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Resumo_Sociologia_A_A

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Resumo Sociologia
AULA 1 – Introdução à Sociologia: Ciência da sociedade
A.   O conhecimento como característica da humanidade
         O Homem distingui-se dos outros animais pois a maioria de suas ações e comportamentos são adquiridas pelo aprendizado, ou seja, pela capacidade de construir e transmitir conhecimento.
         O aprendizado é um fenômeno essencialmente social. Através dele é que um individuo pode se tornar humano.
         A esse conjunto de formas de agir, pensar, falar, compreender o mundo ao seu redor, chamamos cultura.
B.    A Cultura humana como processo.
         A necessidade de compreender o mundo ao seu redor fez com que cada grupo humano desenvolvesse sua própria cultura. Assim, não existe uma cultura humana, mas diversas culturas.
         Como resultado desta necessidade de compreender o mundo ao seu redor, os sistemas simbólicos são constantemente renovados de acordo com novas
AULA 2 – Introdução à Sociologia: Ciência da sociedade
Distinção entre senso comum e Ciência.
         Senso Comum: Impressão subjetiva, carregada de juízo de valor.
         Ciência: Investigação metódica. Pretende fornecer explicação causal aos fenômenos que possa ser comprovado por exemplos reais ou fornecer “balizas” para compreender o curso do fenômeno e suas mudanças.
B. Rigor Científico.
        Todo objeto de estudo de uma ciência deve ser encarado como algo desconhecido (estranho) para que se possa afastar pré-noções (senso comum). O objeto adquire “forma e conteúdo” a partir da investigação científica.
        Toda ciência dedica-se a tratar de um conjunto de problemas relacionados a seu objeto de estudo.
        A ciência utiliza-se de regras para “eliminar” ou controlar o senso comum, para que as conclusões sejam as mais objetivas possíveis. Esse conjunto de regras consiste nométodo de estudo de cada ciência.
        O método é indispensável: é ele que traz à tona as propriedades do objeto de estudo e que proporciona o rigor do conhecimento científico.
C. A especificidade do estudo da sociedade (Sociologia).
        Seu objeto (a sociedade) não pode ser reproduzido em laboratório; é fruto de construção histórica; é particular.
        Porém, a sociedade é um fenômeno que ocorre a toda humanidade. Assim, as investigações trazem resultados que podem ser comparados a fim de encontrar conclusões mais gerais.
Por ser um fenômeno humano – fruto da ação humana – está em constante transformação.
AULA 3 – A emergência do pensamento social em bases científicas: o darwinismo social e o organicismo.
A. O contexto histórico.
         A expansão da industria trouxe a destruição da velha ordem feudal e a consolidação da nova sociedade – capitalista – estruturada no lucro e na produção ampliada de bens.
         Durante o século XIX a capacidade produtiva se tornou muito superior à capacidade de consumo pelo mercado europeu. Houve muitas crises de superprodução que levaram algumas empresas a falência.
         Para garantir o consumo destes bens excedentes era necessário expandir o mercado consumidor para além das fronteiras da Europa. Neste momento, os europeus irão buscar novo mercados consumidores na África e na Ásia.
         As civilizações encontradas nestes continentes, porém, eram estruturadas em moldes muito diferentes da sociedade capitalista européia. Encontrava-se, nestes continentes, culturas politeístas, poligâmicas, sociedade de castas sem mobilidade social, agricultura de subsistência, além de pequeno comércio com artesanato doméstico, etc.
         Era preciso, portanto, reorganizar estas civilizações em moldes capitalistas. Do contrário, seria impossível efetivar a exploração da matéria-prima e mão-de-obra destes países de modo que permitisse o consumo de produtos industrializados.
B. O Darwinismo Social
         A conquista, a dominação e a transformação da África e da Ásia pela Europa exigiam justificativas que ultrapassassem os interesses econômicos imediatos. Assim, a conquista européia revestiu-se de uma aparência humanitária que ocultava a violência de uma ação colonizadora e a transformava em “missão civilizadora”.
         Este argumento baseava-se no princípio inquestionável de que o mais alto grau de civilização a que um povo poderia chegar seria o já alcançado pelos europeus – a sociedade capitalista industrial do século XIX.
         Este argumento foi criado em “bases científicas” com uma leitura distorcida da obra de Charles Darwin, realizando uma comparação arbitrária onde as sociedades africanas e asiáticas eram colocadas em estágios inferiores de desenvolvimento, estágios que os europeus já haviam superado. Assim, estas sociedades deveriam passar por estágios evolutivos até alcançar aquele em que se encontrava os europeus. Por isso era importante que os europeus os ajudassem nesta “escalada evolutiva”.
         O Darwinismo Social justificava o colonialismo europeu e refletia o otimismo dos europeus em relação a sua cultura.
C. Outra forma de avaliar: O Organicismo.
         Alem do positivismo e do darwinismo social, outra escola de pensamento que seguiu o rastro das descobertas das ciências biológicas e naturais, bem como da teoria evolucionista de Darwin, foi o organicismo.
         Os pensadores organicistas procuravam criar uma identidade entre leis biológicas e leis sociais, hereditariedade e história. Essas teorias entendem as análises das relações sociais humanas como integradas aos estudos universais das espécies vivas. Ignoram a especificidade histórica e cultural do homem.
         Estabelecem leis de evolução em que as diversas sociedades humanas são tratadas como espécies.
AULA 4 – A emergência do pensamento social em bases científicas: o positivismo de August Comte.
Duas formas de avaliar as mudanças sociais.
         Apesar do otimismo, o desenvolvimento industrial europeu gerava, ao mesmo tempo, novos conflitos sociais: camponeses e operários organizavam-se exigindo mudanças políticas e econômicas.
         O pensamento positivista da época irá responder aos questionamentos e reivindicações com a noção de “ordem e progresso”.
         Haveria, então, dois tipos característicos de movimento na sociedade:
o   Um levaria à evolução, transformando sociedades simples em mais complexas e evoluídas.
o   Outro procuraria ajustar os indivíduos às condições estabelecidas para um melhor funcionamento da sociedade, atendendo aos anseios da maioria da população.
         Em ambos, as revoltas e conflitos deveriam ser contidas sempre que colocassem em risco a ordem estabelecida ou inibissem o progresso.
         Auguste Comte, pensador positivista, identificou dois movimentos vitais na sociedade:
o   O “dinâmico”, que representava a passagem para formas mais complexas de existência, como a industrialização;
o   O “estático”, que preservava os elementos de toda organização social. As instituições que mantêm coesão e garantem o funcionamento da sociedade, como família, religião, propriedade, linguagem, direito, etc.
         Comte avalia estes dois movimentos e privilegia o estático, ou seja, privilegia a conservação em detrimento da mudança. Na interpretação de Comte, o progresso deveria aperfeiçoar os elementos da ordem e não ameaçá-los.
B. Da filosofia social à sociologia.
 
  O nome Positivismo tem origem no adjetivo “positivo”, que significa certo, seguro, definitivo. Assim como as outras explicações da época buscou nas ciências naturais (biologia, química, física) os fundamentos para estudar a sociedade.
- Auguste Comte, considerado pai da sociologia, à chamou anteriormente de “física social”. De suas análises é possível apontar a busca por leis gerais que ordenam a sociedade. Desta forma, ou seja, conhecendo as leis que regulam as relações sociais, pretendia possibilitar um planejamento para aperfeiçoar a ordem social, promovendo progresso.
*OS 3 ESTADOS DO CONHECIMENTO de COMTE
O conhecimento e as sociedades humanas desenvolvem-se obrigatoriamente passando por essas 3 fases distintas.
MODELOS DE EXPLICAÇÃO:TEOLÓGICO: Ideias sobrenaturais (Deuses e Espíritos)
(fetichista, politeísta, monoteísta)
METAFÍSICO: Ideias abstratas que procuram explicar a natureza, origem e destino das coisas.
POSITIVO: Respostas dadas com comprovação científica e orientadas pela razão.
AULA 5 – A sociologia de Durkheim – parte I.
Objeto da sociologia: o Fato Social.
DEFINIÇÃO: Maneiras de agir e pensar existentes fora das consciências individuais e que se impõem aos indivíduos.
         O Fato Social apreende três características básicas:
o   “coerção social”, ou seja, forças que os fatos exercem sobre o individuo e que o levam a conformar-se com as regras da sociedade em que vive, independentemente de sua vontade. Essa força se manifesta durante o período formação do individuo, no meio familiar, na escola, etc. onde aprende uma linguagem e regras de comportamento pré-existente a ele. Essa força é evidente quando somos repreendidos de forma “espontânea” ou por “sanções legais”. A “educação” cumpre o papel de internalizar no individuo as normas sociais, a ponto de transformá-las em habito com o tempo.
o   É “exterior ao individuo”, ou seja, existe e atua sobre ele independente de sua vontade.
o   “generalidade”. É social todo o fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou na maioria deles.
B.   A objetividade do Fato Social.
         Segundo Durkheim, para que o sociólogo consiga apreender a realidade dos fatos, sem distorcê-los, deveria afastar prenoções, isto é, qualquer tipo de opinião pré-estabelecidas ou sentimentos pessoais. Por isso, os Fatos sociais devem ser tratados como “coisas”, objetos exteriores ao próprio sociólogo.
Para que o sociólogo possa identificar os fatos sociais deve ater-se àqueles acontecimentos mais gerais e repetitivos, que apresentam características exteriores comuns. Estes critérios são importantes para distinguir acontecimentos individuais ou acidentais
AULA 6 – A sociologia de Durkheim – parte II.
A. Sociedade: um organismo em adaptação.
         Durkheim também concebia a sociedade tal como um organismo. E como um organismo, a sociedade também poderia apresentar estados “normais” ou “patológicos”, isto é, saudáveis ou doentios.
         Assim, a “generalidade” de um fato social representava, para Durkheim, o consenso social e a vontade coletiva.
         EXEMPLO: O crime, por ocorrer em todas as sociedades, é portanto, um fato social. Apesar de ser uma ação contra os princípios da sociedade, a punição aplicada ao individuo que cometeu um crime reforça os princípios da sociedade, renovando-os. O crime tem, portanto, uma importante função social.
         Considerando que o objetivo de toda vida social é promover a harmonia da sociedade, podemos concluir que os fatos “normais” são aqueles em que refletem os princípios aceitos pela sociedade. Aqueles fatos que põem em risco a harmonia e o consenso representam um estado patológico da sociedade.
         O estado patológico, assim como a maior parte das doenças, é considerado transitório.
D. A Consciência coletiva.
        Apesar de todos indivíduos terem uma “consciência individual’, vários aspectos de seu comportamento, sua forma de pensar e conceber o mundo podem ser apontados como padronizados, de acordo com a sociedade em que vive. A este conjunto de expressões padronizadas, Drukheim chamou de “consciência coletiva”
        A “consciência coletiva” expressa uma mentalidade da sociedade, sobretudo seus valores morais e perdura por gerações. Assim, a consciência coletiva não é meramente a soma das consciências individuais, é algo superior a elas.
É a consciência coletiva que define o que é considerado imoral, reprovável, ou criminoso. Ao mesmo tempo, por se estender a todos os indivíduos, também tem um papel agregador.
AULA 7 – A sociologia de Durkheim – parte III.
A morfologia social.
        Durkheim também propunha o estudo das várias “espécies sociais”, ou seja, das várias formas de sociedade.
        Tomado também pelo paradigma evolucionista, concebia a origem de qualquer sociedade como uma horda que evoluiria para um clã, uma tribo, e assim por diante até que se chegasse a sociedade complexa, a civilização.
        Em sua obra Da divisão do Trabalho Social, Durkheim analisa as transformações sociais geradas pela  urbanização e, posteriormente, pela industrialização. Compara as relações que vinculam os indivíduos antes e depois do processo e identifica dois tipos de vínculo social: a solidariedade mecânica (ou por semelhança) e a solidariedade orgânica.
	Solidariedade Mecânica
	Solidariedade Orgânica
	         Sociedade pré-capitalista; pouca divisão social do trabalho;
         A consciência coletiva é preponderante e exerce maior coerção sobre os indivíduos.
         A consciência individual encontra pouco espaço.
         A união dos indivíduos é assegurada pela rigidez da consciência coletiva, da tradição que exerce coerção sobre eles.
	         Sociedade Capitalista; acentuada divisão social do trabalho;
         A acentuada divisão do trabalho e o ritmo de vida acelerado faz aumentar a consciência individual em detrimento da consciência coletiva.
         Apesar disto, os indivíduos tornam-se interdependentes por conta desta divisão do trabalho, assegurando a vida em sociedade.
         Durkheim procura entender como se estabelece a relação entre o indivíduo e a sociedade à qual ele pertence. Assim, se a sociedade em questão tem uma quantidade populacional pequena, a influência da tradição sobre os indivíduos é maior e estes se sentem pertencente ao grupo pela semelhança de suas ações, roupas, famílias, língua, religião, enfim... tudo. Este tipo de relação entre indivíduo e sociedade, Durkheim chama de solidariedade mecânica (ou por semelhança), pois o indivíduo tem pouca ou nenhuma autonomia; ele é movido pela tradição, pelos costumes do grupo. Esta solidariedade ocorre, portanto, em pequenos grupos sociais. Como exemplos, poderíamos citar as tribos indígenas do Brasil, ou os aborígenes da Austrália, ou qualquer outro agrupamento humano de população reduzida.
         Em algumas sociedades, porém, com o aumento populacional e a formação de cidades, o trabalho não se limita as atividades de subsistência, surgindo novas atividades. A divisão social do trabalho permite a cada indivíduo alcançar maior nível técnico em sua atividade, pois se dedica somente a ela. Conseqüentemente, a divisão do trabalho traz consigo a individualização da consciência das pessoas, pois passam a se preocupar apenas com seus afazeres. Desta forma, quanto mais intensa for a divisão social do trabalho, mais individualistas as pessoas serão.
         A questão que surge então é a seguinte: como é possível manter os indivíduos unidos em sociedade se suas condutas são tão individualistas?
         A resposta de Durkheim é clara: a divisão do trabalho, longe de romper com a coesão social, apenas modifica a forma em que os indivíduos se manterem unidos: se nas sociedades primitivas (pré-capitalistas) as pessoas se unem pela semelhança de suas ações (que são regidas pela tradição), nas sociedades modernas (capitalistas) a união se dá pela interdependência das atividades econômicas, ou seja, como o trabalho está dividido, cada indivíduo depende do trabalho do outro para se manter. Um exemplo: um professor que utiliza todo seu tempo para a educação de seus alunos não dispões de tempo para cultivar seu alimento ou construir sua moradia, etc. No entanto, a remuneração que ele recebe pelas aulas é investida em alimentação e moradia, produzidas por outros indivíduos (o agricultor, o engenheiro e o pedreiro, por exemplo).
         A esta nova forma de união, de relação entre indivíduo e sociedade, Durkheim chamou de “solidariedade orgânica”, pois assim como um corpo vivo, onde os órgãos têm diferentes funções e se mantêm vivos por dependerem uns dos outros, assim também é a relação entre os indivíduos na sociedade moderna.
         Então a solidariedade mecânica deixou de existir?...NÃO!
         Durkheim consideraque a divisão do trabalho é o fenômeno social que fez com que a solidariedade mecânica perdesse espaço para a solidariedade orgânica. Isto não significa dizer que a solidariedade mecânica deixou de existir.
         Mas se ela não deixou de existir, onde podemos encontrá-la?
         Durkheim diz que a cada tipo de solidariedade corresponde um tipo formal de leis. Assim, a solidariedade mecânica caracteriza-se pelas leis do direito penal. O Código penal tem a função de afirmar a coesão social, punindo os indivíduos que não se comportam de forma adequada.
Já a solidariedade orgânica é expressa por direito restitutivo, ou seja, que tem por finalidade não punir, mas restaurar os danos causados pelo descumprimento das obrigações profissionais ou funcionais. Assim, os Direitos Constitucional, Civil, Comercial, Processual e Administrativo dizem respeito a solidariedade orgânica pois prescrevem direitos e deveres fundamentais para o funcionamento da sociedade moderna. Se algum direito é desrespeitado ou algum dever não é cumprido, os códigos restitutivos prescrevem ações para se restaurar estes direitos e deveres, pois entendem que o impedimento de seu funcionamento são prejudiciais a sociedade.
AULA 8 – Durkheim – O Suicídio: Aplicação do Método Sociológico.
      O suicídio, trata de um assunto considerado psicológico abordado polemicamente por Durkheim como fenômeno social. Sua intenção era provar sua tese de que o suicídio é um fato social, forma de coerção exterior e independente do indivíduo, estabelecida em toda a sociedade e que, portanto, deve ser tratado como assunto sociológico.
        Suspeita-se que teria se interessado pelo assunto após o suicídio de um amigo íntimo e que isso o teria afetado também nas classificações do suicídio, pelo menos na forma que chama de egoísta.
        Utilizou-se em larga escala de dados estatísticos. Apesar disto, Durkheim tenta provar sua tese de que estatísticas puras sobre o assunto são insuficientes para determinar suas causas.
        Para ele, o motivo da morte que se encontra em obituários de suicidas é, na verdade, a opinião que se tem sobre o fato, causa aparente, não servindo de explicação palpável. Um dos exemplos que o autor usa para embasar sua teoria mostra que, no âmbito religioso, o suicídio entre os protestantes é maior que entre os católicos, independente da região em que se encontram, como resultado de um menor controle social sobre os fiéis, causa, portanto, social.
        Durkheim propõe-se a estudar as causas do suicídio classificando-as, de acordo com as características, em três tipos:
EGOÍSTA:
        Para estudar esse tipo, Durkheim debruça-se sobre estatísticas a respeito da sociedade religiosa (já anteriormente citada), política e doméstica. Ele nota que esses três grupos possuem uma característica em comum: uma forte integração. Percebe que o suicídio varia inversamente a essa integração dentro dos grupos e que quando a sociedade se desintegra, o indivíduo se isola da vida social e seus fins próprios se tornam preponderantes aos fins sociais.
        Para ele, é o vínculo que nos liga à causa comum que também nos liga à vida, não como necessidade de uma imortalidade ilusória, mas como uma razão de ser. O estado de egoísmo consiste em uma falha na integração, uma individualização excessiva com o meio social: o que há de social em nós fica desprovido de qualquer fundamento objetivo. Para o homem que se encontra nessa situação nada mais resta para justificar seus esforços e pouco importa o fim de sua vida, já que ele está pouco integrado com seu meio social.
        Um dos exemplos da influência da integração social usado por Durkheim diz respeito a crises e guerras nacionais que surpreendentemente são momentos em que os índices de suicídio diminuem devido a uma excitação de sentimentos coletivos que, pelo menos momentaneamente, aumentam a integração social. Outro exemplo seria a menor incidência de suicídios em famílias mais densas (por isso, mais integradas).
        Exemplo:
AUTRUÍSTA:
        Difere-se do tipo egoísta por acontecer em caso de individualização insuficiente. Esse tipo de suicídio ocorria com mais freqüência nas sociedades as quais o autor chama de primitivas. São sociedades em que os indivíduos encontram-se tão fortemente integrados que são sobrepostos pelo coletivo e por vezes sentem que têm o dever de se matar. Para o indivíduo que se sente coagido a tomar tal atitude, há certo heroísmo que a sociedade espera dele (por exemplo, sociedades em que morrer de velhice é desonroso).
        Há, dentro dessa classificação, três outras menores:
o   suicídio altruísta obrigatório (a sociedade impõe ao indivíduo);
o   suicídio altruísta facultativo (não tão expressamente exigido);
o   suicídio altruísta agudo (o indivíduo se sacrifica pelo “prazer” de fazê-lo).
        Em todos os casos o indivíduo aspira libertar-se do seu individual para se lançar naquilo que considera sua verdadeira essência. O altruísta acredita ser desprovido de qualquer realidade em si mesmo.
        Nesse contexto, Durkheim estuda o alto índice de mortes voluntárias dentre militares. Ele conclui que esses homens encontram-se tão fortemente integrados ao meio em que vivem e se sentem tão responsáveis pelo restante da população que se desprendem de sua própria vida sem dificuldade porque aquilo que lhes é de valor é exterior a eles. Isso não implica, todavia, que se matem apenas pela pátria; o desprendimento é tanto que chegam a se matar por motivos banais. Lembrando que isso não exclui a possibilidade de haver outros tipos de suicídio entre os militares que não o altruísta.
ANÔMICO:
        Se nada há que contenha o indivíduo nem em si e nem no exterior, é preciso que a sociedade exerça uma força reguladora diante das necessidades morais. Caso isso não ocorra, os desejos tornam-se ilimitados e a insaciabilidade torna-se um indício de morbidez. Difere-se, portanto, dos dois tipos anteriores por acontecer quando o indivíduo não encontra razão nem em si mesmo nem em algo exterior a ele e a sociedade, por algum motivo, não está em condições de controlá-lo.
        É chamado de anômico porque ocorre em um estado excepcional que só se dá quando há uma crise doentia, seja dolorosa ou não, mas demasiado súbita, tornando a sociedade incapaz, provisoriamente, de exercer seu papel de reguladora. A sociedade não se encontra em condições de evitar o suicídio, pois ela mesma está doente.
        É um estado de desregramento, acentuado pelo fato de as paixões serem menos disciplinadas na altura exata em que teriam necessidade de uma disciplina mais forte. "A partir do momento em que nada nos detém," escreve Durkheim, "deixamos de ser capazes de nos determos a nós próprios."
        Durkheim analisa crises econômicas e conclui que têm influência no índice de suicídio por serem perturbações de ordem coletiva, não pelas más conseqüências em si (pobreza, por exemplo). Pelo contrário, no meio industrial, por exemplo, a prosperidade traz uma ilusão de auto-suficiência e insaciabilidade e a falta de um órgão regulador torna inevitável o alto índice de suicídio.
        O autor também constata a anomia nos suicídios entre divorciados por representar um afrouxamento na regulamentação matrimonial.
        O conceito de anomia é utilizado por Durkheim também em outro contexto, em Da divisão do trabalho social. Os conceitos relacionam-se, pois, neste caso, também é ausência de uma força reguladora. O trabalho deve gerar uma solidariedade e cooperação entre os indivíduos, mas às vezes, por alguma razão (rapidez em que ocorrem mudanças, por exemplo), a regulamentação deixa de existir ou fica prejudicada, fazendo com que a solidariedade fique comprometida e que a sociedade mergulhe em um estado de anomia.
o   Nas palavras de Durkheim “Se hoje há mais suicídios que antigamente, [...] é porque já não sabemos onde cessam nossas necessidades legítimas e também porque já não percebemos o sentido de nossos esforços”. Isto demonstra uma falta de parâmetrossociais que possam permitir aos indivíduos evitar o suicídio.
        Cada suicida dá ao ato um cunho pessoal e a forma escolhida para se matar não pode ser explicada pelas causas sociais do fenômeno. Os indivíduos também podem apresentar dois dos tipos associados como causa determinante para o suicídio.
EM RESUMO:
        “O suicídio egoísta provém do fato de que os homens já não encontram razão de ser na vida; o suicídio altruísta do fato de que essa razão lhes parece estar fora da própria vida; a terceira espécie de suicídio, [...] do fato de que a atividade dos homens está desregrada e de que eles sofrem com isso. [...] essa última espécie, é o suicídio anômico.” (Durkheim, Le Suicide)
CONCLUSÃO:
        O suicídio foi exemplo de aplicação do método sociológico e sua importância é notável ainda atualmente não só por isso, mas também pelo fato de pouco ter se avançado no estudo sobre o tema depois de Durkheim.
        Um ponto importante observado no livro é o estado de anomia - conceito já construído anteriormente e aplicado pelo autor agora em outro contexto. Durkheim enxerga além das causas que seriam mais óbvias (o tipo egoísta e o altruísta) e desenvolve o conceito de suicídio anômico.
        É bastante interessante a forma como o autor utiliza-se de estatísticas, mapas e comparações, porque dão ao trabalho mais legitimidade, tornam-no mais palpável.
Apesar de alguns pontos que podem ser contestados na teoria de Durkheim, não podemos negar o brilho com que realizou seu trabalho e nem os críticos de sua obra negam isso. Seu trabalho foi modelo de integração de teorias e dados e surpreendeu as pessoas de seu tempo por seu pioneirismo na produção de trabalhos sociológicos científicos.
AULA 9 - A sociologia compreensiva de Max Weber
A.   Por uma perspectiva histórica da particularidade.
        Para Weber, o caráter particular e específico de cada formação social e histórica deve ser respeitado. O conhecimento histórico, entendido como busca de evidências, torna-se um poderoso instrumento para o cientista social.
        Weber, entretanto, não achava que uma sucessão de fatos fizesse sentido por si mesma. Para ele, todo historiador trabalhava com dados esparsos e fragmentários. Por isso, propunha para suas análises o método compreensivo, isto é, um esforço interpretativo do passado e suas repercussões nas características típicas das sociedades contemporâneas. Essa atitude de compreensão é que permite ao cientista atribuir aos fatos esparsos um sentido social e histórico.
B.   A ação social, uma ação com sentido.
        Diferente de Durkheim, o ponto de partida de Weber não é as entidades coletivas, grupos ou instituições de uma sociedade. Seu objeto de investigação a ação social, a conduta humana dotada de sentido, isto é, de uma justificativa subjetivamente elaborada.
        O homem passou a ter, como indivíduo, na teoria weberiana, significado e especificidade. É o agente social que dá sentido à sua ação: estabelece a conexão entre o motivo da ação, a ação propriamente dita e seus efeitos.
         Na teoria durkheimiana, a ordem social submete os indivíduos como força exterior a eles. Para Weber não existe a oposição entre individuo e sociedade: as normas sociais são consideradas concretas sob a forma de motivação (o que leva um indivíduo a agir).Cada sujeito age levado por um motivo que é dado pela tradição, por interesses racionais ou emotividade.
         O motivo que transparece na ação social permite desvendar seu sentido, que é social na medida em que cada individuo age levando em conta a resposta ou a reação de outros indivíduos. Um ator age sempre em função de sua motivação e da consciência de agir em relação a outros atores.
         Por mais individual que seja o sentido da minha ação, o fato de agir levando em consideração o outro dá um caráter social a toda ação humana.
         Mas a ação social, embora seja social pois leva em conta o outro, é diferente de umarelação social. Para Weber, a relação social ocorre quando o sentido das ações é compartilhado.
EXEMPLO: Pedir informação à alguém na rua é simplesmente uma ação social, pois você tem um motivo e age conforme ele, mas o sentido de sua ação não é compartilhado pela outra pessoa. Já quando se está em uma sala de aula, todos estão agindo com o mesmo objetivo, ou seja, o sentido da ação é compartilhado por todos e, portanto, é relação social.
C.   A Tarefa do Cientista.
        Durkheim dizia que os fatos sociais tinham de ser tratados como coisas, ou seja, que era necessário se colocar “fora” da sociedade, para se ter uma visão imparcial.
        Weber nega essa possibilidade e afirma que o cientista, como uma pessoa comum,também age sendo guiado por seus motivos.
        Sua meta é compreender, buscar os nexos causais que dêem o sentido a ação social.
        Qualquer que seja a perspectiva adotada pelo Cientista, ela sempre resultará numa explicação parcial da realidade.
        O que garante a cientificidade de uma explicação é o método de reflexão, não a objetividade pura dos fatos.
D.   O Tipo Ideal.
        Trata-se de uma construção teórica abstrata a partir de casos particulares analisados.
        Sendo o objeto de estudo a ação social, em sua causa e sentido, Weber analisa as ações tentando extrair delas o seu sentido e causa, formulando um modelo de cada ação que permita analisar outros casos semelhantes.
        Este modelo é criado pelo sociólogo, baseado nos casos observados, mas que não existe realmente. É, portanto, um modelo ideal, que serve para comparar com a realidade, deixando evidente as semelhanças e diferenças.
        Este modelo, Weber chama de Tipo Ideal. È o seu recurso metodológico, ou seja, é o instrumento que lhe permite compreender as várias ações do mundo social.
E.    Um exemplo de estudo: A ética protestante e o espírito do Capitalismo.
         Utilizando de dados estatísticos sobre a aceitação da doutrina protestante entre homens de grande negócio, empresários bem sucedidos e mão-de-obra qualificada,Weber tenta compreender a relação entre a doutrina protestante, como motivo das ações destas classes e o desenvolvimento do capitalismo.
         Descobre que:
1.    A relação entre a religião e a sociedade não se dá por meios institucionais, mas por intermédio de valores introjetados nos indivíduos e transformados em motivos de ação social. A motivação do protestante, segundo Weber, é o trabalho, enquanto dever e vocação, como um fim absoluto em si mesmo, e não o ganho material obtido por meio dele.
2.    O motivo que mobiliza internamente os indivíduos é consciente. Entretanto, os atos individuais não vão além das metas propostas e aceitas por eles. Buscando sair-se bem na profissão, mostrando sua própria virtude e vocação e renunciando aos prazeres materiais, o protestante puritano se adapta facilmente ao mercado de trabalho, acumula capital e reinveste produtivamente.
3.    Ao sociólogo cabe, segundo Weber, estabelecer conexões entre a motivação dos indivíduos e os efeitos de sua ação no meio social. Desta forma, Weber analisa os valores do catolicismo e do protestantismo, mostrando que os valores protestantes revelam tendência ao racionalismo econômico, base da ação capitalista.
Para constituir o tipo ideal de capitalismo ocidental moderno, Weber estuda as diversas épocas e lugares, antes e após o surgimento das atividades mercantis e da indústria. E, conforme seus princípios, constrói um tipo gradualmente estruturado a partir de suas manifestações particulares tomadas à realidade histórica. Assim, diz ser o capitalismo, na sua forma típica, uma organização econômica racional assentada no trabalho livre e orientada para um mercado real, não para a mera especulação ou rapinagem. O capitalismo promove a separação entre empresa e residência, a utilização técnica de conhecimentos científicos e o surgimento do direito e da administração racionalizados.
Aula 10 – Continuação Weber
-Preocupações Gerais de seus estudos foram
1. Poder
2. Religião
3. Capitalismo-> junto a isso, a consolidação de uma aparelho metodológico e cientifico.
-Neutralidade Valorativa -> neutralidade total é impossivel, nega portanto a ideia de fisica social, mas isso nao sign que ela deve ser submetida aos interesses político-partidarios ou pessoais.
-Ele estabelecia, assim, uma rigorosa fronteira entre o cientista, o homem so saber , e o politico, o homem de ação.
-Racionalidade é a categoria explicativa encontrada por Max Weber para explicar compreensivamente o
sentido da conduta do indivíduo na formação do capitalismo moderno no Ocidente
-Sociologia Compreensiva -> para ele deveria estudar o sentido da ação humana individual, que deve ser buscado pelo método da interpretação e da compreensão.
***Ação Social -> entende-se ser a "Conduta Humana (ato, omissão ou permissão) dotada de um significado SUBJETIVO por quem executa que se oriente pelas expectativas da ação de outros, ou que dela derive."
Ex: 2 ciclistas que andam na mesma rodovia em sentidos opostos, o simples choque entre eles não é uma ação social. Mas a tentativa de se desviarem um do outro já pode ser considerada uma ação social, uma vez que o ato de desviar-se para um lado já indica para o outro a intenção de evitar o choque, esperando uma ação semelhante como resposta.
*Tipos de Ação Social -> % de acordo com o modo pelo qual os individuos orientam suas ações.
1. Afetiva -> Aquela determinada por AFETOS ou estados emocionais.
-Age afetivamente quem satisfaz suas necessidades, seus desejos, sejam eles de alegria, de gozo, de vingança, não importa. O que importa é dar vazão às paixões momentâneas. 
-Age assim aquele indivíduo que diz: “Tudo pelo prazer” ou “O principal é viver o momento”.
Ex. beijar alguém, ouvir determinada musica.
2. Tradicional -> Aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado.
É um tipo de ação que se adota quase automaticamente, reagindo a estímulos habituais. Expressões como “Eu sempre fiz assim” ou “Lá em casa sempre se faz deste jeito”
Ex. vou ser medico porque meu pai é
3. Racional com Relação a Valores - determinada pela crença consciente um valor considerado importante, independentemente do êxito desse valor na realidade 
-O indivíduo age baseado naquelas convicções e crê que tem certo “mandado” para fazer aquilo. Se as conseqüências forem boas ou ruins, prejudiciais ou não, isso não importa, pois ele age de acordo com aquilo em que acredita.
-Age dessa forma o indivíduo que diz: “Eu acredito que a minha missão aqui na Terra é fazer isso” ou “O fundamental é que nossa causa seja vitoriosa”.
-Religioso age de acordo com esse tipo de ação.
4. Racional com relação a fins - determinada pelo cálculo racional que estabelece fins e organiza os meios necessários para atingi-los.
Nesse tipo de ação, o indivíduo pensa antes de agir em uma dada situação.
Ex. Empresário que compra ações para ganhar dinheiro.
-Político age de acordo com esse tipo de ação.
-Weber declara que a ação social não é idêntica a uma ação homogênea de muitos indivíduos. não é idêntica a uma ação influenciada, que ocorre muito frequentemente nos chamados fenômenos de massa
-Age dessa forma o indivíduo que programa, pesa e mede as
conseqüências, 
-Afirma: “Se eu fizer isso ou aquilo, pode acontecer tal ou qual coisa; então, vamos ver qual é a melhor alternativa” ou “creio que seja melhor conseguir tais elementos para podermos atingir aquele alvo, pois, do contrário, não conseguiremos nada e só gastaremos energia e recursos”.
**Relação Social -> Se refere à conduta de múltiplos sujeitos que orientam reciprocamente suas ações baseados na probabilidade de que os outros agirão socialmente dentro das suas expectativas. 
-Diferença entre Ação e Relação Social
-Na Ação, o sujeito orienta sua conduta pela ação de outros.
-Na relação, a Conduta individual dos sujeitos orienta-se por um conteúdo de sentido coletivamente e reciprocamente compartilhado.
*Estruturas Sociais
-Relações sociais comunitárias e societárias
-Relações sociais abertas e fechadas
** Tipo Ideal -> Metódo de Pesquisa
-Uma construção teórica abstrata a partir dos casos particulares analisados (um modelo que o cientista constrói acentuando aquilo que lhe parece característico, embora nunca represente a forma acabada). Como instrumento de analise o tipo ideal é previamente construído e testado, depois aplicado a diferentes situações em que dado fenômeno possa ter ocorrido. À medida que o fenômeno se aproxima ou se afasta de sua manifestação típica, o sociólogo pode identificar e selecionar aspectos que tenham interesse à explicação. 
1. POLÍTICA – conjunto dos esforços feitos com vistas à participar do poder uso influenciar a divisão do poder, seja entre Estados ou dentro do próprio Estado (WEBER)
2. PODER – capacidade de impor a própria vontade em uma relação social
3. Autoridade – fonte de poder – legitima a dominação.
*Dominação
(Dominação é a probabilidade de encontrar obediência á mesma ordem de determinado conteúdo).
(Poder significada toda probabilidade de impor a própria numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade)
*Tipos de Dominação
1. Dominação racional-legal -> baseia-se na validade do estatuto legal e da competência funcional das regras criteriosamente criadas. 
-(definida pela obediencia aos governantes que se dá pela crença na legalidade das ordens, na impessoalidade do cargo, no direito e nas leis instituídas).
Ex. Estados e seus quadros de tecnoburocratas, as empresas modernas atuando no mercado economico.
-É o mais presente na soc moderna, é ele que determina as relações impessoais existentes no capitalismo
2. Dominação tradicional se realiza em função da crença na santidade das ordenações e dos poderes senhoriais de há muito existentes. O tipo mais puro identificado por Weber é a dominação patriarcal e a associação dominante é do tipo comunitário.
-(definida pela tradução ou costume de se obedecer, de modo eterno e inconteste, ao governante).
Ex. É a dominação patriarcal e a associação dominante é do tipo comunitário.
Patriminialismo -> tipo mais comum de D. T -> Devido aos seguintes fatores
1. Utilização de grande aparato estatal, o que justifica o excessivo nº de servidores;
2. A contratação de funcionários pelo líder/governante numa troca de fatores;
3. Os bens públicos são usados muito mais em benefício do líder/governante e de seu grupo do que da população; 
3. Dominação carismática é exercida em razão da devoção afetiva à pessoa do senhor e seus dotes sobrenaturais (carisma) e, particularmente: a faculdades mágicas, revelação ou heroísmo, poder intelectual ou de oratória.
-(Definida pela obediência do dominado aos poderes supostamente mágicos, extraordinários ou personalidades do líder/governante)
Ex. Dominação do profeta, do herói guerreiro e do grande demagogo.
*Burocracia
-Burocracia surge com o capitalismo e o ESTADO MODERNO, baseada na razão e no direito.
-Burocracia é controle, pois as organizações burocráticas se encarregam da reprodução e manutenção das desigualdades sociais e culturais, camuflando-as;
Exemplos – todos trabalhando para o bem comum; operário padrão
-Burocracia moderna funciona da seguinte forma específica.
-Rege o princípio de áreas de jurisdição fixas e oficiais, ordenadas de acordo com regulamentos, ou seja, por leis ou por normas administrativas;
-Os princípios da hierarquia dos postos e níveis de autoridades significam um sistema firmemente ordenado de mando e subordinação, no qual há uma supervisão dos postos inferiores pelos superiores;
-A administração de um cargo moderno se baseia em documentos escritos (os arquivos), preservados em sua forma original ou em esboços;
-A administração burocrática supõe um treinamento especializado e completo;
-A atividade oficial exige a plena capacidade de trabalho do funcionário, sendo o tempo e a permanência na repartição delimitados.
-A etica protestante e o espírito do capitalismo
**Sociologia da Religião -> análise sobre as relações entre as ideiais e práticas religiosas e as atividades e organizaçõeseconômicas correspondente.
-Perspectiva Sociologica -> causas do capitalismo -> adotar um procedimento de estudos comparativo entre as várias soc do ocidente(genese capitalismo)
-W. identificou a presença significativa de protestantesde varias seitas entre os "lideres do mundo dos negócios e prop do capital, assim como os níveis mais altos de mão-de-obra qualificada, princ técnica e comercialmente especializada das modernas empres,serem preponderamente protestantes -> Sugeriu a possibilidade da existencia de algum tipo de afinidade entre certos valores presentes na epoca do surgimento do cap mod e a etica calvinista. -> viu a influencia que as crenças religiosas exerceram na origem do esp cap
 *Origens do capitalismo
-etica protestante não é a única causa do capitalismo.
-relação ente o protestantismo ascético e sua moral -> modo metódico da vida
-afinidades eletivas - etica do protestantismo ascético e a conduta capitalista.
VOCAÇÃO –> os indivíduos que aceitasses as suas tarefas profissionais como um chamada de DEUS e cumprissem com disciplina estariam salvos.
ASCETISMO INTRAMUNDANO –> valorização religiosa do trabalho como uma tarefa ordenada por Deus – protestantismo ascético
-> protestantismo ascético – calvinismo, pietismo, metodismo, seitas anabatistas
CALVINISMO 
-Doutrina de predestinação - todos os homens são predestinados a salvação ou a condenação. Deus é quem decide.
-Estímulo psicológico – TRABALHO – como centro de conduta da vida das pessoas -> racionalização metódica
Protestantismo ascético - estímulo ao trabalho profissionalizante e a busca da riqueza.
Pecado: vida para o luxo e a preguiça
Ética vocacional no trabalho -> busca ordenada do lucro através do trabalho metódico e racional -> comportamento indispensável para uma vida capitalista.
ESPÍRITO DO CAPITALISMO
-Ser capitalista é viver uma vida disciplinada, ou ascética, motivada pelo sentido de dever, honestidade e dedicação ao trabalho.
Lembre-se que o tempo é dinheiro
Lembre-se que o crédito é dinheiro
Lembre-se do ditado: O bom pagador é dono da bolsa alheia
As menores ações que possam afetar o crédito de um homem devem ser levadas em conta.
Guarda-te de pensar que tudo que possui é propriedade tua e de viver como se fosse
Por seis libras anuais poderás desfrutar do uso de cem libras, desde que sejas um homem de reconhecida prudência e honestidade.”
RACIONALIZAÇÃO SOCIAL
-O protestantismo e a doutrina da predestinação representam o fim do processo de desencantamento religioso do mundo, pois retiram do crente a possibilidade de influenciar magicamente o divino -> modo metódico de vida
-RACIONALIZAÇÃO – desencantamento do mundo – religioso e científico -> a organização da vida econômica e social de acordo c os principios de eficiencia e na base do conhecimento técnico
-Soc Moderna -> marcada pela raciona. das diferentes areas da vida de politca ate religiao e ativ eco.
-SECULARIZAÇÃO – separação entre o religião e Estado.
-Desencantamento -> maneira pela qual o pensamento cientifico no mundo moderno havia varrido as forças da sentimentalidade do passado.
-W. temia a soc mod como um sist q esmagaria o espirito hum ao tentar regular tdas as esferas da vida social.
CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS
-Perda de sentido -> mudança cultural - visão religiosa do mundo X visão científica do mundo
-Perda da liberdade -> vida burocratizada e racionalizada
-“Jaula de Ferro” -> o manto sagrado da busca dos bens materiais dos calvinistas acabaria aprisionando os homens.
**Classe, estamento e partido
CLASSE – interesses econômicos das pessoas e às diferenças na posse de bens: “propriedade e a falta de propriedades são, portanto, as categorias básicas de todas as situações de classe” (WEBER).
-São pertencentes a msm classe as pessoas que têm em comum idênticas oportunidades de vida, as quais estão fundadas na posse de bens, de rendas e na posição ocupada no mercado de trabalho. -> S. d. C
Situação de classe -> é caracterizada pelas possibilidades que os indivíduos tem ou não tem de monopolizar as oportunidades em proveito próprio. 
Os critéios utilizados para classificar os individuos em classes sociais sobre a perspectiva weberiana levam em consideração critérios de :
- Status
- Posição de prestígio profissinonal
-Estilos de Vida
-Atualmente existem diferentes modos para classificar os individuos em camadas A, B, C, D e E, nesse caso os critérios utilizados são com base no consumo de determinados bens.
ESTAMENTOS – são comunidades determinadas pela honra, pelo prestígio e não pela situação econômica. Um estamento pode evoluir para uma “casta” fechada, mas só chegam a esse ponto quando há diferenças sociais bem demarcadas.
situação estamento / status -> “todo componente típico do destino dos homens determinado por uma estimativa específica, positiva ou negativa, de honraria” (WEBER).
PARTIDOS -> vivem sob o signo do “poder” e tem em oposição às classes e ao estamento que suas ações significam sempre uma socialização e a meta dessa ação pode ser uma causa ou ser pessoal; sua reação é orientada para a aquisição de poder e pretendem influenciar o domínio existente. 
-Os partidos podem representar situações classistas ou estamental. 
*Concepção do trabalho no protestantismo
-A concepção protestante do trab a qual W. faz referencia relaciona o trabalho c a atividade ascética e a doutrina da predestinação. Sendo assim, o homem que trab e q encontra a prosperidade é justamente o homem escolhido por deus p a vida eterna. Além disso, tal doutrina deixa de condenar a usura, como fazia a etica católica, é o conjunto dessas ações que está relac c o esp do cap nascente no período.
** Resumo da noção weberiana de ética do trabalho
- A ética do trab está relac em sua origem, á teoria da predestinação calvinista. 2º esta, a manifestação dos eleitos de Deus na terra ocorre através do sucesso econômico. O melhor q os h. podem fazer é trab incessantemente e voluntariosamente. Esse tipo de et. 2º W. ajudou a cristalizar o esp do cap comprometido c o trab, a produção e c a racionalização do tipo meios-fins das condutas sociais
*Concepção Weberiana do Cap
- O cap existe onde quer que se realize a satisfação das necessidades de um grupo humano, c carater lucrativo e por meio de empresas. Ele estabeleceu como condição prévia p a existencia do cap moderno, a contabilidade racional do capital, como norma p tdas as gdes emp lucrativas q se ocupam
*W. enxerga o Estado como uma manifestação da racionalização ocidental, marcada por uma organização burocrática e impessoal.
*Relação que Weber estabelece entre a etica protestante e o desenvolvimento do capitalismo ocidental moderno
-De acordo c W, foram consideradas as seguintes caracteristicas definidoras:
1. Ética Protestante
-etica fundada no trabalho como vocação.
-disciplina
-austeridade
-poupança
2. Espírito Capitalismo
-Racionalismo Economico
-Opção pela formação/trabalho técnico
-Qualificações profissionais
-Novo Ethos/Nova mentalidade
*Poder Político -> significa, na concepção de W, a probabilidade de que determinadas pessoas exerçam influência sobre outras em um determinado estado, está relacionado com a ideia de dominação e legitimidade, que pode ser carismatica, tradicional ou racional
*W, o capitalismo existe onde quer que se realize a satisfação das necessidades de um grupo humano, c carater lucrativo e por meio de empresas. Ele estabeleceu como condição prévia p existência do cap moderno, a contabilidade racional do capital, como norma p todas as gdes empresas lucrativas que se ocupam das necessidades cotidianas. Por isso, as empresas deveriam se apropriar de todos os bens materiais de produção, como: terra, aparelhos, instrumentos, maquinas, como propriedades de livre disposição.
Aula 11 – Karl Marx
-Manifesto Partido Comunista -> escreveu em parceria com Engels, explicava nessa obra que a história da sociedade é a história da luta de classes e convocam o proletariado a lutar pelo socialismo, teoria revolucionária que mais tarde seria chamado de ->MATERIALISMO HISTÓRICO
-OCapital -> no qual faz uma crítica radical ao capitalismo e a sociedade burguesa
*Principal idealizar do SOCIALISMO e COMUNISMO revolucionário propunha a derrubada da classe dominante(burguesia) por meio de uma revolução do proletariado. E a criação de uma sociedade sem classes, na qual os meios de produção passem a ser propriedade de toda a sociedade.
Marxismo
Marx e Engels representantes do pensamento socialista teceram uma crítica radical á sociedade capitalista, colocando em evidência seus antagonismo e contradições, proporcionando outra corrente teórica para a sociologia, qual seja, o materialismo histórico e dialético.
Luta de Classes -> M. baseou sobretudo na estrutura de classes surgida na Inglaterra sob o efeito da revolução industrial para elaborar sua teoria de luta de classes.
1.Manifesto do Partido Comunista, M. afirma que as classes sociais se enfrentaram e "mantiveram uma luta constante, velada mtas vezes, e em outras franca e aberta, luta que terminou sempre c a transformação revolucionária de tda soc ou pelo colapso das classes em luta".
-Sociedades cuja estrutura social se fundamenta na apropriação privada dos meios de produção e do produto do trabalho, pode ser descrita como a história das luta de classes.
-As classes ja nascem em posições de antagonismo, elas sempre conviverão em situações politicamente opostas e em permanente luta.
-A luta de classes perpassa todos os momentos da vida social, não se manifestando simplesmente na espera econômica, como é o caso das greves, por exemplo.
-A história de todas sociedades é a história das lutas de classes -> Por intermédio das lutas de classes é que ocorreram as principais mudanças estruturais nas sociedades -> classe oprimida é o agente transformador
CLASSES SOCIAIS -> Conjunto de indivíduos que são classificados e identificados a partir da posição que ocupam na produção social, das classes para si, classes que se organizam para a defesa consciente de seus interesses, e cuja identidade é construida também do ponto de vista subjetivo.
-Materialista
-Revolucionário
-Materialismo: corresponde a noção epistemológica que afirma que a sociedade existe somente a partir das relações materiais. Marx é materialista porque extrai das relações de trabalho a existência do social. 2º ele, a soc só existe a partir das relações materiais de produção.
*Origem da desigualdade 2º a teoria marxista
- P/ Marx, as desigualdades sociais advêm da luta de classes. A elite (burguesia, na soc cap) oprime a classe mais pobre(o proletariado) explorando sua mão de obra, criando mecanismos ideológicos e uma superestrutura social que garante a sua submissão.
-Passagem do Estado representativo moderno p/ o socialismo
-A passagem do estado moderno p o socialismo aconteceria através da Revolução Proletária. Nela, os proletários se apropriaram dos meios de produção e do poder, eliminaram a prop privada, bem como as formas de dominação do homem sobre o homem. A existência do estado na soc socialista significaria somente um estágio na passagem para o comunismo
-2 principais relações sociais de produção no capitalismo
No manifesto comunista, a produção é a raiz de toda estrutura social capitalista. De um lado a 1ª relação, os CAPITALISTAS, que são aquelas pessoas que possuem os meios de produção (máquinas, ferramentas, capital, etc) necessários p/ transformar a natureza e produzir mercadorias, do outro os TRABALHADORES, também chamados, no seu conjunto, de proletariado, aqueles que nada possuem, a não ser seu corpo e a sua disposição p trabalhar. A soc capitalista só se realiza, portanto, porque capitalistas e trabalhadores entram em relação.
- Dialética: consiste em buscar no conflito entre os opostos a transformação que é a superação destes.
Tese X Antitese => síntese
- Para esse novo conceito haverá um novo contrário e uma transformação.
-Dialética de Hegel -> Idealista -> Estuda as ideias para entender a realidade -> "O espírito determina a matéria".
-Dialética de Marx -> Materialista -> Estuda a realidade para entender as ideias -> "A matéria determina o espírito" -> as ideias são produto das cicustâncias em que brotaram.
-A base da sociedade é ECONOMICA, a partir dela surgem outras instância da sociedade(políticas, jurídicas e ideológicas) -> organização da vida material.
* A Vida Material
-Sistema Econômico (Modo de Produção) -> A forma como os homens organizam a produção material.
-Trabalho -> Relação com a natureza e outros homens para suprir as necessidades.
-Produz bens materiais e estabelece relações sociais.
-A exploração do trab é a chave p entender o conflito.
Trabalho Manual (Oprimido) X Trabalho Intelectual (Opressor) -> Opressor x Oprimido
-"A história de todas as sociedades que existiram até hoje é a história da luta de classes". -> A luta de classes é o motor da história.
*Classes Sociais
BURGUESIA
-Classe dos capitalistas modernos, que são proprietáriosdos meios de produção e empregam trabalho assalariado.
PROLETARIADO
-Classe dos trabalhadores assalariados modernos, que, não tendo meios de produção próprios, são obrigados a vendersua força de trabalho para sobreviver.
-Materialismo -> corresponde á noção epistemológica que afirma que a sociedade existe somente a partir das relações materiais. 
- Marx é materialista pq extrai das relações de trabalho a existência do social. 2º ele, a sociedade só existe a partir das relações materiais de produção.
-As classes não existem isoladamente, mas somente em relação umas com as outras.
-As classes sociais em luta são antagônicas.
Antagonismo: forte oposição de ideias, sistemas, grupos sociais etc.; incompatibilidade, rivalidade
-A separação entre trabalho intelectual e trabalho manual permitiu o surgimento da desigualdade e da exploração
MATERIALISMO HISTÓRICO estudo dos Modos de Produção
Forças Produtivas (Propriedade, matéria-prima, ferramentas, homem)+ Relações de Produção (Formas de organizar a produção)
= MODO DE PRODUÇÃO ->Serve para caracterizar distintas etapas da história humana
M.P. COMUNISTA PRIMITIVO: Sociedades tribais
M.P. ASIÁTICO: Egito, Mesopotâmia e Pré-Colombianos
M.P. ESCRAVISTA: Grécia e Roma
M.P. FEUDAL: Europa Ocidental Medieval
REVOLUÇÃO
M.P. CAPITALISTA: Europa Séc. XVIII e XIX
PRÁXIS: Conjunto da ação humana o agir e o pensar -> Teoria + Prática
“Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de várias formas; cabe transformá-lo”
-Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado.
-Não é a realidade que move a si mesma, mas comove os atores, trata-se sempre de um “drama histórico” e não de um “determinismo histórico”.
INFRAESTRUTURA -> Economico
-Modo de Produção
-Os elementos materiais e as relações cotidianas
-Responsável pela produção da sociedade
SUPERESTRUTURA -> Ideopolitico
-Sistemas dominantes: Leis, políticos, religiosos, moral, de comunicação, artísticos, escolares, moda, ciências, filosóficos.
-Elementos imateriais ideias
-Responsável pela reprodução da sociedade
-Formada a partir da base (estrutura), a classe que a controla, terá suas ideologias como dominantes.
Alienação
Alienação do trabalhador:Despossuído, não pertence.
É alienado em relação a:
PRODUTO
Não é possuidor daquilo que produz.
O trabalhador é alienado em relação às coisas.
TRABALHO
Não conhece todo o processo produtivo.
Atividade não lhe pertence. Só faz para sobreviver.
IDEIAS
As ideias que o trabalhador reproduz não são as suas.
ideias da burguesia (segue a ideologia dominante)
“não é para ele mais do que um meio para poder existir. Ele trabalha para viver. O operário nem sequer considera o trabalho como parte de sua vida, para ele é, antes, um sacrifício de sua vida. É uma mercadoria por ele transferida a um terceiro. Por isso o produto de sua atividade não é tampouco o objetivo dessa atividade. O que o trabalhador produz para si mesmo não é a seda que tece, nem o ouro que extrai da mina, nem o palácio queconstrói. O que produz para si mesmo é o salário, e a seda, o ouro e o palácio reduzem-se para ele a uma determinada quantidade de meios de vida, talvez a um casaco de algodão, umas moedas de cobre e um quarto num porão. E o trabalhador que tece, fia, perfura, torneia, cava, quebra pedras, carrega etc. durante doze horas por dia -são essas doze horas de tecer, fiar, tornear, construir, cavar e quebrar pedras a manifestação de sua vida, de sua própria vida? Pelo contrário. Para ele a vida começa quando terminam essas atividades, à mesa de sua casa, no banco do bar, na cama. As doze horas de trabalho não têm para ele sentido algum enquanto tecelagem, fiação, perfuração etc., mas somente como meio para ganhar o dinheiro que lhe permite sentar-se à mesa, ao banco no bar e deitar-se na cama. Se o bicho-da-seda fiasse para ganhar seu sustento como lagarta, seria o autêntico trabalhador assalariado.”
CRÍTICA AO CAPITALISMO
CAPITALISMO
Características
Propriedade privada, trabalho assalariado, desigualdade, acumulação.
Para Marx:
Antagonismo, transitoriedade
MERCADORIA
Forma assumida pelas produtos do trabalho (que se destinem à troca)e pela própria força de trabalho:
É composta por dois fatores:
VALOR DE USO
Satisfazer as necessidades humanas (da saúde ou da fantasia). Utilidade.
VALOR DE TROCA
Quanto ela vale no mercado. O cálculo do valor de troca é feito segundo o tempo de trabalho gasto na sua produção.
Teoria do “valor-trabalho”
CRÍTICA AO CAPITALISMO
MAIS-VALIA
É o ganho vindo da exploração do trabalho.
-Diferença entre o valor final da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, que seria a base do lucro no sistema capitalista.
Está dividida em dois tipos:
ABSOLUTA: Capital obtido através das horas de trabalho que não são pagas ao trabalhador.
Trabalho pago é diferente de trabalho não pago
RELATIVA: Capital obtido através do aumento da produção graças a um investimento em tecnologia que acelere o trabalho.
Mecanização
*Mais Valia 
MATÉRIA PRIMA -> 10
GASTOS FORÇAS PRODUTIVAS -> 10
VALOR TRABALHO -> ?
VALOR MERCADORIA -> 200
- QUANTO O TRABALHADOR RECEBE POR MERCADORIA?
A diferença entre o valor do seu trabalho e o quanto ele recebe é a taxa de mais valia.
FETICHISMO DA MERCADORIA -> refere-se ao ocultamento das relações sociais de produção: humanização da mercadoria.
-No Capitalismo a mercadoria aparece como se tivesse vida própria, mantendo relações entre si e com os seres humanos.
-O trabalho não fica em evidência (que gerou o valor de troca), nem tampouco o homem. Só se almejam as mercadorias e essas intercambiam-se entre si.
-Aparência material que encobre as características sociais do trabalho.
REIFICAÇÃO DO TRABALHADOR
-Simultânea ao fetichismo
-Desvalorização do homem e do seu trabalho.
-O processo de produção domina o homem.
AULA 12 – Pierre Bourdieu
PIERRE BOURDIEU (1930-2002)
CAMPO – instância da sociedade organizada para uma finalidade especial que pode ser política, econômica ou artística, com suas instituições, regras e relações.
HABITUS – maneira como, por meio de diversas instituições sociais, como a família e a escola, a estrutura é internalizada e se expressa em ideias, valores e comportamentos. Pode ser primário e secundário.
CAPITAL SIMBÓLICO – formado pelo conjunto de conhecimentos, desenvolvimento intelectual e bens culturais a que um sujeito tem acesso a partir da posição que ocupa na sociedade. Esse capital define também as classes sociais como dominantes ou dominadas. Ligados à honra e ao reconhecimento (ritos, etiqueta, protocolo). É uma representação, um modelo de excelência...
Capital econômico = fatores de produção, renda, patrimônio, bens materiais
Capital cultural = qualificações intelectuais (no sistema educativo ou obtidas na família). Três formas: incorporados no corpo (expressão oral), objetivos (posse de quadros ou obras de arte) e institucionalizados (diplomas e títulos)
Capital social = recursos produzidos pelas redes sociais (convites recíprocos). Responsável pela “transubstanciação”.
VIOLÊNCIA SIMBÓLICA
Formas culturais que se impõem e fazem com que aceitemos como normal, como verdade que sempre existiu e não pode ser questionada, conjunto de regras não escritas nem ditas.
Processo de imposição dissimulada de um arbitrário cultural como cultura universal. 
Passa a ser livre de qualquer suspeita porque está legitimada (ela é portadora de um discurso do universal)
DOXA
Opinião; pensamento que aparece como normal, natural.
Aula 13 - Trabalho e Sociedade
-Trabalho do latim tripallium, “instrumento de tortura”, e por muito tempo esteve associado à ideia de atividade penosa e torturante.
*Trabalho nas diferentes sociedades
- Em nossa sociedade, a produção de um objeto envolve uma complexa rede de trabalhadores e de trabalho. Outros tipos de sociedade apresentam características bem diversas.
- As sociedades tribais diferenciam-se umas das outras em muitos aspectos, mas em geral não são estruturadas pela atividade que em nossa sociedade denominamos trabalho. 
- Nelas todos fazem quase tudo, e as atividades relacionadas à obtenção do que as pessoas necessitam para se manter integram-se a todas as esferas da vida social.
- O antropólogo estadunidense Marshall Sahlins as denomina “sociedades da abundância” ou “sociedades do lazer”, pois seus membros têm todas as necessidades materiais e sociais satisfeitas dedicando um mínimo de horas ao que chamamos trabalho.
- A explicação para o fato de os membros das sociedades tribais trabalharem menos do que nós está no modo como se relacionam uns com os outros e com a natureza.
- Nas sociedades grega e romana, a mão de obra escrava garantia a produção necessária para suprir as necessidades da população. 
Os gregos utilizavam diferentes termos para expressar suas concepções de trabalho: 
- labor significava esforço físico; 
- poiesis, atividade manual;
- práxis, a atividade do discurso.
-Nas sociedades medievais, a terra era o principal meio de produção, e os trabalhadores tinham direito a seu usufruto e ocupação, mas nunca à propriedade. Prevalecia um sistema de deveres do servo para com o senhor e deste para com aquele.
-Nessas sociedades, havia outras formas de trabalho, como as atividades artesanais, desenvolvidas nas cidades e nos feudos, e as atividades comerciais. 
-Da Antiguidade até o fim da Idade Média, o trabalho não orientava as relações sociais. Estas se definiam pela hereditariedade, pela religião, pela honra, pela lealdade e pela posição em relação às questões públicas: elementos que permitiam a alguns viver do trabalho dos outros.
-Com a emergência do mercantilismo e do capitalismo e o fim do serviço compulsório, era preciso convencer as pessoas de que trabalhar para os outros era bom. Foi preciso, então, mudar a concepção de trabalho: de atividade vil, passou a ser visto como atividade que dignifica o ser humano. 
-A transformação dos artesãos e pequenos produtores em assalariados ocorreu por meio de dois processos de organização do trabalho: a cooperação simples e a manufatura.
 
1. Cooperação simples -> o artesão desenvolvia todo o processo produtivo, mas trabalhava para quem financiava a matéria-prima e os instrumentos de trabalho, e definia o local e a jornada de trabalho.
2. Manufatura -> o trabalho continuava a ser artesanal, mas uma pessoa não fazia tudo, do começo ao fim. Cada indivíduo passou a fazer apenas uma parte do trabalho. 
Na manufatura, o produto tornou-se resultado das atividades de muitos trabalhadores. O trabalho transformou-se em mercadoria que podia ser vendida e comprada.
Surgiu, então, a maquinofatura, na qual o espaço de trabalho passou a ser a fábrica. A destreza manual do trabalhador foi substituída pela máquina.
O trabalhador foi convencido de que a situação presente era melhor do que a anterior. Diversos setores da sociedade colaboraram para essa mudança:
-as igrejas;
-os governantes;
-os empresários;
-as escolas.
O trabalhador estava livre apenas legalmente porque, na realidade, via-se forçado pela necessidadea fazer o que lhe impunham. E trabalhava mais horas do que antes. 
De acordo com Max Weber, em seu livro História econômica isso era necessário para que o capitalismo existisse.
Não foi fácil submeter os trabalhadores às longas jornadas e aos horários rígidos, pois a maioria deles não estava acostumada a isso.
A maior parte da população que foi para as cidades trabalhava anteriormente no campo, onde o único “patrão” era o ritmo da natureza.
Cápitulo 5 - O trabalho na sociedade moderna capitalista
-Marx e Durkheim marca perspectivas distintas sobre a % do trab nas soc mod.
*Visão de Marx
-Para Marx, a divisão social do trabalho, realizada no processo de desenvolvimento das sociedades, gera a divisão em classes.
-Nas sociedades modernas, com o surgimento das fábricas, duas classes foram definidas pela divisão social do trabalho: a dos proprietários das máquinas e a de seus operadores.
-Subordinado à máquina e ao proprietário dela, o trabalhador só tem, segundo Marx, sua força para vender. Ao pagar pela força de trabalho, o capitalista passa a ter o direito de utilizá-la na fábrica. 
- O operário trabalha mais horas por dia do que o necessário para produzir o referente ao valor de seu salário. O que ele produz nessas horas a mais é o que Marx chama de mais-valia. 
-O valor das horas trabalhadas e não pagas é acumulado e reaplicado na produção, o que enriquece o capitalista. Esse processo é denominado acumulação de capital.
-Quando os trabalhadores verificam que trabalham muito e estão cada dia mais miseráveis, entram em conflito com os capitalistas. 
*Visão de Durkheim
-Para Durkheim, a crescente especialização do trabalho promovida pela produção industrial moderna trouxe uma forma superior de solidariedade, e não de conflito.
- 2 formas de solidariedade
1.Solidariedade mecânica -> o que une as pessoas não é o fato de uma depender do trabalho da outra, mas a aceitação de um conjunto de crenças, tradições e costumes comuns.
2.Solidariedade orgânica -> o que une as pessoas é a necessidade que umas têm das outras, em virtude da divisão social do trabalho. 
-A interdependência em razão da crescente divisão do trabalho gera solidariedade, pois faz a sociedade funcionar e lhe dá coesão.
-Se a divisão do trabalho não produz solidariedade, as relações entre os diversos setores da sociedade não são regulamentadas pelas instituições existentes.
-Fordismo-taylorismo: uma nova forma de organização do trabalho
-No fim do séc XIX, Frederick Taylor propôs a aplicação de princípios científicos na organização do trabalho, buscando maior racionalização do processo produtivo.
-No século XX, o aperfeiçoamento contínuo dos sistemas produtivos deu origem a uma forma de divisão do trabalho que se tornou conhecida como fordismo, numa referência a Henry Ford, o inventor de um modelo de produção em série. 
-As expressões taylorismo e fordismo passaram a ser usadas para designar um processo de trabalho com as seguintes características: 
-aumento da produtividade com o controle das atividades dos trabalhadores;
-divisão e parcelamento das tarefas;
-mecanização de parte das atividades;
-sistema de recompensas e punições conforme o comportamento dos operários na fábrica.
-Com Ford e Taylor, o planejamento da divisão do trabalho passou a vir “de cima”, sem levar em conta a opinião dos operários. 
-A partir de 1930, Elton Mayo buscou medidas para promover o equilíbrio e a colaboração no interior das empresas.
-Taylor, Ford e Mayo foram influenciados pelas formulações de Durkheim, de acordo com as quais uma consciência coletiva define as ações dos indivíduos, submetendo-os às ordens estabelecidas. 
-Para a crítica marxista, as formas de regulamentação da força de trabalho propostas por Elton Mayo seriam indiretas, pois o operário seria manipulado por especialistas em resolver conflitos. 
-Foi com os procedimentos propostos por Mayo que o fordismo-taylorismo penetrou em todas as organizações sociais.
-Essa forma de organizar o trabalho foi marcante até a década de 1970 e ainda prevalece em muitos locais.
-Novas transformações aconteceram na sociedade capitalista, principalmente depois da década de 1970, e todas têm que ver com a busca desenfreada por mais lucros. Surgiram, por exemplo, formas de flexibilização do trabalho e do mercado.
-Flexibilização dos processo de trabalho e de produção -> automação e consequente eliminação do controle manual por parte do trabalhador.
-Flexibilização e mobilidade dos mercados de trabalho ->utilização pelo empregador das mais diferentes formas de trabalho, substituindo a forma clássica do emprego regular, sob contrato.
-Em relação ao chamado posto fixo de trabalho, o sociólogo francês Robert Castel, no livro A metamorfose da questão social: uma crônica do salário, destaca quatro aspectos que parecem estar se generalizando no mundo: desestabilização dos estáveis; precariedade do trabalho;deficit de lugares; qualificação do emprego
-Diante desses aspectos, os indivíduos tornam-se estranhos à sociedade, pois não conseguem integrar-se a ela, desqualificando-se do ponto de vista cívico e político.
-Ocorre praticamente uma perda de identidade, já que o trabalho é uma espécie de “passaporte” para alguém fazer parte da sociedade.
Capítulo 6 - A Questão do Trabalho no Brasil
- Final sec 19 c abolição da escravidão no BR, encerrou um período de mais de 350 a de predomínio do trab escravo.
- Convivmos c liberdade formal de trabalho há pouco mais de 100 a.
- As primeiras dec dps da esc ->Imigração-> Regime de Colonato adotado por Vergueiro, ajuda financiera do gov de SP.
- Colonos assinavam contrato e recebiam adiantamento, sobre o qual eram obrigados a pagar juros, para trabalhar nas fazendas. Não podiam sair de lá enquanto não pagassem a dívida e isso demorava. Colonos revoltavam por causa da exploração ou fugiam das fazendas. Estagnação da imigração até 1880 dps retomada. 
-Sec 20 situações precárias e condição de vida trab começaram a se mobilizar. Apoiados por uma imprensa operária, passaram a organizar protestos e houve uma greve em 1917 em SP.
-A regulamentação das atividades trabalhistas no Brasil aconteceu na déc 30, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder. Até então, a questão social era tratada como um problema de polícia.
- De 1929 até o final da 2ª Guerra, buscou-se a ampliação do processo de industrialização no Brasil, o que significou aumento do número de trabalhadores urbanos.
- Até o fim da 2ª Guerra, o Brasil continuava a ser um país em que a maioria da população vivia na zona rural. As transformações que ocorreram depois mudaram a face do país.
-A qualificação em determinados ramos da produção é necessária e cada vez mais exigida. A elevação do nível de escolaridade, entretanto, não significa necessariamente emprego na área em que o profissional é formado e boas condições de trabalho.
-Setor informal inclui empregados de peq empresas que trabalham sem registro e indivíduos que, por conta própria, prestam serviços pessoais e de entrega, comércio ambulante, execução de reparos, etc. 
- Desemprego é um dos grandes problemas racionais se agravou com a expansão da mecanização e da automação e na agricultura, na industria e nos serviços.
-Somente será possível resolver a questão do emprego no Brasil com a ampliação da presença do Estado nos mais diversos setores – educação, saúde, segurança, transporte, cultura, esporte e lazer –, envolvendo a contratação de milhares de pessoas, além de investimentos maciços em habitação e obras públicas.
-Um dos grandes desafios para este século será a efetivação de um sistema eficiente de proteção e assistência ao trabalhador.
-Desemprego no BR segundo Nelson Tomazi Esse quadro só poderá ser mudado com mais desenvolvimento econômico, afirmam alguns; outros dizem que é impossível resolver o problema na sociedade capitalista, pois, por natureza, no estágio em que se encontra, ela gera o desemprego, e não há como reverter isso; há ainda os que consideram o desemprego uma questão de sorte, de relações pessoais, de ganância das empresas, etc.Aula 14 - Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
- Sociedade atuais direitos básicos do cidadão deve ser garantidos pelo estado.
- Antiguidade alguns tiveram suas normas/leis registrados por escrito.
- Babilônios -> Código de Hamurabi -> Reforçou o poder do estado.
- Gregos -> Leis de Clístenes -> definiram as instituições da democracia ateniense.
-1º doc asseguravam direitos hum criados na inglaterra -> Magna carta, petition of rights...
-Documentos originados da Rev Franc e Independencia dos USA são à base da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU, criada em 1948, influenciados pelas atrocidades da Seg Guerra, a dec estendeu liberdade à igualdade de direitos nos campos econômicos, social e cultural a todos s.h.
-Hobbes-> os s.h são naturalmente iguais e lutam uns contra os outros pela defesa dos interesses individuais, ele acreditava q p evitar a autodestruição todos os membros da soc deveriam renunciar a lib e dar ao estado o direito de agir em seu nome e coibir todos os excessos.
-Locke -> Somente Homens livres e iguais podem fazer um pacto c o objetivo de estabelecer uma soc politica. P ele homens livres e iguais são aqueles q tem alguma prop a zelar.
-Rousseau -> a igualdade (só pode ser jurídica) só tem sentido se for baseada em liberdade.
-Final Séc. 18/19 igualdade propalada por mtos era uma ameaça aos privilégios sociais da burguesia, da aristocracia, q se mantinham no poder.
-Como a soc. cap. funciona e se desenvolve movida pela desigualdade, a liberdade foi apregoada como o maior valor, deixando a igualdade de lado.
-Marx -> ideia de democracia passaria pelo critério da igualdade social, que só uma revolução poderia tornar realidade.
-Durkheim -> a ideia de cidadania está vinculada à questão da coesão social estabelecida com base na solidariedade orgânica. Ao participar da solidariedade social, levando em conta as leis e a moral vigentes na soc, o ind desenvolve plenamente sua cidadania.
-Direitos Civis, Políticos e Sociais.
-Anos 60 Marshall analisou a relação entre cidadania e direito no contexto da hist.
-Direitos Civis-> C a formulação dos direitos civis, nos séculos XVII e XVIII, procurava-se garantir a liberdade religiosa e de pensamento, o direito de ir e vir, o direito à propriedade, a liberdade contratual e a justiça. No entanto, a cidadania era restrita, pois esses direitos não se estendiam a todos.
-Direitos Políticos -> Envolvem os direitos eleitorais, de participar de associações políticas e de protestar. No século XVIII, movimentos populares começaram a reivindicar esses direitos, que só se efetivaram em alguns países no século XX, quando o direito de voto foi estendido às mulheres.
- Direitos Sociais -> No séc XX, as pessoas passaram a ter direito a educ bás, prog habitacionais, assist à saúde, transp coletivo, sistema previdenciário, acesso ao sistema judiciário.No século XXI, consolidam-se os direitos dos idosos, mulheres, crianças, animais/natureza.
-Os direitos civis, políticos e sociais estão assentados no princípio da igualdade, mas não podem ser considerados universais, pois são vistos de modo diferente em cada Estado e em cada época. 
-Há uma diversidade de sociedades nas quais os valores, os costumes e as regras sociais são distintos daquelas que predominam no Ocidente.
-Ser cidadão é ter a garantia de todos os direitos civis, políticos e sociais que asseguram a possibilidade de uma vida plena.
-A cidadania é construída em um processo de organização, participação e intervenção social de indivíduos ou de grupos sociais.
- A analise da evolução da cidadania proposta por marshall não e suficiente p explicar sua dimensão na soc. contemp
-Como alternativa a essa classificação podemos pensar em 2 tipos de cidadania:
1. Cidadania Formal - aquela que está nas leis princ. na constituição de cada país
2. Cidadania Real - é a que vivemos no dia a dia demonstra que não há igualdade fundamental entre os s.h.
A defesa dos direitos humanos convive com sua violação. A coerência entre os princípios e a prática dos direitos humanos só será estabelecida se houver uma luta constante pela sua vigência. 
-Direitos só se tornam efetivos quando são exigidos e vividos cotidianamente.
“Ser cidadão é ter garantidos todos os direitos que asseguram a possibilidade de uma vida plena”
TOMAZI, Nelson Dáci
Cidadania -> THEODOR MARSHALL
*CIDADANIA
-É um status concedido àqueles que são membros integrais de uma comunidade.
-Todos os que possuem esse status são iguais com respeito aos direitose obrigaçõespertinentes ao status.
-Conceito que emerge por meio dos direitos civis(sécs. XVII e XVIII)
Cidadania limitada
“Cidadão pleno”: proprietáriode bens (terras)
*Cidadania(Igualdade) X Capitalismo (Desigualdade)
Marx:Democracia = igualdade social, a qual apenas uma revolução social poderia proporcionar. Cidadania (ideologia)
Durkheim: Cidadania = (colaborar para a coesão)cumprir suas obrigações e se integrar ao todo.
Artigo 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes
A Constituição Cidadã (1988)
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
NOVOS DIREITOS SOCIAIS
-direitos das crianças –ECA (1990)
-direitos dos idosos (Estatodo Idoso 2003)
-direitos das mulheres (Maria da Penha -2006)
-direitos das minorias étnicas
-direitos dos homossexuais
-Surgiram também os direitos relativos ao meio ambiente e os direitos dos animais ou direito da natureza em geral.
Exercício
1. Leia atentamente
"Se estou certo ao afirmar que a cidadania tem sido uma instituição em desenvolvimento na Inglaterra, pelo menos desde a segunda metade do século XVII, então é claro que seu crescimento coincide com o desenvolvimento do capitalismo, que é o sistema não de igualdade, mas de desigualdade." Marshall.
2. Responda:
a) Como é possível que o capitalismo e a cidadania cresçam e floresçam, lado a lado, no mesmo solo?
b) O que fez o capitalismo e a cidadania se reconciliarem e se tornarem, ao menos por algum tempo, aliados em vez de antagonistas? 
Aula 15 – Sociologia Brasileira
Gilberto Freire -> sociólogo pernambucano (1900-1987)
 Obras: “Casa-Grande e Senzala”
-“Sobrados e Mocambos”
-“Nordeste”
 
-Contribuiu para a explicação do processo de formação da cultura brasileira. 
-Não fala de “democracia racial”, apesar de ser acusado de pregá-la.
-O enfoque de Gilberto Freyre é sobre um conflito intrínseco nas relações entre os senhores da Casa Grande e seus escravos da Senzala, mas passível de acomodar-se, equilibrar-se gerando “zonas de confraternização”, ajudada pela miscigenação, que possibilitavam a ascensão do mulato
-Casa Grande e Senzala (1933) 
	Através dele, Freyre destaca a importância da casa grande na formação sociocultural brasileira bem como a da senzala que complementaria a primeira.
	Na opinião de Freyre, a própria estrutura arquitetônica da Casa-Grande expressaria o modo de organização social e política que se instaurou no Brasil, qual seja o do patriarcalismo. Isto posto que tal estrutura seria capaz de incorporar os vários elementos que comporiam a propriedade fundiária do Brasil colônia. Do mesmo modo, o patriarca da terra era tido como o dono de tudo que nela se encontrasse como escravos, parentes, filhos, esposa, etc. Este domínio se estabelece de maneira a incorporar tais elementos e não de excluí-los. Tal padrão se expressa na Casa-Grande que é capaz de abrigar desde escravos até os filhos do patriarca e suas respectivas famílias.
	Neste livro o autor tenta também desmistificar a noção de determinação racial na formação de um povo no que dá maior importância àqueles culturais e ambientais. Com isso refuta a ideia de que no Brasil se teria uma raça inferior dada

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