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FERIDAS E CURATIVOS CONCEITO • Ferida é a ruptura da integridade de um tecido ou órgão corpóreo; • Quebra da estrutura anatômica ou fisiológica causa um ferimento. • Tal interrupção pode ser provocada por algum trauma, ou ainda ser desencadeada por uma afecção que acione as defesas do organismo. • Toda e qualquer ruptura no tecido epitelial, mucosa ou órgãos, podendo atingir desde a epiderme até estruturas como a fáscia, músculo, osso, aponeurose e órgãos cavitários, causada por fatores extrínsecos ou intrínsecos. TIPOS DE LESÕES • EDEMA - acúmulo anormal de fluídos nos espaços intersticiais dos tecidos da área peri- lesional. • ENTUMECIMENTO - endurecimento ou firmeza anormal das margens da ferida • ERITEMA - vermelhidão resultante da dilatação dos capilares superficiais. Pode ser resultante da redução do fluxo sanguíneo (pressão), manifestações alérgicas, processo inflamatório e/ou infeccioso. • HIPERCROMIA - aumento da pigmentação da pele, podendo ocorrer após trauma de pele ou episódio alérgico. • MACERAÇÃO - amaciamento da pele deixando-a irritada favorecendo ulcerações, indicativo de que o cuidado tópico não está adequado. TEMPO DE REPARAÇÃO TISSULAR • • Aguda • • Crônica CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS • Classificadas de acordo com a situação em que foram originadas • - Cirúrgicas • - Traumáticas • - Ulcerativas QUANTO À PROFUNDIDADE • Feridas superficiais: quando atingem apenas as camadas mais superficiais da pele (epiderme e derme superficial ou intermediária); • Feridas profundas: quando atingem níveis mais profundos da pele (derme profunda, tecido adiposo, fáscias, tendões, músculos, ossos, cartilagens, ligamentos). QUANTO À COMPLEXIDADE • Feridas simples: são feridas que, em geral, se mostram superficiais e livres de sinais de infecção/contaminação/colonização por microrganismos, e tendendo a evolução benigna (isto é, à cicatrização espontânea); • Feridas complexas: são feridas que, em geral, acometem planos mais profundos ou maior número de tipos diferentes de tecidos (não apenas derme e epiderme, mas também ossos, cartilagens, tecido adiposo, fáscias musculares, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos, tecido nervoso etc.). QUANTO AO FORMATO E AGENTE CAUSADOR • Ferida puntiforme: formato puntual e de bordas ligeiramente irregulares (como espinhos, pregos, agulhas etc.) • Ferida incisa: formato linear e de bordas geralmente regulares, geralmente causado por lâminas (faca, lâmina de barbear etc.); • Ferida corto-contusa: formato irregular, geralmente com diversos segmentos ulcerados, perdas de tecidos e de bordas, se observa áreas de equimoses e hematomas adjacentes ás áreas de ulcerações (machado, foice, aresta de um tijolo etc.); • Ferida pérfuro-incisa: formato habitualmente regular, geralmente com bordas de ferida regulares, causado por objetos que penetram a pele com pouco impacto mas com bom potencial de divulsão de tecidos (como uma lâmina comprida). • Provocadas acidentalmente por diversos agentes • - Atrito: superfície áspera (abrasão - apenas a epiderme/laceração - todas as camadas da pele) • - Inoculação de veneno: aranhas, cobras, abelhas e escorpiões. Provocadas por diversos agentes • Ferida causada por queimadura: formato irregular dependente da área de pele exposta à radiação ionizante, fonte de calor, abrasão ou produto químico causador da queimadura. • Ferida causada por geladura: formato irregular dependente da área de pele exposta ao frio. • Ferida causada por fatores endógenos: formatos diversos, a depender da patologia causadora das lesões (rachaduras, pênfigo, vasculites de etiologias diversas, psoríase, xerodermia pigmentosa etc.). • • IATROGÊNICA - lesões secundárias a procedimentos ou tratamentos como radioterapia, quimioterapia, etc. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS CIRURGICAS Divisão das Feridas Cirúrgicas segundo o risco de infecção - Limpas - Potencialmente contaminadas - Contaminadas -Infectadas • LIMPA - sem indícios de inflamação • LIMPA/CONTAMINADA - sem contaminação significativa, tempo inferior a 6h entre trauma/atendimento. • CONTAMINADA - tempo maior a 6h entre trauma/atendimento - presença de patógenos ou detritos, sem infecção local. • INFECTADA - presença de infecção local, tecido desvitalizado, inflamação bacteriana e secreção purulenta. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE FERIDAS • Origem: primárias e secundárias • Nível de tecido atingido - superficial e profundo • Características das bordas: ferida aberta e ferida fechada. Obs: todas essas formas poderão ser usadas, de acordo com a conveniência dos profissionais. CARACTERíSTICAS DO EXUDATO • Seroso - cor clara, plasma aguado • Sanguinolento - vermelho vivo, sangue ativo com ruptura de vasos • Serosanguinolento • Purulento - variável de amarela, esverdeada, queimada ou marrom. • Seropurulento • FERIDA NECRÓTICA - tecido morto decorrente de isquemia por certo período de tempo • FERIDA COM CROSTA - composta de células mortas acumuladas na exsudação. • Apresenta-se como uma membrana fibrinosa, de cor amarela na superfície. • FERIDA GRANULADA - apresenta cor vermelha brilhante e úmida, com aspecto de amora. • Parede dos capilares finas - fácil sangramento. Classificação da Ferida [- - -~ Cirúrgica _________ L- ---, Agudas Ex: Incisões, Excisões áreas doadoras Crônicas feridas cirúrgicas infectadas Não Cirúrgica Agudas Ex: queimaduras, abrasões, esfoladuras Crônicas Ex: úlcera de pressão Classificação por profund idade Independente da etiolog ia Superficial Ex: Bolha Perda Parcial de tecido Ex: área doadora, úlcera de pressão estágio 11 Perda total de tecido Ex: úlcera de pressão estágio 111e IV Umpeza ditlría com água e sabAo n,~w'to : 5angfBmeolO • Avaliação de grav,jdaoo '. Verificar Pressão Arte,rial' ,. urauvo compcess,ívo • Hea•••auar em 24 horas' \ta a oca UmP$za com $F morno Pesqutsar com sonda 8 profundidade da I~ CU.ralívo conforme dalé.são PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO • A cicatrização envolve processos catabólitos de degradação, limpeza e digestão enzimática e processos anabólicos de proliferação e reparação. • As respostas metabólicas do organismo compreendem fatores celulares e bioquímicos do tecido agredido. • A evolução do processo cicatricial esta relacionada com uma serie de fatores locais e sistêmicos quem podem interferir na fisiologia do processo cicatricial. • Fase Exsudativa ou Inflamatória: 1° dia • Fase Proliferativa ou Regeneração: 4° - 21° dia • granulação • epitelização • contração • Fase de Maturação da Cicatriz: cura FASE EXSUDATIVA OU INFLAMATÓRIA: • Ativa o sistema de coagulação. • Promove o desbridamento da ferida e a defesa contra microrganismo esta dividida em três subfases. • Fase trombocítica: A hemostasia e a primeira resposta a lesão (vasoconstrição). • Os trombócitos são responsáveis pela agregação plaquetária e ativação da cascata de coagulação. • Fase Granulocítica: Os granulócitos liberam enzimas proteolíticas mediadoras (colagenases, elastases e hidrolases acidas. • há aumento do fluxo sanguíneo com vasodilatação; ocorre a quimiotaxia (fagocitose do antígeno, primeiro os neutrófilos - fase aguda - e depois macrófagos); • os neutrófilos e macrófagos digerem as bactérias e restos celulares. • Fase macrofágica: há o inicio da reparação onde os macrófagos secretam proteases, fatores de crescimento e substancia vasoativas que dão continuidade ao processo de desbridamento e exercem a função de controle central das fases de cicatrização subseq uentes. FASE PROLlFERATIVA • 10 Granulação: é a formação de um tecido novo composto de capilares, colágeno e proteoglicanas. • A formação neocapilar nesta fase resulta da liberação de fatores angiogênicos secretados pelos macrófagos, que estimulam a proliferação das células endoteliais dos vasos sanguíneos. • 2° Epitelização:nesta fase as principais propriedades são a formação de um tecido conjuntivo novo e epitelização. • As principais características da epitelização são a migração e divisão mitótica das células iniciando nas bordas da ferida. • 30 Contração: redução do tamanho da lesão pela ação especializada dos fibroblastos. FASE DE MATURAÇÃO: • Ocorre a remodelação do colágeno e redução da capitalização. • A cicatriz torna-se mais clara e plana. FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO • RELACIONADOS AO AGENTE LESIVO • Extensão da lesão • Potencial do Agente invasor (virulência, toxidade, agentes químicos, citotoxidade , etc.) • Duração e persistência da lesão • Duração da exposição ao agente lesivo RELACIONADOS AOS FATORES LOCAIS • Desvitalização e necrose tecidual • Infecção • Corpo estranho • Deficiência de irrigação sanguínea • Hematoma, edema, seroma • Tensão na linha de sutura • Hipoidratação e hiperidratação • Corpos estranhos resistentes a digestão pela enzimas orgânicas. • FATORES SISTÊMICOS • Má oxigenação e baixo suprimento de Sangue • Doenças metabólicas (diabetes, hipertireoidismo , etc.) • Deficiência de vitamina C, A, B ou K e deficiência proteica • Drogas citotóxicas, corticoides ou anti-inflamatório • Irradiação • Idade • Obesidade • RELATIVOS AO CURATIVO • Uso de agentes citotóxicos (iodopolvidona, c1orexidina, rifocina, etc.) • Produtos que aderem a ferida (gaze seca, compressas secas) • Remoção do curativo anterior abruptamente • Técnica incorreta na execução do curativo. • TIPOS DE CICATRIZAÇÃO • CICATRIZAÇÃO POR PRIMEIRA INTENÇÃO • Ocorre quando ha perda mínima de tecido e as bordas são passiveis de ajuste por sutura. • Neste tipo de lesão o curativo e utilizado apenas para proteção não havendo necessidade de manutenção do meio úmido. • O curativo pode ser removido ate apos 48 horas. • CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO • Ocorre quando ha perda acentuada do tecido e não ha possibilidade de fechamento dos bordos. • O tempo de cicatrização será invariavelmente superior e o curativo deve ser utilizado com tratamento da lesão, havendo necessidade de manutenção do meio úmido. • CICATRIZAÇÃO POR TERCEIRA INTENÇÃO OU MISTA • Ocorre quando ha fatores que retardam o processo cicatricial por primeira intenção e ha necessidade de deixar a lesão aberta para drenagem ou para debelar uma Infecção. • Posterior ao tratamento a lesão poderá ser fechada por primeira intenção. ÚLCERA POR PRESSÃO • CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS • A úlcera é classificada do estágio I ao IV em referência a profundidade de comprometimento tecidual e não a gravidade da lesão. • • Resulta de compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície externa rígida. • ESTÁGIO I • É uma alteração da pele intacta relacionada a pressão cujos indicadores, comparados com os tecidos adjacentes podem incluir mudança na temperatura (calor ou frio), mudança na consistência do tecido (edema, endurecimento ou amolecimento) ou sensação de coceira ou queimação. • Hiperemia de pele intacta que não empalidece • ESTÁGIO 11 • É a perda parcial da pele envolvendo epiderme, derme ou ambas. A úlcera é superficial e apresenta-se como abrasão, bolha ou cratera rasa. • ESTÁGIO 111 • É a perda da pele na sua espessura total envolvendo danos ou necrose do subcutâneo que pode se aprofundar, não chegando até a fascia muscular. Pode se apresentar como uma cratera profunda. • ESTÁGIO 111 • É a perda de pele na sua espessura total com destruição extensa ou danos dos músculos, ossos, ou outras estruturas de sustentação, como tendão ou articulações. TRATAMENTO: ESTÁGIO I: cobrir e proteger ESTÁGIO 11:cobrir, proteger, hidratar, isolar, absorver ESTÁGIO 111:cobrir, proteger, hidratar, isolar, absorver, limpar, prevenir, granular ESTÁGIO IV: cobrir, proteger , hidratar, isolar, absorver, limpar, prevenir, granular, obliterar CURATIVOS OBJETIVOS • manter umidade • remover exsudato • troca gasosa • isolamento térmico • Proteger da contaminação externa • isento partículas tóxicas • trocas sem trauma - confortável • fácil aplicação • custo acessível 12 Mandamentos do Cuidado com a Ferida 1. Avaliação global medir estadiar identificar a fase 2.Plano de cuidados 3.Limites do tratamento 4.Mudar a conduta (S/N) 5.Manter o leito da ferida úmido 6.Manter limpa e desbridada 7.Proteger tecido viável 8.Selecionar a cobertura 9.Avaliar e reavaliar 1O.Eliminar espaço morto 11.Controlar os custos 12.Tratar o cliente como um todo (KRASNER, 1992) "Coloque qualquer coisa sobre a úlcera, menos o próprio paciente" "O Curativo Ideal" SETE CRITÉRIOS PARA O CURATIVO IDEAL SEGUNDO TURNER 1. Manter alta umidade na interface ferida/curativo 2. Remover o excesso de exsudação 3. Permitir a troca gasosa 4. Fornecer isolamento térmico 5. Ser impermeável à bactéria 6. Estar isento de partículas e tóxicos contaminadores de ferida 7. Permitir a retirada sem provocar trauma Fatores que Pesam na Escolha do Curativo • Conforto do paciente • Facilidade de aplicação e remoção • Efetividade • Custo • Não exigência de trocas frequentes • Ferida: seca/crostalexsudato/necrose • Localização da ferida • Tamanho da ferida • Formato da ferida, superficial, profunda CURATIVOS ETAPAS - LIMPEZA • Lavagem de mãos • Remoção secreção, tecido desvitalizado • Uso de solução fisiológica sob pressão • Manter temperatura • Técn ica asséptica • Luvas não estéreis • Princípio: do - para o + contaminado • Identificação do curativo - quem fez? ETAPA - DESBRIDAMENTO • Autolítico - enzimas naturais • Enzimático • Proteolíticos • Fibrinolíticos • Colagenases • Mecânico ANTISSEPTICOS • Pesquisas nos mostram que estas soluções tem efeitos tóxicos. • Precisam ser ponderados. • Quase todas serem inativas na presença de matérias orgânicas como sangue, secreção purulenta e exsudação. ANTIMICROBIANOS • Atividade antimicrobiana • Toxicidade em nível sistêmico. • Capacidade de penetração • Induz resistência • Alto custo • CONSIDERAR: - Espectro de ação - Alergenicidade -Resistência bacteriana -Toxicidade para o tecido de cicatrização • COBERTURAS • Muitas possuem semelhanças nas indicações e diferenças na eficácia e custos ... • Muitas parecem caras ... • Muitas parecem baratas ... • A correta avaliação por parte do (a) ENFERMEIRO (A), dos vários fatores envolvidos no tratamento de lesões é o alicerce para a escolha mais acertada. 1. HIDROCOLÓIDE COMPOSiÇÃO - • CAMADA EXTERNA: Espuma de Poliuretano • CAMADA INTERNA: Gelatina, Pectina, Carboximeticelulose sódica. • MECANISMO DE AÇÃO: Barreira térmica aos gases, a líquidos, mecaruca e microbiana; Estimula a angiogênese e o desbridamento autolítico: Acelera o processo de granulação; Absorção de exsudato ( gel); Manutenção do pH ácido; Manutenção de ambiente úmido. • TROCA: Sempre que o gel extravasar, curativo descolar ou no máximo em sete dias. • MODO DE USAR: Lavar o leito da ferida; Secar a pele ao redor da ferida; Escolher o hidrocolóide (diâmetro que ultrapasse a borda da ferida pelo menos 3 cm); Aplicar o hidrocolóide, segurando-o pelas bordas; pressione firmemente as bordas do hidrocolóide e massagear a placa para perfeita aderência; Se necessário reforçar as bordas com micropore; datar o hidrocolóide. • OBSERVAÇÕES: Alivia dor; Não adere ao leito da ferida; É auto-aderente; Dispensa curativos secundários; A interação do exsudato com hidrocolóide produz um gel amarelo (semelhante a secreção purulenta); Poderá ocorrer odor desagradável. • CONTRA-INDICAÇÕES: Feridas colonizadas ou infectadas; Feridas com tecido desvitalizado ou necrose; Queimaduras de 3° grau. 2. ALGINATO DE CÁLCIO • COMPOSiÇÃO: Fibras de não-tecido, derivados de algas marinhas com íons de cálcio e sódio incorporados em suas fibras. • MECANISMO DE AÇÃO: A troca iônica auxilia no desbridamento autolítico,tem alta capacidade de absorção, formação de gel mandando meio úmido para cicatrização, induz hemostasia. • INDICAÇÕES • Feridas abertas; • Sangrantes; • Altamente exudativas com ou sem infecção, até redução do exsudato; • Lesões cativarias com necessidade de estímulo rápido do tecido de granulação. • TROCA • Feridas infectadas: máximo de 24h. • Feridas limpas com sangramento: a cada 48h ou quando saturado. • Feridas limpas altamente exsudativas: quando saturar. • MODO DE USAR: • Lavar o leito da ferida com S.F. 0,9%; • Remover exsudato e tecido desvitalizado; • escolher tamanho da fibra de alginato; • Modelar o alginato no interior da ferida umedecendo a fibra com S.F. 0,9%; • Não deixar que a fibra ultrapasse a borda da ferida com risco de prejudicar a epitelização; • Ocluir com cobertura secundária estéril. • OBSERVAÇÃO • Quando o exsudato diminuir e a frequência das trocas estiverem sendo feitas a cada 3 a 4 dias, significa que é o momento de utilizar outro tipo de curativo. • Características e Benefícios • Seco por congelamento! sem fibras • Alta absorção vertical de exsudato • Não deixa resíduo de fibra na ferida • Recortável • Fácil de remover • Evita maceração da pele ao redor da ferida • Reduz número de troca de curativos 3. CURATIVO ALIVIADO R DE PRESSÃO INDICAÇÃO Prevenção e tratamento das úlceras de pressão PURILON GEL INGREDIENTES • Carboximetilcelulose de sódio • Alginato de Cálcio • Água Purificada FUNÇÃO • Absorvente partículas absorventes • Absorvente partículas absorventes • Base INDICAÇÕES • Tratamento de feridas necrosadas ou com presença de fibrina • Úlceras de perna • Úlceras de pressão • Úlceras de pé diabético não - infectadas 4. CARVÃO ATIVADO • COMPOSiÇÃO: Cobertura de contato de baixa aderência, envolta por camada de falso tecido e almofada impregnado por carvão ativado e prata 0,15%. • MECANISMO DE AÇÃO: Carvão ativado adsorve o exsudato e filtra o odor. A prata exerce ação bactericida. • INDICAÇÕES: Feridas fétidas e Feridas infectadas e exsudativas. • TROCA: Cobertura secundária sempre que saturada. Cobertura de carvão ativado no início a cada 48 e 72h, dependendo da capacidade de adsorção. • Quando a ferida não estiver mais infectada, pode ser trocado a cada 5 dias. • MODO DE USAR: Lavar o leito da ferida com jatos de S.F. 0,9%. • Remover o exsudato e tecido desvitalizado, se necessário. • Colocar o curativo de carvão ativado sobre a ferida. • Ocluir com cobertura secundária estéril. OBS: O curativo NÃO pode ser cortado para não ocorrer liberação do carvão ou da prata na lesão. • CONTRA-INDICAÇÃO: Feridas limpas e lesões de queimaduras. • Quando reduzir o exsudato e o odor, e houver granulação da ferida, substituir o carvão ativado por outro tipo de curativo que promova a manutenção do meio úmido. 5. MEMBRANA OU FILME SEMI-PERMEÁ VEL • COMPOSiÇÃO: Filme de Poliuretano transparente, elástico e sem i-permeável. Aderente a superfícies secas. • MECANISMO DE AÇÃO: Proporciona ambiente úmido favorável a cicatrização; Permeabilidade seletiva, permitindo a difusão gasosa e a evaporação da água; Impermeável a fluidos e microrganismos. • INDICAÇÕES: Fixação de cateteres; Proteção da pele íntegra e escoriações; Prevenção de úlceras de pressão coberturas de incisões cirúrgicas limpas sem nenhum exsudato; Cobertura de queimaduras de 1° e 2° grau; Cobertura de área doadora de enxerto. • TROCA: Quando perder a transparência, descolar da pele e ou se houver sinais de infecção. • MODO DE USAR • Limpar a pele, ferida ou local do cateter com gaze embebida em S.F. 0,9% • Secar com gaze; • Escolher o filme transparente do tamanho adequado ao local, com diâmetro que ultrapasse a borda • Aplicar o filme transparente no local. OBSERVAÇÃO • Quando o contato for direto com a lesão não há necessidade de curativo secundário. • Pode ser utilizado como curativo secundário. • Pode ser utilizado com outros produtos que estimulem o tecido de granulação. 6. SULFADIAZINA DE PRATA • COMPOSiÇÃO: Sulfatiazina de Prata a 1% hidrófico. • MECANISMO DE AÇÃO: O íon prata causa precipitação de proteínas e age diretamente na membrana citoplasmática da célula bacteriostática, exercendo ação bactericida imediata e ação bacteriostática residual pela liberação de pequenas quantidades de prata iônica. • INDICAÇÕES: Prevenção de colonização e tratamento de queimaduras. • TROCA: No máximo a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária estiver saturada. • MODO DE USAR • Lavar o leito da ferida com jatos de S.F. 0,9% • Remover todo excesso da pomada • Remover o tecido desvitalizado • Aplicar a pomada (creme) assepticamente por toda extensão da lesão (5mm de espessura). • MODO DE USAR • Colocar gaze de contato umedecida com S.F. 0,9% • Cobrir com cobertura secundária estéril • A cada troca do curativo retirar o excesso de pomada remanescente. • CONTRA-INDICADO: em pacientes com hipersensibilidade. 7. CURATIVO ÚMIDO CI SORO FISIOLÓGICO 0,9% • COMPOSiÇÃO: Cloreto de Sódio 0,9% • MECANISMO DE AÇÃO: Limpa e umedece a ferida; Amolece os tecidos desvitalizados; Favorece o desbridamento autolítico. INDICAÇÕES: Manutenção da ferida úmida. Feridas com cicatrização por segunda intenção. • TROCA: De acordo com a saturação do curativo secundário ou no máximo a cada 6h ou 12h. • MODO DE USAR • Incisão com deiscência: Limpar a incisão com gaze e S.F. 0,9%; Lavar o ponto de deiscência com jatos de S.F. 0,9%; Manter a gaze de contato úmida com SF 0,9% no local da deiscência; Ocluir com gaze ou compressa seca; Realizar fixação. FERIDAS ABERTAS • Lavar o leito da ferida com jatos de S.F. 0,9% • Remover exsudatos limpando a ferida com gaze embebida em S.F. 0,9% com movimentos leves e lentos • Remover tecidos desvitalizados (gaze, pinça ou bisturi) • Manter o leito da ferida úmido • Ocluir com cobertura secundária seca (gaze ou compressa) e Fixar. • OBSERVAÇÕES: A solução fisiológica pode ser utilizada tanto para limpeza como para o tratamento de ferida. • CONTRA-INDICAÇÕES • Feridas com cicatrização por 1a intenção • Locais de inserção de cateteres • Introdutores • Fixadores externos e Drenos • Nas feridas abertas pode-se substituir o S.F. 0,9% por Soro Riger com Lactato, pois tem uma composição eletrolítica isotônica com quantidades de potássio e cálcio semelhantes ao plasma sanguíneo. 8. CURATIVO FIBRINOLlSINA - Fibrase® • COMPOSiÇÃO: Emoliente de origem bovina compostos das enzimas fibrinolisina e desoxirribon uclease. • MECANISMO DE AÇÃO: dissolvem o exsudato e os tecidos necróticos. Pouco efetiva em grandes áreas necróticas. • FREQÜÊNCIA DE TROCA: em média a cada 12 horas. CURATIVO COM COLAGENASE Iruxol®, Iruxol-mono®, Kollagenase®, Santyl® • COMPOSiÇÃO: Composto de colagenase, clostridiopeptidase-A e enzimas proteolíticas e cloranfenicol a 1%. O Iruxol-mono® não é associado ao antibiótico. • MECANISMO DE AÇÃO: Atua seletivamente, degradando o colágeno nativo e provocando a necrólise. É pouco efetiva em grandes áreas necróticas. • FREQUÊNCIA DE TROCA: em média a cada 12 horas. 9. CURATIVO DE PAPAíNA • COMPOSiÇÃO: É composta por enzimas proteolíticas e peroxidases: papaína, quimiopapaína A e B e papayapeptidase. Provém do látex do mamoeiro Carica papaya. • MECANISMO DE AÇÃO: Atua como desbridante químico, facilitando o processo cicatricial. Tem ação bacteriostática, bactericida e anti.inflamatória.· Proporciona alinhamento das fibras de colágeno, promovendo crescimento tecidual uniforme. • INDICAÇÕES • Como desbridante químico e facilitador do processo cicatricial. • Como coadjuvante da antibioticoterapia sistêmica de feridas infectadas. • MODO DE USAR: Poderá ser utilizada in natura, em creme ou liofilizada, dissolvida em solução fisiológica. • Na presença de tecido de granulação a concentração deverá ser de 2%. • Na presença de necrose de liquefaçãoa ferida deverá ser lavada em jatos com solução de papaína de 4 a 6% diluída em solução fisiológica. • Na presença de necrose de coagulação na concentração de 8 a 10%, após efetuar a escarectomia. • A substituição do curativo é indicado, em média, a cada 12 horas. 10.ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS - AGE, ÁCIDO LlNOLÉICO, Dersani®, AGECremer óleo®, AGEDerm®, Ativoderme®, Lin'Óleo®,Óleo de Abacate Natural®, ÁCIDO LlNOLÉICO associado a LANOLlNA Sommacare® • INDICAÇÕES • Mantêm o leito da ferida úmido e aceleram o processo de granulação. • lesões abertas não infectadas. profilaxia de úlceras de pressão. • MODO DE USAR: • Aplicar utilizando uma gaze embebida em ácido linoléico. • Frequência de Troca: em média de 12 horas. Allevyn®, Allevyn Cavity®, Mepilex® • Adesivo de poliuretano revestido com espuma de hidropolímero de alta densidade. • O curativo Mepilex® é composto também por fina camada externa de silicone. • O curativo Elasto-Gel® possui característica GEL (65% de glicerina e 17,5% de água destilada). • O curativo Polymem com Alginato de Cálcio® possui também alginato de cálcio em sua composição. • INDICAÇÃO • Feridas limpas em fase de granulação, com média e pequena quantidade de exsudato. • CONTRA-INDICAÇÃO • Feridas infectadas • Com necrose • Grande quantidade de exsudato • Queimaduras de segundo e terceiro graus. • MODO DE USAR • Frequência de troca: em média a cada 48 horas. • Observação: A opacidade da cobertura de alguns destes produtos impossibilita a visualização direta da saturação. • Nestes casos é indicado o descolamento de uma das bordas para averiguação do grau de saturação e reposicionamento após secagem da pele. • TÉCNICA BÁSICA DE CURATIVO 1. Lavar as mãos com água e sabão, secar e friccionar álcool 70% glicerinado; 2. Reunir o material necessário e levá-Io até o paciente; 3. Explicar-lhe o que será feito; 4. Descobrir ou cobrir o paciente conforme a necessidade; 5. Colocar a cuba-rim ou bandeja de inox próxima ao local do curativo protegida com papel toalha; 6. Abrir os pacotes de curativo com técnica asséptica, dispor as pinças em ordem de uso. Delimitar imaginariamente espaço livre no campo para separar o material contaminado da área estéril; 7. Abrir os pacotes de gaze; 8. Remover o curativo anterior (em caso de troca), o que poderá ser feito com as mãos enluvadas ou com pinças; 9. Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma solução que contenha sabão, o que removerá mecanicamente alguns patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo à pele. 10. Fazer um chumaço de gaze e embebê-to com soro fisiológico, mantendo uma distância em torno de 20cm entre o frasco e o chumaço. Proceder à limpeza da área seguindo o princípio do menos para o mais contaminado: a limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a mais contaminada, evitando-se movimentos de vaivém. Nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da ferida. 11. Secar toda a área com chumaços secos de gaze; 12. Fazer novo chumaço, embebê-Io com solução anti-séptica e aplicar na ferida; 13. Deve-se remover as crostas e os detritos com cuidado, lavar as feridas com soro fisiológico em jato ou com PVPI aquoso (em feridas infectadas, quando houver sujidade e no local de inserção dos cateteres centrais) 14. Em feridas contaminadas, deve-se iniciar a anti-sepsia da área mais distante para a mais próxima da ferida; 15. Secar toda a área na mesma seqüência; 16.08S: quando necessário usar pomadas, aplicar sobre a espátula e esta sobre a gaze ou ferida. 17. Cobrir o ferimento com gazes abertas ou dobradas e atadura conforme a extensão da ferida; Desprezar as pinças na cuba-rim; 18. Fixar as gazes com esparadrapo ou micropore; em certos locais o esparadrapo não deve ser utilizado, devido à mobilidade (articulações), presença de pêlos ou secreções. Nesses locais deve-se utilizar ataduras, estas devem ser colocadas de maneira que não afrouxem nem comprimam em demasia. O enfaixamento dos membros inicia-se da porção distal para a proximal e não deve ocasionar nenhum tipo de desconforto ao paciente. 19. Identificar um esparadrapo sobre o curativo com o nome de quem o realizou, data, hora e assinatura; 20. Confortar o paciente; 21. Desprezar o material contaminado em sacos de lixo distintos conforme determinado pela Vigilância Sanitária; 22. Encaminhar o material usado à Central de Esterilização de Materiais; 23. Lavar as mãos e friccionar com álcool 70% glicerinado; 24.Anotar o procedimento no prontuário do paciente. • FASES DO CURATIVO 1a: remoção do curativo anterior e limpeza das bordas distantes, utilizando-se de pinça dente de rato e Kocher. 2a: fazer a limpeza da ferida utilizando-se de pinça anatômica ou Kelly, iniciando da área menos contaminada para a mais contaminada. 3a: no tratamento das feridas fazer a aplicação de anti-sépticos indicados, pomadas e outros, utilizando-se de pinça anatômica e Kelly. 4a: na confecção do curativo de proteção, se necessário, usar pinça Kelly e anatômica. • REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO • BORGES, E. L. e cot. Feridas: como tratar. Belo Horizonte: Coopmed, 2001, 144p . • DEALEY, C. Cuidando de Feridas: um guia para as enfermeiras, 4a edição, São Paulo: Atheneu, 2009, 216p. • SAMPAIO, S.AP.; RIVIDI, E.A Dermatologia. São Paulo: Artes Médicas, 2009. • UNIVERDIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Hospital das Clínicas. Manual de Tratamento de Feridas. 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