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SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros FERRERO, A. Direitos humanos e responsabilidade ética no exercício da psicologia. In JACÓ- VILELA, AM., and SATO, L., orgs. Diálogos em psicologia social [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2012. p. 123-134. ISBN: 978-85-7982-060-1. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>. All the contents of this chapter, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution-Non Commercial-ShareAlike 3.0 Unported. Todo o conteúdo deste capítulo, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não adaptada. Todo el contenido de este capítulo, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento-NoComercial-CompartirIgual 3.0 Unported. Éticas, violências e direitos humanos Capítulo 8 - Direitos humanos e responsabilidade ética no exercício da psicologia Andrea Ferrero 123 CAPÍTULO 8 DIREITOS HUMANOS E RESPONSABILIDADE ÉTICA NO EXERCÍCIO DA PSICOLOGIA Andrea Ferrero* Universidad Nacional de San Luis, Argentina importância da ética em todo o tipo de intervenção no campo da psicologia é, em nossos dias, um fato inquestionável, tendo ficado estabelecido que um bom desempenho científico e profissional irá apoiar-se em duas colunas: o grau de conhecimento adquirido e a posição ética desde onde este conhecimento é instrumentalizado, já que cada intervenção não tem explícita uma posição ética (CORTINA, 2003). O aporte mais relevante nesse sentido tem sido sem dúvida a promulgação dos Direitos Humanos, já que toda prática eticamente correta deve respeitar, antes de tudo, o conjunto de declarações que fazem referência aos mesmos e põem em jogo determinado tipo de valores básicos afins (PEREIRA, RIBEIRO & CARDOSO, 2004), mesmo que a base da ética da prática profissional seja o fato de ser exercida por e para cidadãs e cidadãos. No caso da psicologia, o compromisso com os Direitos Humanos tem adquirido um caráter particular, dado que é uma ciência e uma profissão com um elevado nível de compromisso e de responsabilidade social (FERRERO, 2000, 2003). * Doutora em Psicologia. Professora e pesquisadora, Ministério de Educação, Ciência y Tecnologia da Nação Argentina. Diretora do Projeto de Investigação “Aspectos deontológicos e éticos da graduação e da prática profissional da psicologia na Argentina. Estudo comparativo entre os países do Mercosul”, aprovado pela Secretaria de Ciência e Técnica da Universidade Nacional de San Luis, Argentina. Membro da Sociedade Argentina de Bioética. Coordenadora da Task Force de “Ética e deontologia Profissional” da Sociedade Interamericana de Psicologia. E-mail: aferrero@unsl.edu.ar A 124 As declarações de direitos humanos de caráter geral historicamente mais representativas são: a Declaração Universal dos Direitos Humanos (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1948), a Declaração Americana dos direitos e deveres do homem (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 1948), o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1966), a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 1969), e a Declaração de Viena (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2003). Embora todas estas declarações tenham alguma particularidade, todas elas incluem tanto artigos de caráter geral referidos à defesa da dignidade das pessoas, como artigos especificamente relacionados com o direito à saúde, ao processo social e a uma vida digna, em todos seus aspectos, reconhecendo também o direito de toda pessoa ao desfrute do mais alto nível possível da saúde física e mental. Sobre os direitos fundamentais, que obviamente incluem a saúde física e mental, é necessário destacar a importância que adquiriram as declarações estabelecidas pela Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1965) e pela Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1979), as duas já ratificadas. Dentro as declarações dos direitos referidas ao âmbito da saúde, relacionadas com os chamados direitos da segunda geração, os direitos sociais, econômicos e culturais, encontramos declarações vinculadas especificamente ao campo da saúde mental, sendo as mais tradicionais a Declaração de direitos de pessoas com atraso mental (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1971), a Declaração de direitos de pessoas deficientes (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1975), e os princípios para a Proteção de Pessoas Acometidas de Transtorno Mental e a Melhoria da Assistência à Saúde Mental (ORGANIZAÇÃO DAS 125 NAÇÕES UNIDAS, 1991), cujos princípios têm sido atualizados e ampliados na Declaração de Quito em abril de 2003 (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2003). Todas estas declarações foram progressivamente ocupando diversos aspectos da vida dos seres humanos, e dando conta da necessidade de preservar direitos que anteriormente não eram considerados, como o direito à paz ou à solidariedade dos povos, chamados direitos de terceira geração. Inclusive, as novas tecnologias começaram a propiciar a necessidade de pensar-se em uma quarta geração de direitos humanos, como são os referidos ao campo da investigação biomédica e da comunicação. Mesmo que todos os documentos citados constituam direitos iniludíveis de cidadãs e cidadãos, e impliquem deveres e obrigações em nível pessoal e social, fundamentalmente, por parte dos poderes públicos, estes deveres adquirem uma maior relevância se estão relacionados com o exercício de uma profissão que tem impacto diretamente na saúde da comunidade, como é o caso da psicologia (GOUVEIA, VASCONCELOS, QUEIROGA, FRANCA E OLIVEIRA, 2003; LINDSAY, 1996; LOLAS-STEPKE, 1995). Ao mesmo tempo, a tarefa de investigação em saúde, especialmente em se tratando de investigação com os seres humanos, tem considerado particularmente o aporte da ética desde o campo dos direitos humanos, sendo cada vez mais específicas as normativas que regulam este tipo de práticas. Sem dúvida, o primeiro antecedente de defesa de direitos de participantes em uma investigação foi o Código de Nuremberg, sancionado pelo Tribunal Internacional do mesmo nome, em 1947 (INTERNATIONAL MILITARY TRIBUNAL AT NUREMBERG, 1949). O contexto deste Código foi dado pelas evidências surgidas nos julgamentos de Nuremberg com respeito aos experimentos realizados com seres humanos vítimas do regime nazista, atingindo todo tipo de direitos. Um dos aspectos determinantes das sentenças foi que os responsáveis pelas investigações não somente tinham causado sofrimentos excessivos aos participantes, como nunca tinham obtido o consentimento voluntário dos sujeitos envolvidos. O Código de Nuremberg 126 assentou as bases da defesa dos direitos dos sujeitos participantes em investigações relacionadas com a saúde: o consentimento voluntário, a eliminação do sofrimento, o cálculo dos riscos e a prioridade de preservar o bem-estar do participante em relação aos interesses do experimento (INTERNATIONAL MILITARY TRIBUNAL AT NUREMBERG, 1949). A partir desta declaração, foram gerados diversos tipos de regulamentos, como o Informe Belmont: Princípios éticos e guia para a proteção de sujeitos humanos de investigação (NATIONAL COMMISSION FOR THE PROTECTION OF HUMAN SUBJECTS OF BIOMEDICAL AND BEHAVIOURAL RESEARCH, 1979), as Pautas Éticas Internacionais para a Investigação e Experimentação Biomédica em Seres Humanos (COUNCIL FOR INTERNATIONAL ORGANIZATIONS OF MEDICALSCIENCES e WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002), o Guia para a conduta em investigação que envolve sujeitos humanos (UNITED STATES DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES. NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH, 1995), a Declaração de Helsinki: Princípios éticos para as investigações médicas em seres humanos (WORLD MEDICAL ASSOCIATION, 2004), e a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, adotada por aclamação em 19 de outubro de 2005 pela 33ª Sessão da Conferência Geral da UNESCO (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA, 2006). A Declaração de Helsinki foi formulada pela Assembleia da Associação Médica Mundial, em Helsinki, em 1964, e ampliada e modificada ligeiramente em cinco sucessivas Assembleias da Associação Médica Mundial, a última das quais foi a de Edimburgo, em 2000, e duas inclusões aclamatórias a respeito de alguns conceitos chaves, em 2002 e 2004. A declaração de Helsinki é atualmente considerada a principal regulação ética destinada a preservar o bem-estar e a defender os direitos dos sujeitos envolvidos em investigações, especialmente no âmbito biomédico (WORLD MEDICAL ASSOCIATION, 2004). 127 Em princípio é possível encontrar grandes diferenças entre estas declarações, já que algumas são de caráter mais geral e mencionam princípios éticos básicos, como o Informe Belmont, e outras têm um elevado nível de especificação desenvolvido ao longo de grande quantidade de artigos, com é o caso da Declaração de Helsinki. Sem embargo todas elas têm um objetivo comum, que é o de preservar o bem-estar físico, psicológico e social dos indivíduos e das comunidades que participam em tarefas de investigação, incluídas nas investigações psicológicas. Dito bem-estar se centrará basicamente no respeito à decisão de indivíduos e comunidades de participar ou não das mesmas, de deixar de participar quando assim o decidam, de não ser submetidos a nenhuma classe de dano, maltrato ou desvalorização, e de jamais colocar a finalidade da investigação sobre o bem-estar dos participantes. Ao mesmo tempo, estas regulações destinadas a proteger os direitos dos participantes de investigações se relacionam diretamente com os princípios básicos da bioética de beneficência (e não da “maleficência”), autonomia e justiça, os quais propiciam que cientistas e profissionais guiem a produção e aplicação dos seus conhecimentos a partir de um uso ético dos mesmos. Estes princípios básicos da bioética evidenciam a passagem de uma velha moral de caráter naturalista (o que acontece é assim porque está na mesma natureza do sujeito, inclusive porque assim quis Deus), a uma nova moral de ordem basicamente normativista, na qual é relevante a noção de indivíduo autônomo e ao mesmo tempo parte de uma comunidade, a qual gera suas próprias normas de convivência tendentes à preservação do bem- comum (DRANE, 2002; MAINETTI, 2000). Junto a estes desenvolvimentos, referidos especialmente ao âmbito geral dos direitos humanos e ao da investigação com humanos, as profissões vinculadas à saúde também têm realizado um importante aporte desde o ponto de vista normativo, gerando ferramentas tendentes à regulação de todo tipo de prática em saúde, de acordo com os diversos campos profissionais psicologia, medicina, trabalho social, enfermagem etc. 128 Estas normativas são, basicamente, os respectivos códigos deontológicos, habitualmente chamados códigos de ética profissional, onde se expressam os limites do exercício da profissão desde o ponto de vista ético, e se apresentam os princípios fundamentais expressos tanto nas declarações de direitos como nos princípios bioéticos mencionados. Se nos circunscrevermos às normativas que regulam o exercício da psicologia, é necessário destacar que atualmente todas as leis relativas ao exercício profissional apoiam que os direitos humanos formem parte dos princípios iniludíveis que devem guiar ou acionar o profissional (FERRERO, 2005). Nesse mesmo sentido, os códigos de ética profissional da psicologia de maior impacto, como o da American Psychological Association, o da European Federation of Psychologist‘s Associations, o Protocolo de Acordo Marco de Princípios Éticos para o Exercício Profissional dos Psicólogos no Mercosul e Países Associados, e inclusive numerosos códigos nacionais de nossos países latinos americanos, contam entre os denominados princípios gerais o respeito pelos direitos e a dignidade das pessoas, seja de forma explícita ou implícita (American Psychological Association, 2002; EFPPA, 1995; Comité Coordinador de Psicólogos del Mercosur y Países Asociados, 1999). Atualmente, os princípios gerais destes códigos são praticamente idênticos, e, com pequenas diferenças, fazem referência aos mesmos aspectos (FERRERO, 2006; LEACH & HARBIN, 1997). Como exemplo, analisaremos o conteúdo dos princípios gerais do Protocolo de Acordo Marco de Princípios Éticos para o Exercício Profissional dos Psicólogos no Mercosul e Países Associados, do Comitê Coordenador de Psicólogos do Mercosul e Países Associados, formulado em 1997. Nele se faz evidente a presença dos direitos humanos. Para tanto, o primeiro dos seus pontos, denominado precisamente “Respeito pelos direitos e a dignidade das pessoas”, aponta explicitamente para esta temática, e por isso o citamos de forma completa: Os Psicólogos se comprometem a fazer próprios os princípios estabelecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assim sendo, guardarão respeito aos direitos fundamentais, à 129 dignidade e ao valor de todas as pessoas, e não participarão em práticas discriminatórias. Respeitarão o direito dos indivíduos à privacidade, confidencialidade, autodeterminação e autonomia (COMITÉ COORDINADOR DE PSICÓLOGOS DEL MERCOSUR Y PAÍSES ASOCIADOS, 1999, pp. 11) (Tradução nossa). Além da referência explícita aos direitos humanos, neste ponto que inaugura o Protocolo, a mesma intenção se faz também presente nos outros itens do mesmo, referidos a diversos aspetos centrais da prática profissional. Vemos assim que no ponto B. Competência, se menciona que os psicólogos: “Terão em conta que as competências que se requerem na assistência, ensino e/ou estudos de grupos humanos, variam com a diversidade desses grupos”. No ponto D. Integridade, se esclarece que os psicólogos: “Se empenharão em ser sumamente prudentes frente às noções que degeneram em rotulações desvalorativas ou discriminatórias”. Finalmente, o ponto E. Responsabilidade social apoia que: “Os psicólogos exercem seu compromisso social através do estudo da realidade e promovem e/ou facilitam o desenvolvimento de leis e políticas sociais que indiquem, desde sua especialidade profissional, a criar condições que contribuam ao bem-estar, ao desenvolvimento do indivíduo e da comunidade” (COMITÉ COORDINADOR DE PSICÓLOGOS DEL MERCOSUR Y PAÍSES ASOCIADOS, 1999, pp. 12–13) (Tradução nossa). Nestes princípios gerais vinculados à competência, à integridade e à responsabilidade social dos profissionais da psicologia, é possível reconhecer a necessidade de respeitar a diversidade individual e cultural, evitar qualquer prática discriminatória, e propiciar políticas sociais tendentes ao desenvolvimento individual e coletivo, aspectos todos vinculados aos direitos básicos das pessoas e das comunidades (COMITÉ COORDINADOR DE PSICÓLOGOS DEL MERCOSUR Y PAÍSES ASOCIADOS, 1999; FERRERO, no prelo). Além destes princípios gerais, os códigos deontológicos de caráter vinculante da psicologia contam com artigos específicos que também se relacionam com os direitos humanos dos consultantes. Por exemplo, a 130 obrigação de respeitar o segredo profissional a confidencialidade, se sustenta no respeito ao direito de privacidade, a necessidade de contar com o consentimento informado se relaciona com orespeito ao princípio de autonomia, e portanto com o direito à livre decisão. A responsabilidade nas relações profissionais aponta para a preservação dos direitos básicos dos consultantes frente à assimetria de papéis existentes. A responsabilidade com a comunidade estabelece especificamente a não discriminação em função de nacionalidade, religião, raça, ideologia ou preferências sexuais de seus consultantes. Inclusive, as pautas estabelecidas com respeito à publicidade que realizam os profissionais acerca de seus serviços, apontam ao direito à informação veraz por parte dos consultantes (FERRERO, 2000). É possível, então, advertir como as obrigações profissionais estipuladas nos códigos deontológicos da psicologia se articulam de modo indissolúvel com o respeito pelos direitos do indivíduo e da comunidade, sendo estes outros seus colegas, seus consultantes ou membros da comunidade em geral. A partir do percurso realizado, verifica-se que tanto as regulações gerais vinculadas ao âmbito da saúde e da investigação com seres humanos, como as específicas do campo da psicologia levam em consideração os temas estabelecidos pelos direitos humanos, e portanto estão destinadas a defender os direitos dos consultantes e da comunidade, já que uma prática profissional e científica ética deverá estar sempre socialmente situada. Em virtude disso, podemos concluir que o exercício profissional da psicologia, em qualquer dos seus campos de aplicação, deverá sustentar-se não só em um desenvolvimento científico e técnico da maior qualificação possível, se não também em um iniludível compromisso ético, baseado no respeito irrestrito pelos direitos humanos. Referências AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION. Ethical principles of Psychologists and Code of Conduct. American psychologist, Washington, v. 57, n. 12, p.1060–1073. dez/2002. 131 COMITÉ CORDINADOR DE PSICÓLOGOS DEL MERCOSUR Y PAÍSES ASOCIADOS. Protocolo de acuerdo marco de principios éticos para el ejercicio profesional de los psicólogos en el Mercosur y Países Asociados. In: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. A psicologia no Mercosul (pp. 11–14). Brasilia: Autor, 1999. CORTINA, A. Ética mínima. Introducción a la filosofía práctica. Madrid: Tecnos, 2003. COUNCIL FOR INTERNATIONAL ORGANIZATIONS OF MEDICAL SCIENCES (CIOMS) e WORLD HEALTH ORGANIZATION. 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