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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE MARINGÁ PR CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EAD EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS ANGÉLICA CONCEIÇÃO DOS SANTOS Nº MATRICULA: 201803143177 INFLUÊNCIAS DA URBANIZAÇÃO SOBRE O CLIMA MARINGÁ 2018 ILHAS DE CALOR, FENÔMENO TÉRMICO QUE SE FORMA SOBRE AS CIDADES, E AS CAUSAS QUE AUMENTAM A TEMPERATURA NOS CENTROS URBANOS. As ilhas de calor é um efeito climático que ocorre em áreas urbanas, onde há uma temperatura mais alta em relação a áreas rurais onde há maior superfície verde. Segundo BARROS et al (2010) as ilhas de calor é um fator climático relacionado a outros, como poluição atmosférica, precipitações, alterações nas amplitudes térmicas, cobertura de solo. Assim como, a alta capacidade calorifica dos materiais como asfalto e concreto provocando mudanças no processo de absorção, reflexão e remissão, aumentando a irradiação de calor para o ar em relação as regiões onde há maior cobertura vegetal que aumenta a evapotranspiração. (OKE, 1975, apud GOUVEIA, SILVA) A geometria urbana também é um fator que influencias no desenvolvimento das ilhas de calor, afetando o escoamento do vento, e a emissão de radiação. (COSTA, et al, 2010) “As ilhas de calor alteram características físicas do ar em contato com a superfície, alterando a magnitude do calor sensível e calor latente, fluxos de momentum e massa, propriedades óticas, altura e características da camada limite. Essas alterações impactam na dispersão dos poluentes, na intensidade e desenvolvimento de tempestades e em outros processos químicos e físicos do ambiente urbano, ainda não quantificados apropriadamente” (Khan; Simpson, 2001, apud RIBEIRO et al 2016) Há um aumento da temperatura e isso se dá principalmente devido á ações antropogênicas, como substituição de coberturas vegetal por materiais que absorve e emitem mais calor, intenso trafego de veículos automotores, canalização e aterro de corpos hídricos, concentração humana entre outros citados abaixo. [...] causas básicas das mudanças climáticas que podem ser provocadas pela urbanização. A primeira é a alteração na superfície. No caso extremo, uma floresta densa terá sido substituída por um complexo de substâncias rochosas, como pedra, tijolo e concreto; naturalmente, locais úmidos, como charcos e pântanos, terão sido drenados e a rugosidade aerodinâmica terá sido aumentada por obstáculos de variados tamanhos. A segunda causa de mudança climática é a produção de calor pela própria cidade, indo desde aquele proveniente do metabolismo da massa de seres humanos e animais ao calor liberado por fornos nas residências e indústrias, ampliada nos anos recentes por milhões de motores de combustão interna em função do grande aumento de veículos motorizados. A terceira maior influência da cidade sobre o clima, freqüentemente chegado muito longe das áreas densamente povoadas, é a alteração da composição da atmosfera. A adição de material sólido inerte, gases e substâncias químicas [...]” (KRATZER (1937) apud LANDSBERG, H.E, 2006). CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E ALTERNATIVAS PARA UMA MELHORA DO QUADRO ATMOSFÉRICO NO AMBIENTE URBANO A poluição pode ter diversas consequências, como: redução da visibilidade, corrosão, oxidação e deterioração de edificações, além de, doenças respiratórias, alérgicas e dermatológicas. (AMARAL, PIUBELI, 2003). “De acordo com a Cetesb – Meio Ambiente – Prevenção à Poluição (2003), a estratégia de redução ou eliminação de resíduos ou poluentes na fonte geradora consiste no desenvolvimento de ações que promovam a redução de desperdícios, a conservação de recursos naturais, a redução ou eliminação de substâncias tóxicas (presentes em matérias primas ou produtos auxiliares), a redução da quantidade de resíduos gerados por processos e produtos, e conseqüentemente, a redução de poluentes lançados para o ar, solo e águas” (AMARAL, PIUBELI, 2003). São várias as soluções que podemos incorporar nos centros urbanos e nas ações antropogênicas para melhorar o quadro atmosférico. ANDRÉ, P.A, et al, (2000) acredita em mudanças no conceito atual de transporte público, assim como veículos mais eficientes com mecanismo de redução de emissão de poluentes, e combustíveis menos tóxicos, para melhora do ar. A presença de vegetação e corpos hídricos contribuem para amenizar o clima da cidade, daí a importância de áreas verdes e espelhos d’água no ambiente urbano. A vegetação em áreas urbanas traz uma série de benefícios proporcionar sombras, melhora a umidade do ar e reduz a poluição atmosféricas, parte daí a importância da educação ambiental, incentivando e desenvolvendo ações conscientes ecológicas, social, econômica e cultural. (MARTELLI, A, et al, 2015) REFERÊNCIAS AMARAL, D.M; PIUBELI, F.A, A poluição atmosférica interferindo na qualidade de vida da sociedade, simpósio de engenharia de produção, São Paulo, 2003. ANDRÉ, P. A.; BRAGA, A. L. F.; CONCEIÇÃO, G. M. S.; LIN, C. A.; PEREIRA, L. A. A.; EL KOURY-MIRAGLIA, S. G.; BHÖM, G. M. “Environmental Epidemiology Applied to Urban Atmosferic Pollution – A Contribution from the Laboratory of Experimental Air Pollution (LEAP)”, in Cad. Saúde Pública, 16(3), 2000, pp. 619-28. BARROS, H. R.; LOMBARDO, M. A. A ilha de calor urbana e o uso e cobertura do solo em São Paulo-SP. Geousp – Espaço e Tempo (Online), v. 20, n. 1, p. 160-177, mês. 2016. ISSN 2179-0892. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/geousp/article/ view/97783. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2179- 0892.geousp.2016.97783. Acessado em 08 de maio de 2018 COSTA, D.F, et al. Identificação de ilhas de calor na área urbana de Ilha Solteira - SP através da utilização de geotecnologias. Engenharia Agrícola. Associação Brasileira de Engenharia Agrícola, v. 30, n. 5, p. 974-985, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/130658>. Acessado em: 10 de maio de 2018. EBBSEN, L. "Ilha de calor"; Brasil Escola. Disponível em < https://www.infoescola.com/clima/ilha-de-calor/ >. Acesso em 12 de maio de 2018. GOUVEIA, M.B; SILVA, F.R. Ilhas de calor: uma abordagem na formação continuada por meio do uso da Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente em sala de aula, VIII Encontro Nacional de Pesquisa, mato grosso, 2011. LANDSBERG, H.E, o clima das cidades, Revista do Departamento de Geografia, 18 (2006) 95-111. RIBEIRO, H; PESQUERO, C.R; COELHO, M.S.Z.S. Clima urbano e saúde: uma revisão sistematizada da literatura recente, estudos avançados 30 (86), 2016 MARTELLI, A, SANTOS, A, R; Arborização Urbana do município de Itapira – SP: perspectivas para educação ambiental e sua influência no conforto térmico, Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, V. 19, n. 2, mai.-ago. 2015.
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