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Aula 2 - A Ciência Política

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A CIÊNCIA POLÍTICA
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OBJETIVOS
Geral
Discorrer sobre a cientificidade da Ciência Política.
Específicos
Definir ciência.
Endender a CP no contexto das demais ciências.
Analisar a CP em seus vários prismas.
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SUMÁRIO
Introdução.
Conceito e divisão da ciência.
A Ciência Política.
Os prismas analíticos da CP.
Considerações finais.
Bibliografia.
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Conceito de ciência
Duas correntes: escolástica X filosofia kantista.
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Aristóteles: “tinha por objeto os princípios e as causas”.
Wolff: “o hábito de demonstrar acertos, isto é, de inferi-los, por consequência legítima, de princípios certos e imutáveis”. 
Kant: “tudo o que possa ser objeto de certeza apodítica” ( ... ) “toda série de conhecimentos sistematizados ou coordenados mediante princípios”.
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“Tomada de determinada ordem de fenômenos, em cuja pluralidade se busca um princípio de unidade, investigando-se o processo evolutivo, as causas, as circunstâncias, as regularidades observadas no campo fenomenológico”. (Bonavides, id. p. 26)‏
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“A ciência é a generalização da experiência, e a filosofia, a generalização da ciência”. 
(Littré, apud Bonavides, id. ibid.)‏
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Segundo a valoração positivista, a ciência está acima da filosofia, uma vez que esta se confunde com a metafísica.
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Naturalistas “versus” idealistas
O papel de Dilthey.
	
A revisão crítica da teoria da ciência (o século historicista – relativismo).
O idealismo?
As ciências da natureza e as ciências da sociedade.
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Windelband:
Ciências das leis e ciências da experiência.
Ciências nomotéticas (naturais) e ciências idiográficas (históricas).
O ponto em comum: partem da mesma premissa (mesmo ponto lógico de partida: as experiências, os fatos da percepção).
O ponto de distanciamento: na consideração gnosiológica (referente ao conhecimento) e axiológica dos fatos (referente aos valores).
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Rickert:
Ciências da natureza e ciências da cultura.
Retoma de Windelband a distinção entre ciências nomotéticas e ciências idiográficas, visto que concordava com o fato de que as diferenças entre as ciências deveriam ser buscadas não no conteúdo, mas, no método, isto com o objetivo de auxiliar na construção lógica do conhecimento a partir de uma teoria da formação de conceitos.
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Conclusão de Bonavides:
Pode-se, a partir dos trabalhos destes autores, falar com mais segurança em dois mundos distintos: o da natureza e o da sociedade. 
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No primeiro: 
Leis naturais, fixas, permanentes, eternas, imutáveis com toda a inviolabilidade do determinismo físico-mecânico; mundo da homogeneidade; conservação, certeza, uniformidade, repetição; basta um fenômeno para levar à lei geral, um exemplar da série para conhecer-se toda a espécie.
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No segundo: 
Imperam as mudanças, as diferenciações, o desenvolvimento; o mundo da heterogeneidade; rege a infinita diversidade, a probabilidade, o desenvolvimento a teleologia (estudo dos fins humanos); tudo se passa de modo distinto e cada fenômeno é, em si mesmo, uma espécie, algo irreversível que, nunca irá se repetir.
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A Ciência Política e as dificuldades terminológicas
“A ciência política é indiscutivelmente aquela onde as incertezas mais afligem o estudioso, por decorrência de razões que a crítica de abalizados publicistas tem apontado à reflexão dos investigadores, levando alguns a duvidar se se trata aqui realmente de ciência”.
 (Bonavides, id. p. 37)‏
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As variações semânticas (democracia, Estado, etc).
Ciência do Estado, a primeira das ciências (Hegel).
As alterações institucionais.
As condições difíceis e inseguras quanto ao esclarecimento dos fenômenos políticos (sociais).
Variações locais e temporais dos regimes políticos.
A ausência na Ciência Política de leis fixas, uniformes e invariáveis.
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A impossibilidade do cientista de livrar-se do juízo de valor.
“Onde entram atos e sentimentos humanos, só a consideração despretenciosa dos aspectos históricos, jurídicos, sociológicos e filosóficos, ontem e hoje, neste ou naquele Estado, dará à problemática política da sociedade o aproximado teor de certeza que virá um dia galardoar o esforço do cientista social, honesto e incansável, cujo trabalho, antes da frutificação, sempre tomou em conta a medida contingente das verdades que se extraem do comportamento dos grupos e da dinâmica das relações sociais”. (Bonavides, id. p. 39)‏
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Tendências contemporâneas para o tridimensionalismo
Hans Nawiasky:
- A TGE estuda o Estado como idéia, como fato social e como fenômeno jurídico.
A verdade é que não reina acordo entre os tratadistas sobre os limites da disciplina (CP ou TGE?).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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BIBLIOGRAFIA
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10. ed. São Paulo: Malheiros, 1994.

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