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AD1 Dinâmica da Terra

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UFRJ/ CEDERJ
Licenciatura em Ciências Biológicas
Disciplina: Dinâmica da Terra
Segundo Semestre de 2017
Avaliação a Distância 1 (AD1)
Nome: MAÍLA DE SOUZA SANTOS MACEDO Matrícula: 17214020317
Pólo: CEDERJ/ Três Rios
Respostas:
	Questão 1:
A Sismologia é a área da geofísica que estuda os terremotos (sismos), suas causas, efeitos, propagações de vibrações emitidas pelos terremotos. Através dos estudos da análise de propagação dessas ondas é possível estudar e conhecer a estrutura interna da terra. Quando ocorre um terremoto são geradas vibrações (ondas sísmicas) e através do conhecimento do comportamento dessas ondas em diferentes meios é possível saber as características físicas de cada camada da terra (natureza, composição química e espessura). Assim como a luz e o som, as ondas sísmicas também possuem diferentes velocidades de propagação dependendo da estrutura física e densidade.
Existem dois tipos de vibrações sísmicas, chamadas de ondas P e ondas S, onde a onda P se propaga em forma longitudinal e as ondas S de forma transversal. Outra característica que diferenciam as ondas sísmicas é a velocidade de propagação, onde a onda P possui velocidade maior que a S por isso a onda P sempre chega primeiro que a S. A velocidade de propagação dessas ondas depende principalmente do meio por onde elas passam e é essa característica que permite utilizar as ondas sísmicas como fonte de informações sobre a estrutura interna da terra. Outra característica muito importante e determinante das ondas sísmica P e S é o meio em que cada uma se propaga, as ondas P se propagam em meio líquido e sólido, já as ondas S não se propagam em meio líquidos e gasoso, apenas em sólidos. A partir dessa característica e a análise de milhares de terremotos durante décadas, foi possível construir as curvas de tempo e distância de todas as ondas refletidas no interior da terra, conseguindo assim decifrar ou “deduzir” sua estrutura principal que é a crosta, manto, núcleo externo e núcleo interno. 
Em um terremoto ocasionado no epicentro da terra, observa-se a propagação das ondas sísmicas P e S sobre a crosta terrestre e manto, mas com uma diferença de suas velocidades sísmicas ao ultrapassar crosta/manto podendo indicar uma mudança na composição química nas rochas. As ondas S morrem ao encontrar o núcleo externo da terra e a velocidade das ondas P é menor quando comparada ao manto sólido, mostrando que o núcleo externo está em estado líquido já que as ondas S não se propagam nesse meio. Além das baixas velocidades das ondas P ao encontrar o núcleo observa-se um aumento da densidade indicando que o núcleo possui quantidade de ferro abundante. Já a pressão do núcleo interno é tão alta que não permite que o mesmo fique em estado líquido somente sólido. As ondas P continuam a atravessar toda a terra até a outra extremidade, mostrando assim as características físicas do interior da terra já que a mesma se propaga em meio sólidos, líquidos. Através do conhecimento dessas ondas e observações das mesmas no interior da terra é possível decifrar ou “deduzir” cada vez mais suas estruturas.
Referências bibliográficas:
- Decifrando a Terra 2. (Organizadores: Wilson Teixeira, Thomas Rich Fairchild, M Cristina Motta de Toledo, Fabio Taioli)
- Dinâmica da Terra, módulo 1 a 6 (Álvaro Ramon C. Ovalle e Glauca Torres Aragon)
- site: WWW.iag.usp.br
- Artigo “Abrindo a Terra” (Carlos Fioravanti)
 Resposta:
Questão 2:
Nosso planeta existe a cerca de 4,6 bilhões de anos, esse longo intervalo de tempo é chamado de “Tempo Geológico”. Esse tempo foi divido em etapas pelos cientistas para facilitar o estudo e entendimento da evolução da terra. Essas principais divisões são chamadas de èons e receberam as seguintes classificações de acordo com nomes gregos: Hadeano, Arqueano, Proterozóico e Fanerozóico. Vamos considerar essa formação do planeta até os dias atuais como se tivesse acontecido no período de 1 mês (30 dias) e falarmos das características mais importantes de cada èons: 
1° dia – Início do éon Hadeano ( anterior a terra) :
 Esse período é marcado como a primeira fase da terra, onde ocorreu a formação dos planetas propriamente dito. Foi nesse éons que ocorreu a formação do sistema solar e não havia rochas, exceto pelos meteoritos, nuvens de gás e poeira cósmica. Esse éons foi finalizado quando começaram a aparecer as primeiras rochas. O Nome Hadeano vem de Hades que no grego significa “inferno”. Alguns geólogos e cientistas agrupam esse éons com o conjunto Arqueano.
5° dia – Início do éon Arqueano ( ou arcaico): 
Esse período foi marcado pelo resfriamento da terra e formação das rochas que constituem a crosta devido a esse resfriamento. A vida esteve presente durante este período mas somente de organismos simples unicelulares não nucleados, as bactérias procariontes e os estromatólitos. No início dessa era a terra possuía no seu interior um calor muito elevado e a atividade vulcânica era considerada relativamente alta e não houve grandes continentes até o final dessa fase, apenas pequenas porções de terra que não conseguiram se unir em massas maiores devido a intensa atividade geológica do planeta. A atmosfera também era diferente, pois praticamente não possuía oxigênio e era rica em gás carbônico (CO2), metânio, amônio e outros gases. O período Arqueano também pode ser dividido em 4 eras (Eoarqueano,Paleoarqueano, Mesoarqueano e Neoarqueano).
14° dia – Início do éon Proterozóico ( vida primitiva):
	Esse período foi uma fase de transição em que o oxigênio se acumulou na litosfera, formando óxidos principalmente de silício e ferro. Surgiram os eucariontes e outros tipos de algas incluindo as verdes e vermelhas, mas somente ao final desse éons. Até esse período os continentes estavam reunidos em uma única massa chamada de Rodínia, que acabou se fragmentando ao final desse éons originado continentes estáveis que são: paleocontinentes da Laurêntia ( América do Norte, Escócia, Irlanda do Norte, Groenlândia) Báltica (parte centro Norte da Europa), Sibéria unida ao Cazaquistão e Gonduana ( América do Sul, África, Australia, Antártida, Índia, Península Ibérica – Sul França). O éon Proterozóico está dividido em três eras: ( Paleprotozoico, Mesoproteozoico e Neproterozoico).
26° dia – Início do éon Fanerozóico ( Vida visível):
	Esse período continua até o presente momento “dias atuais” ou (30° de acordo com a distribuição dos éons em 30 dias). Esse éons significa vida visível, ou seja, um período com grande concentração de vida em nosso planeta. O período Fanerozóico é subdividido em 3 eras (Paleozóico, Mesozóico, Cenozóico) . Foi marcada pelo primeiro registro seguro de animais com partes mineralizadas (conchas carapaças). A atmosfera começou a conter oxigênio sendo um fator importantíssimo para a diversificação dos seres vivos durante esse éons. Também sugiram durante esse período uma grande evolução dos invertebrados marinhos até peixes, répteis e anfíbios, plantas terrestres, dinossauros, mamíferos e o surgimento dos primeiros primatas e o homem. Todas essas evoluções foram sendo distribuídas e descobertas dentro das subdivisões do éon fanerozóico. Alguns estudos indicam que na transição da era Mesozóica e Cenozóica um meteoro de chicxulub no México tenha sido responsável pela extinção de várias formas de vida. O período cenozóico é dividido em períodos (Paleógeno, Neógeno e Quaternário). O homem apareceu na Terra durante o período Quaternário.
Cálculos:
Período Arqueano:
4,6 (inicio do período Hadeano) ----------30 ( dias de um mês)
3,9 ( início do período Arqueano)------------ X
X: 25,43 dias
30 dias – 25,46 dias: 4,57 dias (5°dia )
Período Proteozoico:
4,6 (inicio do período Hadeano) ----------30 ( dias de um mês)
2,5 ( início do período Proteozóico)------------ X
X: 16,30 dias
30 dias – 16,30 dias: 13,7 dias (14°dia)
Período Fanerozóico:
4,6 (inicio do período Hadeano) ----------30 ( dias de um mês)
570 ( início do período Fanerozóico)------------ X
X: 3,71 dias
30 dias – 3,71 dias:26,3 dias (26°dia )
Referências Bibliográficas:
- Dinâmica da Terra, módulo 1 a 6 (Álvaro Ramon C. Ovalle e Glauca Torres Aragon)
- www.cesadufs.com.br ( Escala Geológicas do tempo e processos de extinções); Prof.: Maria Helena Zucon Anderson da Conceição Santos Sobral Mário André Trindades Dantas;
- www.cprm.gov.br ( Serviço geológico do Brasil).

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