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LESÕES INFLAMATÓRIAS
Prof. Ma. Mara Layanne Felix 
ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ
CURSO DE FARMÁCIA
CITOLOGIA CLÍNICA
INTRODUÇÃO
Inflamação é a resposta do tecido às lesões ocasionadas por vários agentes;
Bactérias, vírus, fungos, parasitas, traumas, reações químicas, calor, frio, radiação;
Os processos inflamatórios são agudos ou crônicos;
Podem ser reconhecidos nos esfregaços cérvico-vaginais;
Técnicas citológicas são úteis na identificação e controle de alterações inflamatórias;
Inflamação aguda:
Formação de novos capilares e migração de leucócitos polimorfonucleares para dentro do local lesado;
Comum achado de tecido necrótico;
Inflamação crônica:
Presença de linfócitos e macrófagos e proliferação de fibroblastos;
Podem provocar modificações como: hiperplasia, metaplasia e reparação;
ALTERAÇÕES HISTOLÓGICAS DAS ESTRUTURAS EPITELIAIS
Hiperplasia das células reservas do epitélio escamoso são observados somente em cortes histológicos (somente em biópsias);
Praticamente inexiste nos preparados citológicos;
HIPERPLASIA DE CÉLULAS RESERVAS
Células reservas normais
Hiperplasia de células reservas
Hiperplasia das células reserva do epitélio colunar endocervical é a primeira etapa da metaplasia escamosa;
Possível observar várias camadas de pequenas células reserva sob o epitélio cilíndrico;
Células reserva podem dar origem aos carcinomas de pequenas células;
Destruição do epitélio cervical desencadeia uma reação de reparação;
Causas incluem:
Biópsias; Cauterização; Criocirurgia; Histerectomia; radioterapia; inflamações agudas e crônicas; pressão exercida por DIU; pólipo endocervical;
A lesão gera uma reação inflamatória no estroma subjacente;
Caracterizada pela invasão do tecido por leucócitos, polimorfonucleares, proliferação de novos capilares e fibroblastos
REPARAÇÃO
Reparação tem início com proliferação das células basais na periferia da área lesada, até recobrir toda superfície comprometida;
Aumento da espessura do novo epitélio;
Núcleos das células epiteliais jovens são grandes e hipercromáticos;
Nucléolos grandes e numerosos, indicando síntese proteica;
Pode-se observar uma queratinização anômala
Inflamação sempre é visível no estroma
CITOLOGIA DE LESÕES INFLAMATÓRIAS
Independe da causa;
As reações inflamatórias estão representadas nos esfregaços por um exsudato inflamatório composto por:
Leucócitos, macrófagos e detritos que constituem evidências de necrose celular;
Esfregaços “sujos”
Os neutrófilos PMN podem estar presentes em grande número e formando agrupamentos;
Linfócitos são mais comuns em inflamações crônicas;
Comum encontrar macrófagos, mono ou multinucleados (células gigantes de corpo estranho) contendo fragmentos fagocitados;
caracterizada pela proliferação de folículos linfoides com centros germinativos no estroma do colo uterino
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Presença de eritrócitos, tanto preservados como fragmentados também é comum;
Tecidos lesados sangram mais facilmente;
A presença exagerada pode recobrir todo o esfregaço, tornando inadequado;
O achado de macrófago com pigmento sanguíneo (hemossiderina) em seus citoplasma é indicador de hemorragia crônica ou pregressa;
Possível ocorrer mudanças no tipo preponderante de células escamosas;
Uma mulher jovem com ulceração no epitélio pode apresentar aumento de células parabasais;
Uma mulher menopausada com proliferação de capilares pode estimular crescimento do epitélio escamoso e criar uma falsa imagem de efeito estrogênico;
A afinidade pelos corantes pode variar, produzindo uma falsa eosinofilia nas células parabasais ou intermediárias;
Em esfregaços inflamatórios, as células escamosas podem apresentar algumas alterações:
Vacuolização citoplasmática;
“Bala de canhão”: acúmulo de neutrófilos e piócitos (leucócitos) sobre uma célula escamosa;
Quando a degeneração nuclear é acentuada, os núcleos tornam-se homogêneos e fragmentados (cariorrexe);
Tumefação, aumento nuclear e leve irregularidade das bordas nucleares devido ao enrugamento da membrana nuclear
Quadros infecciosos, principalmente por Trichomonas vaginalis, observa-se uma típica zona clara e estreita circunda os núcleos celulares (halo perinuclear pequeno);
Em alguns quadros inflamatórios há destruição do citoplasma, deixando os núcleos “nus”, padrão semelhante à citólise;
Células endocervicais colunares podem apresentar evidências degenerativas representadas por tumefação e vacuolização citoplasmática;
Apresenta infiltração por leucócitos polimorfonucleares;
Núcleos costumam estar aumentados;
INFECÇÕES BACTERIANAS
Vagina e colo do útero estão inseridos em ecossistema complexo de espécies aeróbias e anaeróbias;
Pode haver inflamação cérvico-vaginal, muitas vezes acompanhada por uma secreção de odor desagradável
Acometem mulheres de todos os grupos étnicos;
Vaginose bacteriana com flora mista, esfregaços costumam evidenciar inúmeras colônias bacterianas;
Reação inflamatória de intensidade variável com evidências de necrose celular e hemorragia microscópica;
Apresenta aspecto “sujo”;
Complementa com cultura bacteriana para distinguir os microorganismos envolvidos;
LACTOBACILOS (BACILOS DE DÖDERLEIN)
Dificilmente provocam quadros de vaginites por si próprias;
Secreção vaginal exagerada é comum quando existe citólise acentuada;
Presença de lactobacilos depende do ambiente hormonal;
Frequente durante a menarca, raros antes da menarca e após a menopausa;
Menacma – ápice da atividade menstrual
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Gardnerella vaginalis
Bactéria em forma de bastão que pode ser tanto Gram-negativa como gram-variável e se cora de azul no Papanicolaou;
Encontrado em 10% das mulheres sexualmente ativas;
Responsável por vaginose bacteriana com secreção vaginal abundante, odor fétido e coloração acinzentada, especialmente em pH acima de 4,5;
Observam-se numerosas bactérias em forma de bastão;
Podem estar parcialmente ou totalmente aderidas à superfície das células escamosas, chegando a recobrir tais células;
Esses elementos celulares são denominados “células-guia” e apresentam uma coloração azulada;
Identificação das células-guia é de importância diagnóstica;
Nem sempre, na infecção por G. vaginalis, os esfregaços apresentam exsudato inflamatório;
Nas infecções mistas, o exsudato é sempre visível;
Célula intermediária com pseudoeosinofilia e recoberta por bacilos – “células-guia”
COCOS GRAM-POSITIVOS
Várias espécies de cocos, arranjados na forma de cadeias ou agrupamentos, podem ser observados nos esfregaços;
Mais comuns: estafilococos e estreptococos;
Coram-se de azul pelo método Papanicolaou;
Geralmente os cocos acompanham um exsudato inflamatório;
Identificação precisa de espécies de cocos exige uma cultura bacteriana
COCOS GRAM-NEGATIVOS
Gonorréia:
Doença sexualmente transmitida;
Diplococo gram-negativo (Neisseria gonorrhoeae);
Na fase aguda ocasiona secreção vaginal purulenta;
Posteriormente, pode evoluir para uma cervicite crônica, bartholinite, abcessos tubo-ovarianos e peritonite
Os recém-nascidos infectados podem apresentar conjuntivite purulenta e evolução para cegueira
Nos esfregaços, diplococos gram-negativos são de difícil reconhecimento à microscopia óptica
Necessário cultura bacteriana
Chlamydia trachomatis
Parasita intracelular obrigatório (bactéria);
Responsável por processos infecciosos, como: linfogranuloma, uretrite, salpingite e conjuntivite;
Pode ser assintomática ou produzir sintomas inespecíficos;
No colo uterino, acomete a JEC e o epitélio endocervical;
Produz alterações citoplasmáticas nas células endocervicais e metaplásicas;
Primeira mudança observada é aparecimento de numerosos e diminutos corpos cocóides, circundados por zonas claras e estreitas;
Estágios finais, os corpúsculos cocóides se fundem formando densas inclusões localizadas no interior de vacúolos maiores
Células infectadas podem apresentar:
Maior volume;
Aumento tamanho nuclear;
Multinucleação;
Hipercromasia e grandesnucléolos;
Necessário descartar possível lesão neoplásica;
Esfregaços com exuberante exsudato inflamatório 
Alterações citológicas não são específicas da infecção;
Vacúolos e inclusões citoplasmáticas podem ser encontrados em pacientes submetidas à radioterapia;
Sensibilidade e especificidade não são elevadas;
Exige uma cultura microbiológica, imunofluorescência com antígeno específico ou ensaio ELISA
Actinomyces
Bactéria filamentosa gram-negativa;
Nos esfregaços, aparece na forma de “bolas”, com centro denso, circundadas por filamentos que se irradiam a partir da condensação central;
“Bolas” assumem característica de coloração cinza-azulada;
Comum em mulheres que faz uso de DIU
Quadro de natureza leve que pode evoluir para abcessos pélvicos levando à esterilidade;
Fragmentos do DIU podem calcificar formando corpúsculos basofílicos ou eosinofílicos, de tamanho e coloração variadas;
Estes detritos precisam ser diferenciados de corpos psamomatosos associados à alguns cânceres de ovário e endométrio
MICOSES (FUNGOS)
Candida albicans é o fungo patogênico que mais produz quadros infecciosos na vulva, vagina e raramente no colo do útero;
Gravidez, obesidade, diabetes, uso de antibióticos, imunodepressão favorecem o aparecimento de candidíase;
Na maioria das vezes, a simples presença do fungo não produz sintomas;
Apenas associado a secreção espessa e de coloração esbranquiçada, além de prurido e ardência na região vulvar;
Podem aparecer de duas formas leveduras ou fungos;
A levedura (conídia) é representada por uma pequena estrutura ovalada, tamanho variado;
Apresenta uma zona central clara, circundada por uma cápsula;
O fungo, propriamente dito, é composto de filamento constituídos por longos esporos em forma de bambu – formam pseudo-hifas não encapsuladas;
A identificação necessita de investigação microbiológica;
PROTOZOÁRIOS
Protozoário flagelado;
Encontrado no trato genital feminino, próstata e uretra masculina;
Transmitido por contato sexual;
Algumas mulheres apresentam-se assintomáticas;
Outras apresentam manifestações intermitentes da infecção;
Trichomonas vaginalis
¼ apresenta secreção vaginal amarelo-esverdeada de odor fétido;
Exame clínico dos epitélios vaginal e cervical evidencia pequenas hemorragias puntiformes – aspecto “morango do colo ou da vagina”
Hemorragias são causadas pela dilatação das alças intraepiteliais dos vasos capilares;
Estrutura ovalada ou arredondada, formato irregular e coloração cinza-esverdeada;
Pequeno núcleo de localização excêntrica;
Flagelos ocasionalmente observados;
Costuma produzir alterações nas células escamosas;
A mais comum é a eosinofilia citoplasmática acentuada;
Ocorre em células intermediárias e parabasais, acompanhadas de halos perinucleares estreitos;
Em mulheres jovens, observa-se aumento no número de células parabasais – falsa impressão de esfregaço atrófico;
Atividade 
1- conceitue processo inflamatório
2- diferencie inflamação aguda de inflamação crônica 
3- o que é hiperplasia das células de reserva?
4- o que é reparação?
5- conceitue esfregaço “sujo”
6- fale sobre os principais patógenos responsáveis por provocar lesões cérvico-vaginais.

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