Vinicius de Moraes, também compuseram versos elegíacos. Para você conhecer um pouco mais sobre esse gênero poético tão importante e peculiar, o sítio de Português selecionou belas elegias da literatura em língua portuguesa para você ler e apreciar. Boa leitura!
 
Elegia 1938
Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
Caminhas entre mortos e com eles conversas
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.
Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.
Carlos Drummond de Andrade
 
Elegia para minha mãe
Nesta quebrada de montanha, donde o mar
Parece manso como em recôncavo de angra,
Tudo o que há de infantil dentro em minh'alma sangra
Na dor de ter visto, ó Mãe, agonizar!
Entregue à sugestão evocadora do ermo,
Em pranto rememoroso o teu lento matírio
Até quando exalaste, à ardente luz de um círio,
A alma que se transia atada ao corpo enfermo.
Relembro o rosto magro, onde a morte deixou
Uma expressão como que atônita de espanto
(Que imagem de tão grave e prestigioso encanto
Em teus olhos já meio inânimes passou?)
Revejo os teus pequenos pés... A mão fransina...
Tão musical... A fronte baixa... A boca exangue...
A duas gerações passara já teu sangue,
 - Eras avó -, e morta eras uma menina.
No silêncio daquela noite funeral
Ouço a voz de meu pai chamando por teu nome.
Mas não posso pensar em ti sem que me tome
Todo a recordação medonha do teu mal!
Tu, cujo coração era cheio de medos
 - Temias os trovões, o telegrama, o escuro -
Ah, pobrezinha! um fim terrível o mais duro,
É que te sufocou com implacáveis dedos.
Agora que me despedaça o coração
A cada pormenor, e o revivo cem vezes,
E choro neste instante o pranto de três meses
(Durante os quais sorri para tua ilusão!),
Enquanto que a buscar as solitárias ânsias,
As mágoas sem consolo, as vontades quebradas,
Voa, diluindo-se no longe das distâncias,
A prece vesperal em fundas badaladas!
Manuel Bandeira
 
Em Tormentos Cruéis
Em tormentos cruéis, tal sofrimento, 
em tão contínua dor, que nunca aliva, 
chamar a morte sempre, e que ela, altiva, 
se ria dos meus rogos, no tormento! 
E ver no mal que todo entendimento 
naturalmente foge, e quanto aviva 
a dor mais o vagar da alma cativa, 
a quem não fará crer que é tudo um vento? 
Bem sei uns olhos, que têm toda a culpa, 
e são os meus, que a toda parte vêm 
após o que veem sempre e os desculpa. 
Ó minhas visões altas, meu só bem, 
quem vos a vós não vê, esse me culpa, 
e eu sou o só que as vejo, outrem ninguém! 
Sá de Miranda
Hipertexto
Nos anos 60, quando ainda não havia internet e o computador era um objeto arcaico, Ted Nelson criou o termo hipertexto, que revolucionaria os processos de leitura e escrita.
 
Um texto maior formado por uma rede de informações disponíveis através de links e hiperlinks: este é o hipertexto
Você sabia que a Linguística e a Tecnologia da Informação têm muito mais em comum do que você imagina? Sim, nós sabemos, são ciências distintas, mas, apesar disso, apresentam pontos de convergência interessantíssimos! Para darmos um exemplo mais simples, basta parar para pensar no quanto a linguagem sofre a influência da informática e no quanto o uso da internet modificou sensivelmente nossa relação com o objeto linguístico.
Bom, você já viu que a linguagem e a tecnologia dialogam sim. O que você não sabe é que as duas ciências são amigas de longa data, mesmo quando o computador era um objeto pra lá de arcaico e a internet não passava de uma ideia futurista e risível. Quem poderia imaginar, cinquenta anos atrás, que estaríamos irremediavelmente conectados através daweb? Você acha que ninguém imaginou? Pois saiba que está errado, um homem visionário não só imaginou como criou conceitos que interligariam de maneira definitiva a Linguística e a Tecnologia da Informação.
Filósofo e sociólogo estadunidense, Ted Nelson foi o pioneiro da Tecnologia da Informação e inventor dos termos hipertexto e hipermídia
Theodor H. Nelson, filósofo e sociólogo estadunidense, ficou mundialmente conhecido como o pioneiro da Tecnologia da Informação. Ele criou, nos anos sessenta, o termo hipertexto, para o qual atribuiu o seguinte conceito: “escritas associadas não sequenciais,conexões possíveis de se seguir, oportunidades de leitura em diferentes direções”. Traduzindo: o hipertexto é uma espécie de texto maior formado por vários outros elementos textuais. Quando você acessa um conteúdo na internet e continua a navegação através de cliques em links e hiperlinks (outro termo criado por Nelson), você, mesmo sem saber, está criando uma rede de informações com acesso ilimitado e de maneira instantânea.
Mas apesar de estar comumente associado à informática, não podemos dizer que o hipertexto seja exclusividade dela. Quando Ted Nelson pensou nessa rede de informações, ele ainda não estava pensando na internet tal qual a conhecemos hoje, mas sim em um tipo de texto eletrônico que seria criado através de uma tecnologia radicalmente nova. Antes do hipertexto encontrar na internet seu meio de vida ideal, ele transitou (e ainda transita) nas notas de rodapé, nos dicionários e nos verbetes de enciclopédia que também nos permitem construir, ainda que de maneira mais rudimentar, uma interessante rede de informações.
O hipertexto é uma forma organizacional encontrada também no papel, embora seja cada vez mais comum relacioná-lo com o textos virtuais. É, sobretudo, um tipo de intertextualidade que está relacionado com a evolução dos modos de leitura e organização da escrita, comprovando assim as diversas modificações pelas quais passaram, ao longo da história, o texto e o leitor. Entender o que é o hipertexto nos mostra o quanto nós, leitores, podemos interagir com a informação e com o conhecimento, pois graças a ele é possível construir um processo de escrita e leitura não linear e não hierarquizado. Essa nova relação com o texto tornou o processo de leitura mais interativo e colaborativo, e os diferentes suportes tecnológicos que viabilizam a ideia de Ted Nelson são peças fundamentais para a disseminação da cultura e do conhecimento.
Ao falarmos sobre as funções sintáticas do substantivo, remetemo-nos às noções relacionadas à análise sintática e morfológica – consequentemente, à morfossintaxe. Tais conceitos nos conduzem ao fato de que uma só palavra (o substantivo, em especial) pode assumir distintas funções, dependendo do contexto em que se encontra inserida.
Partindo de tal prerrogativa, ocupemo-nos em analisar essas funções, com o intuito de aprimorarmos efetivamente nossos conhecimentos sobre o fato em questão. Assim, vejamos:
* Sujeito: 
Carlos é gentil e educado.
* Predicativo do sujeito: 
Eu sou professor.
* Predicativo do objeto direto: 
Elegeram-no deputado.
* Predicativo do objeto indireto: 
Chamaram-lhe de amigo.
* Objeto direto: 
Lemos os livros.
* Objeto indireto: 
Precisamos de carinho.
* Complemento nominal: 
Tenho necessidade de atenção.
* Aposto: 
Ambos os diretores, pai e filho, retornaram à reunião.
* Vocativo: 
Lembre-se, professora, de atribuir notas aos trabalhos.
* Agente da passiva: 
Os livros foram lidos pelos alunos.
* Adjunto adverbial:
Retornamos à Bahia.

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