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UNIFASS BACHARELADO EM DIREITO 1º SEMESTRE (2014 – 2) DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO ESTADO E CIÊNCIA POLÍTICA PROFESSOR: CLOVES DOS SANTOS Equipe: Vanderléia Simas Gomes Gabriela Aparecida Macêdo Saara Lúcia Souza Santos Elizabete Pereira de Carvalho Antônio Carlos da Silva Costa Emílio Bruno Borges Manoel Teodoro de Barros Neto Josapha Pereira Jardiel Vicente Adjair Alves Everton Dias POVO NAÇÃO TERRITÓRIO Povo e Território São elementos que caracterizam o Estado ao lado da: Soberania. Assim: O Estado é uma entidade jurídico- social constituída pelo povo, soberania e território. A palavra Estado, do latim status, surgiu na Renascença com o significado de estrutura política vigente na sociedade e foi utilizada pela primeira vez por Maquiavel no seu livro O Príncipe. Soberania é o exercício do poder do Estado, interna e externamente. O Estado com ampla liberdade, controla seus recursos, decide os rumos políticos, econômicos e sociais internamente e não depende de nenhum outro Estado ou órgão internacional. É a autodeterminação do Estado. A soberania é una, uma vez que não se admite dentro de um mesmo Estado a convivência de duas soberanias. É indivisível, pois os fatos ocorridos no Estado são universais e não partes separadas da mesma soberania. É inalienável, pois, se não houver soberania, desaparecerá o povo, a nação ou o estado. É imprescritível, posto não existir prazo de validade. A soberania é permanente e só desaparece quando forçado por algo superior. Povo é o conjunto de pessoas que fazem parte de um Estado. É o seu elemento humano. O povo está unido ao Estado pelo vínculo jurídico da nacionalidade. (Alexandre de Moraes) Povo o elemento humano do Estado Pode ser entendido, também, como o conjunto de cidadãos subordinados ao mesmo ordenamento jurídico, atingindo-os até mesmo quando eles estiverem no exterior. (Walber de Moura Agra) Não existe Estado sem o seu Povo, o elemento humano, biológico que o compõe. O Povo, que constitui o Estado, é formado pelos nacionais, natos ou naturalizados. O Povo possui características comuns, como a religião, a língua, a cultura, os laços históricos, a etnia, etc. POVO não se confunde com População, pois, enquanto o primeiro são os nacionais que compõe o Estado, residentes ou não no território do seu Estado, o segundo se refere numericamente a todos os habitantes de um país, sejam cidadãos ou estrangeiros. POPULAÇÃO é o conjunto de habitantes de um território, de um país, de uma região, de uma cidade. Esse conceito é mais extenso que o anterior – povo – pois engloba os nacionais e estrangeiros, desde que habitantes de um mesmo território. CIDADÃO, é o nacional, nato ou nacionalizado, no gozo dos direitos POLÍTICOS e participantes da vida do estado. NAÇÃO – agrupamento humano, em geral numeroso, cujos membros, fixados num território, são ligados por laços históricos, culturais, econômicos e linguísticos. A expressão NAÇÃO foi adotada na Revolução Francesa para designar o povo. Seu conceito é cultural, histórico e afetivo e que assume dimensão política. Território refere-se a superfície terrestre de um Estado. O espaço físico sobre o qual incide o ordenamento jurídico e o Estado exerce seu poder soberano, o poder político efetivo. O território é elemento fundamental para a existência do Estado, daí, poder se dizer que não haverá Estado sem território. TERRITÓRIO O território delimita os limites de incidência da soberania de um Estado e guarda o desenvolvimento histórico das culturas e tradições do povo. O território de um Estado abrange a superfície, o espaço aéreo, o mar e o subsolo. MAR TERRITORIAL – Lei nº 8.617, de 04 de janeiro de 1993. O Brasil tem soberania marítima e aérea em uma "pequena" faixa que corre junto ao litoral com largura de 22 km (12 milhas náuticas). Neste território e nos 22 km vizinhos (zona contígua), o país pode fiscalizar embarcações e impor sua legislação O Brasil no mar se divide em três faixas: MAR TERRITORIAL, ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA - ZEE ÁREA DE SALVAMENTO. ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA O Brasil é dono de todas as riquezas das águas e do subsolo até uma distância de 370 km (200 milhas náuticas) a partir não só do continente mas também das suas ilhas. Empresas e instituições de outros países precisam de concessão do governo brasileiro para explorar esta área. Os limites atuais da ZEE - Zona econômica exclusiva foram definidos na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e só entraram em vigor em 1994. PLATAFORMA CONTINENTAL Geologicamente, a plataforma continental é uma faixa de terra submersa que começa na praia e desce até chegar à profundidade de 200 m. A partir daí, começa o talude continental, um paredão que delimita o início das águas mais profundas no oceano Território refere-se a superfície terrestre de um Estado, seja ele soberano ou não. É definido como o espaço físico sobre o qual o Estado exerce seu poder soberano. TERRITÓRIO NACIONAL No aspecto material – compreende o espaço delimitado pelas fronteiras geográficas; No aspecto jurídico – abrange todo o espaço em que o Estado exerce a sua soberania. O território brasileiro é marcadamente notado pela sua grande extensão. São 8.547.403 km² COMPONENTES DO TERRITÓRIO •Solo – ocupado pela corporação política. •Rios, lagos, mares interiores, golfos, baías e portos. •Mar territorial (12 milhas marítimas) – onde o Brasil exerce plena soberania. Navios mercantes e militares estrangeiros podem passar livremente (direito de passagem inocente), embora sujeitos ao poder de polícia do Estado costeiro. •Zona contígua (12 as 24 milhas marítimas) – zona de fiscalização a fim de evitar ou reprimir infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários, no território ou mar territorial. •Zona econômica exclusiva (12 as 200 milhas) – contada a partir do mar territorial, onde o Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos vivos ou não vivos, águas sobrejacentes ao leito do mar, deste e seu subsolo, além de outras atividades visando ao aproveitamento da zona para finalidade econômica. •Espaço aéreo (dimensão estatal de altitude) – É a camada atmosférica referente ao espaço aéreo acima do território nacional e mar territorial (art. 11 – Lei 7.565/1986), onde o Brasil exerce completa e exclusiva soberania ditada por imperativos de segurança nacional. •Navios e aeronaves – os navios e aeronaves públicos são considerados extensão do território nacional. Quando privados, também, desde que estejam em mar territorial ou em espaço aéreo correspondente. “As sedes diplomáticas (embaixadas, sedes de organismos internacionais etc.) já não são consideradas extensão de território estrangeiro, embora sejam invioláveis como garantia aos representantes estrangeiros. Na Convenção de Viena, determina-se que “os locais das missões diplomáticas são invioláveis, não podendo ser objeto de busca, requisição, embargo ou medida de execução”. (MIRABETE, Júlio Fabbrini.) Essa ideia encontrarespaldo em vários dispositivos da lei federal 8.617/1993, principalmente em seu art. 2º: “A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo”. Em nenhum momento se falou que a soberania brasileira se estende às embaixadas. Estados Unidos Japão REFERÊNCIAS MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. Vol. 1. São Paulo: Atlas, 2002, pg. 82. AGRA, Walber de Moura. Curso de Direito Constitucional. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012, p. 3. MORAES. Alexandre de. Direito Constitucional. 23ª ed.; São Paulo: Atlas, 2008. IMAGENS: https://www.google.com.br/search? Agradecemos a todos pela atenção dispensada.
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