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Termografia: Dor Crônica UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS FACULDADE DE MEDICINA (FAMED) MEDC013 - INFORMÁTICA MÉDICA: ANÁLISE DE IMAGENS MÉDICAS Primeira Avaliação Formativa Aluno: Introdução Termografia ou termometria cutânea: Técnica em que se obtêm registros gráficos das variações de calor do corpo usando uma câmera de infravermelho. Exemplo de uma imagem obtida através da termografia Fonte: Google Imagens Introdução Dor Crônica A dor crônica pode ser definida como a dor contínua ou recorrente de duração mínima de três meses; sua função é de alerta e, muitas vezes, tem a etiologia incerta, não desaparece com o emprego dos procedimentos terapêuticos convencionais e é causa de incapacidades e inabilidades prolongadas. Estima-se que até 30% da população mundial sofra de dor crônica. Usando a definição de dor crônica da IASP 35,5% (11,5% a 54,9%) Atualmente é um problema de saúde pública. Pacientes com dor crônica usam os serviços de saúde cinco vezes mais do que o restante da população. Fonte: Google Imagens Benefícios da termografia - Seguro (inclusive em gestantes e crianças) - Indolor - Sem contraste Baixo custo (EX.: FLIR C2 =~$430 dolares) foto→ Alta confiabilidade Facilidade de manuseio Fonte: www.flir.com Dor Crônica Principais dores crônicas : Dores articulares : Osteoartrite Dores músculoesqueléticas : Miofasciais Degenerativas Lombalgias Dores neuropáticas: Neuropatia diabética dolorosa Neuropatia de fibras finas Neuropatia hansênica Fonte: Google Imagens Dor e Termografia As imagens obtidas pela câmera infravermelha demonstram mínimas diferenças de temperatura que podem estar relacionadas a processos fisiológicos, às respostas sistêmicas, a alterações vasculares, lesões ou disfunções musculares e neurológicas, como nas neuropatias periféricas e alterações do sistema nervoso central e do sistema neurovegetativo (dor mantida por alteração simpática – distrofia simpática reflexa) A nova capacidade de detecção de calor é baseada na sensibilidade às ondas eletromagnéticas emitidas na faixa entre 6 a 15 μm, isto é, infravermelho (IR) longo. Todos os objetos com temperatura acima do zero absoluto (-273°C) emitem radiação infravermelha proporcional a sua temperatura, e o corpo humano, em especial, no espectro do IR longo. Fonte: Infrared information by Multiheat O exame: Cuidados Para realização de uma análise termográfica é importante conhecer fatores que influenciam o resultado do exame. Dentre eles estão presentes: Fatores ambientais : Tamanho da sala de coleta Temperatura ambiental Umidade relativa do ar, Pressão atmosférica e radiação Fonte: Google Imagens Fatores técnicos: Camera Protocolo Software Análise estatística Fatores individuais: Sexo Idade Antropometria, Ritmo circadiano, Emissividade da pele Uso de medicamentos Prática de exercício físico O exame O grupo brasileiro de termografia recomenda que o exame para o paciente com dor deve ser feito inicialmente com uma imagem de corpo inteiro, independente da queixa ser apenas de um segmento corporal. Fonte: Google Imagens O exame - Após feita a imagem termográfica de corpo inteiro, deve ser feitam imagens especificas do local da dor, de acordo com o protocolo da Associação Brasileira de Termologia (ABRATERM). Ao lado, imagem das posições de acordo com esse protocolo → Fonte: Análise Termográfica de Corpo Inteiro: indicações para investigação de dores crônicas e diagnóstico complementar de disfunções secundárias. O exame - Para indivíduos do sexo feminino, há ainda segundo o protocolo, posicionamentos conforme imagem abaixo. Fonte: Análise Termográfica de Corpo Inteiro: indicações para investigação de dores crônicas e diagnóstico complementar de disfunções secundárias. Caso Clínico Paciente que apresentava como queixa principal lombalgia com irradiação para perna esquerda (padrão radicular L5) e que ao cold stress test registrou-se um delta de 1,6º C entre a primeira e última imagem. Além da instabilidade vasomotora simpática anormal em membros inferiores observou-se a desorganização do gradiente térmico distal, compatível com padrão neuropático e resposta característica de dor de manutenção simpática. Como achados secundários foram detectados: disfunção miofascial multifocal e bilateral de trapézio superior, mais acentuada à esquerda e tendinopatia supra-espinal, bicipital e subescapular em ombros, mais acentuado no esquerdo. Fonte: Análise Termográfica de Corpo Inteiro: indicações para investigação de dores crônicas e diagnóstico complementar de disfunções secundárias. Conclusões A Termografia apresenta-se hoje como principal método complementar de diagnóstico para dor crônica. Ainda há grande resistencia na área médica ao uso da termografia como mesmo como forma complementar. Ainda sim, a termografia caminha a passos largos, inclusive o diagnóstico por IR é o único meio de imagem reconhecido, inclusive pela American Academy of Physical Medicine and Rehabilitation, para identificar correta e precocemente estas alterações na microcirculação cutânea. “Em qualquer parte do corpo onde houver excesso de calor ou frio, a doença estará lá para ser descoberta.” Hipócrates, 400 a.C. Referências: Delarozza, M. (2008). Caracterização da dor crônica crônica e métodos analgésicos analgésicos utilizados utilizados por idosos da comunidade. [online] Scielo.br. Available at: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v54n1/18.pdf [Accessed 6 Aug. 2018]. Brioschi, Marcos & Lima, Robson & Teixeira, Manoel & Neves, Eduardo. (2015). Análise Termográfica de Corpo Inteiro: indicações para investigação de dores crônicas e diagnóstico complementar de disfunções secundárias. Pan American Journal of Medical Thermology. 2. 2015. 10.18073/2358-4696/pajmt.v2n2p70-77. Multiheat & Energy Systems. (2018). Infrared information by Multiheat |Infrared heaters. [online] Available at: http://www.multiheat-energysystems.co.uk/technical-information/infrared-information [Accessed 7 Aug. 2018]. Brioschi, Marcos & Yeng, Lin & Teixeira, Manoel. (2007). Diagnóstico Avançado em Dor por Imagem Infravermelha e Outras Aplicações. Prática Hospitalar. 9. 93-98. Corte, A. and Hernandez, A. (2016). Termografia Médica Infravermelha Aplicada À Medicina Do Esporte. Rev Bras Med Esporte, 22(4).
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