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SOCIOLOGIA
ANTONIO MARCIO BORGES DO NASCIMENTO
SÃO GONÇALO
NOVEMBRO - 2012
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ANTONIO MARCIO BORGES DO NASCIMENTO
SOCIOLOGIA
 Trabalho apresentado ao Professor João
 Batista, disciplina Sociologia, turma 
 de Sábado, turno Manhã, do curso 
 de Capacitação Ministerial.
 
Seminário de Capacitação Ministerial
São Gonçalo - Novembro de 2012
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO ________________________________________________________ p.4
2- AS DIVERSAS FORMAS DE INTERAÇÃO SOCIAL _________________________ p.5
3- A CRISTALIZAÇÃO DAS ACÕES SOCIAIS A PARTIR DAS FUNÇÕES SOCIAIS ATÉ INSTITUIÇÕES SOCIAIS _____________________________________________ p.6
4- ÉMILI DURKHEIM E AS QUESTÕES DE CONSCIENTE E INCONSCIENTE COLETIVO ______________________________________________________________ p.7
5- MATERIALISMO DIALÉTICO, A PROPOSTA MAXISTA DE ORDENAÇÃO SOCIAL E O MODO DE PRODUÇÃO SOCIALISTA ___________________________________ p.8
6- METAMORFOSE SOCIAL NOS ULTIMOS 50 ANOS________________________ p.10
7- BIBLIOGRAFIA ______________________________________________________ p.11
 
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1-INTRODUÇÃO
 A Sociologia é o estudo dos aspectos sociais da vida humana. Seu objetivo principal é adquirir todo conhecimento relacionado ao homem e a sociedade com aplicação de métodos científicos. Ela estuda os fatos tais como se apresentam, descreve-os, analisa-os e explica-os.
 
2- AS DIVERSAS FORMAS DE INTERAÇÃO SOCIAL
 Interação social, como propriamente dito, é quando um indivíduo interage diretamente ou indiretamente com outro; portanto, pode trazer ou não benefícios para ambos. A interação assume varias formas diferentes e uma delas é a relação social que logo é um tipo de interação que traz influencias para uma pessoa ou para um determinado grupo, podendo beneficiar influentemente ou não uma das pessoas (ou um dos grupos) e até mesmo os dois. Temos também os processos sociais que estabelece os dois itens apresentados nos primeiros parágrafos, relação social e interação social. Tais processos são todos de interação social e quando há contato também passa a ser um tipo de relação social. Estas podendo beneficiar, prejudicar, influenciar dentre outras conseqüências. 
Tipos de processos sociais
 Dentro dos estudos da sociologia, os grupos sociais podem sofrer dois tipos de processos sociais: os associativos que obviamente associa tais indivíduos de um grupo trazendo alguns benefícios e influencia para tais; e temos também os processos dissociativos ou não-sociativos que traz prejuízos para pelo menos um individuo. Estão divididos respectivamente em: cooperação, acomodação, assimilação, competição e conflito. 
Cooperação
 Cooperação pode ser entendida como uma interação social em que diferentes pessoas de um determinado grupo trabalham para alcançar um mesmo objetivo ou mesmo beneficio. Basicamente, uns ajudam os outros. 
 Temos exemplos de cooperação em esportes coletivos como o futebol, cada um tem o seu papel dentro da equipe, mas ambos trabalham para um mesmo fim: vencer. 
 A cooperação pode ser classificada como direta ou indireta: direta é quando as pessoas de um determinado grupo trabalham entre si, ou seja, diretamente, e indireta é quando os indivíduos não trabalham entre si, mas precisam uns dos outros, o que também pode levar a uma relação social secundaria. Temos vários exemplos de interação cooperativa indireta em nosso cotidiano, se uma pessoa trabalha na área da saúde você certamente ira precisar dela algum dia e logo, para o desenvolvimento econômico dela, precisará de você. 
Competição e Conflito
 Na biologia, competição é uma relação entre os seres vivos que traz ou não benefícios para certa espécie. Na sociologia, o conceito de competição não é tão diferente, um individuo entra em um conflito direto ou indireto para trazer benefícios a sim próprio, tendo seu lado positivo e negativo. 
 Temos o exemplo das rivalidades empresariais e comerciais que buscam melhores estratégias para trazer benefícios financeiros para elas. Uma ou mais empresas pode sair prejudicada, mas toda a classe consumidora sai em um forte beneficio. Por exemplo: se uma determinada loja tem melhores preços e a outra rival quer conseguir mais clientes, obviamente terá de abaixar seus preços e trazer melhores formas de pagamento, nesse caso a classe consumidora irá ter um grande benefício. 
 Os conflitos são mais comuns em todo o mundo do que nós podemos imaginar. Tais conflitos trazem drásticas mudanças em nossa volta, seja ele um conflito empresarial, cultural, religioso etc. No oriente médio é comum pessoas morrerem em conflitos terroristas com objetivos religiosos, o que chama a atenção de todo o mundo trazendo revoltas e indignação. 
 Em nosso país também podemos encontrar conflitos que passaram a ser normais, não nas proporções catastróficas do oriente médio, mas, traz benefícios a algumas pessoas e prejuízo para outras. Estou falando dos constantes conflitos dos sem-terras. Eles invadem propriedades que não são deles, sofre constantes ataques da polícia, fazem vários ataques aos proprietários e em algumas vezes traz ate morte nos piores casos.
Acomodação 
 Acomodação é quando um indivíduo se rende a condições impostas por um grupo, uma outra pessoa ou até mesmo pela sociedade. Quando ele não concorda com algumas leis e é obrigado a aceitar e vivenciar com elas, está em uma interação de acomodação.
 Na antiguidade, por volta de 3000 a.C, os assírios, povos que viviam na mesopotâmia, tinham uma força militar grandiosa e com isso tinha a necessidade de expandir seu território, assim, eles invadiam outros países mais fracos que se rendiam, o povo assírio por sua vez, instalavam suas leis, impondo sua cultura e religião, escravizavam o povo conquistado dentre outras condições. Esse é um exemplo de acomodação, tal povo conquistado não tinha força suficiente para se rebelar então se rendiam as condições do povo dominante. 
 Quando um grupo ou até mesmo uma pessoa não quer entrar em um conflito por conta de suas opiniões ou por falta de poder, estes se acomodam para não ser prejudicado. A interação de acomodação não influencia o modo de pensar nem muda as opiniões de algumas pessoas, elas apenas se rendem ao conflito.
Assimilação
 A assimilação tem o mesmo fundamento de acomodação, difere apenas no aspecto de opinião e pensamento. Quando um grupo social se acomoda a algumas condições impostas por uma sociedade e é influenciada mudando sua opinião e pensamento com relação às mesmas condições passa a ser interação por assimilação. 
 Temos o exemplo dos imigrantes que são obrigados a aprender os costumes, línguas, seguir as leis de tal país dentre outras coisas, sem perceber, com o tempo ele vai se assimilando com aquela sociedade. 
3- A CRISTALIZAÇÃO DAS ACÕES SOCIAIS A PARTIR DAS FUNÇÕES SOCIAIS ATÉ INSTITUIÇÕES SOCIAIS
 A função social é dada pelo resultado (conseqüência ou expectativa) da ação de um indivíduo (comportamento) em relação às outras pessoas que fazem parte de uma sociedade. Assim, as ações possuem funções sociais dentro de uma estrutura social. As funções sociais servem para atender às necessidades do homem que vive em sociedade (para além das biológicas). A função social do casamento seria formar uma família e, dessa forma, reproduzir os homens. 
 Não podemos pensar apenas nas funções sociais das ações dos homens,mas também na função social que determinados costumes ou práticas possuem dentro da sociedade. Há um sistema de interações que garante a estrutura social, no qual cada ação social, cada prática, cada costume, assume uma função. Por exemplo, as festas possuem uma função social, pois não se trata de apenas reunir pessoas, mas que essa reunião celebre ou tenha certa finalidade e sentido. A estrutura social seria marcada não apenas pelas ações dos homens, mas também pelas chamadas instituições – como o exemplo citado da família – considerando-se que “a instituição é o conjunto de valores e princípios estabelecidos tradicionalmente”.
A família é uma instituição que tem as seguintes funções:
 Função de reprodução biológica, renovando o elemento essencial da força de trabalho que é o próprio homem;
 Função de socialização, transmitindo à criança as idéias, os valores e os conceitos fundamentais da sociedade;
 Função econômica, que se identificava com a função de produção até ao séc. XIX e que passou a desempenhar uma função de unidade de consumo.
A família é também uma instituição social histórica, cuja estrutura e funções são determinadas pelo grau de desenvolvimento da sociedade global. 
A família atualmente contribui para a reprodução social na medida em que: a socialização que faz desempenha uma função de integração ideológica, ou seja, assegura a sujeição à ideologia dominante garantindo a reprodução da qualificação da força de trabalho; com a passagem da produção para a esfera do público, a família ficou com a função econômica restringida ao consumo.
4- ÉMILI DURKHEIM E AS QUESTÕES DE CONSCIENTE E INCONSCIENTE COLETIVO
 Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de 1917) é considerado um dos pais da Sociologia moderna, tendo sido o fundador da escola francesa, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. É amplamente reconhecido como um dos melhores teóricos do conceito da coesão social.[1]
 Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", forneceu uma definição do normal e do patológico aplicado a cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura.
 Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus membros. Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, numa sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam do trabalho coletivo (preponderância progressiva da solidariedade orgânica).
 A sociologia fortaleceu-se graças a Durkheim e seus seguidores. Suas principais obras são: Da divisão do trabalho social (1893); Regras do método sociológico (1895); O suicídio (1897); As formas elementares de vida religiosa (1912). Fundou também a revista L'Année Sociologique, que afirmou a preeminência durkheimiana no mundo inteiro.
 Durkheim formou-se em Filosofia, porém sua obra inteira é dedicada à Sociologia. Seu principal trabalho é na reflexão e no reconhecimento da existência de uma "Consciência Coletiva". Ele parte do princípio que o homem seria apenas um animal selvagem que só se tornou Humano porque se tornou sociável, ou seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo social para poder conviver no meio deste.
 A este processo de aprendizagem, Durkheim chamou de "Socialização", a consciência coletiva seria então formada durante a nossa socialização e seria composta por tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser, sentir e nos comportar. E esse "tudo" ele chamou de "Fatos Sociais", e disse que esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia.
 Nem tudo que uma pessoa faz é um fato social, para ser um fato social tem de atender a três características: generalidade, exterioridade e coercitividade. Isto é, o que as pessoas sentem, pensam ou fazem independente de suas vontades individuais, é um comportamento estabelecido pela sociedade. Não é algo que seja imposto especificamente a alguém, é algo que já estava lá antes e que continua depois e que não dá margem a escolhas.
5- MATERIALISMO DIALÉTICO, A PROPOSTA MAXISTA DE ORDENAÇÃO SOCIAL E O MODO DE PRODUÇÃO SOCIALISTA
 A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético. A contradição dialética não é apenas contradição externa, mas unidade das contradições, identidade: "a dialética é ciência que mostra como as contradições podem ser concretamente (isto é, vir-a-ser) idênticas, como passam uma na outra, mostrando também porque a razão não deve tomar essas contradições como coisas mortas, petrificadas, mas como coisas vivas, móveis, lutando uma contra a outra em e através de sua luta." (Henri Lefebvre, Lógica formal/ Lógica dialética, trad. Carlos N. Coutinho, 1979, p. 192). Os momentos contraditórios são situados na história com sua parcela de verdade, mas também de erro; não se misturam, mas o conteúdo, considerado como unilateral é recaptado e elevado a nível superior.
 Marx acusou Feuerbach, afirmando que seu humanismo e sua dialética eram estáticas: homem de Feuerbach não tem dimensões, está fora da sociedade e da história, é pura abstração. É indispensável segundo Marx, compreender a realidade histórica em suas contradições, para tentar superá-las dialeticamente. A dialética apregoa os seguintes princípios: tudo relaciona-se (Lei da ação recíproca e da conexão universal); tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante); as mudanças qualitativas são conseqüências de revoluções quantitativas; a contradição é interna, mas os contrários se unem num momento posterior: a luta dos contrários é o motor do pensamento e da realidade; a materialidade do mundo; a anterioridade da matéria em relação à consciência; a vida espiritual da sociedade como reflexo da vida material.
 O materialismo dialético é uma constante no pensamento do marxismo-leninismo (surgido como superação do capitalismo, socialismo, ultrapassando os ensinamentos pioneiros de Feuerbach).
 Na teoria marxista o conceito de classe social difere fundamentalmente do que possam assinalar-lhe outras escolas sociológicas, por várias razões:
 O marxismo não concebe as classes sociais como simples categorias nominais, construídas a partir de um esquema lógico-formal, aplicável a qualquer sociedade. É, para ele, portanto, estranha a clássica divisão da sociedade em três classes: alta, média e baixa, por mais que tal divisão apareça “refinada” com novas subdivisões (classe média alta, classe média, classe média baixa, etc.), ou que tais categorias se revistam de dados empíricos provenientes da combinação de múltiplos “indicadores”.
 O marxismo tão pouco crê que a estrutura de classes consista nas simples diferenças de posições, nível educativo, prestígio, etc. Desde logo tais dados refletem, a grosso modo, posições sociais distintas, mas trata-se dos efeitos mais visíveis de determinadas estruturas de classe e não de elementos fundadores de tais estruturas.
 Nem sequer a grandeza de “fortuna” ou “riqueza” dos membros de uma sociedade é para o marxismo o elemento fundamental da estrutura de classes. Não só porque estes termos sãobastante imprecisos, mas porque no interior de uma mesma classe a grandeza da “riqueza” pode diferir notavelmente de indivíduo para indivíduo, assim como, em sentido inverso, a “fortuna” dos membros de duas ou mais classes pode coincidir.
 O marxismo sustenta que o problema das classes sociais não pode ser estudado corretamente senão a partir de uma teoria geral da sociedade e da história. Por isso, antes de abordar tal problema é mister começar definindo alguns conceitos fundamentais do materialismo histórico.
Modo de produção e formação social
 Um dos conceitos fundamentais é o modo de produção, que se refere à forma em que os homens obtêm seus meios materiais de existência. Ele supõe, necessariamente, dois tipos de relações intimamente ligadas, mas que é necessário distinguir no plano teórico: 
1. a relação dos homens com a natureza para efeitos da produção; relação que é captada pelo conceito de forças produtivas, que designa a capacidade que os homens possuem em determinado momento para obter certa produtividade, com ajuda de seus conhecimentos e técnicas, má quinas, ferramentas, etc...
2. a relação que os homens estabelecem entre si no processo produtivo, quer dizer, o que se denomina relações sociais de produção.
 A combinação destes dois elementos: forças produtivas e relações sociais de produção constitui a matriz econômica de todo modo de produção e é a que determina, inclusive, os demais aspectos do econômico: a circulação, distribuição e consumo dos bens materiais.
Sobre a base desta matriz econômica, que se denomina também infra-estrutura, se “levanta” a superestrutura social, que por sua vez consta de duas instâncias fundamentais:
 A instância jurídico-política, que compreende o conjunto de organizações e instituições sociais (estado e direito, fundamentalmente, nos modos de produção classistas); e 
 A instância ideológica, formada pelo conjunto de idéias, imagens e representações sociais em geral.
 A relação que existe entre a base ou infra-estrutura econômica e as duas instâncias superestruturais consiste em uma articulação complexa, que pode definir-se da seguinte forma:
 A base determina em última instância a superestrutura, na medida que lhe designa uma função muito precisa, qual seja a de produzir as condições jurídicas, políticas e ideológicas, necessárias para a reprodução do respectivo modo de produção.
6- METAMORFOSE SOCIAL NOS ULTIMOS 50 ANOS
 Ao longo de cinqüenta anos, o mundo conviveu com profundas transformações na sociedade. A globalização é uma delas, esta, trouxe consigo modificações culturais, sociais e econômicas. Com ela houve uma grande interação dos mercados mundiais, as tecnologias como, computador, telefone, televisão evoluíram facilitando as trocas de informações de forma rápida e de global. O desenvolvimento tecnológico. Cada vez mais somos "bombardeados" por novos equipamentos tecnológicos que têm influenciado nossa vida em todos os sentidos. E muitas vezes substituindo a mão-de-obra humana por máquinas. No atual modelo econômico que se instala no mundo sob o signo da cibernética, da automatização, das tecnologias revolucionárias, o trabalhador é supérfluo e está condenado a passar da exclusão social a eliminação total. A metamorfose social nos últimos cinqüenta anos tem se dado através desses avanços e outros, o qual tem de maneira significativa alterado o modo de vida da sociedade.
7- BIBLIOGRAFIA 
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89mile_Durkheim
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2036095
http://www.culturabrasil.pro.br/marx.htm
Elementos de Sociologia – Antonio Sérgio Azevedo Damy - Mogi das Cruzes - 2005
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