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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS Resenha Crítica de Caso Luiz Paulo Oliveira Branco Gazola Trabalho da disciplina Problemas Ambientais Globais Tutor: Prof. Marcela Vicente Vieira Andrade Brasília - DF 2020 2 SAMARCO: O PAPEL DA EMPRESA NO EMPODERAMENTO DAS PESSOAS Referência: FISCHER, Rosa Maria; Samarco: O papel da empresa no empoderamento das pessoas; Social Enterprise Knowledge Network; SKP-015; 08 de abril de 2011. O artigo “Samarco: O papel da empresa no empoderamento das pessoas”, publicado em Social Enterprise Knowledge Network no ano de 2011 por Rosa Maria Fischer, apresenta ações sociais e ambientais realizadas pela empresa Samarco e suas discussões internas sobre a eficácia dessas ações. Samarco é uma mineradora que nasceu de uma parceria entre a Samitri e a Marcona Corporation e atualmente a empresa Vale do Rio Doce detém 50% de suas ações. O Autor inicia o artigo descrevendo uma situação em que Sérgio Dias, Gerente de Meio Ambiente da Samarco, apresenta ações socioambientais da empresa, acreditando na consolidação da imagem da empresa perante a sociedade, mas também citando uma possível ampliação nestas ações. O texto relata que durante o intervalo dos trabalhos, Sérgio foi convidado pelo Diretor Financeiro, José para almoçarem juntos, para discutir as ideias apresentada por Sérgio. Sendo José um crítico ferrenho das ações socioambientais e duvidando da eficácia desses investimentos, iniciou o almoço citando que os projetos socioambientais deveriam ter como exemplo o projeto Salvamar (Projeto realizado junto aos pescadores e moradores no estado do Espírito Santo, que tinha como objetivo o 3 recolhimento voluntário de óleo lubrificante usado em barcos, reciclando, oferecendo uma alternativa aos pescadores quanto ao descarte adequado, bem como a possibilidade de reutilizar esse mesmo óleo lubrificante após reciclado, em consonância com a política nacional de resíduos sólidos), um projeto claro e objetivo, extremamente estratégico, de baixo custo, que atingiu seus objetivos. Porem José apontava o exemplo do projeto realizado em Bento Rodrigues, onde a empresa não atingiu seus objetivos. Sérgio, por sua vez, aceitava que o projeto poderia ter alcançado resultado melhores, porém dizia que os resultados alcançados foram bons. E apontava sempre, inclusive em suas apresentações junto ao conselho, o fato que a Samarco já havia enfrentado situações muito difíceis devido a atrito com comunidades no entorno dos empreendimentos, principalmente durante licenciamento e execução de obras, sendo esses projetos uma maneira eficaz de evita-los. O diretor financeiro preservava sua opinião de que projetos de grande porte na área socioambiental poderia não ser visto com bons olhos pelos acionistas e os custos eram desnecessários. Defendendo a ideia que é papel do poder público fomentar políticas públicas para desenvolvimento de comunidades e a Samarco deveria apenas cumprir o que lhe cabia, de acordo com as legislações. O artigo relata Sergio defendia o projeto PROECOS (Programa de Educação e Comunicação para Responsabilidade Social), que teria objetivo de melhoria da imagem da organização no entorno das áreas sob influência de suas atividades, através da elaboração de projetos socioambientais sustentáveis, construindo uma rede de parceiros para atendimento de demandas locais, demandando um alto investimento, muito além dos investimentos já praticados. O PROECOS era conduzido pelo GAIA (Grupo de Aplicação Interdisciplinar a Aprendizagem). O GAIA desenvolvia iniciativas socioambientais junto a comunidades, contando com grande experiência, devido a projetos realizados com 4 comunidades próximas a unidades da Transpetro e da Petrobras, fornecendo grandes experiencias em desenvolver ações socioambientais, melhorando significativamente a imagem da empresa que realizava as atividades. O artigo relata que Sérgio apresentou seus argumentos ao conselho, levando trecho da política socioambiental para aprovação de tal projeto, tal como: “A Samarco orgulha-se de fazer parte das vidas das pessoas. É por isso que ela investe na busca pelo desenvolvimento, não só econômico, mas também social e ambiental”. Após muitas explanações sobre o assunto, o Diretor operacional da Samarco, Paulo Roberto, propôs o encerramento da reunião e com retorno em 7 dias para deliberarem a decisão final. Chegado esse dia para a decisão da Diretoria e do Conselho, novamente ambos expuseram suas opiniões, defendendo ideias contrárias, e o Diretor Operacional informou a decisão final. Com esta leitura, nota-se que sempre teremos opiniões contrárias sobre diversos assuntos, e a divergência principalmente dos aspectos econômicos contra ações socioambientais. Para uma empresa investir fortemente nessas ações, não bastam palavras e argumentos voltados a sua política. Essas ações devem ter um retorno tangível, com avaliação dos riscos em realizar ou não suas ações.
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