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20100125172832 Apostila PM BOM Ciencias Da Natureza Oromar PARTE IV

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PM-Bombeiro PR 
 OROMAR Ciências da Natureza 
 
 
 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 
 
1
NOMENCLATURA E 
CLASSIFICAÇÃO 
DOS SERES VIVOS 
 
 Numa tentativa de universalizar os nomes 
de animais e plantas, já de há muito os cientistas 
vinham procurando criar uma nomenclatura 
internacional para a designação dos seres vivos. 
No primeiro livro de Zoologia publicado por um 
americano, Mark Catesby, por volta de 1740, o 
pássaro conhecido por tordo (o sabiá americano) foi 
denominado cientificamente assim: Turdus minor 
cinereo-albus, que significava: tordo pequeno 
branco-acinzentado sem manchas. 
Era uma tentativa de "padronizar" o nome 
do tordo, de tal forma que assim ele pudesse ser 
conhecido em qualquer idioma. Mas, convenhamos, 
o nome proposto por Mark Catesby era muito 
grande para um pássaro tão pequeno. 
Já em 1735, o sueco Karl von Linné, 
botânico sueco, conhecido por Lineu, lançava seu 
livro Systema Naturae, onde propunha regras para 
classificar e denominar animais e plantas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CATEGORIAS TAXIONÔMICAS 
 
Reino: é um grupo de filos; Filos: é um 
grupo de classes; Classes: é um grupo de ordens; 
Ordem: é um grupo de famílias; Família: é um 
grupo de gêneros; Gênero: é um grupo de 
espécies; Espécie: é um grupo de indivíduos 
semelhantes que se reproduzem entre si, gerando 
descendentes férteis. 
Um exemplo de classificação de animal. O 
modelo classificado a ser classificado vai ser o cão. 
Reino: Animalia ou Metazoa (se enquadram todos 
os animais existentes na Terra); 
Filo: Chordata (saíram os invertebrados. Ficaram 
os cordados); 
Subfilo: Vertebrata (saiu o anfioxo, protocordado, 
ficaram somente os vertebrados); 
Classe: Mammalia (saíram peixes, anfíbios, répteis 
e aves. Ficaram somente os mamíferos); 
Ordem: Carnívora (saíram herbívoros e roedores. 
Ficaram somente os carnívoros); 
Família: Canidae (saíram os felídeos e ursídeos. 
Ficaram apenas os canídeos); 
Gênero: Canis (saiu a raposa. Ficaram o cão e o 
lobo, que pertencem ao gênero Canis 
Espécie: Canis familiaris (Saiu o lobo. Ficou o cão). 
 
 
REGRAS DE NOMENCLATURA 
 
• O nome do gênero e da espécie devem ser 
escrito em latim ou latinizados e grifados ou 
em itálico; 
• Cada organismo deve ser reconhecido por 
uma designação binominal, onde o primeiro 
termo indica o seu gênero e o segundo, a 
sua espécie. Ex: Canis familiaris (cão); 
Musca domestica (Mosca); 
O nome relativo ao gênero deve ser escrito 
com inicial maiúscula e o da espécie com 
inicial minúscula. Ex: Homo sapiens 
(Homem); 
OBS: Nos casos em que o nome da 
espécie se refere a uma pessoa, a inicial 
pode ser maiúscula ou minúscula. Ex: 
Trypanosoma cruzi (ou Cruzi) — nome 
dado por Carlos Chagas ao micróbrio 
causador da doença de Chagas, em 
homenagem a Oswaldo Cruz; 
• Quando se trata de subespécies, o nome 
indicativo deve ser escrito sempre com 
inicial minúscula (mesmo quando se refere 
a pessoas), depois do nome da espécie. 
Exs: Rhea americana alba (ema branca); 
Rhea americana grisea (ema cinza); 
• Nos caso de subgênero, o nome deve ser 
escrito com inicial maiúscula, entre 
parenteses e depois do nome do gênero. 
Ex: Anopheles (Nyssurhynchus) darlingi 
(um tipo de mosquito). 
• No caso de o mesmo ser vivo ser nominado 
duas vezes, o nome mais antigo 
prevalesce. 
• Abreviação: a espécie usa-se sp. , o 
gênero usa-se a inicial do nome do gênero. 
 
 
 
 
 
REINO DO MUNDO VIVO 
 
Em 1969, Whittaker idealizou um moderno 
sistema de classificação que distribuiu os seres 
vivos em cinco reinos — Monera, Protista, Fungi, 
Metaphyta e Metazoa. 
 
 
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2 
 
 
 
 
ATIVIDADES 
 
01. (UDESC) – Ao Reino Monera pertencem os 
seres vivos: 
a) Unicelulares, eucariontes, isolados 
ou coloniais. 
b) Uni ou pluricelulares, eucariontes, 
isolados. 
c) Pluricelulares, eucariontes, 
autotróficos. 
d) Pluricelulares, eucariontes, isolados 
ou coloniais. 
e) Unicelulares, procariontes, isolados 
ou coloniais. 
 
02. Na classificação dos seres vivos, a 
nomenclatura binária ou binominal (difundida por 
Linneu) é empregada quando se quer escrever o 
nome de: 
a) Uma espécie. 
b) Um gênero. 
c) Uma família. 
d) Uma ordem. 
e) Uma classe. 
 
03. Define-se como espécie biológica aquele grupo 
de animais que, possuindo propriedades e 
características comuns: 
a) Só se reproduz entre si. 
b) Não se reproduz entre si. 
c) Só se reproduz com populações 
vizinhas . 
d) Só se reproduz 
partenogeneticamente. 
e) n.d.a. 
 
04. Na classificação biológica, as ordens se 
constituem pela reunião de: 
a) gênero. 
b) classes. 
c) filos. 
d) famílias. 
e) espécies. 
 
05. As categorias sistemáticas, ou taxas, colocadas 
ordenadamente, em graus hierárquicos, são: 
a) Reino, divisão, classe, família, 
ordem, gênero, espécie. 
b) Reino, classe, divisão, ordem, 
família, gênero, espécie. 
c) Reino, divisão, classe, ordem, 
família, gênero, espécie. 
d) Reino, classe, divisão, família, 
ordem, gênero, espécie. 
e) Reino, divisão, classe, família, 
ordem, espécie, gênero. 
 
06. Considerando-se as categorias taxonômicas, 
podemos dizer que seres vivos de uma mesma 
classe pertencerão à(ao): 
a) Mesma ordem. 
b) Mesmo filo. 
c) Mesma família. 
d) Mesma espécie. 
e) Mesmo gênero. 
 
07. Drosophila melanogaster é o nome científico da 
mosca-das-frutas. 
Drosophila melanogaster representam, 
respectivamente: 
a) Ordem e espécie. 
b) Espécie e gênero. 
c) Espécie e subespécie. 
d) Filo e espécie. 
e) Gênero e espécie. 
 
08. Qual, dos seguintes grupos, contém a menor 
variedade de organismos? 
a) Mamíferos 
b) Carnívoros 
c) Felídeos 
d) Panthera 
e) Panthera leo 
 
09. Canis familiaris e Canis lupus correspondem 
respectivamente aos nomes científicos para cães 
domésticos e lobos, de acordo com o sistema 
binomial de classificação dos seres vivos elaborado 
por Lineu, no século XVIII. No atual sistema de 
classificação biológica, cães e lobos enquadram-se 
no(a): 
a) Família Canidae 
b) Ordem Mammalia 
c) Classe Carnívora 
d) Filo Metazoa 
e) Reino Chordata 
REINOS CARACTERÍSTICAS REPRESENTANTES 
Monera Unicelulares e procariontes 
Bactérias e algas 
azuis 
Protista Unicelulares e eucariontes 
Protozoários e certas 
algas 
Fungi 
Uni ou pluricelulares, 
eucariontes e 
heterótrofos por 
absorção 
Fungos 
Plantae 
Pluricelulares, 
eucariontes e 
autótrofos 
Todos vegetais 
Animalia 
Pluricelulares, 
eucarionte e 
heterótrofos por 
ingestão 
Todos os animais 
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10. A Comissão Internacional de Nomenclatura 
Zoológica estabelece regras que são seguidas 
pelos cientistas de todo o mundo. Identifique abaixo 
o nome científico escrito corretamente: 
a) charadrius Collaris – Maçarico-de-coleira 
b) Eudocimus Ruber – Guará 
c) Arenaria interpres – Maçarico vira-pedras 
d) Falco Peregrinus – Gavião-peregrino 
e) Himantopus Himantopus – Maçarico-
pernilongo 
 
11. Os nomes científicos de duas plantas são Salix 
nigra e Quercus nigra. As plantas pertencem: 
a) Á mesma espécie 
b) Ao mesmo gênero 
c) Ao mesmo reino 
d) À mesma raça 
e) À mesma subespécie 
 
 
 
 
GABARITO 
 
01. e 02. a 03. a 
04. d 05. c 06. b 
07. e 08. e 09. a 
10. c 11. c 
 
 
 
REINO MONERA 
 
 
O reino monera é composto pelas bactérias e 
cianobactérias (algas azuis oucianofíceas). Elas 
podem viver em diversos locais, como na água, ar, 
solo, dentro de animais e plantas, ou ainda, como 
parasitas. 
 
 
 
BACTÉRIAS 
 
 A maioria se seus representantes são 
heterótrofos (não conseguem produzir seu próprio 
alimento), mas existem também algumas bactérias 
autótrofas (produzem sem alimento, via 
fotossíntese, por exemplo). 
 
 Existem bactérias aeróbias, ou seja, que 
precisam de oxigênio para viver, as anaeróbias 
obrigatórias, que não conseguem viver em 
presença do oxigênio, e as anaeróbias 
facultativas, que podem viver tanto em ambientes 
oxigenados ou não. 
 
 As formas físicas das bactérias podem ser 
de quatro tipos: cocos, bacilos, vibriões, e 
espirilos. Os cocos, podem se agrupar, e 
formarem colônias. Grupos de dois cocos formam 
um diplococo, enfileirados formam um 
estreptococos, e em cachos, formam um 
estafilococo. 
 
 
 
Por serem os seres vivos mais primitivos da Terra, 
eles também são os que estão em maior número. 
Por exemplo, em um grama de solo fértil pode 
haver 2,5 bilhões de bactérias, 400 mil fungos, 50 
mil algas e 30 mil protozoários. 
 
 
ESTRUTURA CELULAR 
 
 
As bactérias não tem núcleo organizado, 
elas são procariontes, ou seja, o DNA fica 
espalhado no citoplasma . Por isso, o filamento de 
material genético é fechado (plasmídeo), sem 
pontas, para que nenhuma enzima comece a digerir 
o DNA. Possuem uma parede celular bastante 
rígida. 
 
 Para se locomoverem, as bactérias contam 
com os flagelos, que são pequenos cílios que 
ficam se mexendo, fazendo a bactéria se mover 
(igual ao espermatozóide humano, só que muito 
mais simples). Também podem possuir Fímbrias, 
que são microfibrilhas protéicas que se estendem 
da parede celular. Servem para "ancorar" a 
bactéria. Existem também as fímbrias sexuais, que 
servem para troca de material genético durante a 
reprodução e também auxiliam as bactérias 
patogênicas (parasitas) a se fixarem no hospedeiro. 
 
 A Cápsula, camada que envolve 
externamente a bactéria, formada por 
polissacarídeos, serve para a alimentação 
(fagocitose), proteção contra desidratação, e 
também para que o sistema imunológico 
hospedeiro (no caso das parasitas) não a 
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reconheça. 
 
 
 
 
 
 
 
REPRODUÇÃO 
 
 A reprodução das bactérias ocorre de forma 
assexuada e sexuada. A assexuada é a mais 
comum, feita por bipartição (divisão binária, ou 
cissiparidade), onde a célula bacteriana cresce, têm 
seu material genético duplicado, e então, a célula 
se divide, dando origem a outra bactéria, 
geneticamente igual à outra. A forma sexuada é 
pode ser realizada de três formas: conjugação, que 
consiste em uma bactéria transferir material 
genético para outra, e vice-versa, através das 
fímbrias; transdução: é a troca de genes feita 
através de um vírus, que invade uma célula, 
incorpora seu material genético, e o transmite para 
outras células; transformação: as bactérias podem 
incorporar ao seu DNA fragmentos de materiais 
genéticos dispersos no ambiente. 
 
 As bactérias também podem originar 
esporos, em condições ambientes desfavoráveis à 
reprodução (altas ou baixas temperaturas, 
presença de substâncias tóxicas, etc). Eles são 
pequenas células bacterianas, com uma parede 
celular espessa, pouca água e um material 
genético. Elas são capazes de ficarem milhares de 
anos nestes ambientes, esperando por uma 
condição do ambiente melhor. 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS 
 
 
 As bactérias também têm sua importância 
no meio ambiente, assim como qualquer ser vivo. 
 
- Decomposição: atuam na reciclagem da matéria, 
devolvendo ao ambiente moléculas e elementos 
químicos reutilizáveis por outros seres vivos. 
- Fermentação: algumas bactérias são utilizadas 
nas indústrias para produzir iogurte, queijo, etc 
(derivados do leite) 
- Indústria farmacêutica: na fabricação de 
antibióticos e vitaminas 
- Indústria química: na produção de álcoois, como 
metanol, etanol, etc; 
- Genética: com a alteração de seu DNA, pode-se 
fazer produtos de interesse dos seres humanos, 
como insulina 
- Fixação do Nitrogênio: retiram o nitrogenio do ar 
e o fixa no solo, servindo de alimentação para as 
plantas. 
 
 
REINO PROTISTA 
 
 
Os protozoários são seres unicelulares, mas, 
diferentemente das bactérias, eles tem carioteca 
(membrana nuclear, são eucariontes). São 
complexos, com sistema reprodutor, digestório, de 
locomoção, produção de energia, etc), por isso, por 
muitos anos, foram considerados "animais 
unicelulares". Eles ainda podem viver em colônias, 
sozinhos ou parasitando. Podem ser encontrados 
em água doce, salgada, em terras úmidas ou ainda 
dentro de outros seres. Seu modo de vida é livre, 
mas alguns protozoários são parasitas, e podem 
causar doenças ao homem. 
 
Os seus representantes se reproduzem através de 
bipartição (conhecida também como 
cissiparidade ou divisão binária). Como nas 
bactérias, a célula cresce, têm seu núcleo dividido 
em dois, através da mitose (reprodução 
assexuada), e então, o resto da célula se divide, 
originando duas células genéticamente idênticas. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Os protozoários são classificados de 
acordo com seu modo de locomoção: 
 
- Rizópodes: locomoção por pseudópodes, que 
são pseudo-pés (pés-falsos); 
- Ciliados: locomoção através de cílios; 
- Flagelados: locomoção através de flagelos; 
- Esporozoários (ou apicomplexos): não têm 
sistema de locomoção; 
 
Rizópodes 
 
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Grupo onde é encontrado a Ameba, que usa 
muitos pseudópodes para locomoção. 
 
 
 
 
 A ameba é um ótimo exemplo de 
protozoário. Obtêm alimentos através do processo 
chamado fagocitose, e digere o alimento nos 
vacúolos digestivos. 
 A densidade do seu citoplasma é maior que 
a da água que o envolve no ambiente, por isso ela 
tem que periódicamente realizar a osmose, que é 
fazer o equilíbrio de água dentro do organismo. 
Para isso, ela utiliza os vacúolos pulsáteis para 
expulsar a água em excesso. Na realidade, o nome 
pulsátil é errôneo, pois o que acontece é que o 
vacúolo de forma cheio de água dentro da célula, 
se desloca até a membrana celular, e se desfaz lá, 
jogando a água para fora, e não como se fosse um 
"coração" batendo frenéticamente. 
 
Ciliados 
 
 Os ciliados recebem este nome, pois se 
movem com o auxílio de cílios, que estão em toda 
a superfície do protozoário. Este tipo aparece 
geralmente em água doce e salgada, e onde existe 
matéria vegetal em decomposição. Eles executam 
também outro tipo de reprodução, chamado de 
conjugação (sexuada), onde uma célula transmite 
material genético para outra célula, ocasionando 
uma variabilidade genética, o que é essencial para 
qualquer tipo de ser vivo. Depois da conjugação, as 
células realizam a reprodução assexuada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Flagelados 
 
 Os flagelados são de vida livre e muitos 
deles são parasitas de humanos, como: 
 
Trichomonas vaginalis - fica alojado no aparelho 
reprodutor humano, geralmente nas mulheres, na 
vagina. Provoca muita coceira, ardência e 
corrimento, a Tricomoníase. 
 
Trichomonas vaginalis 
 
 
 
Giardia lamblia - causa a giardíase, no intestino. 
os sintomas são náuseas, cólicas, diarréia, etc. 
 
 
Giardia lamblia 
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 E também: Leishmania brasiliensis (causa a 
Leishmaniose); Tripanossoma cruzi(doença de 
Chagas); 
 
 
Esporozoários (Apicomplexos) 
 
 No grupo dos esporozoários encontram-se 
os protistas que não têm qualquer tipo de sistema 
de locomoção. Todos eles são parasitas 
obrigatórios. O nome "Apicomplexos" vêm de uma 
parte do protista, responsável pela perfuração da 
membrana celular das futuras células hospedeiras. 
Os mais comuns são do gênero Plasmodium, que 
causam a Malária, e do gênero Toxoplasma, que 
causam a toxoplasmose. 
 
 
Plasmodium 
 
 
 
 
 
REINO FUNGI 
 
Organismos geralmente macroscópios (que 
podem ser vistos à olho nu), eucariontes, 
heterótrofos. Os representantes mais conhecidos 
são o bolor de pão, mofo, orelha de pau, 
leveduras e o cogumelo. 
 
 
 
Estrutura 
 Os fungos são compostos por Hifas, que 
são filamentos de células que formam uma rede, 
chamada de micélio. Este se estende até o 
alimento, e realiza a absorção de seus nutrientes. 
 
 
 
 
 Existem espécies de vida livre ou 
associadas (em simbiose) com outros organismos, 
como por exemplo, os liquens, uma relação 
harmônica interespecífica de fungos e algas. 
Contudo, algumas espécies são parasitas, 
mantendo relações desarmônicas com plantas e 
animais. A maioria é saprofágica, alimentando-se 
da decomposição de cadáveres. 
A classificação dos quatro Filos obedece a 
critérios reprodutivos (diferença entre as estruturas 
reprodutivas), com ciclo de vida em duas fases: 
uma assexuada e outra sexuada. 
Na assexuada formam-se esporos por 
divisões mitóticas, podendo essa fase se prolongar 
por indeterminado período em resposta às 
alterações ambientais, aguardando estímulo para 
desencadear o início da fase sexuada, por divisão 
meiótica. 
Dessa forma, o Reino Fungi se subdivide 
nos Filos: Ascomycetes, Phycomycetes, 
Basidiomycetes e os Deuteromycetes. 
 
Ascomycetes (ascomicetos) → assim chamados 
devido o processo de reprodução sexuada 
formando sacos, conhecidos cientificamente como 
ascos (daí a origem do nome), que posteriormente 
se transformam em esporos. 
 
Phycomycetes (ficomicetos) → são os fungos 
mais simples, semelhantes a uma alga, contendo 
esporos dotados de flagelos. 
 
Basidiomycetes (basidiomicetes) → formam 
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estruturas reprodutivas denominadas basídios, cuja 
base encontra-se fixa ao corpo de frutificação (eixo 
de sustentação), ficando com extremidades livres 
formando os basidiósporos, estrutura que aloja os 
esporos (exemplo: cogumelos). 
 
Deuteromycetes (deuteromicetes) → ou fungos 
imperfeitos, com estrutura reprodutora pouco 
detalhada e conhecida, sendo a grande maioria 
parasita causadores de doenças. 
 
 
ATIVIDADES 
 
 
01. Em que alternativa as duas características são 
comuns a todos os indivíduos do Reino Monera? 
a) Ausência de núcleo; presença de clorofila. 
b) Ausência de carioteca; capacidade de 
síntese protéica. 
c) Incapacidade de síntese protéica; parasitas 
exclusivos. 
d) Presença de um só tipo de ácido nucléico; 
ausência de clorofila. 
e) Ausência de membrana plasmática; 
presença de DNA e RNA. 
 
02. Esta questão apresenta duas afirmações, 
podendo a segunda ser uma razão para a primeira. 
Marque: 
a) Se as duas afirmações forem verdadeiras e 
a segunda for uma justificativa da primeira. 
b) Se as duas afirmações forem verdadeiras e 
a segunda não for uma justificativa da 
primeira. 
c) Se a primeira afirmação for verdadeira e a 
segunda afirmação for falsa. 
d) Se a primeira afirmação for falsa e a 
segunda afirmação for verdadeira. 
e) Se a primeira e a segunda afirmações 
forem falsas. 
 
Primeira afirmação: As bactérias e as algas 
cianofíceas são designadas como células 
procariotas, porque, 
 
Segunda afirmação: em contraste com as células 
ditas eucariotas, as bactérias e as algas azuis 
possuem características estruturais mais simples, 
destacando-se a ausência do envoltório nuclear e 
do retículo endoplasmático. 
 
03. Considere os seguintes componentes celulares: 
 
(1) Membrana plasmática 
(2) Carioteca 
(3) Cromossomos 
(4) Hialoplasma 
(5) Ribossomos 
(6) Retículo endoplasmático 
(7) Mitocôndrias 
(8) Cloroplastos 
 
Dentre as alternativas seguintes, assinale a que 
tiver a seqüência representativa de estruturas 
ausentes em bactérias: 
a) 1, 2, 7, 8 
b) 2, 6, 7, 8 
c) 2, 3, 5, 6 
d) 3, 6, 7, 8 
e) 5, 6, 7, 8 
 
 
04. Bacilos são: 
a) Vírus em forma de bastonete. 
b) Bactérias esféricas, agregadas em fio. 
c) Bactérias em forma de bastonete. 
d) Hifas de fungos do grupo dos 
basidiomicetos. 
e) Fungos unicelulares e de forma alongada. 
 
05. O filo Protozoa é subdividido em quatro classes: 
Sarcodina, Mastigophora, Sporozoa e Ciliophora. A 
característica considerada para tal classificação é: 
a) O modo de reprodução 
b) A presença ou ausência de carioteca 
c) A composição química do pigmento 
fotossintetizante. 
d) A estrutura de locomoção 
e) A composição química do citoplasma 
 
06. A locomoção nas amebas, protozoários da 
classe Sarcodina, é realizada por meio de: 
a) Cílios 
b) Flagelos 
c) Pseudópodes 
d) Cílios e flagelos 
e) Flagelos de pseudópodes 
 
07. Na diversidade da vida existente na Terra, um 
grupo de seres unicelulares ou filamentosos se 
reproduz, em geral, por meio de esporos. 
Heterotróficos vivem em sua grande maioria como 
saprófitos em matéria orgânica, podendo, 
eventualmente, parasitar vegetais e animais. No 
homem, podem causar micoses como a pitiríase, a 
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candidíase e a histoplasmose. Esses organismos 
pertencem ao reino: 
a) Fungi 
b) Monera 
c) Plantae 
d) Protista 
e) Animália 
 
08. Hifas são estruturas que constituem o corpo 
vegetativo: 
a) Das algas 
b) Dos musgos 
c) Dos fungos 
d) Das bactérias 
e) Das talófitas 
 
09. Todos os itens indicam alguma importância 
ligada à atividade de fungos, exceto: 
a) Podem causar doenças chamadas 
micoses. 
b) Desempenham papel fermentativo. 
c) Produção autotrófica de substâncias 
orgânicas para consumo de outros seres. 
d) Alguns produzem antibióticos. 
e) Participam na formação de liquens. 
 
 
10. Encontram-se às vezes em certos ambientes, 
pedaços de pão recobertos de bolor. Explica-se 
esse fato, porque o bolor representa: 
a) Uma colônia de bactérias que se 
desenvolveu a partir de uma única bactéria 
que contaminou o pão. 
b) P levedo usado no preparo do pão, que se 
desenvolveu e tomou uma coloração 
escura. 
c) Um agrupamento de microorganismos que 
apareceram no pão, por geração 
espontânea. 
d) Um conjunto de fungos originados de 
esporos existentes no ar e que se 
desenvolveram no pão. 
e) O resultado do apodrecimento da farinha 
utilizada no fabrico do pão. 
 
GABARITO 
 
01. b 02. c 03. a 
04. e 05. d 06. c 
07. a 08. c 09. c 
10. d 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REINO VEGETAL 
 
 
 A Botânica é o ramo da Biologia que estuda 
os vegetais. 
 O Reino Vegetal está dividido em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRIÓFITAS 
 
 
Briófitas 
PLANTAS 
Pluricelulares, eucariontes, 
autótrofos e clorofilados 
CRIPTÓGAMAS 
Sem flores, 
sem sementes
FANERÓGAMAS 
Com flores, 
com sementes 
BRIÓFITAS 
Sem tecido de condução 
(musgo). 
DICOTILEDÔNEAS 
Com 2 cotilédones (feijão)
MONOCOTILEDÔNEAS 
1 cotilédone (milho)
TALÓFITAS 
Sem tecido (algas) 
PTERIDÓFITAS 
Com tecido (samambaia)
ANGIOSPERMAS 
Com frutosGIMNOSPERMAS 
Sem frutos (pinheiro)
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9
 Os grupos que representam as briófitas 
são: 
• hepáticas: plantas de corpo achatado, fixadas ao 
solo através de rizóides; 
• antóceros: plantas com corpo multilobado; 
 
• musgos: plantas que possuem um eixo principal 
(caulóide) de onde partem os filóides. 
 As briófitas possuem pequeno porte e 
maior especialização celular que as algas, com 
vários tecidos diferentes constituindo seu corpo. O 
pequeno porte é resultante da falta de estruturas 
rígidas de sustentação e de um sistema de 
condução de seiva. 
Essas plantas ocorrem preferencialmente 
em ambientes úmidos e que não recebem luz direta 
do Sol. 
O gametófito, que é a planta propriamente 
dita, apresenta: rizóides, caulóides, filóides, além 
de gametângios. O esporófito é menos 
desenvolvido e depende do gametófito para sua 
nutrição. Nele existem os esporângios, células que 
produzem esporos por meiose. 
Grande parte das briófitas apresenta 
reprodução assexuada, por meio de propágulos, 
pequenos pedaços de planta soltos e levados pela 
água que dão origem a novas plantas. Embora a 
reprodução por fragmentação seja freqüente, a 
forma mais característica da mesma é a alternância 
de gerações. 
Na maioria dos musgos, o sexo é dividido: 
cada gametófito possui apenas anterídios ou 
arqueogônios. A planta é designada homotálica ou 
monóica, quando são encontrados os dois 
gametângios, como ocorre em algumas espécies. 
As briófitas são classificadas nas classes 
Musci (musgos), Hepaticae (hepáticas) e 
Anthocerotae (antóceros). 
As hepáticas possuem forma achatada e 
são encontradas em locais úmidos e sombreados. 
 
 
 
 
 
PTERIDÓFITAS 
 
 
Pteridófitas 
As pteridófitas são traqueófitas, o que as 
diferencia das algas e dos musgos. A água das 
raízes é transportada para as folhas por meio dos 
condutores, constituídos por células modificadas. 
Essas plantas atingem maior altura e 
recebem mais luminosidade que as briófitas devido 
à presença de vasos condutores, que por sua vez 
aumentam a eficiência do transporte de nutrientes e 
forma tecidos resistentes. 
O grupo das filicíneas ou pterófitas 
(samambaias e avencas) serão utilizados como 
referência. 
As epífitas vivem sobre o tronco de árvores 
e arbustos, outras são aquáticas e de pequeno 
porte, como a Marsilea e a Salvinia. 
O esporófito é a planta propriamente dita. 
Possui folhas separadas em folíolos na forma de 
penas. 
A única parte evidente da planta é a folha, 
já que o caule é subterrâneo ou fica rente ao solo, 
este é chamado de rizoma e tem seu crescimento 
na horizontal, parecido com uma raiz. 
O esporófito possui esporângios, que se 
reúnem em estruturas chamadas soros, espalhadas 
na face inferior ou na borda dos folíolos. 
O gametófito prótalo é menos desenvolvido 
que o esporófito, mede cerca de 1 cm, porém tem 
vida autônoma. 
Embora as pteridófitas se reproduzam 
assexuadamente por fragmentação, apresentam 
um ciclo haplonte-diplonte. No período da 
reprodução, os soros tornam-se pardos e, no 
interior dos esporângios, são criados esporos por 
meiose. 
 
 
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GIMNOSPERMAS 
 
 São fanerógamas, vasculares e 
espermatófitas. Suas flores são unissexuadas, 
reunidas em inflorescências denominadas 
estróbilos. A reprodução ocorre por alternância de 
gerações e a fase duradoura é o esporófito. Não 
formam frutos. 
Ex.: Pinheiros, sequóias, cedros 
 No Brasil a espécie mais conhecida é o 
pinheiro-do-paraná, cuja semente comestível é 
denominada pinhão. 
 
 
ANGIOSPERMAS 
 
 São fanerógamas, vasculares e 
espermatófitas, corpo formado por raiz, caule, 
folhas, flor, semente e fruto que aparece pela 
primeira vez entre os vegetais. Reprodução por 
alternância de gerações e a fase duradoura é o 
esporófito. 
 As angiospermas estão divididas em dois 
grandes grupos: monocotiledôneas e 
dicotiledôneas. 
 
 
ATIVIDADES 
 
01. O critério utilizado para separar plantas 
criptógamas de fanerógamas é: 
a) A presença ou ausência de sistema de 
vasos condutores. 
b) O tipo de folhas quanto à nervação. 
c) O número de cotilédones. 
d) O aspecto reprodutivo. 
e) A estrutura da raiz. 
 
02. A afirmação “são plantas criptógamas, 
avasculares, de pequeno porte e de ambiente 
úmidos e sombreados. Dependem da água para a 
reprodução, pois seus gametas masculinos são 
flagelados, possuem alternância de gerações, 
sendo a geração gametofítica mais desenvolvida 
que a esporofítica” caracteriza as: 
a) Angiospermas 
b) Pteridófitas 
c) Briófitas 
d) Gimnospermas 
e) Filicíneas 
 
03. Os musgos que crescem nos muros úmidos 
são: 
a) Gametófitos de briófitas 
b) Gametófitos de pteridófitas 
c) Esporófitos de briófitas 
d) Esporófitos de pteridófitas 
e) Associação de algas e fungos 
 
04. A aquisição de tecidos condutores foi um 
importante passo para a conquista definitiva do 
meio terrestre pelas plantas. As primeiras a 
apresentá-los foram: 
a) As briófitas 
b) As traqueófitas 
c) As embriófitas 
d) As pteridófitas 
e) As gimnospermas. 
 
05. Uma samambaia corresponde ao: 
a) Esporófitos de pteridófitas 
b) Gametófitos das briófitas 
c) Esporófitos das espermatófitas 
d) Gametófitos das fanerógamas 
e) Esporófito das briófitas 
 
06. Uma pessoa que comprasse um vaso de 
samambaia numa floricultura e pretendesse 
devolvê-lo por ter verificado a presença de 
pequenas estruturas escuras, dispostas 
regularmente na face inferior das folhas, você diria 
que: 
a) A planta com certeza estava sendo 
parasitada por um fungo. 
b) A planta necessitava de adubação por 
mostrar sinais de deficiência nutricionais. 
c) A planta tinha sido atacada por insetos. 
d) As pequenas estruturas eram esporângios 
reunidos em soros, os quais aparecem 
normalmente durante o ciclo da planta. 
e) A planta se encontrava com deficiências de 
umidade, mostrando manchas necróticas 
nas folhas. 
 
 
 
RELAÇÕES ECOLÓGICAS ENTRE SERES 
VIVOS 
 
Podemos classificar as relações entre seres 
vivos inicialmente em dois grupos: 
• as intra-específicas, que ocorrem entre 
seres da mesma espécie; 
• as interespecíficas, entre seres de espécies 
diferentes. 
É comum diferenciar-se as relações em 
harmônicas e desarmônicas. Nas harmônicas 
não há prejuízo para nenhuma das partes 
associadas, e nas desarmônicas há. 
 
Relações Intra-específicas Harmônicas 
 
a) Colônias 
Agrupamento de indivíduos da mesma 
espécie que revelam um grau de 
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interdependência e se mostram ligados uns 
aos outros, sendo impossível a vida quando 
isolados do conjunto, podendo ou não ocorrer 
divisão do trabalho. 
Ex.: As cracas, os corais e as esponjas vivem 
sempre em colônias. 
 
b) Sociedades 
São agrupamentos de indivíduos da mesma 
espécie que têm plena capacidade de vida 
isolada mas preferem viver na coletividade. 
Os indivíduos de uma sociedade têm 
independência física uns dos outros. Pode 
ocorrer um certo grau de diferenciação de 
formas entre eles e de divisão de trabalho 
com alguns insetos denominados sociais 
(que formam sociedade). A comunicação é 
feita através dos ferormônios - substâncias 
químicas que servem para essa função. Os 
ferormônios são usados na demarcação de 
territórios, atração sexual, transmissão de 
alarme, localização de alimentoe 
organização social. 
Ex.: as formigas, as abelhas e os cupins. 
Relações Intra-específicas Desarmônicas 
a) Canibalismo 
Canibal é o indivíduo que mata e come outro 
da mesma espécie. 
Ex.: ocorre com escorpiões, aranhas, peixes, 
planárias, roedores, etc. Na espécie humana, 
quando existe, recebe o nome de 
antropofagia (do grego anthropos, homem; 
phagein, comer). 
 
Relações Interespecíficas Harmônicas 
 
a) Comensalismo 
É uma associação em que uma das espécies 
— a comensal — é beneficiada, sem causar 
benefício ou prejuízo ao outro (não-
comensal). 
Ex.: A rêmora é um peixe dotado de ventosa 
com a qual se prende ao ventre dos tubarões, 
aproveita os restos alimentares que caem na 
boca do seu grande "anfitrião". A Entamoeba 
colié um protozoário comensal que vive no 
intestino humano, onde se nutre dos restos 
da digestão. 
 
 
b) Inquilinismo 
É a associação em que apenas uma espécie 
(inquilino) se beneficia, procurando abrigo ou 
suporte no corpo de outra espécie 
(hospedeiro), sem prejudicá-lo. Trata-se de 
uma associação semelhante ao 
comensalismo, não envolvendo alimento. 
Ex.: Peixe-agulha e holotúria, o peixe-agulha 
apresenta um corpo fino e alongado e se 
protege contra a ação de predadores 
abrigando-se no interior das holotúrias 
(pepinos-do-mar), sem prejudicá-los. 
As epífitas (epi, em cima) são plantas que 
crescem sobre outras plantas sem parasitá-
las, usando-as apenas como suporte. Ex.: as 
orquídeas e as bromélias. 
 
 
c) Mutualismo 
Associação na qual duas espécies envolvidas 
são beneficiadas, porém, cada espécie só 
consegue viver na presença da outra, 
associação permanente e obrigatória entre 
dois seres vivos de espécies diferentes. 
Ex.: 
1.Líquens - constituem associações entre 
algas unicelulares e certos fungos. As algas 
sintetizam matéria orgânica e fornecem aos 
fungos parte do alimento produzido. Esses, 
por sua vez, retiram água e sais minerais do 
substrato, fornecendo-os às algas. Além 
disso, os fungos envolvem com suas hifas o 
grupo de algas, protegendo-as contra 
desidratação. 
2.Cupins e protozoários - ao comerem 
madeira, os cupins obtêm grandes 
quantidades de celulose, mas não 
conseguem produzir a celulase, enzima 
capaz de digerir a celulose. Em seu intestino 
existem protozoários flagelados capazes de 
realizar essa digestão. Assim, os protozoários 
se valem em parte do alimento do inseto e 
este, por sua vez, se beneficia da ação dos 
protozoários. Nenhum deles, todavia, poderia 
viver isoladamente. 
3.Ruminantes e microorganismos - no 
estômago dos ruminantes também se 
encontram bactérias que promovem a 
digestão da celulose ingerida com a 
folhagem. 
4.Bactérias e raízes de leguminosas - no ciclo 
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do nitrogênio, bactérias do gênero Rhizobium 
produzem compostos nitrogenados que são 
assimilados pelas leguminosas, por sua vez, 
fornecem a essas bactérias a matéria 
orgânica necessária ao desempenho de suas 
funções vitais. 
5.Micorrizas - são associações entre fungos e 
raízes de certas plantas, como orquídeas, 
morangueiros, tomateiros, pinheiros, etc. O 
fungo, que é um decompositor, fornece ao 
vegetal nitrogênio e outros nutrientes 
minerais; em troca, recebe matéria orgânica 
fotossintetizada. 
 
 
 
d) Protocooperação 
Trata-se de uma associação bilateral, entre 
espécies diferentes, na qual ambas se 
beneficiam; contudo, tal associação não é 
obrigatória, podendo cada espécie viver 
isoladamente. 
Ex.: 
1.Alguns animais que promovem a dispersão 
de algumas plantas comendo-lhes os frutos e 
evacuando as suas sementes em local 
distante; a ação de insetos que procuram o 
néctar das flores e contribuem 
involuntariamente para a polinização das 
plantas. 
2.Caramujo paguro e actínias - também 
conhecido como bernardo-eremita, trata-se 
de um crustáceo marinho que apresenta o 
abdômen longo e mole, desprotegido de 
exoesqueleto. A fim de proteger o abdomên, 
o bernardo vive no interior de conchas vazias 
de caramujos. Sobre a concha aparecem 
actínias ou anêmonas-do-mar (celenterados), 
animais portadores de tentáculos urticantes. 
Ao paguro, a actínia não causa qualquer 
dano, pois se beneficia, sendo levada por ele 
aos locais onde há alimento. Ele, por sua vez, 
também se beneficia com a eficiente 
"proteção" que ela lhe dá. 
3.Pássaro-palito e crocodilo - o pássaro-palito 
penetra na boca dos crocodilos, alimentando-
se de restos alimentares e de vermes 
existentes na boca do réptil. A vantagem é 
mútua, porque, em troca do alimento, o 
pássaro livra os crocodilos dos parasitas. 
Obs.: A associação ecológica verificada entre 
o pássaro-palito e o crocodilo africano é um 
exemplo de mutualismo, quando se considera 
que o pássaro retira parasitas da boca do 
réptil. Mas pode ser também descrita como 
exemplo de comensalismo; nesse caso o 
pássaro atua retirando apenas restos 
alimentares que ficam situados entre os 
dentes do crocodilo. 
4.Anu e gado - o anu é uma ave que se 
alimenta de carrapatos existentes na pele do 
gado, capturando-os diretamente. Em troca, o 
gado livra-se dos indesejáveis parasitas. 
 
e) Esclavagismo ou sinfilia 
É uma associação em que uma das espécies 
se beneficia com as atividades de outra 
espécie. 
Ex.: os pulgões do gênero Aphis, habitam 
formigueiros e são beneficiados pela 
facilidade de encontrar alimentos e até 
mesmo pelos bons tratos a eles dispensados 
pelas formigas (transporte, proteção, etc). 
Essa associação é considerada harmônica e 
um caso especial de protocooperação por 
muitos autores, pois a união não é obrigatória 
à sobrevivência. 
 
Relações Interespecíficas Desarmônicas 
 
a) Amensalismo ou Antibiose 
Relação na qual uma espécie bloqueia o 
crescimento ou a reprodução de outra 
espécie, denominada amensal, através da 
liberação de substâncias tóxicas. É a relação 
em que um dos seres é prejudicado sem que 
disso resulte benefícios para o outro. 
Ex.: Os fungos Penicillium notatum eliminam 
a penicilina, antibiótico que impede que as 
bactérias se reproduzam. As substâncias 
secretadas por dinoflagelados Gonyaulax, 
responsáveis pelo fenômeno "maré 
vermelha", podem determinar a morte da 
fauna marinha. A secreção e eliminação de 
substâncias tóxicas pelas raízes de certas 
plantas impede o crescimento de outras 
espécies no local. 
 
b) Parasitismo 
O parasitismo é caracterizado pela espécie 
que se instala no corpo de outra, dela 
retirando matéria para a sua nutrição e 
causando-lhe, em conseqüência, danos cuja 
gravidade pode ser muito variável, desde 
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pequenos distúrbios até a própria morte do 
indivíduo parasitado. É uma associação 
obrigatória para o parasita. De um modo 
geral, a morte do hospedeiro não é 
conveniente ao parasita, mas muitas vezes 
ela ocorre. 
Ex.: algumas plantas, como as ervas-de-
passarinho, cipó-chumbo. 
 
c) Predatismo 
O predatismo é o ato de um animal capturar 
outro para alimentar-se. O predador e a presa 
pertencem a espécies diferentes. Os 
predadores são geralmente maiores e menos 
numerosos que suas presas, sendo 
exemplificados pelos animais carnívoros. 
As duas populações - de predadores e 
presas - geralmente não se extinguem e nem 
entram em superpopulação, permanecendo 
em equilíbrio no ecossistema. Para a espécie 
humana, o predatismo, como fator limitante 
do crescimento populacional, tem efeito 
praticamente nulo. 
 
Algumas espécies desenvolveram 
adaptações para se defenderemao 
predatismo: 
• Mimetismo; é uma forma de adaptação que 
muitas espécies se tornam semelhantes a 
outras, disso obtendo algumas vantagens. 
Ex.: a cobra falsa-coral é confundida com a 
coral-verdadeira, muito temida, e, graças a 
isso, não é importunada pela maioria das 
outras espécies. 
• Camuflagem ; é uma forma de adaptação 
morfológica pela qual uma espécie procura 
confundir suas vítimas ou seus agressores 
revelando cor(es) e/ou forma(s) 
semelhante(s) a coisas do ambiente. Ex.: o 
louva-a-deus, que é um poderoso predador, 
se assemelha a folhas; o bicho-pau 
assemelha-se a galhos, confundindo seus 
predadores. 
• Aposematismo: trata-se de espécies que 
exibem cores de advertência, cores vivas e 
marcantes para afastar seus possíveis 
predadores, que já a reconhecem pelo 
gosto desagradável ou pelos venenos que 
possui. Ex.: muitas rãs apresentam cores 
vivas que indicam veneno ou gosto ruim. 
 
ATIVIDADES 
 
 
01. (Pucrs) A associação entre plantas leguminosas 
e bactérias do gênero ‘Rhizobium’ é um exemplo de 
mutualismo envolvendo membros de reinos 
distintos. Por tratar-se de um mutualismo, ambos os 
organismos são beneficiados. O papel das 
bactérias do gênero 'Rhizobium', nessa associação, 
contribui significativamente para o ciclo global 
a) do carbono. 
b) do nitrogênio. 
c) da água. 
d) do fósforo. 
e) do enxofre. 
 
 
02. (Uel) Considere os seguintes eventos 
ecológicos: 
I. competição de espécies introduzidas com os 
consumidores primários nativos 
II. competição de espécies introduzidas com os 
consumidores secundários nativos 
III. extinção de consumidores primários nativos 
IV. extinção de consumidores secundários nativos 
Qual das alternativas indica os eventos que 
poderão ocorrer, na seqüência correta, se uma 
criação de ovelhas for introduzida num campo 
nativo? 
a) I → II → III 
b) I → II → IV 
c) I → III → IV 
d) II → III → IV 
e) III → II → IV 
 
 
03. (Fatec) Abelhas apresentam três castas sociais: 
as operárias, fêmeas estéreis que realizam o 
trabalho da colméia, a rainha e o zangão, 
encarregados da reprodução. Essa divisão de 
trabalho caracteriza 
a) sociedade isomorfa com relações 
intraespecíficas harmônicas. 
b) sociedade heteromorfa com relações intra-
específicas harmônicas. 
c) colônia heteromorfa com relações 
interespecíficas harmônicas. 
d) colônia isomorfa com relações interespecíficas 
harmônicas. 
e) colônia heteromorfa com relações 
intraespecíficas harmônicas. 
 
 
04. (FGV) Em uma comunidade, ocorrem vários 
tipos de interações entre populações microbianas, 
plantas e animais. Algumas interações são neutras 
ou indiferentes; outras são benéficas ou 
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positivas; outras, ainda, são prejudiciais. Essas 
interações positivas e negativas atuam sobre o 
balanço ecológico dentro da comunidade. 
Assinale as afirmações corretas: 
I. A relação de mutualismo entre duas espécies 
indica que ambas se beneficiam pela associação. 
II. No predatismo, ocorre prejuízo para a presa, no 
entanto é importante para o processo de seleção 
natural. 
III. No comensalismo, uma população é 
beneficiada, e a outra não aufere benefícios nem 
sofre desvantagens. 
IV. No relacionamento de parasitismo, a população 
parasitária se beneficia, e a população hospedeira 
nunca é prejudicada. 
A alternativa que contém as afirmações corretas é: 
a) I e IV. 
b) I, II, III. 
c) II e IV. 
d) IV e III. 
 e) IV. 
 
 
05. (G2) A associação de bactérias que vivem na 
pança de mamíferos ruminantes, com esses 
animais, é classificada como: 
a) comensalismo. 
b) amensalismo. 
c) inquilinismo. 
d) parasitismo. 
e) mutualismo.

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