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Anestesia em Odontopediatria Para a realização de qualquer procedimento que envolva anestesia em odontopediatria, deve-se ter muita cautela pelo cirurgião dentista, sendo que o manejo com o paciente pediátrico deve ser de extrema importância para que ocorra tudo dentro do planejamento e para que não tenha surpresas durante ou após o procedimento. Inicialmente, deve-se fazer uma boa anamnese perguntando para os pais: se a criança é alérgica a algum medicamento; se já tomou anestesia de dentista; se houve algum tipo de reação alérgica tendo como foco a aplicação da anestesia, deve-se sempre realizar a técnica de forma correta e: nunca utilizar agulhas longas; sempre utilizar agulhas curtas ou extra curtas; é um fator extremamente importante também, não deixar o paciente ver a agulha; explicar o efeito da anestesia. Caso o paciente não seja colaborativo pode-se utilizar-se de outras técnicas como a utilização do óxido nitroso, conhecido também como gás do riso, que é muito utilizado pelos odontopediatras e tem grande eficácia durante a realização do caso, sendo que pode ser um coadjuvante durante a realização de algum tipo de procedimento. O cirurgião dentista deve ser habilitado a fazer a utilização do óxido nitroso e sendo de obrigação do mesmo explicar as causas e efeitos que o gás pode causar na criança. Anestésicos Os anestésicos utilizados em odontopediatria são divididos em dois grupos: as amidas e o éster. Dentro da classificação do Éster, se encontra a benzocaína que é utilizada como anestésico tópico. Já o outro grupo são as Amidas, que nelas se encontram a Lidocaína, Mepivacaína, Articaína, Prilocaína. A concentração e a dose máxima de cada anestésico é de: Lidocaína a 2% sem vaso, dose máxima por kg de peso 4,4 mg; Lidocaína a 2% com epinefrina 1:100.000, dose máxima por kg de peso 4,4 mg. Mepivacaína a 3% sem vaso, dose máxima por kg de peso 4,4 mg. Mepivacaína 3% com epinefrina 1:100.000, dose máxima por kg de peso 4,4 mg. Prilocaína a 3% sem vaso, dose máxima por kg de peso 6 mg. Prilocaína a 3% com felipressina, dose máxima por kg de peso 6 mg. Articaína a 4% com epinefrina 1:100.000, dose máxima por kg de peso 7 mg. O cirurgião dentista deve ter cautela durante a aplicação do anestésico, porem caso haja uma super dosagem de anestésico na criança, pode leva-la a alguns problemas de saúde, entre eles estão as reações alérgicas e as reações tóxicas. As técnicas mais utilizadas em odontopediatria são Técnica infiltrativa: Com uma agulha curta, penetrar na prega da mucosa vestibular no sentido do longo eixo do dente depositando o anestésico o mais próximo possível do ápice do dente a ser anestesiado. Técnica interpapilar, papilar ou transpapilar: Com uma agulha curta, penetrar na papila injetando apenas algumas gotas do líquido anestésico. Técnica bloqueio regional: Quando se deseja trabalhar em mais de um dente, realiza-se um bloqueio regional infiltrando-se a solução anestésica, como exemplo podemos pegar a realização do bloqueio do nervo mentoniano. Técnica intraligamentar: A técnica é preconizada pela aplicação da solução anestésica entre o ligamento periodontal, a agulha entra no sulco gengival paralelamente ao longo eixo do dente, atingindo as fibras periodontais, indicado para a complementação anestésica em dentes da mandíbula. Acidentes e complicações devido ao uso de anestésicos Úlcera traumática As úlceras podem acontecer de várias formas, uma delas é quando acontece que o cirurgião dentista passa uma broca esférica diamantada na língua ou na bochecha do paciente acidentalmente, isso pode ocasionar uma lesão ulcerativa, em crianças deve-se tomar muito cuidado, pois a grande maioria não fica parada durante o procedimento, logo pode ocorrer um acidente durante o atendimento, orientar os pais para fazer o acompanhamento da lesão e realizar bochechos com água morna e sal e se necessário fazer uso de medicamentos; Hematoma Os hematomas podem aparecer no momento ou após o momento cirúrgico ou de atendimento, os pais devem ser orientados a realizar compressa de água morna na região afetada, sendo que o paciente pode ter problemas hematológicos que podem ser exacerbada essa resposta a lesão tecidual; Dor A dor pode ser por acometimento de aplicação de anestésico no musculo ou a inserção do agente anestésico muito rápido; Trismo Acontece quando ocorre o traumatismo do musculo durante a inserção da agulha no momento da realização da técnica anestésica; Paralisia facial: Acontece devido a aplicação da técnica anestesica por injeção muito profunda na região no espaço pterigomandibular, a paralisia pode perdurar de horas ou até 2 dias; Parestesia: Caso ocorra o empregamento da técnica anestésica incorreta pode ocorrer parestesia, ou pode ser por outros motivos sendo ele por acometimento de infecção; Fratura da agulha: Existem algumas técnicas que o cirurgião dentista pode utilizar, como um aliado para que não aconteça esse tipo de complicação, pode-se utilizar abridores de boca e sempre utilizar um ponto de apoio para a realização da técnica anestésica; Lipotimia: A lipotimia é um desencadeamento do sistema nervoso que ocorre uma leve perda de consciência, porem não acontece o desmaio; Xerostomia: A xerostomia pode ocorrer quando o cirurgião dentista aplica o agente anestésico próximo do nervo corda do tímpano causando sua dessensibilizarão; Náuseas e vômito: As náuseas e vômito podem preceder um desencadeamento de nervosismo pelo paciente, acometido pelo medo; Reações tóxicas: Pode ocorrer devido a alta dose aplicada no paciente, pode ser pelo rápido metabolismo do anestésico feito pelo corpo, o cirurgião dentista pode ter realizado a aplicação do agente anestésico intravascular; Reações alérgicas: Podem ocorrer devido a uma hipersensibilidade devido ao agente químico aplicado
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