Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Compressores de Palheta Profª Fernanda Mazuco Clain fernanda clain@furg.br Definição • Possui um rotor posicionado excentricamente em relação a carcaça no qual são dispostas palhetas, que se deslocam radialmente, pela ação da força centrífuga; Definição • A compressão é feita através da redução de volume da câmara de compressão, conseguida pela excentricidade do rotor em relação à carcaça; Definição • Na admissão é obtido o maior volume entre duas palhetas consecutivas, o rotor, a carcaça e as tampas; • Com a giro do rotor este volume é reduzido até atingir o mínimo, quando a janela de descarga e aberta. Definição • A razão de compressão do compressor de palhetas é fixa, definida pelo projeto do compressor. Características de Projeto • Principais elementos geométricos: – Diâmetro nominal (D) – Diâmetro do tambor (d) – Excentricidade (e) – Número de palhetas (n) – Comprimento do rotor (L) Características de Projeto • A excentricidade combinada com o posicionamento das aberturas de sucção e descarga, estabelece a relação de compressão; • O diâmetro nominal e o comprimento do rotor estão associados à vazão. Características de Projeto • A rotação deve proporcionar forças centrífugas para evitar vazamentos exagerados, sem causar desgaste excessivo das palhetas; • Por isso, o compressor deve operar em rotação constante ou variando num intervalo restrito em torno do valor de projeto. Características de Projeto • A lubrificação e a vedação da câmara de compressão é feita pela injeção de óleo lubrificante diretamente na corrente de gás no interior do estator, o que também ajuda na refrigeração. • Compressores de palhetas são oferecidos sem lubrificação, com lubrificação normal ou com lubrificação abundante; Características de Projeto • Lubrificação – Não lubrificado: não há contaminação do gás, mas apresenta um rendimento volumétrico menor; – Lubrificação normal: um bomba distribui o óleo e há uma pequena contaminação do gás; – Lubrificação abundante: feita através do arraste de óleo pelo gás, sendo utilzado um sistema de separação de óleo-gás. Características de Projeto Sistema simplificado de separação de óleo • Lubrificação Características de Projeto • Durante a manutenção devem ser observados os mancais, a selagem e principalmente as palhetas, que, se muito desgastadas, podem sair da ranhura do rotor; • A campanha pode durar até 2 anos, findos os quais poderá ser necessário substituir o engaxetamento do eixo e as palhetas; Características de Projeto • As palhetas são fabricadas em alumínio, baquelite, asbestos, grafite ou resinas fenólicas; • O número de palhetas pode variar entre 8 e 24, aumentando com o aumento da relação de compressão e a vazão. • Para aplicações industriais, são refrigerados à água. Aplicações • Vazões volumétricas até 5000 m³/h; • Pressões de descarga até 1000 kPa; • Relações de compressão de projeto de2 a 4 por carcaça; • Temperatura máxima de descarga de 180°C; • Inadequado para operação com gases contendo impurezas, principalmente líquidos em suspensão. Controle de Capacidade • Não há um método satisfatório de controle de capacidade, pois causam grande prejuízo ao sistema; • Método de recirculação ou estrangulamento da sucção são os mais utilizados; • A variação da rotação é desaconselhável ou muito limitada. Performance • Vazão de operação Onde: – = Vazão volumétrica aspirada; – D = Diâmetro do cilindro; – e = Excentricidade; – L = Comprimento do rotor; – N = Rotação do rotor; – Ψ = Volume das palhetas (<=5%); – ηv = Rendimento volumétrico. Performance • Rendimento Volumétrico – Não sofre influência do espaço nocivo e é praticamente desconsiderável, porém é afetado pelas fugas, que aumentam rapidamente com a relação de compressão e pelo aquecimento. Com relações de compressão de 3 ou 4 (1 estágio) ele se torna inferior ao do compressor alternativo. Dessa forma, usa-se 1 estágio somente para pressões de descarga até 4kg/cm². Para pressões de descarga de 5 a 7 kg/cm² e 2 estágios, o rendimento volumétrico é da ordem de 75 a 80%. De forma geral costuma variar entre 70 e 90%. Performance • Rendimento Adiabático – Pode atingir 80% ou mais em condições ideais de funcionamento. • Rendimento Mecânico – É baixo devido ao atrito das palhetas com a carcaça. Dependendo do tipo de lubrificação e do número de palhetas, principalmente, pode ser inferior a 90%. Performance • Potência Consumida Performance • Temperatura de Descarga – α = Coeficiente empírico (associado a remoção de calor) que se situa em torno de 0,9 para lubrificação normal e 0,1 a 0,2 para lubrificação abundante (dependendo da vazão de lubrificante). Referências Bibliográficas • RODRIGUES, Paulo Sergio Barbosa. Compressores Industriais. Rio de Janeiro: EDC, 1991. • SILVA, Napoleão Fernandes da. Compressores Alternativos Industriais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Interciência, 2009.
Compartilhar