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3. Papel de Edward Jenner na evolução do conhecimento imunológico

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FACULDADE VALE DO SALGADO
BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
MÍRIAN VIEIRA SILVA
IMUNOLOGIA: PAPEL DE EDWARD JENNER NA EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO IMUNOLÓGICO
ICÓ – CE 
2018
MÍRIAN VIEIRA SILVA
IMUNOLOGIA: PAPEL DE EDWARD JENNER NA EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO IMUNOLÓGICO
ICÓ – CE 
2018
RESUMO
O conhecimento da evolução histórica dos eventos e das doenças e/ou de saúde é um dos pilares para a melhor compreensão dos acontecimentos atuais e a projeção de certeza deles. O período das Grandes Epidemias enquadrado na Idade Média marca uma época em que as terríveis doenças castigaram a África, Ásia e, posteriormente, seguindo as rotas comerciais da época e da guerra, se espalhou para várias partes do mundo. Durante o século XVII, a varíola era uma das doenças mais temidas pelo número de vítimas que levava consigo e pelas sequelas que deixavam nas pessoas que sobreviviam. A varíola foi uma doença infecciosa, sistêmica, a mais contagiosa das doenças transmissíveis, epidêmica e cosmopolita, exclusivamente humana de etiologia viral, cujo o reservatório é apenas homem. Não tem tratamento específico e a única forma de prevenção é a vacinação. A varíola é transmitida por via respiratória, pelo contato com pessoas infectadas através das gotículas de saliva presentes no hálito da mesma, também pode se transmitir por meio de contato direto com fluidos corporais infectados ou com objetos contaminados (Ex: lençol, travesseiro, roupa etc.). Foi então que os produtores de leite observaram que as mulheres responsáveis pela ordenha eram resistentes depois de contrair varíola das pústulas infectadas dos úberes varíola bovina ou cowpox. Estas pústulas eram muito semelhantes aquelas produzidas nos braços das pessoas com varíola. Jenner relatou essa observação ao seu professor e mentor John Hunter e ele o aconselhou a verificar a validade da observação através de uma experiência, onde tinha que reproduzir a varíola bovina nas pessoas. Ele descobriu que, ao expor uma pessoa à versão bovina do vírus, ela tinha inicialmente reações leves, mas com rápida recuperação e, mais tarde, desenvolvia imunidade contra a versão humana da doença. A história da evolução do conhecimento está entremeada de mito e realidade. Observações isoladas já indicavam que certas doenças passavam de pessoa para pessoa, ou seja, eram contagiosas. Certas pessoas, talvez a maior parte, que tiveram uma doença, raramente adquiriam a mesma doença. Tornavam-se imunes. As ordenhadeiras, por exemplo, eram resistentes à varíola bovina. Essas senhoras, no início de suas atividades profissionais, em geral adquiriam uma forma branda da varíola bovina restrita às mãos. Depois de curadas, não adquiriam mais essa doença, apesar de continuarem ordenhando vacas com varíola. Além disso, as manchas cutâneas típicas que caracterizavam pessoas sobreviventes de varíola raramente eram encontradas em ordenhadeiras. As ordenhadeiras eram resistentes tanto à varíola bovina como à humana. Jenner descreveu a sua experiência em seu livro e chamou o método de “vaccínia”, por varíola vaccinae ou varíola bovina de onde ele tirou o material. E foi assim que nasceu a primeira vacina. Em 1881, quando o cientista francês Louis Pasteur começou a desenvolver a segunda geração de vacinas, voltadas a combater a cólera aviária e o carbúnculo, ele sugeriu o termo para batizar sua recém-criada substância, em homenagem a Jenner. Atualmente a OMS define “Vacina, uma preparação destinada a gerar imunidade contra uma doença, estimulando a produção de anticorpos(...)”. A partir de então, as vacinas começaram a ser produzidas em massa e se tornaram um dos principais elementos para o combate a doenças no mundo.
REFÊRENCIAS
http://profjabiorritmo.blogspot.com/2010/10/jenner-e-descoberta-da-vacina-partir-de.html
https://www.nexojornal.com.br/explicado/2016/07/22/Vacinas-as-origens-a-import%C3%A2ncia-e-os-novos-debates-sobre-seu-uso
http://www.prontuarioweb.net/historia/historia-vacinas/

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