aula1-Pesquisa e docência no Ensino Superior

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Apresentação 
Nesta aula, diferenciaremos conhecimento científico de saber oriundo do senso 
comum. Além disso, contextualizaremos o conhecimento ao longo da história, 
identificando suas rupturas, e estudaremos as principais correntes das Ciências 
Humanas e Sociais. 
 
Objetivos 
 
• Distinguir o saber científico do conhecimento oriundo do senso comum; 
• Reconhecer as correntes de pensamento das Ciências Humanas e Sociais. 
 
 
 
 
Disciplina: Pesquisa e docência no Ensino Superior 
Aula 1: Conhecimento, Ensino e Pesquisa 
Senso Comum 
A filosofia de um século é o senso comum do 
próximo”. 
 
(Autor desconhecido) 
Esses são alguns dos provérbios da cultura popular. Você já se perguntou de 
onde eles vieram, quem os criou e qual é seu fundamento? 
Isso representa o que chamamos de senso comum: um conjunto de saberes e 
opiniões que a humanidade acumulou ao longo dos anos. Trata-se de uma 
espécie de herança cultural. 
Embora estejam tão presentes em nosso cotidiano e sejam assumidos por 
muitos como verdades, esses saberes não têm nenhum parecer científico. Em 
outras palavras, eles são informais e representam um conhecimento empírico 1. 
Se analisarmos os conhecimentos oriundos do senso comum, perceberemos 
que eles possuem algumas particularidades. De acordo com Chauì (1997), tais 
saberes são: 
• Subjetivos – variam de pessoa para pessoa ou de grupos para grupos; 
• Qualitativos – atribuem valores particulares a alguns fatos; 
• Generalizadores – tendem a estabelecer relações de causa e efeito 2; 
• Interpretativos – buscam explicar a realidade. 
Senso Comum como caminho para o 
conhecimento científico 
A ciência é apenas senso comum treinado e 
organizado”. 
 
(Thomas Huxley) 
O senso comum tende a partir de um caso isolado, uma pequena amostra da 
realidade, selecionada sem muitos critérios, para fazer generalizações – na 
maioria das vezes, apressadas e imprecisas. 
Um exemplo bastante usado por nós no cotidiano é o de que líquidos congelam 
a baixas temperaturas. Tal imprecisão é característica desse tipo de 
conhecimento, que se baseia em informações sem muito rigor. Afinal, sabemos 
que a temperatura pode variar de acordo com a localidade e com o tipo de 
líquido. 
 
A Vodka, por exemplo, mesmo que em baixas temperaturas, não congela, já reparou? 
 
A partir desse exemplo, entendemos que o senso comum é, também, um 
conhecimento fragmentado, pois não faz conexões com outros tipos de 
situações. Entretanto, se lembrarmos das circunstâncias em que Isaac 
Newton 3 concluiu a Lei da Gravitação Universal, poderemos ratificar a ideia 
de Thomas Huxley 4 de que, a partir do conhecimento do senso comum, somos 
capazes de chegar ao conhecimento científico. 
Vamos, então, discutir a respeito desse saber baseado na ciência... 
 
Conhecimento Científico 
O conhecimento científico é uma conquista recente da humanidade. Esse saber 
surgiu no século XVII com a revolução galileana 5. 
Entretanto, desde o século VI a.C., na Grécia Antiga, os homens construíam 
conhecimento – diferente dos mitos e do senso comum – e eram chamados de 
sábios, pois se preocupavam com a ciência e a filosofia. Foram eles que 
começaram a sistematizar o conhecimento, buscando explicar os fenômenos 
naturais e humanos. 
O vídeo a seguir discute um pouco sobre a importância dos gregos na 
construção do saber científico. 
Fonte: MESNDES, Sérgio. Desvendando o conhecimento científico. Publicação: 13 out. 2012. 
Atenção 
Para os gregos, ciência e filosofia estavam vinculadas e só vieram a se separar 
na Idade Moderna. Contudo, há uma diferença notória entre o conhecimento 
científico e o conhecimento filosófico. 
Enquanto a ciência busca soluções específicas para determinado fenômeno, o 
conhecimento filosófico não tem por objetivo a apresentação de respostas, 
mas induz a reflexões. 
Na verdade, a ciência moderna surgiu quando passou a especificar o objeto de 
investigação e a criar um sistema de controle desse conhecimento: o método 
científico 6. 
Conhecimento científico = Componentes 
quantitativos e qualitativos 
Bastante rigoroso, o método científico permite à ciência atingir o conhecimento 
sistematizado, preciso e objetivo, que possibilita prever acontecimentos e 
interceder sobre a natureza. 
Partindo desse pressuposto, a ciência se particulariza de acordo com seus 
objetos de estudo: a Física, a Química, a Biologia etc. Esse saber possui, então, 
uma linguagem própria e rigorosa, de modo a evitar ambiguidades. 
Sua precisão e racionalidade se enfatizaram com a inserção da Matemática 
nos estudos científicos, que passou a transformar qualidades em quantidades. 
Essa matematização da ciência foi iniciada por Galileu a partir do século XVII, 
com a inclusão de instrumentos de medida nas investigações de cunho 
científico – tais como a balança, o termômetro e o dinamômetro. 
Mas, se é fato que as ciências se tornaram mais rigorosas porque 
foram matematizadas, realçando o componente quantitativo, no outro extremo, 
encontram-se as Ciências Humanas, nas quais o componente qualitativo é 
primordial e não pode ser reduzido a números, além de não resistir a qualquer 
forma de experimentação. 
Vamos entender, a seguir, a diferença entre os conhecimentos científico e do 
senso comum. 
 
Senso comum x conhecimento científico 
 
O que distingue a ciência do saber oriundo do senso comum é a desconfiança 
da veracidade dos fatos. Afinal, a característica fundamental do conhecimento 
científico é a verificabilidade 7. 
Vejamos como se estrutura o conhecimento científico... 
 
 
 
Trabalho Racional 
A ciência é o conhecimento que deriva de um trabalho racional. Por isso, nesse caso, 
não há espaço para subjetividades. Seu propósito é chegar a resultados, o que o senso 
comum, por suas condições, não pode alcançar. 
 
 
 
Experimentações 
Mas a ciência só chega a conclusões depois de experimentações que levam a provar 
que o fato se repete para todos os casos observados. Suas explicações são 
concluídas a partir de investigações sistematizadas, fundamentadas no controle dos 
fatos e em métodos científicos. 
Conclusões 
Apesar disso, a ciência pode ser considerada um conhecimento falível, já que não é 
definitivo, absoluto ou final, mas, como sabemos, está sempre se atualizando. Novas 
proposições e o desenvolvimento de novas técnicas podem reformular ideias já 
existentes. 
 
Já dizia Henri Poincaré 8: “Fazemos ciências com fatos como fazemos uma casa com 
pedras, mas a acumulação de fatos não é ciência, assim como a acumulação de 
pedras não é uma casa”. 
 
Atenção 
De acordo com Chauì (1997), embora existam muitas outras características 
atribuídas a esse tipo de conhecimento, a ciência é: 
• Objetiva – procura as estruturas universais; 
• Quantitativa – busca medidas padrões; 
• Homogênea – investiga as leis gerais do funcionamento dos fenômenos; 
• Diferenciadora – não reúne generalizações. 
Atividade proposta 
1. Antes de darmos continuidade a esta aula, vamos testar seus 
conhecimentos? Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Só há ciência onde a discussão é possível, e só pode haver discussão entre mim e 
outra pessoa na medida em que eu estou em condições de esclarecer, com suficiente 
exatidão, o significado das expressões que uso e em que meu interlocutor possa, 
também, explicar-me o significado das palavras por ele empregadas”. 
Fonte: WOLFANG, S. A filosofia contemporânea. São Paulo: EPU/EDUSP, 1977. p. 283. 
A partir dos conhecimentos apreendidos até aqui e de sua interpretação desse 
trecho a respeito do conceito de ciência, apresente, pelo menos, duas 
características do discurso científico e as diferencie dos atributos do senso 
comum. 
 
Gabarito 
O discurso científico é objetivo e universal. Já o discurso advindo do senso 
comum é subjetivo e relacionado a particularidades. 
 
 
Ciências humanas e sociais 
Vamos tratar, agora, das Ciências Humanas e Sociais: aquelas que utilizam o 
homem como objeto de pesquisa.Essa área do conhecimento surgiu no século XIX, após a ideia de cientificidade, 
e foi obrigada a seguir os critérios já estabelecidos pelas ciências da natureza 
como forma de ganhar respeitabilidade científica. 
Como seu objeto de pesquisa era o homem, não era possível uma transposição 
integral dos métodos . Em outros termos, o rigor exigido pelo método científico 
não era plenamente adequado às complexidades inerentes ao indivíduo. Dessa 
forma, as Ciências Humanas e Sociais acabaram trabalhando por analogia, 
tornando seus resultados passíveis de contestações e pouco científicos. 
Em resumo, os estudos que derivam dessa área: 
✔ 
Procuram conhecer o mundo que o rodeia, bem como a natureza doa fatos e o 
comportamento das pessoas; 
✔ 
Analisam movimentos e conflitos sociais, além da construção de identidades e 
da formação de opiniões; 
✔ 
Investigam as relações entre os indivíduos, as famílias, os grupos e as 
instituições. 
Mas, para isso, as Ciências Humanas e Sociais utilizam um conjunto variado de 
técnicas que facilitam a interpretação dos problemas da sociedade, da política 
e da cultura de um povo. 
Métodos de estudo dos fenômenos humanos 
e sociais 
Diante da complexidade dos fenômenos humanos e sociais, existe grande 
dificuldade em estabelecer métodos para seu estudo. 
Wilhelm Dilthey 9 foi o grande defensor de uma autonomia metodológica para 
as Ciências Humanas e Sociais, o que chamava de ciências do espírito em 
contraposição à denominação ciência da razão. 
Para o filósofo, explica-se a natureza dos fatos, ao mesmo tempo em 
que compreende a vida psíquica. Nesse contexto, temos: 
Compreensão 
Ato que depende de interpretação e está diretamente relacionado à 
intencionalidade das atitudes humanas. 
Explicação 
Ato que está relacionado a um fato e que indica sua casa. 
Ao distinguir explicação de compreensão, a investigação das Ciências 
Humanas e Sociais foi classificada em três tendências ou linhas de 
pensamento, quais sejam: 
• Humanismo; 
• Positivismo; 
• Historicismo. 
 
Vamos conhecer melhor cada uma delas? 
 
Humanismo 
O humanismo surgiu na Europa, no século XV, junto ao Renascimento e a partir 
de uma visão antropocêntrica 10. Essa concepção rompeu com o pensamento 
religioso e teocêntrico da Idade Média, segundo o qual Deus era o centro de 
tudo. 
Tal período foi, então, caracterizado pelas tentativas de libertar o homem das 
regras rígidas do cristianismo. Afinal, a linha de pensamento humanista 
valorizava o ser humano e o desenvolvimento de seus valores morais – entre 
eles, a razão e a liberdade. 
De acordo com Chauì (1997), essa tendência estendeu-se até os séculos XVI e 
XVII, enfatizando o homem como agente moral, político e técnico-artístico. Seu 
fundamento estava na ideia da superioridade do indivíduo, capaz de dominar os 
mistérios da natureza. 
Atenção 
Propagadas por uma elite intelectual e corroboradas pela imprensa – invenção 
de Johannes Gutenberg –, essas descobertas revolucionaram antigos 
conceitos e criaram as bases para um novo método científico. 
 
A partir desse momento, os estudiosos começaram a buscar explicações 
racionais para os fenômenos da realidade, ao invés de atribuí-los a Deus. 
Positivismo 
As bases da linha de pensamento positivista começaram a ser criadas nos 
períodos a seguir, com as respectivas figuras representativas: 
 
Século XIX - Augusto Comte 11 
Seu surgimento data do século XIX, com Augusto Comte, que destaca as ideias 
fundamentais do positivismo por meio da: 
• Célebre lei dos três estados – que demonstra a evolução do pensamento 
humano (teológico > metafísico > positivo); 
• Classificação das ciências – em Matemática, Astronomia, Física, Química, 
Fisiologia e Sociologia. 
 
O pensador enfatiza a ideia do homem como ser social e sugere o estudo científico da 
sociedade através de procedimentos, de técnicas e de métodos utilizados pelas 
ciências da natureza. 
 
Atenção 
De acordo com a Academia de Ciências da URSS ([s.d.] apud TRIVIÑOS, 2009), 
entre as principais características dessa corrente, está a disciplina e a 
“tendência de eliminar o subjetivismo manifesto e de salientar verdades de 
importância geral“. 
Postulações do Positivismo 
O positivismo abandona a investigação de fenômenos mais complexos e busca 
explicações mais práticas e presentes na vida do homem para os fatos – tais 
como as leis, as relações sociais e a ética. Comte resumiu suas postulações 
em sete palavras: 
Real • Relativo • Certo • Preciso • Útil • Orgânico • 
Simpático 
Os defensores do positivismo consideram o conhecimento científico como o 
único saber verdadeiro. Em outras palavras, uma teoria só é considerada 
correta se puder ser comprovada por métodos científicos. 
Isso significa que conhecimentos advindos de crenças, do senso comum – 
aqueles que não podem ser comprovados cientificamente – são apenas 
falácias. 
Para os positivistas, o progresso da humanidade está relacionado aos avanços 
científicos. No Brasil, a marca do positivismo aparece inscrita na bandeira 
nacional através da frase “Ordem e progresso”, gerada a partir do lema do 
positivismo: “O amor por princípio e o progresso por fim”. 
Historicismo 
O historicismo é uma linha de pensamento desenvolvida por Wilhelm Dilthey no 
final do século XIX e no início do século XX, e tem como princípio as seguintes 
distinções: 
Homem X natureza; 
Ciências Naturais X Ciências Humanas. 
De acordo com essa corrente, é a história que faz o homem, e não o contrário. 
Nesse sentido, as configurações de mundo do presente são resultado 
de processos históricos 12, o que significa que possuem as mesmas causas, os 
mesmos valores e devem ser compreendidas como particularidades históricas 
específicas. 
Portanto, com base nessa concepção, o desenvolvimento histórico está sujeito 
a leis gerais e absolutas. Afinal, acredita-se que as mudanças sociais são 
consequências de “leis evolutivas”, ou seja, tais transformações obedecem a 
um padrão determinista, têm uma sequência e uma regularidade. 
O historicismo tem forte relação com o evolucionismo, pois defende a ideia de 
que, por meio da análise da sociedade no presente, é possível prever sua 
evolução, seu futuro. Seus defensores deixaram como legado dois problemas: 
 
• O relativismo 13; 
• A subordinação à filosofia da história 14 
 
Atividade proposta 
2. Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Leia o 
fragmento de texto a seguir: 
 
“O nome positivismo tem sua origem no adjetivo positivo, que significa ‘certo’, 
‘seguro’, ‘definitivo’. 
 
Como escola filosófica, o positivismo derivou do cientificismo, isto é, da crença 
no poder dominante e absoluto da razão humana em conhecer a realidade e 
traduzi-la sob a forma de leis, que seriam a base da regulamentação da vida do 
homem, da natureza e do próprio universo. 
 
Com esse conhecimento, pretendia-se substituir as explicações teológicas, 
filosóficas e de senso comum, por meio das quais – até então – o homem 
explicaria a realidade e sua participação nela”. 
 
Fonte: COSTA, C. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo, 
2005. p. 72. 
 
Com base nessa leitura e diante do que você aprendeu a partir do conteúdo 
estudado, ressalte as características fundamentais do positivismo. 
Gabarito 
O positivismo é uma teoria que prima por ressaltar o racionalismo e a 
cientifização do mundo, e que defende a ação do homem sobre a natureza 
através da razão. 
 
Atividades 
1. Os discursos ou as teorias científicas são desenvolvidos através de um 
conjunto de técnicas e de experimentos, no intuito de compreender ou resolver 
uma dificuldade anteriormente apresentada. 
 
Por exemplo, entre suas diferentes missões, as Ciências Humanas e Sociais 
têm por objetivo investigar os problemas sociais que vivenciamos durante 
nosso cotidiano. Levando isso em consideração, o senso comum corresponde: 
a) À ignorância da população e a uma justificativa para o atraso econômico. 
b) À popularização e à massificação das descobertascientíficas após sua ampla 
divulgação. 
c) Aos conhecimentos produzidos individualmente e que ainda não passaram por 
uma validação científica. 
d) A uma forma de entendimento excludente que possui fronteiras intransponíveis, 
assim como o conhecimento científico. 
e) Ao saber não científico – geralmente pouco elaborado e sem conhecimento 
profundo – utilizado como solução para os problemas cotidianos. 
 
 
2. O tema teoria da evolução tem provocado debates em certos locais dos 
Estados Unidos, e algumas entidades contestam seu ensino nas escolas. Nos 
últimos tempos, a polêmica está centrada no termo teoria, que, no entanto, tem 
significado bem definido para os cientistas. Sob o ponto de vista da ciência, 
teoria é: 
a) Sinônimo de hipótese, ou seja, uma suposição ainda sem comprovação 
experimental. 
b) Uma ideia sem base de observação e experimentação, que usa o senso comum 
para explicar fatos do cotidiano. 
c) Sinônimo de lei científica, que descreve regularidades de fenômenos naturais, 
mas não permite fazer previsões sobre eles. 
d) Uma ideia apoiada pelo conhecimento científico, que, de tão comprovada pelos 
cientistas, já é considerada uma verdade incontestável. 
e) Uma ideia apoiada no conhecimento científico, que tenta explicar fenômenos 
naturais relacionados entre si, permitindo fazer previsões sobre eles. 
 
 
 
 
 
3. Assinale, entre as características a seguir, aquela que pode ser atribuída ao 
conhecimento científico: 
a) Misticismo 
b) Subjetividade 
c) Espontaneidade 
d) Sistematicidade 
e) Linguagem obscura 
 
 
4. O senso comum é caracterizado pelas pessoas que: 
a) Exigem comprovação dos fatos. 
b) São intelectualmente inferiores. 
c) Buscam novas soluções para a construção progressiva da ciência. 
d) Procuram adaptar-se às mudanças da vida para aprender e sobreviver. 
e) Todas as respostas anteriores estão corretas. 
 
 
5. São exemplos de conhecimentos oriundos do senso comum: 
 
I. Manga com leite mata. 
II. A madeira é sólida. 
III. Corpos de massa diferente caem com a mesma aceleração. 
 
IV. Esporte é saúde. 
 
Entre as opções anteriores, está(ão) CORRETA(S): 
 
a) Somente I 
b) II e III 
c) I, II e IV 
d) I, II e III 
e) Somente II 
 
 
6. Ao final do Renascimento, diversas transformações culturais e sociais 
ocorridas na Europa, entre os séculos XVI e XVII, propiciaram o surgimento da 
revolução científica. Esse movimento caracterizou-se pelo: 
a) Valorização do espírito crítico e do método experimental. 
b) Predomínio da concepção de um universo fechado e sobrenatural. 
c) Afirmação do monopólio da Igreja Católica na explicação dos fatos. 
d) Crítica à ciência medieval expressa no retorno do pensamento escolástico. 
e) Negação dos valores individualistas do homem e das concepções naturalistas. 
 
 
7. De acordo com o estudo desta aula, o positivismo: 
a) Foi criado para explicar os fatos sociais. 
b) Baseava-se nas explicações teológicas, filosóficas e de senso comum. 
c) Não buscava a certeza de nada e se baseava em explicações abstratas. 
d) Não derivou de nenhum método de investigação das ciências da natureza, mas 
criou seu próprio método investigativo. 
e) Pregava a cientifização do pensamento e do estudo humano, visando à 
obtenção de resultados claros, objetivos e completamente corretos. 
 
 
8. De acordo com a lei dos três estados, a evolução das concepções 
intelectuais da humanidade percorreu três estados teóricos distintos e 
consecutivos, quais sejam: 
a) Mitológico, teológico e filosófico 
b) Teológico, metafísico e positivo 
c) Metafísico, abstrato e positivo 
d) Fetichista, teológico e positivo 
e) Mitológico, filosófico e científico 
 
 
9. O lema “Ordem e Progresso” da bandeira brasileira foi inspirado no seguinte 
cientista social: 
a) Durkheim 
b) Marx 
c) Weber 
d) Comte 
e) Bourdieu 
 
 
10. A partir da corrente de pensamento historicista, dois problemas foram 
deixados como legados à comunidade científica da época, quais sejam: 
a) Filosofia da ciência e positivismo 
b) Filosofia da história e marxismo 
c) Filosofia da história e relativismo 
d) Filosofia da ciência e relativismo 
e) Filosofia da história e positivismo 
 
 
 
Notas 
 
Conhecimento empírico 1 
 
Forma de conhecimento adquirido através de observação, comumente baseado em 
experiências. Disponível em: http://www.signicados.com.br/conhecimento-empirico . 
Acesso em: 16 out. 2014. 
 
Relações de causa e efeito 2 
 
Como exemplo da generalização própria do conhecimento advindo do senso comum, 
que estabelece relações de causa e efeito, podemos citar o provérbio clássico: “Onde 
há fumaça, há fogo”. 
 
Isaac Newton 3 
 
Cientista, químico, físico, mecânico e matemático que descobriu várias leis da Física – 
entre elas, a Lei da Gravitação Universal. Ao estudar o movimento da lua, Newton 
concluiu que a força que faz com que ela esteja constantemente em órbita é do mesmo 
tipo que a força que a Terra exerce sobre um corpo em suas proximidades. Foi a primeira 
vez que uma lei física pôde ser aplicada tanto a objetos terrestres quanto a corpos 
celestes. Adaptado de: http://goo.gl/rvuNQL , http://goo.gl/qCERb2 e 
http://goo.gl/Lzzq9c . 
 
Thomas Huxley 4 
 
Teórico político, FIlósofo e matemático inglês que defendia o absolutismo e a tese do 
contrato social. Disponível em: http://www.e-biograas.net/thomas_hobbes. Acesso em: 
22 out. 2014 . 
 
Revolução galileana 5 
 
Movimento liderado por Galileu, que contraria o modelo geocêntrico de Aristóteles e 
confirma o modelo heliocêntrico de Copérnico. 
 
 
Método cientíco 6 
 
Conjunto de procedimentos adotados para se atingir o conhecimento. 
 
Vericabilidade 7 
 
Possibilidade de que todas as proposições sejam vericáveis empiricamente. De acordo 
com o positivismo lógico, trata-se da principal característica das teorias cientícas. 
Disponível em: http://www.aulete.com.br/vericabilidade . Acesso em: 16 out. 2014. 
 
Henri Poincaré 8 
 
Matemático, físico e lósofo francês da ciência, que criou um modo particular de pensar 
o mundo e sua lógica. Disponível em: 
http://www.ghtc.usp.br/Biograas/Poincare/Poincare3.html . Acesso em: 22 out. 2014. 
 
Wilhelm Dilthey 9 
 
Filósofo hermenêutico, psicólogo, historiador, sociólogo e pedagogo alemão 
responsável por importantes contribuições à metodologia das Ciências Humanas e 
apontado como o criador do historicismo. Adaptado de: 
http://www.dec.ufcg.edu.br/biograas/WilheDil.html . 
 
 
Visão antropocêntrica 10 
 
Ideia de que a “dignidade do homem” era o centro do universo 
 
 
Augusto Comte 11 
 
Filósofo e sociólogo francês, considerado o criador do positivismo e da disciplina 
Sociologia. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/quemfoi/augusto_comte.htm. 
Acesso em: 22 out. 2014. 
 
Processos históricos 12 
 
Como exemplos de processos históricos, podemos citar os fatos sociais, políticos, 
psíquicos, religiosos, econômicos etc. 
 
Relativismo 13 
 
De acordo Chauì (1997), esta teoria arma que as leis cientícas são válidas apenas para 
determinada época e cultura, e não podem ser universalizadas. 
 
Filosofia da história14 
 
De acordo com Chauì (1997), os homens e as instituições socioculturais só são 
compreensíveis se seu estudo cientíco subordinar-se a uma teoria geral da história. 
 
 
Referências 
 
• CHAUÌ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1997. 
• GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1991. 
• TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa 
qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
Próximos Passos 
 
• O papel da pesquisa na prática pedagógica; 
• As principais linhas de pensamento das Ciências Humanas e Sociais – fenomenologia, 
estruturalismo e marxismo. 
 
	Senso Comum
	Senso Comum como caminho para o conhecimento científico
	Conhecimento Científico
	Atenção
	Conhecimento científico = Componentes quantitativos e qualitativos
	Senso comum x conhecimentocientífico
	Atenção
	Atividade proposta
	Ciências humanas e sociais
	Métodos de estudo dos fenômenos humanos e sociais
	Compreensão
	Explicação
	Humanismo
	Atenção
	Positivismo
	Século XIX - Augusto Comte 11
	Atenção
	Postulações do Positivismo
	Historicismo
	Homem X natureza;
	Ciências Naturais X Ciências Humanas.
	Atividade proposta
	Atividades
	Notas
	Referências