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Classificação de Solos no Brasil

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Classificação de Solos
Profa. Suzana Romeiro Araújo
Universidade Federal Rural da Amazônia 
Geomorfologia e Pedologia
Belém, PA
2018
Por que classificamos os solos?
Classificar
Organizar o conhecimento para melhor
entender as relações existentes entre os
diferentes indivíduos de determinada
população, facilitando a recordação de atributos
essenciais dos objetos classificados e o
estabelecimento de subdivisões úteis para
aplicação prática e teórica.
Classificação de Solos
É um processo dinâmico, pois reflete o nível
de conhecimento atual;
É largamente dependente da experiência e
treinamento do pedólogo;
Relacionado com aspectos culturais e
ambientais (Etnopedologia);
Identifica o típico – aquele que representa o
conceito central da classe.
Propósitos da Classificação
 Organizar os conhecimentos, contribuindo para a economia
de pensamentos;
 Salientar e entender relações entre indivíduos e classes da
população que está sendo classificada;
 Relembrar propriedades dos objetos classificados;
 Aprender novas relações e princípios dentro da população
que está sendo classificada;
 Estabelecer grupos ou subdivisões de objetos sob estudo de
uma maneira útil para propósitos práticos em:
 Predizer o comportamento
 Identificar melhores usos
 Estimar produtividade
 Possibilitar a extrapolação de resultados de pesquisa e de
observações.
Histórico: Classificação de Solos no 
Brasil
 Primeiras tentativas de classificação datam da década de 70.
 Processo motivado por:
 Levantamentos pedológicos
 RCC (Reuniões de classificação e correlação de solos)
 Dissertações, teses, artigos, levantamentos de solos etc
 Busca de um sistema hierárquico, multicategórico e aberto,
que permita a classificação de todos os solos existentes no
Brasil (abrangência nacional).
Histórico: Classificação de Solos
 TRAJETÓRIA
 Sistema brasileiro mais agressivo na introdução de
diferenças químicas na classificação.
Década de 80: primeiras aproximações
 1999: primeira edição do SiBCS
 2006: segunda edição do SiBCS
 2013: terceira edição do SiBCS
O solo e seus horizontes
A distinção das diversas
classes de solos baseia-
se na presença de hz
diagnósticos e atributos
diagnósticos
SiBCS
Analogia com a taxonomia vegetal
Nomeclatura das classes
Chave simplificada para identificação das 
Classes (Ordem)
Chave simplificada para identificação das 
Classes (Ordem) Continuação
Classes do segundo nível categórico 
(Subordens) 
*COR DO SOLO
• Determinada no campo pela sua comparação 
visual com padrões existentes em cartas de cor 
(Munsell Soil Color Company, 1975).
• Principais pigmentantes: matéria orgânica e 
compostos de Fe.
• Relaciona-se com os seguintes aspectos:
drenagem
matéria orgânica
 forma e conteúdo de ferro
Cor do Solo
Matéria
Orgânica
Argila
e quartzo
Goethita
(óxido de Fe)
Hematita
(óxido de Fe)
Umidade do solo
COR
Contempla o grau de 
intensidade de 3 componentes:
Hue = matiz / pigmento
Value = valor / tonalidade
Chroma = croma / intensidade 
EX
EM
P
LO
2,5YR 5/2
Classes do terceiro nível categórico 
(Grandes grupos) 
*Saturação por bases (V %)
• Expressa a proporção de cátions básicos 
contidos na capacidade de troca do solo.
• É um parâmetro utilizado para distinção de 
solos eutróficos (mais ricos em nutrientes) e 
distróficos.
Classes do quarto nível categórico 
(Subgrupos) 
Atributos diagnósticos
2. Atributos morfológicos
*Textura
Textura do solo é a distribuição das partículas primárias do
solo por tamanho
Areia
2–0,053 mm
Silte
0,053–0,002 mm
Argila
<0,002 mm
Classe texturais do solo:
• Fornecem uma idéia da distribuição de tamanho de partículas
e indicam o comportamento das propriedades físicas do solo;
Cascalhos: de 2mm a 2cm;
Calhaus: de 2cm a 20cm;
Matacões: maior que 20cm
Classe texturais do solo:
Classe texturais do solo:
Alteração das classes texturais:
• Processos pedológicos como erosão, deposição, iluviação e
intemperismo podem alterar a textura de diferentes
horizontes do solo;
• A textura só pode ser alterada pela mistura de outros tipos de
solo com classes texturais diferentes;
• A incorporação de material orgânico não provocará mudança
na textura pois a propriedade se refere somente a partículas
minerais;
Estrutura do solo é o arranjo das partículas secundárias do
solo e do espaço poroso entre elas, incluindo o tamanho, forma
e resistência (Adaptado Marshall, 1962).
• Grânulos • Blocos
Estrutura dos solos minerais:
• É o arranjamento das partículas primárias do solo em
agragados ou unidades estruturais;
• A disposição dos poros e agregados, definidas pela estrutura,
possui grande influência sobre movimento da água,
transferência de calor, aeração e porosidade;
Estrutura dos solos
minerais:
Esferoidal – estrutura granular, unidades
esferoidais ou grânulos livres em arranjamento
pouco compacto, variam de 1 a 10mm de
diâmetro (granular ou grumo);
Laminar – estrutura achatada, caracterizada por
placas horizontais finas, originada pelo processo
de formação, podendo ser herdada do material
de origem;
Blocos – estruturas irregulares e poliédricas,
variam de 5 a 50mm de comprimento, são
formados por conjuntos de blocos subjacentes,
faces planas e ângulos agudos – angulares, faces
e vértices arredondados – subangulares;
Prismática – estrutura semelhante a prismas e
colunas, podem ter diâmetro de 150mm,
colunar – superior arredondada, prismática –
superior angular;
Estrutura dos solos minerais:
1. Atributos analíticos
Questão
• É possível que o pedólogo saia do campo com 
a classificação no primeiro nível categórico 
estabelecida? Por que?

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