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Análise de Circuitos Elétricos I Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Aula Prática 1 Professor André H. B. Vergilio INSTRUMENTOS PARA CORRENTE ALTERNADA E MÉTODOS DE MEDIÇÃO OBJETIVOS • Conhecer o laboratório: bancadas de teste, instrumentos, regras de uso do laboratório. • Familiarização com características gerais e tipos de instrumentos elétricos de medição. MATERIAL A SER UTILIZADO NA PRÁTICA • Instrumentos de medidas localizados nas bancadas de trabalho. CONCEITO TEÓRICO Apresentamos a seguir alguns conceitos relacionados a INSTRUMENTOS ELÉTRICOS DE MEDIÇÃO (IEM). 1. Natureza do IEM É a característica que identifica o instrumento de acordo com o tipo de grandeza medida. Ex.: Amperímetro, Voltímetro, Wattímetro, Frequencímetro, etc. 2. Calibre do IEM É o valor máximo da grandeza mensurável que o instrumento é capaz de medir. Há de se con- siderar dois casos: a) Instrumento de um só calibre – o valor do calibre corresponde, normalmente, ao valor mar- cado no fim de sua escala de medição. b) Instrumento de múltiplo calibre – os valores dos respectivos calibres vêm indicados nas várias posições da chave de comutação dos calibres podendo haver no mostrador apenas uma escala graduada. Neste caso o valor da grandeza medida num dos calibres será obtido pela relação: A relação (Calibre Utilizado/Valor de Fim de Escala) é o fator pelo qual a indicação direta de um IEM deve ser multiplicada para obter-se o valor indicado de uma grandeza. Instrumentos de medição com diversas faixas com um único mostrador têm várias constantes que corres- pondem, por exemplo, a diferentes posições de um mecanismo seletor. Quando a constante for igual a um, ela geralmente não é indicada no instrumento. 3. Perda Própria É a potência consumida pelo instrumento. Nos IEM é desejável que a perda própria seja mí- nima a fim de que não perturbem o circuito em que estão ligados, sobretudo se trata de circui- tos de pequena potência. Os instrumentos digitais de medição são considerados de perda pró- pria praticamente nula. Ex. Amperímetro com calibre de 10 A e resistência própria de 0,02Ω tem perda própria de 2 W. 4. Resolução É o menor incremento mensurável pelo instrumento. Em um instrumento analógico corres- ponde à menor divisão marcada na escala do instrumento. Em instrumentos digitais a resolu- ção é definida pelo conversor A/D. Para instrumento com mostrador digital, é a variação na indicação quando o dígito menos significativo varia de uma unidade. 5. Exatidão ou Acurácia Está relacionada com o desvio do valor lido em relação ao valor padrão ou valor exato. A exatidão é definida pelo desvio máximo, em relação ao valor verdadeiro X, de uma série de medidas cujo valor médio é: 6. Classe de Exatidão Classe de instrumentos de medição ou de sistemas de medição que satisfazem requisitos me- trológicos estabelecidos, destinados a manter os erros de medição ou as incertezas de medição instrumentais dentro de limites especificados, sob condições de funcionamento especificadas. Uma classe de exatidão é usualmente indicada por um número ou símbolo adotado por con- venção e denominado de índice de classe. Geralmente é dado em porcentagem, ou seja, um instrumento de classe de exatidão 1 tem a exatidão de 1% do calibre do instrumento. 7. Precisão É uma medida do grau de reprodutibilidade ou consistência nas indicações de uma medida sob as mesmas condições, i.e., o grau de proximidade entre várias medidas consecutivas. Em geral é expressa pela maior diferença entre os valores medidos e a média desses valores Um instrumento preciso não é necessariamente exato, embora o seja na maioria dos casos. A precisão do instrumento é indicada pelo seu erro em porcentagem do seu valor, no fim da es- cala. Os instrumentos com erro igual a 0,1, 0,2 e 0,5 são considerados de alta precisão, en- quanto que aqueles de precisão 1,0, 1,5, 2,5 e 5,0 são usados para fins normais. Uma classe de precisão de 0,1 significa que o erro no valor lido será de ±0,1% vezes o fim de escala. 8. Tensão de Isolação ou Tensão de Prova É o valor máximo de tensão que um instrumento pode receber entre sua parte interna (de ma- terial condutor) e sua parte externa (de material isolante) sem lhe causar danos. Esse valor é simbolicamente representado nos instrumentos pelos números 1, 2 ou 3, contidos no interior de uma estrela. O instrumento pode ser utilizado sempre que sua tensão de isolação for maior que a tensão da rede, caso contrário há riscos para o operador e o instrumento. 9. Simbologia de Instrumentos de Medidas Elétricas Para ter segurança no uso dos instrumentos de medidas elétricas deve-se escolher aquele que tem as características necessárias à medição a ser feita. Os instrumentos se distinguem por símbolos gravados em seus visores. Os instrumentos que não trazem o símbolo característico da posição de funcionamento podem funcionar em qualquer posição. PROCEDIMENTO Identifique os símbolos dos instrumentos de medida da bancada e seus significados, preen- chendo a tabela abaixo com as características de cada instrumento. Em caso de vários cali- bres, indique o menor e o maior (menor/maior). No multímetro indique apenas a função am- perímetro. Natureza do IEM Calibre Classe de Precisão Resolução Posição de Instalação QUESTÕES PARA CASA 1. Dois amperímetros A1 e A2 têm as seguintes características: a) A1 – Calibre 25 A, Classe de exatidão 1,5. b) A2 – Calibre 40 A, Classe de exatidão 1,0. O amperímetro é empregado para medir uma corrente de 12 A. Calcular o erro para cada instrumento e a faixa possível do valor medido. Qual das duas medições foi feita com mais exatidão. Justifique. 2. Apresente esquemas de ligação dos seguintes instrumentos: amperímetro, voltímetro e wattímetro para medição em circuitos elétricos. REFERÊNCIAS: [1] Leão, R. P. S. – “Notas de Aulas Práticas de Circuitos Elétricos II”, Departamento de Engenha- ria Elétrica da Universidade Federal do Ceará. [2] IRWIN, J. David. – “Análise de Circuitos em Engenharia. São Paulo: Makron Books, 2000. [3] FILHO, S. M. – “Fundamentos de Medidas Elétricas”, 2ª Ed., Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1981. [4] Outros livros de Medidas Elétricas. ANEXOS:
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