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Licitação: princípios e pressupostos

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Art. 37, XXI, CF
Art. 3. da Lei 8.666/93
Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)
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OBTENÇÃO DO CONTRATO MAIS VANTAJOSO
RESGUARDAR OS DIREITOS DE POSSÍVEIS CONTRATADOS
PRESSUPOSTO
DISPUTA CONCORRÊNCIA
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Como regra geral, quando o Estado e sua entidades auxiliares se propõem a travar com terceiros negócios cuja conclusão poderia despertar interesse de diferentes sujeitos, devem, preliminarmente, efetuar um procedimento denominado LICITAÇÃO, com o escopo de selecionar a contraparte.
(CIRCUNSTÂNCIA QUE SE CONSIDERA COMO ANTECEDENTE NECESSÁRIO DE OUTRA)
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Querendo a Administração alienar, locar, adquirir bens, promover a execução de obras ou serviços, concedê-los ou outorgá-los em permissão ou concessão estará obrigada a instaurar uma competição.
Para isso convoca quem queira e possa disputá-la, na conformidade de condições previamente estipuladas e noticiadas – a fim de escolherem a proposta mais vantajosa, eleita na conformidade de critério de julgamento antecipadamente divulgados.
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“ ...é um procedimento competitivo – obrigatório como regra – pelo qual o Estado e demais entidades governamentais, para constituírem relações jurídicas as mais obsequiosas aos interesses a que devem servir, buscam selecionar sua contraparte mediante disputa constituídas e desenvolvida isonomicamente entre os interessados, na conformidade de parâmetros antecipadamente estabelecidos e divulgados.”
UM CERTAME QUE AS ENTIDADES GOVERNAMENTAIS DEVEM PROMOVER E NO QUAL ABREM DISPUTA ENTRE OS INTERESSADOS EM COM ELAS TRAVAR DETERMINADAS RELAÇÕES DE CONTEÚDO PATRIMONIAL, PARA ESCOLHER A PROPOSTA MAIS VANTAJOSA ÀS SUAS CONVENIÊNCIAS PÚBLICAS
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A licitação é meio pela qual se busca a obtenção do negócio mais conveniente para o atendimento dos interesses e necessidades públicas a serem supridos.
Meio para assegurar o pleno respeito ao princípio da isonomia, isto é: o dever de ensejar oportunidades aos que pretendem e podem disputar o travamento das relações jurídicas em que o Poder Público esteja empenhado.
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Caráter instrumental e competitivo
Satisfação de um interesse público a ser preenchido mediante relação firmada com outrem.
Daí que: não servirá naqueles casos em que seja impertinente ou inapto a cumprir as funções em vista das quais foi concebido. Comprometendo a salvaguarda de interesses públicos.
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Exemplos:
Delongas do processo licitatório não atenderiam com extrema presteza situação de calamidade- necessidade de acudir de imediato à gravidade de situação emergente, sob pena de perecimento do interesse público a ser atendido.
Assunto sigiloso para resguardo da segurança nacional – publicidade inviável.
A aquisição de um determinado imóvel cuja localização atenda conveniências que não seriam equivalentemente satisfeitas por prédios de diferente construção.
Nos casos de objeto singular.
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Como se vê, inobstante o dever de licitar seja a regra geral, como convém, existem diversas situações nas quais a utilização do instituto não encontra espaço para desenvolver-se satisfatoriamente, pois seria inconveniente, ao invés de útil e benfasejo à realização de interesses públicos.
A licitação foi prevista para servir e não para desservir interesses públicos. 
É este norte que jamais se poderia perder de vista, pena de subverter-se a razão de sua existência.
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Sendo instrumental e competitivo, não é cabível o procedimento licitatório:
1. não existam as condições objetivas indispensáveis para a instauração útil de uma competição;
2. a adoção do procedimento, ao invés de concorrer para a satisfação do interesse público (isto é, de ser um instrumento prestante para isto), viria a representar, pelo contrário, um visível óbice, um empeço à sua satisfatória realização.
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POSSÍVEL IDENTIFICAR A PARTIR DISSO OS PRESSUPOSTOS DA LICITAÇÃO: REQUISITOS SEM CUJA COMPARÊNCIA, DELA NÃO HAVERIA COGITAR.
FÁTICO
LÓGICO
JURÍDICO
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Existência de interessados em competir, disputar
Não havendo concorrência deste interesse não há como realizar a licitação.
Ex.: Seria inviável abrir um certame licitatório para obter o parecer de um jurista notável, pois quem ostentasse tal tributo não se disporia a participar de disputa desta ordem.
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1. Existência de pluralidade de objetos
2.Existência de pluralidade de ofertantes
Não pode haver singularidade de objeto: sem equivalente, não se confunde com outro – empresa ou profissional
Não poder ser um produtor ou fornecedor exclusivo – objetos disponíveis por um único sujeito.
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Revela-se no fato da licitação poder se constituir, em face do caso concreto, em meio apto, ao menos em tese, para a Administração acudir aos interesses que deve prover.
Não devendo ser instaurada se caracterizar um desserviço à administração, em face do interesse público que se tem que atender.
Ex. segurança nacional
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A regra geral impositiva de licitação, como sói acontecer com as norma de direito, comporta exceções, circunstância confirmada constitucionalmente
Art. 37, XXI, CF/88. “...ressalvados os casos..”
Não se concedeu um aval para que a lei exima de licitação os casos que bem entenda. A LEI PERMITIRÁ CONTRATAÇÃO DIRETA SEJA QUANDO INEXISTIREM AS CONDIÇÕES OBJETIVAS PROPICIATÓRIAS DA DISPUTA ÚTIL EM QUE SE SUBSTANCIA ESTE PROCEDIMENTO, SEJA QUANDO REALIZÁ-LO IMPLICARIA MENOSCABAR A PRÓPRIA REALIZAÇÃO DE INTERESSES PÚBLICOS.
A licitação é o antecedente necessário do contrato administrativo, o contrato é o consequente lógico da licitação.
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Legalidade
Isonomia
Economicidade
Publicidade
Vinculação do Instrumento Convocatório
Julgamento Objetivo
Probidade Administrativa
Moralidade
Impessoalidade
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O princípio da economicidade vem expressamente previsto no art. 70 da CF/88 e representa, em síntese, na promoção de resultados esperados com o menor custo possível. É a união da qualidade, celeridade e menor custo na prestação do serviço ou no trato com os bens públicos.
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A análise da economicidade, que é a verificação da capacidade da contratação em resolver problemas e necessidades reais do contratante, da capacidade dos benefícios futuros decorrentes da contratação compensarem os seus custos e a demonstração de ser a alternativa escolhida a que traz o melhor resultado estratégico possível de uma determinada alocação de recursos financeiros, econômicos e/ou patrimoniais em um dado cenário sócio-econômico. Essa análise é bastante conhecida como análise custo/benefício
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Significa que a Administração e os licitantes ficam restritos ao que é pedido ou permitido no Convite (ou Edital) quanto ao procedimento, à documentação, às propostas, ao julgamento e ao contrato. 
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Julgamento objetivo é o que se baseia no critério indicado e nos termos específicos das propostas.
O Convite deve estabelecer os critérios de julgamento, de forma clara e com parâmetros objetivos (Art. 40, VII). Posteriormente, o julgamento e classificação das propostas deverão obedecer aos critérios de avaliação constantes do edital (Art. 43, V), os quais não podem contrariar as normas e princípios estabelecidos na Lei. 
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O legislador proíbe a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que restrinja a igualdade entre os licitantes (Art. 44, § 1º). Isto quer dizer que os licitantes, ao elaborarem suas propostas,
devem saber, claramente, quais serão os critérios de julgamento e de desempate. Não poderão estar sujeitos a “surpresas” reveladas no momento do julgamento.
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INICIA-SE DENTRO DO ÓRGÃO OU ENTIDADE QUE REALIZARÁ A LICITAÇÃO.
Art. 38, da Lei Licitação
 
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Publicidade da Licitação
Art. 43 da Lei Licitação
Art. 39 da Lei Licitação –casos de concorrência
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Art. 22 da Lei 8.666/93
CONCORRÊNCIA
TOMADA DE PREÇOS
CONVITE
CONCURSO 
LEILÃO
*** Pregão (MP 2.026/2000 convertida Lei 10520/2002)
Critério de Aplicação – Art. 23 da Lei 8666/93
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É por meio do Edital que a Administração divulga a abertura de Concorrência ou Tomada de Preços, fixando as condições para sua realização. O Edital é a lei interna da licitação, todo procedimento, e posteriormente o contrato, reger-se-ão pelo que nele foi estabelecido.
Art. 40 da Lei 8.666/93
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É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no Edital para execução de seu objeto.
Qualquer interessado
Maior publicada 
Valor
Art. 22 e 23 da Lei 8666/93
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TOMADA DE PREÇO: é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observadas a necessária qualificação.
CONVITE: é a modalidade de licitação entre interessados do ramos pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados, em número mínimo de 3 (três), a qual afixará em local apropriado cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas de apresentação das propostas
Art. 23, I e II e § 4º
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 É utilizado conforme previsto na Lei 8666/93, para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração Pública ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados.
Lei 8666/93 - Art. e 23, II, b
Lei 8666/93 - Art. 19
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É cabível apenas para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico (art. 22, § 4º Lei licitação) devendo ser a modalidade escolhida preferencialmente para os contratos de prestação de serviços técnicos especializados, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração (art. 13, § 1º Lei 8666/93)
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SINGULARIDE DO SERVIÇO
Singular é o serviço que, por suas características intrínsecas, não é confundível com outro. Não ser confundível com outro não significa que seja o único, mas que contenha tal qualidade ou complexidade que impossibilite a sua comparação com outros. (Natureza singular: atribuída a um determinado profissional ou empresa especializada)
Havendo impossibilidade de comparação entre os serviços, e necessitando a Administração dessa determinada prestação, não há que se falar em procedimento licitatório, por inviabilidade de licitação.
Impossibilidade de competição – inexistência de proponentes
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A lei dispensa ou permite ser dispensada a licitação
Quando a lei autoriza a Administração a discricionariamente deixar de realizar a licitação, temos a denominada licitação dispensável. Portanto, na licitação dispensável, a competição é possível, mas a Administração poderá, ou não, realizar a licitação, conforme seus critérios de conveniência e oportunidade.

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