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Direito internacional

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Ato de independência – descentralização
RECONHECIMENTO DE ESTADO E RECONHECIMENTO DE GOVERNO
RECONHECIMENTO DE ESTADO
1) Aspectos Gerais
a) Conceito – Ato Político, de caráter facultativo, por meio do qual um Estado reconhece a personalidade de outro, com todos os direitos e deveres determinados pelo Direito Internacional
b) Fundamento – 
Convenção sobre Direitos e Deveres do Estado (Convenção de Montevideo), de 1933, Artigo 6 - O reconhecimento de um Estado apenas significa que aquele que o reconhece aceita a personalidade do outro com todos os direitos e deveres determinados pelo Direito Internacional. O reconhecimento é incondicional e irrevogável.
[...]
Carta da OEA, Artigo 14 – O reconhecimento significa que o Estado que o outorga aceita a personalidade do novo Estado com todos os direitos e deveres que, para um e outro, determina o direito internacional.
c) Natureza Jurídica –
 Carta da OEA, Artigo 13 – A existência política do Estado é independente do seu reconhecimento pelos outros Estados. Mesmo antes de ser reconhecido, o Estado tem o direito de defender a sua integridade e independência, de promover a sua conservação e prosperidade, e, por conseguinte, de se organizar como melhor entender, de legislar sobre os seus interesses, de administrar os seus serviços e de determinar a jurisdição e a competência dos seus tribunais. O exercício desses direitos não tem outros limites senão o do exercício dos direitos de outros Estados, conforme o direito internacional.
2) Características
a) Unilateral – basta vontade do Estado de reconhecer
b) Voluntário - Não há obrigatoriedade de se reconhecer
c) Discricionário – Um estado vai reconhecer o outro se julgar conveniente e oportuno (se quiser e quando quiser)
d) Irrevogável – uma vez reconhecido não vai voltar atrás
e) ( em regra) incondicionado 
RECONHECIMENTO DE GOVERNO 
a. Governo de Direito ( de jure) – constituído em obediência a uma ordem de interna vigente.
Democrática, automática.
b. Governo de Fato (de facto) – é aquele que ascende ao poder por força de revolução ou por meio de golpe.
a. Características – a transição não ocorre de forma democrática
b. Teorias/ doutrinas
a. Jefferson – 1992 – influenciado pela revolução francesa, denominação em homenagem ao presidente do EUA, o novo governo deveria ter apoio popular (soberania popular e o direito a revolução) (intervencionista- condicionava o reconhecimento ao voto popular) (ofendia a soberania estatal)
b. Tobar – 1907, homenagem ao ex-ministro das relações exteriores do Equador. Apenas os governos com legitimidade constitucional deveriam ser reconhecidos. (fundamento: principio da legitimidade democrática) (objetivo: estimular o processo de transição democrática dos países/ evitar as ditaduras) (intervencionista/ estabelecia uma condição para o reconhecimento)
c. Estrada – México 1930, homenagem ao ex-ministro das relações exteriores do México. (reconhecimento de governo estava sujeito a nenhuma condição) (objetivo: colocar fim as doutrinas anteriores) (principio da não intervenção) (passou a legitimar os governos autoritários) (hoje em dia)
DIREITOS E DEVERES
personalidade jurídica internacional desses entes.
FUNDAMENTO
a. Tratados
a. Convenção Panamericana sobre Direitos e Deveres do Estado (CDDE), assinada em Montevideo, em 26 de dezembro de 1933 (promulgada, no Brasil, pelo Decreto nº 1.570, de 13 de abril de 1937).
b. Carta da Organização dos Estados Americanos
c. Carta das Nações Unidas.
b. Costume Internacional
DIREITOS
a. Direito de convenção – direito de celebrar tratado
b. Direito de Legação – direito de enviar e receber agentes diplomáticos
· Pode ser ativo (envia)
· Passivo (recebe)
c. Direito à Igualdade – não há tecnicamente nenhuma diferença entre os Estados
d. Direito à Legitima defesa – o uso da força é vedado
DEVERES 
a. Respeitar os direitos Humanos
b. Não se valer o uso da força para solucionar eventuais controvérsias internacionais (devem ser solucionadas por meios passiveis)
c. Respeitar os tratados que celebrou (pacta sunt servanda)
d. Dever de não intervenção (estado se abster nos assuntos internos de outro país)
EXTINÇÃO
Se tirar algum elemento o estado deixa de existir 
a. Desparecimento do Território (elemento objetivo)
b. Inexistência ou desaparecimento da Comunidade de Pessoas (elemento subjetivo)
c. Desaparecimento do governo soberano (elemento político)
DOMÍNIOS
Domínio Terrestre – Espaço geográfico físico do estado delimitado por limites, dentro do qual estão compreendidos o solo, o subsolo e, eventualmente, ilhas, colônias ou territórios a ele pertencentes
LIMITES E FRONTEIRAS
1. Limites – São linhas divisórias que estabelecem com precisão a extensão territorial do Estado. 
Naturais (rios)
Artificiais (muros, totens...) marco físico
1. Fronteira – corresponde a região estabelecida em cada lado da linha divisória
CF, Art. 20, § 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
(FCC/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2009) - O espaço pertencente a União e designado como “faixa de fronteira”, considerado fundamental para a defesa do território nacional, constitui a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres.
DOMÍNIO AEREO 
a. Conceito – Representa a camada de ar atmosférica, sobrejacente ao território do Estado, sobre a qual o Estado exerce sua soberania.
b. Característica – Estado exerce a sua Soberania de Forma Plena
c. Instrumentos operacionais –
1. Convenção sobre Aviação Civil Internacional (Convenção de Chicago), de 07 de dezembro de 1944 (promulgada pelo decreto 21.713, de 27/08/1946).
1. Convenção sobre infrações e outros atos cometidos a bordo de aeronaves (Convenção de Tóquio), de 1963 (promulgada pelo decreto-lei nº 479, de 27 de fevereiro de 1969).
1. Convenção para a repressão ao apoderamento ilícito de aeronaves (Convenção da Haia), de 1970 (promulgada pelo decreto nº 70.201, de 24 de fevereiro de 1972).
d. Critica - Não há nenhum instrumento esclarecendo claramente qual é o espaço aéreo.
DOMÍNIO FLUVIAL E LACUSTRE
DOMÍNIO FLUVIAL – Abrange o estudo dos rios e dos demais cursos d’água, nacionais e internacionais, que banham o território de um Estado. 
DOMÍNIO LACUSTRE – águas interiores lagos ou mares internos
DOMINIO MARÍTIMO
a. REGULAMENTAÇÃO
a) NORMAS INTERNACIONAIS
a. CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIREITO DO MAR (CNUDM) -estabelece o alcance máximo de exploração do recurso existente nessa região
b. Costume Internacional
b) LEGISLAÇÃO INTERNA /NACIONAL – Constituição e normas constitucionais
a. Constituição Federal – 
Art. 20. São bens da União :
|...|
V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI – o mar territorial.
b. Lei 8.617, de 4 de janeiro de 1993
Classificação – Dentro do domínio marítimo estão compreendidos:
A. Águas Internas ou Interiores (AI) – trecho do mar atrás da linha de base (bahia, ancoradouros)
a. Fundamento –
CNUDM, de 1982, Art. 8 (Águas interiores) 1. Excetuando o disposto na Parte IV, as águas situadas no interior da linha de base do mar territorial fazem parte das águas interiores do Estado. 
b. Linha de base ou linha de baixa-mar 
CNUDM/82, Art. 5 (Linha de base normal) – Salvo disposição em contrário da presente Convenção, a linha de base normal para medir a largura do mar territorial é a linha de baixa-mar ao longo da costa, tal como indicada nas cartas marítimas de grande escala, reconhecidas oficialmente pelo Estado costeiro.
B. Mar Territorial (MT) – faixa de mar de até 12 milhas marítimas a partir da linha de base ( Corresponde a 22km, zona de segurança) 
CNUDM/82 – Art. 3 - Todo Estado tem o direito de fixar a largura do seu mar territorial até um limite que não ultrapasse 12 milhas marítimas, medidas a partir de linhas de base determinadas de conformidade com a presente Convenção.
Lei nº 8.617/93 – Art. 1º - O mar territorialbrasileiro compreende uma faixa de 12 (doze) milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil.
a. Objetivo – Soberania Plena (define a extensão do poder em relação ao mar adjacente.
b. Característica – 
(CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2018) – A soberania de Estado costeiro sobre o seu mar territorial abrange não apenas as águas, mas também o leito do mar, seu subsolo e o espaço aéreo correspondente, devendo tal Estado, contudo, admitir o direito de passagem inocente de navios mercantes ou de guerra de qualquer outro Estado. 
c. Direito de Passagem Inocente - Trata-se de um antigo direito costumeiro que assegura o direito de embarcação de qualquer nacionalidade utilizar o mar territorial de um Estado de forma rápida, contínua e pacífica.
(CESPE/OAB-RJ/2007) – É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem inocente no mar territorial brasileiro.
d. Efeitos jurídicos – 
a. Penais – 
(TRF3/JUIZ FEDERAL/2006) – Delito ocorrido a bordo de navio de bandeira estrangeira, no mar territorial do Brasil, envolvendo dois estrangeiros de nacionalidade diversa, a competência para o processo criminal é do juiz brasileiro.
Art. 5º (territorialidade) 
[...]
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
Lei 8.617/93, Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil.
(OAB-RJ/2007) – Em recente episódio na região do Golfo Pérsico, soldados britânicos foram presos por tropas iranianas sob o argumento de que, nas atividades de patrulhamento que realizavam, invadiram o mar territorial do Irã. Segundo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (1982), o mar territorial tem a largura até o limite de doze milhas marítimas.
b. Competência – 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
[...]
IX - Os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar.
c. Não penais – 
(CESPE/OAB/2007) – Considere que, durante uma viagem de navio, um casal de argentinos, que deixara seu país rumo a um passeio pelo Caribe tenha uma criança no momento em que o navio transite no mar territorial brasileiro. Nessa situação, a criança terá nacionalidade brasileira.
	Todos os crime são de competência da brasileira ? não 
Exceção:
Embarcações publicas ou estrangeira e crime ocorridos no direito de passagem inocente
Penais – envolvendo a nacionalidade
C. ZONA CONTÍGUA (ZC) – área adjacente que pode se estender até 24 milhas marítimas, contadas a partir da linha de base;
a. Finalidade – Exercer o direito de fiscalização, áreas criadas para explorar outras atividades.
b. Características – Crime ocorrido nessa região incide lei penal brasileira? Incide a lei da bandeira ou do pavilhão 
D. ZONA ECONOMICA EXCLUSIVA (ZEE) – área adjacente ao mar territorial e pode se estender até 200 milhas marítimas (na prática até 188 MM )
CNUDM – Art. 55 - A zona econômica exclusiva é uma zona situada além do mar territorial e a este adjacente, sujeita ao regime jurídico específico estabelecido na presente Parte, segundo o qual os direitos e a jurisdição do Estado costeiro e os direitos e liberdades dos demais Estados são regidos pelas disposições pertinentes da presente Convenção.
a. Finalidade - Na zona econômica exclusiva (ZEE) o Brasil tem o direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação do meio marítimo, bem como a construção, a operação e o uso de todos os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas. 
b. Característica – Exploração Econômica
E. PLATAFORMA CONTINENTAL – Trata-se de um prolongamento natural do continente, que se apresenta na forma de planície submersa, e cuja profundidade (em geral) não excede 200 metros. Podendo se estender a 350mm
a. Finalidade – leito do mar, objetivo: recursos naturais vivos (lagosta) ou não vivos (petróleo, ouro, gás natural) existentes nesse trecho
F. AMAZÔNIA AZUL 
Conjunto de recursos existentes nessa região
G. ALTO-MAR OU MAR ABERTO
CNUDM/82, (PARTE VII - ALTO MAR), Art. 86 – As disposições da presente Parte aplicam-se a todas as partes do mar não incluídas na zona econômica exclusiva, no mar territorial ou nas águas interiores de um Estado, nem nas águas arquipélagicas de um Estado arquipélago.
a. Características – 
CNUDM, Artigo 87 (Liberdade do alto mar)
1. O alto mar está aberto a todos os Estados, quer costeiros quer sem litoral. A liberdade do alto mar é exercida nas condições estabelecidas na presente Convenção e nas demais normas de direito internacional. Compreende, inter alia, para os Estados quer costeiros quer sem litoral: 
a) liberdade de navegação; 
b) liberdade de sobrevoo; 
c) liberdade de colocar cabos e dutos submarinos; 
d) liberdade de construir ilhas artificiais e outras instalações permitidas pelo direito internacional; 
e) Liberdade de pesca; 
f) liberdade de investigação científica. 
2. Tais liberdades devem ser exercidas por todos os Estados, tendo em devida conta os interesses de outros Estados no seu exercício da liberdade do alto mar, bem como os direitos relativos às atividades na Área previstos na presente Convenção.
H. ESTADO SEM LITORAL
Artigo 125 - Direito de acesso ao mar e a partir do mar e liberdade de trânsito
1. Os Estados sem litoral têm o direito de acesso ao mar e a partir do mar para exercerem os direitos conferidos na presente Convenção, incluindo os relativos à liberdade do alto mar e ao patrimônio comum da humanidade. Para tal fim, os Estados sem litoral gozam de liberdade de trânsito através do território dos Estados de trânsito por todos os meios de transporte.
2. Os termos e condições para o exercício da liberdade de trânsito devem ser acordados entre os Estado sem litoral e os Estado de trânsito interessados por meio de acordos bilaterais, sub-regionais ou regionais.
3. Os Estados de trânsito, no exercício da sua plena soberania sobre o seu território, têm o direito de tomar todas as medidas necessárias para assegurar que os direitos e facilidades conferidos na presente Parte aos Estados sem litoral não prejudiquem de forma alguma os seus legítimos interesses.
(CESPE-AGU/2009) – Segundo a Convenção de Montego Bay, Estados sem litoral podem usufruir do direito de acesso ao mar pelo território dos Estados vizinhos que tenham litoral.

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