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CURSO DE EUBIOSE 
Módulo 2: Sabedoria Iniciática das Idades 
O que é; o que representa no contexto evolucional humano 1 / 45 
 
 
SABEDORIA INICIÁTICA DAS IDADES – I: 
CIÊNCIA DAS IDADES 
 
Origem 
 
Há milhões de anos existiu uma Religião-Sabedoria, ou antes, Solar, Religião da 
Natureza e do Espírito. O nome que melhor poderia encontrar-se a tal Religião, deve 
considerar os aspectos do "Bom”, do "Bem" e da "Verdade", de onde precedentemente 
saíram os dois caminhos laterais à Karma, das escrituras vedantinas, isto é: Jñâna 
(Conhecimento, Sabedoria etc.) e Bhakti (Amor, Devoção, Bem etc.). 
A raiz desse nome, Bhakti, acabou por simplificar-se no latino: Bonus, Bons, Bonum 
(Bonus, Bona), chegando assim até nós, pouco importando o idioma que nos diga respeito. 
Daí, o SUMMUM-BONUM aplicado ao que se prefira tomar como essência de todas 
as religiões, filosofias etc. adotadas pelo mundo. O Summum-Bonum foi ontem a Teosofia 
e hoje é a Eubiose, mas outrora foi a Sabedoria adotada por uma humanidade superior, 
que serviu de Guia à atual, pouco importando o nome que lhe dessem naquela ocasião. 
A mesma Helena Petrovna Blavatsky já dizia: "Os ensinamentos da Doutrina Arcaica, 
por outro nome, Teosofia, possuem origem divina, que se perde na noite dos tempos”. 
"Origem divina” não quer dizer, entretanto, uma revelação partida de um Deus 
antropomorfo, assentado sobre uma montanha, cercado de raios e trovões, mas sim, como 
uma linguagem e sistema de ciência comunicada à Humanidade primitiva por outra 
Humanidade tão avançada que era tida como divina aos olhos da humanidade imatura”. 
A referida Religião-Sabedoria, também chamada Doutrina Secreta etc., é, portanto, o 
Tronco de todas as religiões, filosofias, ciências e artes espalhadas pelo mundo. Mas só 
pode ser dada através de iniciações, por um Guru ou Instrutor, a determinado número de 
discípulos (quase sempre sete, qual um Universo com um Sol central e sete globos ou, 
planetas em redor), ou por um Colégio ou Fraternidade creditado como tal, pela Excelsa 
Confraria Branca (Hierarquia Oculta etc.), especialmente quando, ao mesmo tenha sido 
conferido pela própria Lei que rege aquela Confraria, o direito de Núcleo Central do 
Espiritualismo para o mundo, ou que mantém determinado serviço cíclico ou racial, como 
acontece, por exemplo, com a "Sociedade Brasileira de Eubiose”, com Sede na Cidade de 
São Lourenço, Estado de Minas Gerais e suas Unidades espalhadas pelo Brasil e outros 
países, já que dali devem irradiar as espirituais vibrações para todo o Mundo e por meio de 
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Módulo 2: Sabedoria Iniciática das Idades 
O que é; o que representa no contexto evolucional humano 2 / 45 
 
nossas humildes conferências eubióticas, preparar o ânimo e a inteligência de cidadãos 
tocados pelo princípio da fraternidade para dar início a tão difícil e excelso Movimento que 
haverá de concorrer para a formação de uma só e mesma Família Espiritual, capaz de 
servir de exemplo aos demais povos do mundo, hoje asfixiados nas negruras de um fim de 
cicio apodrecido e gasto. 
Todas as religiões do mundo "não são mais do que embaçados espelhos, onde se 
refletem os pálidos raios daquela Religião-Sabedoria Primitiva”, não resta a menor dúvida; 
além do mais, porque nenhuma delas é capaz de ensinar aos seus prosélitos a razão de 
ser das coisas, ou melhor, "Quem é, donde vem e para onde vai a criatura humana?”. 
Da "Religião do Bon” ou da "Primitiva Sabedoria” ou da Doutrina Secreta dentre os 
vários nomes que possuí a Sabedoria Iniciativa das Idades, figura o de "Sha-Manismo" 
(Shamanismo), cujo significado é o mesmo do da Teosofia; "Sabedoria dos Super Homens, 
Mahâtmas (Grandes Almas), Gênios, Jainos, Djins ou Jinas etc”. 
Com a decadência da Atlântida - onde de fato existiu a raça equilibrante na evolução 
da mônada , não só por ser a Quarta Raça-Mãe, como pelo estado de consciência da 
mesma, dando lugar aos dois conhecidos períodos de Pravritti-mârga (descida, involução) 
e Nivritti-mârga (subida, evolução), dizemos que o Shamanismo transformou-se em 
Camanismo, que melhor deveria chamar-se de Ka-mam-ismo (mental inferior, 
passionalismo, baixa magia etc.) que, de queda em queda, chegou à mais inferior das 
demonstrações religiosas, alcançando o próprio "Africanismo”, que vai mais além da 
Atlântida, isto é, aos povos Lemurianos ou habitantes do terceiro continente: a Lemúria. 
A prova é que no africanismo sacrificam-se animais em honra aos seus deuses, a 
começar pelo próprio Deus, o que no Brasil confundem com o "Senhor do Bonfim” da Bahia, 
devido às grandes levas de escravos negros que se dirigiram, em particular, para aquele 
estado do Nordeste brasileiro. Assim, o termo "Oxalá”, tanto se refere a Deus como ao 
"Senhor do Bonfim”. 
É fato que para S. Jorge, S. Sebastião, a Virgem Maria etc., respectivamente, citam-
se os nomes: Ogum, Asalauê, Iemanjá etc., sendo que, ao designarem Virgem Maria como 
"Mãe d'água” se acham mais próximos da Verdade, porque, Maria provém de "Mare”, o 
mar, a água, a Lua etc.”, prova é que na mesma religião, ou movimento religioso copiado 
do paganismo, uma de suas deusas mais em evidência simbolizando Ísis, a Lua etc., coloca 
por baixo de seus pés o "quarto lunar”, quando não o faz sobre a cabeça, qual a deusa 
egípcia, como é do conhecimento de quantos se interessam pelas leituras dessa natureza. 
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Módulo 2: Sabedoria Iniciática das Idades 
O que é; o que representa no contexto evolucional humano 3 / 45 
 
Ao próprio "Diabo”, o africanismo reconhece como "Exu”, o "deus das encruzilhadas”, 
ao qual se deve dar alimento (farofa de azeite, acaçá - bolo de milho branco ralado ou 
moído, envolvido em folha de bananeira etc.), imitando o que no próprio Tibete, os fanáticos 
de certas regiões montanhosas, principalmente de práticas anímicas ou de "baixo 
espiritismo” (como se prefere chamar no Brasil), fazem em relação com os "Elementais” ou 
"Espíritos da Natureza". E isso porque, as religiões ocidentais, por mais elevadas que 
sejam, representam um acúmulo de passagens de outras religiões anteriores, senão, de 
iniciações de mitos e lendas antigas etc. Assim, até caírem no que de mais baixo se possa 
conceber com o nome de "religião”. 
Em resumo: todas essas "aberrações” provenientes do "Totemismo” ou a 
supersticiosa e idolátrica adoração aos "Elementais da Natureza” e "espíritos” perversos, 
aos quais a criatura humana de outrora dominava e a de hoje adora, tornando-os perversos 
por ela mesma ter caído em degradação, acompanhando o fim de um ciclo nos seus últimos 
estertores. 
Bem se pode afirmar que tal degenerescência começou na Alta Ásia pelo 
"mossaísmo” ou doutrina do Mosso, adotado por gente mongol e tibetana das montanhas 
do Norte e do Leste do Tibete. Continuando com o nome de "mossaísmo”, estabelecendo 
até Ur (origem do nome Ur-Rope e daí Europa), e demais regiões da Ásia Ocidental. Não 
deveu, pois, seu nome a Moisés, mas este àquele: como talvez o tivesse tomado, o Muiska 
(Moiska, Mosca, Mourisco etc.) dos Astecas, no continente americano. 
Essa transformação religiosa desfavorável, isto é, da "Relígião do Bon” ou do” Brahmâ 
primitivo”, teve lugar quando da morte de Yezeus-Krishna, (começo da Kaliyuga - idade de 
ferro ou negra), constatada pela existência de numerosas provas no Guzerate. 
Para o espírito religioso do jovem povo ário, sucessor do atlante, dócil e espiritual no 
fundo, apesar de sua estirpe guerreira - do qual descende grande parte dos povos da 
Europa - o fenômeno não teve maior repercussão, porquanto, conservou tal povo a 
essência da primitiva religião do Bon, através do culto à Natureza e à vida,como aos manes 
de seus antepassados, com o nome de Lha-maismo (de "Lha” ou "espírito”). Razão porque, 
em diferentes épocas, triunfaram sobre outros povos estabelecidos no Ocidente, por 
serem esses menos espiritualizados, embora mais cultos. 
Quanto ao Shamanismo e Lhamanismo, esse também conhecido como "Lamaísmo” 
tibetano, mongol etc. - ambos subsistiram durante muitos séculos com essa "exigida 
oposição” entre o Bem e o Mal, como soe aliás acontecer com tudo na vida, ou melhor, 
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orientando-se um para Baixa Magia, Necromancia ou Magia Negra, e o outro para a vida 
pura e simples, embora por desgraça, o primeiro fosse sobrepujando o segundo, até que 
o mundo chegasse à degradação em que hoje o encontramos. 
O Camanismo necromante (ou "de negro manto ou veste”), foi ameaçado com o 
advento do Budismo, ou melhor, o Bodismo (de "Bodhi", Sabedoria, Iluminação etc.); 
reagindo contra este, ressuscitou em parte, com as reformas de Glang-Dharma (908 -1012) 
e outras mais ou menos tântricas verdades do primitivo Bon, como a dos Bon-pas ou Bon-
pos, contrários ao originário e puríssimo Bon. 
Seguiu tal luta vários êxitos no Tibete e em outros lugares, durante muitos séculos, 
até chegar ao séc. XIV com o excelso, Tsong-Kapa, reformador do Budismo Tibetano, já 
bastante adulterado, não só pela luta com a não menos adulterada religião de seus 
contrários - os "vermelhos” ou Bon-pos, da mescla entre camanistas e lamaístas. 
Falar da História e suas origens equivale a falar sobre a Religião Primitiva ou Doutrina 
Secreta, da qual se serviram, como já foi dito, todos os Iluminados que a este humano 
mundo vieram, segundo o prometido pelo próprio "Espírito de Verdade” - pouco importa o 
NOME com que se apresente, já que Dharma, a Lei justa, declinava - tal como agora - nas 
várias épocas de seu aparecimento. Por isso, todos Eles dizendo a mesma coisa, embora 
com palavras ou iniciações de várias naturezas, mas dentro do que está expresso nas 
palavras do Rig Veda: "A Verdade é uma só, embora os homens lhe dêem nomes 
diferentes”. Mas, como já se deu a entender, todos Eles surgem como formas parciais 
daquele que poderia cognominar de Redentor-Síntese (que, embora não tendo vindo ainda, 
é como se já o tivesse feito, segundo aquelas proféticas palavras bíblicas de que, "Ele já 
veio e vós não o reconhecestes”). 
A Doutrina Secreta foi, pois, a Religião Universal no mundo pré-histórico, e 
corroborando com essa afirmativa, H. P. Blavatsky a dá como sabedoria "pregada por uma 
Humanidade divina ou superior aos olhos da humanidade imatura” etc. 
 
São provas de sua difusão: os anais autênticos de sua história e presença nas 
escrituras sagradas de todos os povos juntamente com os ensinamentos de todos os 
Grandes Iluminados, conservados nas criptas secretas das bibliotecas pertencentes à 
Grande Fraternidade Branca ou Hierarquia Oculta. 
Tais afirmações estribam-se nos seguintes fatos: a tradição de milhares de 
pergaminhos antigos, salvos, por exemplo, quando a biblioteca de Alexandria foi destruída 
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por um incêndio; as milhares de obras sânscritas resgatadas após desaparecidas na Índia 
durante o reinado de Akbar; a tradição universal existente no Japão e China, de que os 
verdadeiros textos budistas e comentários que os poderiam tornar inteligíveis, de há muito 
se acham fora do alcance do mundo profano. Inclui-se em tal mistério, a tradicional 
Fraternidade conhecida com o nome de "Cem sábios chineses”, estreitamente ligada 
àquela outra do "Dragão de Ouro”, cujo Chefe Oculto era sempre o Manu ou Dirigente deste 
ou daquele ciclo racial; o pouco existente no "Livro dos Mortos” (do velho Egito), mas que 
é ainda tesouro inesgotável de Sabedoria para os que sabem 'ler através da letra que mata, 
o espírito que vivifica”. 
Entretanto, na tradição indiana, cujos comentários secretos, únicos que poderiam 
tornar inteligíveis os Vedas, embora inacessíveis para o profano, acham-se ocultos em 
grutas e criptas secretas - inclusive, em Elefantina, Luxor e outros lugares, por força da 
própria Lei que rege aquela Excelsa Fraternidade, embora permitindo que seus 
proeminentes Adeptos os possam consultar. Conhecem os poucos ou verdadeiros 
Ocultistas do mundo que a antiga tradição encontra-se devidamente segura (donde se 
originou o termo "hermeticamente” fechada, guardada etc., expressão muito comum em 
linguagem vulgar), ou antes, "debaixo de Sete Chaves”. E isso, até há bem pouco tempo, 
porquanto, era ela a mesma (tradição) que já apontava a futura fusão do Oriente com o 
Ocidente, quando este se tornasse digno de receber tão valioso tesouro. 
É o próprio mundo o culpado de tais documentos se encontrarem "debaixo de Sete 
Chaves”, e não os Adeptos ou Membros da Grande Fraternidade, como seus excelsos 
Guardiões, pois que, sem direitos e responsabilidade para tanto, fatalmente o homem faria 
mau uso desses conhecimentos, em detrimento do próximo, para não dizer, 
egoisticamente, ou em seu próprio interesse. Se as "insignificantes” descobertas feitas 
nesses últimos tempos têm sido empregadas como instrumento de destruição (haja vista a 
aviação, que ocasionou ao insigne investigador brasileiro Santos Dumont - uma morte 
prematura, por um traumatismo moral, digamos assim), que poderia acontecer se o homem 
possuísse em suas mãos o que diz respeito às leis universais? 
Nesse caso, entregar ao mundo profano, ou àquele que não alcançou ainda o máximo 
da perfeição que lhe é exigida, semelhantes conhecimentos secretos, seria o mesmo que 
entregar uma vela acesa a uma criança de poucos meses de idade. A começar pelas 
doutrinas numéricas ou dos "cânones antigos”, que têm por origem a Cadeia Planetária ou 
das Sete Raças, estreitamente ligadas aos Dhyâns-Chohâns (em sânscrito,”Senhores da 
Luz”), os Arcanjos do catolicismo romano, as Inteligências Divinas que expressam o Verbo 
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Manifestado, que presidem os planos cósmicos como seus "Espíritos Planetários”. Nessas 
doutrinas canônicas, com o uso de suas sábias CHAVES seria descoberta, desde logo, a 
"Sétupla natureza humana”, pois que, cada chakra ou centro de força na criatura humana 
acha-se em relação com determinado plano, mundo, globo ou planeta do plano astral 
cósmico, e consequentemente com as forças sutis ou ocultas da Natureza (sempre 
Sétupla), sendo que os correspondentes aos demais planos caracterizam-se por formidável 
potência cósmica, tanto capaz de criar ou construir, como destruir ou aniquilar... 
Assim é que, uma insignificante classificação setenária bastaria para proporcionar, 
imediatamente, um guia seguro e infalível para se descobrir "Poderes ocultos tremendos”, 
contudo com grande risco se em mãos de egoístas, protegidos por sua incredulidade 
materialista em assuntos dessa natureza. 
Nos primeiros séculos da chamada Era Cristã estava-se convencido da existência da 
realidade do Ocultismo. Porém, logo tais poderes (ocultos) acabaram por serem 
empregados para fins egoístas. 
Por tudo isso se depreende que, embora os documentos da antiga Sabedoria 
tivessem que ser conservados ocultos aos olhos do mundo profano, no entanto, segredo 
jamais se fez de sua real existência, como de estar sob a guarda daquela mesma 
Fraternidade, a começar, pelos Hierofantes dos Templos Iniciáticos, para os quais, os 
"Mistérios”foram sempre um sistema de disciplina e estímulo à virtude na antiga Grécia. 
Tão arcaicas são essas verdades, não somos os primeiros a dizer, porquanto, já o 
faziam não só os Grandes Iniciados, como os próprios Adeptos, principalmente, aos seus 
"Eleitos” ou "Discípulos”. 
A mesma Helena Petrovna Blavatsky cita o que lhe afirmou respeitável adido, durante 
muitos anos, à embaixada russa, "de que existem documentos nas bibliotecas imperiais de 
S. Petersburgo (Leningrado) que se referem à época em que a Franco-Maçonaria e outras 
sociedades secretas de místicos, floresciam na Rússia, ou seja, nos fins do século XVIII e 
princípios do XIX. Mais de um místico russo se dirigiu ao Tibet através dos Montes Urais, 
para adquirir o Saber e a Iniciação, nas desconhecidas criptas da Ásia Central. Sendo que 
mais de um deles voltou portador de tesouros espirituais que jamais poderiam adquirir em 
parte alguma da Europa, ou antes, do Ocidente”. Não citaremos seus nomes, para não 
molestar seus parentes, que ainda os há em diversas partes do Globo. 
Entretanto, quem desejar detalhes sobre o caso, que consulte os Anais da Franco 
Maçonaria, nos arquivos da metrópole russa, e se convencerá de que muito longe estamos 
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Módulo 2: Sabedoria Iniciática das Idades 
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em haver divulgado toda a verdade... As calúnias assacadas contra tais Seres resultaram 
alcançar um mal cármico para os seus detratores. E como esse mal já esteja feito, não se 
deve recusar a Verdade, sejam quais forem as consequências. 
Em resumo, a Eubiose não é, nem uma nova religião nem uma nova filosofia, pois 
como se viu, é tão, antiga quanto o homem, um acervo de conhecimentos que a 
caracterizam como uma Sabedoria, milenar e atualizada. 
Aqui encerramos esta aula, pois não temos a intenção de esgotar o assunto, visto que 
a iniciação deve seguir os princípios da calma, paciência e perseverança. E, baseados 
nesses três itens, pedimos ao nosso prezado leitor a sua compreensão. 
Muitas vezes, poderão ser repetidas frases, textos, com o intuito de relacionar e fixar 
melhor os conhecimentos por nós ministrados. 
Agradecemos a sua compreensão. 
O – O – o 
 
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SABEDORIA INICIÁTICA DAS IDADES – II: 
CIÊNCIA DAS IDADES 
 
Fases 
 
Quando se deu o cataclismo da Atlântida, parte de seu povo era sabedor do que 
poderia vir a ocorrer; tal como hoje, observamos uma série de fenômenos estranhos na 
Terra e alguns cientistas mais conscientes procuram alertar os cidadãos do perigo que 
estão incorrendo com os seus desmandos em relação à Natureza. Os atlantes tinham o 
conhecimento por meio de Supremos Condutores responsáveis pela veiculação da "Ciência 
das Idades”. Muitos atlantes migraram para onde os cataclismos seriam de menor poder 
destrutivo pois sabiam decifrar com antecedência os sinais da Natureza. Esse povo na nova 
terra teve momentos felizes, principalmente no Império de Ram. Esse império era 
governado por um rei e três seres de alta hierarquia, O rei mantinha o símile dos reis divinos 
da Atlântida, os Reis de Edon, no seu tempo áureo. Os diretores do Império eram iniciados 
durante uma vida inteira, distribuíam justiça, bem-estar e sabedoria ao povo. A iniciação do 
rei era realizada individualmente. 
Com o passar dos tempos, veio o declínio do grande Império e a anarquia foi tomando 
vulto. A corrupção minou todos os campos da atividade humana. 
O precioso símbolo de Ram que era a cruz suástica, positiva (que gira no sentido 
horário) fora conspurcado pelos senhores da sovástica, negativa (que gira no sentido anti-
horário). 
Para conter esse obscurantismo, manifestou-se Yeseus Krishna (3228 a.C. - 3102 
a.C.), um Avatara dos antigos hindus, a fim de restabelecer o mito solar (a Ciência das 
Idades) e restaurar o Império Sinárquico (Império dos Supremos Seres da Grande 
Fraternidade Branca). Com Krishna surgiu uma nova ordem das coisas. O mundo começou 
a respirar um ar mais puro. Houve uma nova vida para a Terra. 
No entanto, seguindo a Lei dos Ciclos, a decadência voltou a reinar. Krishna, 
verificando a impossibilidade de divulgar a verdade, resolveu organizar uma Ordem secreta 
com o intuito de proteger os Adeptos Fiéis à Lei. Criou a Ordem dos Traichus Marutas ou 
Maçonaria Construtiva dos Três Mundos (base de todas as ordens secretas e religiosas 
existentes no mundo). 
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No ano 1370 a.C. o Faraó Amenophis IV fundou no Egito a Ordem Rosa-Cruz dos 
Andróginos, substituindo o lírio antigo (símbolo do Poder Terrestre) pela Rosa-Cruz 
(símbolo do Poder Espiritual). 
Amenophis IV, conhecido por Kunaton, veio restabelecer o culto solar, a fim de 
promover nova vida no Egito, tendo por emblema o disco solar. Teve como oposição ao 
seu trabalho, Tut-Ank-Amon. 
A Ordem dos Rosa-Cruzes, como corrente evolucional, do Egito estendeu-se para a 
Ásia Menor, Grécia, Roma e finalmente por toda a Europa. Dela surgiu a Ordem de Orpheo, 
que levou para a Grécia os mistérios órficos e toda a tradição do mito solar. A Ordem dos 
Rosa-Cruzes tinha dois sentidos: político e militar. Tentou restabelecer o sistema eubiótico, 
característico dos reinados divinos e sinárquicos; implantou os princípios iniciáticos na 
Grécia (daí os Mistérios Maiores e Menores); deu origem à sublime civilização mitológica 
dos antigos gregos. Passaram-se os tempos, e quando houve necessidade dessa Ordem 
se tornar pública o fez por meio da grande Escola Pitagórica, em Crotona, Sul da Itália, por 
volta de 550 antes da era cristã. 
Pitágoras desejava restabelecer a lei e a justiça pelo entendimento e não pela força. 
No entanto, os Adeptos Necromânticos, perversos perseguidores da sua monumental obra, 
fizeram com que a Escola Pitagórica se resguardasse tornando-se uma Ordem secreta. 
Nessa atitude, manteve-se até aparecer Platão (429-347 a.C.), que com sua benignidade 
humana e espiritual, reuniu os saberes iniciáticos do Egito, a ciência cabalística de Israel e 
as ciências herméticas, num conjunto harmonioso, consolidando os legados pitagóricos 
para o estabelecimento da Teosofia. O Platonismo alastrou-se por vários pontos da Terra, 
indo até as portas de Alexandria. 
Ammonio Saccas (III século d.C.), Plotino e outros neoplatônicos alexandrinos, 
filaleteus e verdadeiramente teósofos, deram àquela Sabedoria Universal um revestimento 
mais eclético do que religioso. Mais tarde vieram os árabes, que ouviram a palavra de 
Maomé (600 d.C.), espalhando-se pela Europa e indo até a Sibéria. Na Espanha, a Teosofia 
chegou por meio dos Califas, pelos Mouros, pelos Godos e Visigodos. 
Entre as fases por que passou a Ciência das Idades, é importante lembrar o trabalho 
anterior desenvolvido por Moisés (1300 a.C.). Como grande condutor do povo hebreu para 
a Terra Prometida (Canaã), Moisés foi um grande iniciado, legando um vasto tesouro de 
conhecimento, sendo sucedido por outros Seres de grande valor até a chegada da era 
cristã. 
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Há cerca de dois mil anos começou uma grande efervescência oculta no seio do povo 
de Israel. Roma e Grécia estavam em decadência. Um grande poder falhou em seus 
desígnios. Gregos e romanos perderam seus Impérios Sinárquicos, como os símiles do 
Império de Ram, para sujeitarem-se aos governostirânicos. 
Apareceram então no meio do povo de Israel, grandes Seres, sábios e cabalistas, tais 
como Gamaliel e o rabino Simeão ben Jochay (70 d.C.) comprometidos como a obra do 
Messias do ciclo de Piscis ou do Peixe. Em meio ao ambiente tumultuado pelo domínio 
romano, surgiu Jeoshua ben Pandira (Jesus, o Cristo), o anunciado Messias (em hebraico, 
o ungido). Mas infelizmente houve nova queda, culminando com o sacrifício do Messias, e 
consequente comprometimento negativo do povo judeu perante a Lei que regia o plano da 
Grande Fraternidade Branca. O trabalho de Jesus era, na ordem política, restaurar a 
Sinarquia Universal do Ocidente, particularmente na Europa, no aspecto profano, 
destituindo os tiranos, e na ordem espiritual, era o de ser o Mestre da tônica do ciclo. Em 
virtude do fracasso desse trabalho, o Cristo foi levado a julgamento e ao sacrifício no 
Gólgota. 
Esse plano, no entanto, teve seus valores resgatados e conduzidos ao Tibete, onde 
ficou sob a guarda dos Traichus Marutas. 
O Mistério do Graal não teve início com o sacrifício do Cristo, embora que se 
correlacione assim, mas segundo a Sabedoria Iniciática sua origem remonta desde a queda 
atlante, há mais de 1.000.000(um milhão) de anos, quando do sacrifício de dois Seres 
Supremos: Muisis e Muiska, apregoados no Vishnu-Purâna, um dos mais antigos livros do 
mundo, como os Deva-Pis, a Divina Parelha, os Gêmeos Espirituais. 
A missão cristã teve prosseguimento por seus Adeptos através do Cristianismo 
primitivo. O Cristianismo dividiu-se em duas partes bem distintas: a esotérica (gnóstica) e 
a exotérica (religiosa-político-social), o Catolicismo propriamente dito. A primeira ficou a 
cargo de sete Seres ligados a Ordens religiosas de certo valor. A parte exotérica, político-
social-religiosa, ficou sob os cuidados da Igreja Romana. A primeira teve como dirigentes 
supremos, José de Arimatéia e Nicodemus; a segunda se consolidou com o trabalho dos 
apóstolos Pedro e de Paulo, pelo saber principalmente desse, e também pelo poder da 
força, simbolizado pela espada romana do Imperador Constantino. 
No Tibete, ano 985 de nossa era, como dissemos anteriormente, o conhecimento da 
Ciência das Idades foi preservado em um sistema de Mosteiros. O Governo Oculto do 
Mundo dava as diretrizes do trabalho a ser desenvolvido por meio de seus ministros 
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Módulo 2: Sabedoria Iniciática das Idades 
O que é; o que representa no contexto evolucional humano 11 / 45 
 
Traichu-Lama (Sacerdote) e Dalai-Lama (Governador), às Ordens secretas espalhadas 
pelo mundo inteiro. Tibete tem o significado de Telhado do Mundo. Naquela época as forças 
contrárias também agiram, resultando no sacrifício de dois Supremos Seres, dirigentes 
espirituais daqueles Mosteiros tibetanos. Podemos dizer que a polaridade é uma constante 
no processo evolucional. 
Maomé, como grande Mestre conhecedor da Ciência ou Sabedoria das Idades, 
orientou o movimento islâmico dando-lhe uma ação construtiva. Este movimento foi depois 
deturpado, principalmente por aqueles que não tinham as chaves do conhecimento. Isto 
levou Roma a promover e organizar as Cruzadas. A V Cruzada enviada sob o comando de 
Godofredo de Bouillon (Duque de Lorena, posteriormente proclamado rei de Jerusalém), 
ao chegar à Ásia Menor (hoje Oriente Médio), teve contato com seres de imenso valor 
intelectual e espiritual. Grande número de cruzados inteligentes preferiu instruir-se, ao invés 
de combater estupidamente por um ideal sem objetivo prático e evolucional. Dessas 
Cruzadas de escol saíram as Ordens de Jerusalém ou do Templo, Ordem do Cristo e dos 
Templários, essa, perseguida por Felipe IV, o Belo, e pelo papa Clemente V acabou por ser 
destruída em 1312. Das suas cinzas surgiram as Ordens da Cruz de Malta, da Cruz do 
Cristo, a Ordem de Aviz e outras. 
No século XI encontramos o movimento dos Francos Juízes, na Alemanha, 
enfrentando o despotismo de setores do Catolicismo. Eles protegiam as instituições 
difusoras dos ensinos trazidos pelos Árabes, para os povos da Europa. 
Dentro do Catolicismo surgiu a Ordem dos Monges Construtores, encarregados das 
construções e ornamentações canônicas de igrejas e catedrais. Seus membros eram seres 
de grande saber e iniciados nos Grandes Mistérios. Graças a essa ordem encontramos em 
várias igrejas símbolos "pagãos”, maçons, cabalísticos etc. Essa Ordem preparou o 
ambiente para a vinda dos Rosa-Cruzes da Alemanha. 
No século XIV, no ano de 1375 de nossa era, despontou na Alemanha outro grande 
movimento, com os mesmos propósitos dos anteriores. Kristian Rosenkreutz tentou 
disseminar os velhos ensinamentos iniciáticos, baseado nos princípios eubióticos, a fim de 
conduzir o povo à felicidade geral ou coletiva. Foi também muito perseguido, por defender 
a reforma moral, intelectual e espiritual de todos. O movimento falhou, todavia, seus nobres 
princípios foram adaptados ao Cristianismo. No que diz respeito à parte interna ou mais 
oculta do movimento, criou-se uma organização, intitulada Fraternidade Rosa-Cruz, que 
viveu 120 anos secretamente. 
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O Absolutismo e o despotismo pesavam sobre o povo europeu e então, das excelsas 
Fraternidades de Luxor e Caleb, situadas no Egito, teve origem o primeiro movimento 
político, dirigido por Cagliostro, para destruir os tentáculos da corrupção e preparar o 
advento de novo ciclo, a irromper nas Américas, no ciclo seguinte, criando o ambiente 
favorável para o advento do "Grande Ocidente”, precedendo em dois séculos a 
manifestação do Supremo Instrutor do Mundo com a cognominação cíclica de Maytréia. 
Esse movimento tomou o nome de Maçonaria Egípcia e tinha ramificações na Inglaterra, 
Alemanha, Rússia, Japão, Itália, Áustria etc., mas com sede em França, onde o 
"Clericalismo” e o Absolutismo estavam dominando com maior intensidade. 
Cagliostro apresentava-se como Grão-Copta da Maçonaria Egípcia e trazia no peito 
um símbolo com as letras L.P.D. cujo significado era o da destruição do governo insano da 
França sob a regência dos Bourbons. 
A Franco-Maçonaria, herança da Ordem dos Templários, tinha o intuito de resgatar os 
valores daquela Ordem destruída em suas bases na França. Na época, os lIuministas foram 
organizados por Martinez de Pasqualis, com a proposta de melhorar a situação do mundo 
pelo aperfeiçoamento dos homens. O movimento, inspirado secretamente pelo Conde de 
São Germano, teve um papel importante na grande transformação político social e culminou 
com a Revolução Francesa. 
Mas o trabalho daqueles que são responsáveis pela evolução da humanidade não 
parou. São Germano, conhecido também como Conde Fênix, deixou claro, numa inscrição 
na Capela de Einfurt (Alemanha), o anúncio que voltaria no século XIX. 
Helena Petrovna Blavatsky (HPB) também muito contribuiu para que a verdade 
pudesse se firmar na Face da Terra, escrevendo entre outras obras, não menos 
importantes, a "Doutrina Secreta”. A mesma escritora, no prefácio dessa obra, anuncia, 
para o início do século XX, um novo Mestre preparado pela Grande Fraternidade Branca, 
conforme suas palavras: "um Outro viria do Oriente para completar aquilo que a ela mesma 
não foi dado revelar”. 
Blavatsky - juntamente com Henry Olcott - organizou em 1875 a Sociedade Teosófica 
nos Estados Unidos, país que teria um papel importante no Terceiro Milênio, se não fosse 
o racismo acentuado e principalmente as experiências atômicas. H. P. Blavatsky foi mal 
compreendida e até perseguida, sentindo-se obrigada a sair da América e estabelecer-se 
em Adyar, na Índia. 
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O Professor Henrique José de Souza também comprometido com a "Grande Obra” 
daqueles que o antecederam, guardiões da Sabedoria ou Ciência das Idades, fundou 
materialmente, no dia 10 de agosto de 1924, a Sociedade Dhâranâ (palavra sânscrita que 
significa "intensa e perfeita concentração da mente em um determinado objeto interno, com 
a completa abstração do mundo dos sentidos”, isto é, "o sumo controle do pensamento, da 
inteligência ou do Mental”), dando continuidade ao trabalho interrompido por Helena 
Petrovna Blavatsky, no continente americano. Mais tarde, o Prof. Henrique José de Souza 
mudou a denominação da Sociedade Dhâranâ para Sociedade Teosófica Brasileira, em 
homenagem à "Grande Mártir do Século XIX”, no dizer do cientista e polígrafo espanhol 
Doutor Mario Roso de Luna. A nova denominação dessa Sociedade teve também o intuito 
de atrair para as nossas fileiras aqueles que estavam afins com os conhecimentos da 
Ciência das Idades, a Teosofia, outrora a Gupta-Vidyâ dos antigos indianos, e atualmente 
a Eubiose. 
Hoje sendo o Brasil, já de há muito anunciado pelas tradições antigas do Oriente, a 
pátria do Avatara cíclico, Supremo Instrutor do Mundo, tem a Sociedade Brasileira de 
Eubiose (antes Sociedade Teosófica Brasileira), como dever, a responsabilidade de difundir 
a Sabedoria Iniciática das Idades, para aqueles sedentos desse saber, e o mais importante, 
para os que estão determinados a vivenciá-la. 
 Encerramos esta aula com um pensamento do Professor Henrique José de Souza: 
"Julga-se o homem não por aquilo que é, mas sim pelo que deixa de fazer para atingir a 
perfeição”. 
o – O – o 
 
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SABEDORIA INICIÁTICA DAS IDADES – III: 
A TRADIÇÃO E A REVELAÇÃO – I 
 
A Sabedoria ou Ciência Iniciática das Idades apresenta dois aspectos a serem 
estudados, ou seja, ela se divide em duas grandes partes: a tradição e a revelação. 
 
A tradição 
 
Tradição, como a palavra indica, é tudo aquilo que já foi conhecido no passado. 
A revelação é o que está em relação ao futuro. Tudo evolui. Nós viemos de um 
passado e caminhamos para um futuro. 
De acordo com a tradição iniciática reconhece-se a existência de uma humanidade 
muito mais evoluída do que a atual, desde a mais remota história do nosso planeta, 
precedendo nossos ancestrais e o período a que se convencionou denominar Pré-História. 
Tal humanidade, se assim podemos dizer, atravessou várias eras, sem se destruir, por 
seguir fielmente as leis universais, por sua vez, justificadas para garantir a execução do 
plano evolucionário do Universo. Na Sabedoria Iniciática, vem ela conduzindo as criaturas 
humanas, desde tempos remotos, sem, no entanto, intervir no arbítrio de suas aspirações 
e decisões, uma vez que estão regidas pela lei de causa e efeito, que, portanto, considera 
o grau de sua responsabilidade. 
Tais condutores e protetores, segundo a tradição, são conhecidos em língua sânscrita 
pelo nome de "Pitris”, Pais Espirituais, antecessores e criadores da humanidade 
propriamente dita, dentre os quais tem origem a enigmática hierarquia dos Rishis, os 
"reveladores” que precederam o período védico do Norte da Índia, esse estimado em pelo 
menos 25.000 anos. 
Eles presidem a formação e o desenvolvimento das raças - o florescer das civilizações 
através das quais evolui a mônada, seguindo o místico Itinerário de IO, JO ou ÍSIS e 
OSÍRIS, que atravessa os continentes nessa prodigiosa marcha que sempre vai em busca 
das plagas redentoras de uma NOVA CANAÃ - marcha onde transluz de mil formas o 
símbolo do eterno peregrino, o idealista "Cavaleiro Andante” ou o imortal ÉDIPO da 
coleante estrada dos tempos; marcha encabeçada por um mentor inspirador ou dirigente 
espiritual de homens, da categoria de um MANU: homem representativo de uma hoste de 
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pensadores, um protótipo, um Mestre enfim, que deixa um nome na alma de cada povo, 
sendo para os hebreus, Noé e Moisés; para os astecas, Moiska; para os incas, Manco-
Capac; para os gregos, Orfeu; Mercúrio para os latinos, o Netuno-Penntannus, o "Herói do 
Pentalfa” ou do pensamento; para os bardos irlandeses, Ema, o Grande; para os egípcios, 
Thot-Hermés; para os persas, Zoroastro; para os ário-semitas, Ram; para os nórdicos, 
Odim; para os maias, Quetzo-Cohuatl; Tamoindaré dos tupis etc. 
O serpentear da peregrinação dos povos, sulcando todo o planeta, guarda um sentido 
esotérico inelutável, em que pese o ceticismo do ocidental. Max Müller manifestou certa 
vez, sua incredulidade quanto ao que afirma essa tradição. O maior sanscritista da época, 
o Swami Dayanand Sarasvati, comentando o fato com a escritora Radha Sai, riu-se 
dizendo: 
"Se Max Müller fosse brâmane, poderia levá-lo a uma cripta ou gupta ou cupta próxima 
de OKHIEMATH, no Himalaia. Ali, o sábio europeu constataria que todas as riquezas 
culturais do Oriente, que até hoje cruzaram as negras águas do Kalapani - oceano - limitam-
se a uns poucos fragmentos de cópias desfeitas, relativos a algumas passagens dos 
nossos livros sagrados. Existiu uma Revelação Primitiva, que ainda se conserva no 
presente. Longe de perder-se para o mundo, reaparecerá em dia oportuno. Todavia, os 
"Mlechchas” (europeus ou estrangeiros) terão de aguardar algum tempo mais”. 
Era a Religião-Ciência ou Solar, a primeira Sabedoria das Idades, religião da natureza 
e do espírito, a Gupta-Vidyâ ou Doutrina Arcaica; por outro nome, a Teosofia, Doutrina dos 
Gnósticos Alexandrinos ou Neo-Platônicos dos séculos III e IV, conduzidos pelo filósofo, 
autodidata ( do caminho "direto”), Ammonio Saccas, igualmente conhecida por Doutrina 
dos filaleteus ou dos Amantes da Verdade; Doutrina dos "Ecléticos”, os que bebiam sua 
Sabedoria em todas as escolas da antiguidade; dos "harmonistas”, ou buscadores da 
unidade na multiplicidade e, enfim, dos "analogistas” ou Herméticos: os que aplicavam, 
sempre, a miraculosa chave da tábua esmeraldina de Hermes Trismegisto: "o que está em 
cima é, analogamente, como o que está em baixo, a fim de que se opere o mistério da 
harmonia ou de vários no uno” (Princípio da Correspondência). 
Sobre os mais longínquos e brumosos horizontes dos tempos onde se perdem as 
origens dos conhecimentos humanos, têm lançado luzes deslumbradoras as tradições dos 
Vedas, Purânas e Brâmanas, e as múltiplas expedições científicas simplesmente alcançam 
a epiderme e não as entranhas dessas esfinges geográficas que são o Tibete (Telhado do 
Mundo), o Gobi e a Mongólia, afora a obra ciclópica da principesca e ainda mal 
compreendida autora da "Doutrina Secreta”, Helena Petrovna Blavatsky, a excelsa rebelde 
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e mártir do século XIX, e o portentoso monumento lítero-científico, a obra jina ( de gênio, 
genial) ou iniciática do " Mago de Logrosan”, o eminente polígrafo espanhol Mario Roso de 
Luna (autor de "El libro que mata a la muerte o libro de los jinas”; "De Sevilla a Yucatan 
(viaje ocultista através de la Atlántida)”;”O Simbolismo das Religiões” etc.). 
Um golpe de vista atento sobre o quadro das religiões, filosofias, simbologias e filologia 
comparadas deixa-nos logo entrever a identidade da fonte, - a sabedoria troncal perdida 
- a unidadeintrínseca de todos os conhecimentos humanos no seu infinito polimorfismo. 
Os majestosos Vedas, anteriores a todas as religiões do mundo, há milênios sustentam o 
apótema irrebatível: "a verdade é uma só, embora os homens lhe dêem nomes diferentes”. 
A primitiva religião-sabedoria, com o decorrer dos tempos e das civilizações, foi 
debilitando-se à proporção que adoecia a vertical das prístinas virtudes dos varões. 
Multifracionada, a religião-ciência ocultava-se mais e mais sob crescentes 
desfigurações grosseiras e interpretações degradantes. 
O Avatumsara Suthra, uma das obras de maior relevo entre as obras mestras da 
remota e sábia antiguidade oriental, ensina: "Tendo todas as criaturas conscientes, 
repudiado a verdade e abraçado o erro, foi criado o oculto conhecimento - o iniciático - que 
no Oriente chama-se Gupta-Vidyâ ou Alaya Vijñana” e no Ocidente, Gnosis ou 
Conhecimento. O estudo acérrimo da filologia e religiões comparadas já convenceu os 
orientalistas que inúmeros manuscritos sumiram, não deixando o mais leve rastro. 
Recolhidos ao invulnerável Sanctum Sanctorum - o "País dos Deuses” (Mundos 
Interiores), das Relíquias máximas dos tempos vencidos, dos povos que se foram e das 
raças vindouras - esses documentos são as verdadeiras chaves das obras existentes na 
atualidade, mas de todo intraduzíveis, no seu real espírito, para os tratadistas europeus. 
Desafiando a voragem destruidora dos séculos e as ousadias ardilosas da curiosidade 
vã e egoísta, riquezas inauditas de sabedoria encontravam-se conservadas no âmago dos 
Himalaias, nas criptas das lamaserias tibetanas, detentoras dos mais raros anais de toda a 
perdida antiguidade, nas Fraternidades ocultas do deserto de Gobi, nos recantos iniciáticos 
da Mongólia, por toda a Ásia, enfim, e até mesmo pelas florestas, povoados e redondezas 
de grandes centros das Américas, onde ocultam-se as bibliotecas PROIBIDAS ou JINAS, 
protegidas pelas redes intransponíveis, hiperfísicas e hipnóticas da "Maya budhista”. "Não 
há poder de perspicácia ou engenho científico humanos capazes de descobrir as entradas 
para esse mundo de realidades assombrosas de todos os sonhos da literatura secular 
erigidos em monumentos de glória na face da Terra, pois tais monumentos são meros 
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reflexos morrentes e parcialíssimos das realidades dos mundos interiores, tais como 
Shangri-lá, defendidos por mil e um processos ocultos. 
Entre as muitas e gigantescas obras que ficaram na face do Globo, depois de 
profundamente veladas, ou seja, destituídas de suas chaves-mestras, pode-se apontar 
algumas, como as de Lao-Tsé (604 a.C.), o predecessor de Confúcio. Autor de 930 livros 
sobre ética e religião, atribui-se ainda a Lao-Tsé a criação de 70 tratados de magia. Os 
pesquisadores europeus já confessaram que o texto do Tâo-the-King, o coração da doutrina 
laotseniana e a escritura sagrada do Tâo-Tsi, é um mundo impenetrável sem o Sésamo 
dos comentários exegéticos. 
Para traduzir a obra de Lao-Tsé, o erudito Estanislao Julien teve de recorrer a mais de 
sessenta comentaristas, o mais antigo dos quais procedia do ano 163 a.C. Os comentários, 
porém, que nossos sinólogos têm manuseado estão muito longe de ser os legítimos 
documentos ocultos, mas simples textos despistadores, intencionalmente preparados, 
como inocentes "jardins de infância”, para as mentes dos profanos, que segundo os jinas, 
os iniciados, os guardiões sempiternos da ciência integral, são todos aqueles que não 
conquistaram, pelos seus próprios esforços, os requisitos morais e intelectuais exigidos dos 
que ousam querer levantar uma ponta do véu de Ísis, ou o véu do mistério cósmico que 
enlaça os homens e os astros e todos os formidáveis segredos que palpitam sensíveis no 
grande seio máter: a Natureza. A mesma providencial censura remarcou os cinco King e 
os quatro Shu de Confúcio; as escrituras caldaicas, donde nasceu nossa Bíblia; os 
1.028 Hinos ou "Mantrans” pelas combinações mágicas de sons, que envolvem segredos 
cabalísticos ou matemática transcendental, de efeitos fenomênicos surpreendentes nos 
planos visíveis - Hinos, dizíamos, do Rig-Veda, de chave também perdida; os 325 volumes 
do Kampir e do Tampir, escritos pelos budistas do Norte - o cânone sagrado dessas obras 
abrange 84.000 tratados, quase todos, isto é, os principais, também perdidos para os 
europeus; o misteriosíssimo livro de Dzyan, o livro cume, por excelência, outra obra que 
desafia os maiores criptógrafos ocidentais da filosofia oculta; as importantes ruínas 
literárias do inescrutável Egito e também da Ásia Central - como os volumes atribuídos a 
Thot Hermés, e os Purânas hindus; o livro caldeu dos números e até o Pentateuco; os 
documentos de incalculável valor que repousam nas entranhas das 23 cidades sepultadas 
do Tchertchen-Darya tibetano etc. 
Com estes fatos e muitos outros que vieram se impondo esmagadoramente, desde 
1820, à positivista ciência europeia, mantém-se de pé a irrefragável tradição arcaica, 
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quanto à existência da ciência-religião, difundida por todo o mundo antigo e Pré-histórico 
como uma Revelação Primitiva dos augustos patriarcas da raça humana, os Rishis. 
A Ciência Sagrada, assim chamada por motivo da sua insuperável excelsitude e 
ilimitado domínio do mundo das causas, foi rigorosamente subtraída aos homens, não por 
fanático egoísmo, mas atendendo às razões da mais equilibrada sensatez, pois seu 
conhecimento completo faculta o manejo de tremendas forças cósmicas, e o mundo 
evidentemente ainda não está preparado para que se lhe confie tamanhos segredos, 
espantosos poderes, tanto aplicáveis para o bem como para o mal, dependendo, apenas, 
da índole dos seus detentores e, portanto, arma perigosíssima que jamais será confiada a 
uma humanidade tão cruelmente antifraterna como a nossa, dominada por paixões só por 
si capazes de armar panoramas como o que defrontamos na trágica hora que passa... 
O "maravilhoso tesouro" perdido de outrora, a Ciência Secreta, a Sabedoria Divina, 
reaparece sempre que no mundo se patenteia um maior desenvolvimento intelectual a par 
de uma melhor e efetiva compreensão fraterna entre os homens - o verdadeiro culto do 
Espírito - refletido no cultivo real dos bons costumes, traduzindo na forma de iniludível amor, 
um respeito espontâneo às sábias leis da Natureza. 
Para que surjam os "tesouros” alegorizados no conto de Aladim- como já têm 
aparecido, de muitas e irrecusáveis formas - é necessário que se afirme a evolução 
humana, menos pelo espetáculo vertiginoso do progresso no raso campo das cousas 
materiais, e mais pelo aprimoramento inequívoco dos princípios notadamente espirituais. 
Felicíssima intuição alimentou a pena de Bailly, quando escreveu que "a ciência do 
Ocidente limita-se a fragmentos dum oculto sistema de ciência asiática mais antiga que 
tudo e infinitamente mais perfeito”. O professor Max Müller, um dos orientalistas mais 
altamente conceituados, na esfera dos pontífices da ciência ocidental, disse que até 1820 
os livros dos Brâmanes Magos e Budhistas” eram desconhecidos; duvidava-se até da sua 
própria existência e não havia na Europa um só erudito capaz de traduzir uma única linha 
dos Vedas, do Zend-Avesta ou do Tripitaka, e agora está demonstrado que os Vedas 
pertencem à remotíssima antiguidade, representando a conservação, daquelas obras uma 
verdadeira maravilha. Asseverou, ainda, que a descoberta das antigas escrituras e Bíblias 
dos ários e sua traduçãoem línguas européias significa uma conquista tão gloriosa como 
a da escritura cuneiforme babilônica e a hieroglífica egípcia. Acrescentou que aquela 
descoberta oferece um soberbo conjunto de ciências, as mais complexas e avançadas, 
donde se derivam as nossas Astrologia, Linguística e Mitologia comparadas. Graças a tais 
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conhecimentos, foi possível começar-se a estudar os longos períodos das mais recuada 
Pré-História. 
Einstein, sem dúvida uma cabeça que sobressaiu entre os luminares do primeiro plano 
da ciência hodierna, estudou, como é sabido, "Astrologia Cabalística” e, nos seus lazeres, 
cultivou a música, precisamente por um instrumento iniciático que é o violino... e é natural 
que estas evidências nos reportem à famosa sentença estampada no templo délfico, 
advertindo que ali não entraria quem ignorasse matemática e música. Ademais, o 
descobridor da "Lei da Relatividade” afirmou que "o sistema filosófico-religioso Budhista é 
o único que oferece solução a todos os problemas da vida e da morte”. Cabe aqui um trecho 
do Prof. Henrique José de Souza, de sua "Mensagem de Dhâranâ ao Povo Brasileiro”: " Se 
o Budismo fosse de fato uma religião, em toda plenitude do vocábulo, a Sociedade Dhâranâ 
não hesitaria em perfilhá-la, atendendo à pureza dos seus ensinos, à elevação das suas 
exigências e à fraternidade dos seus costumes(...)”. 
Basta-nos considerar que homens como os supramencionados, não gracejavam, por 
certo, com a responsabilidade das suas palavras, em face da significação dos seus nomes 
no conceito universal. 
o – O – o 
 
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SABEDORIA INICIÁTICA DAS IDADES – IV: 
A TRADIÇÃO E A REVELAÇÃO – II 
"Não houve, no início, mistérios iniciáticos - A humanidade degradou a Sabedoria 
Primitiva; e perdendo-a, castigou-se pelas suas próprias mãos”. 
 
Segundo o que perpetuam as tradições da Doutrina Secreta, não houve mistérios 
iniciáticos (conhecimento oculto) durante a primeira idade da Atlântida - Idade de Ouro, 
Satya-Yuga. O conhecimento integral (Vidyâ-Gnâna, Gnosis) era propriedade de todos. 
Os homens ainda não haviam produzido o mal, porque a sua natureza era mais divina 
do que humana. 
Assim, na Idade de Ouro, imperava universalmente uma felicidade paradisíaca. E 
viver no PARAÍSO (PARA: além; ISO: Is, IO ou Ísis), em linguagem teosófica, significa a 
vida além do véu de Ísis ou manto de Mâyâ: a ilusão dos sentidos. 
Iniciar-se equivale a procurar a VIDA por detrás do sagrado; beber na fonte dos 
mistérios maiores (no seio ou "sanctum sanctorum” das verdades primitivas resguardadas 
severamente da maldade e irresponsabilidade dos ignorantes, ou seja, do ignaro vulgo) os 
conhecimentos superiores, a unidade das cósmicas e secretas leis que estabelecem, 
dentro de mágico equilíbrio, as mil e uma (1001) noites. 
Nessa representação numérica (que encerra aos legítimos iniciados um sentido 
esotérico de supremo alcance), acha-se decomposta uma das chaves mais antigas e 
preciosas da sabedoria dos rishis (reis dos antigos arianos), Sabedoria ou Ciência Iniciática 
das Idades, que se foi velando e "re-velando” (velar duas vezes), com o decorrer dos 
tempos, as relações maravilhosas que interligam o homem, a Natureza e os astros. Trata-
se do renascer para o eterno, abandonando o túmulo deste triste, restrito, contraditório e 
lastimoso mundo tridimensional, fictício e vicioso, pleno de efeitos, onde se entronizam 
mentiras irônicas como o ACASO, que tenta em vão explicar o desconhecido, e mentiras 
engenhosas, que procuram distrair as angústias impotentes da DÚVIDA ancestral, em face 
do desfile interminável de pálidas formas incertas que jamais souberam QUEM SÃO, 
DONDE VIERAM E PARA ONDE VÃO... É o drama do cárcere de que fala Platão, onde, 
cegos espiritualmente, ou seja, de costas para a luz, admitem como plena realidade um 
mero jogo de sombras cabriolantes nas paredes das nossas limitações psicofísicas. 
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Prossegue a tradição dizendo que, com a multiplicação do gênero humano, 
multiplicaram-se também as idiossincrasias do corpo, da alma e da mente. Assim, o espírito 
encarnado manifestou-se débil; nas mentes menos cultivadas, arraigaram-se exageros 
naturalistas que fecundaram as superstições; das paixões e desejos, até então ignorados, 
nasceu o egoísmo. 
Como o passar dos tempos, já que os homens começaram a abusar do seu poder de 
sabedoria, impôs-se a necessidade de reduzir o número dos conhecedores para que a 
Sabedoria Iniciática das Idades fosse resguardada. Assim começou a iniciação (ou caminho 
de REGENERAÇÃO, isto é, nova geração ou renascimento: o interno e espiritual, 
conseguido pelo próprio esforço do homem instruído, disposto à reconquista da fortuna 
outrora perdida - seus legítimos e divinos direitos: o conhecimento integral que o véu de 
Ísis encobre). 
Cada país adotou um especial sistema religioso, de acordo com a capacidade 
intelectual do povo e suas necessidades espirituais; porém, como os sábios prescindissem 
do culto por simples formalidade, restringiram a muito poucos o verdadeiro e avançado 
conhecimento. A necessidade de se encobrir a genuína face dos altos ensinamentos, a fim 
de pô-Ios a salvo de possíveis profanações, deixou-se sentir mais e mais em cada geração, 
e assim o véu, a princípio tênue, foi-se tornando cada vez mais denso à medida que tomava 
maior corpo o egoísmo pessoal, até que, por fim, converteu-se em MISTÉRIO. 
Os mistérios estabeleceram-se em todos os povos e países procurando evitar-se, ao 
mesmo tempo, quaisquer contendas e erros, facultando-se às massas profanas doutrinas 
inofensivas, adaptadas às inteligências vulgares, não como crenças fanáticas, mas na 
forma de fábulas e contos infantis de sadio fundo moral. Em resumo, a tradição acentua, 
nas entrelinhas, o mesmo que os filosóficos e complexos ensinamentos ministrados no 
ádito (câmara secreta) dos templos iniciáticos; as observações lógicas e científicas dos 
fenômenos naturais, que conduzem à segura posse dos segredos das eternas verdades, 
não devem cair no domínio popular, pois os OLHOS DO ESPÍRITO DEVEM PREVALECER 
SOBRE OS OLHOS DO CORPO diante da nudez integral da mater sabedoria ou Ísis 
desvelada... 
Já na quinta raça, a Ária, sacerdotes brâmanes inescrupulosos (por fatal 
hereditariedade atlante), prevalecendo-se da singeleza das crenças que imbuíam a alma 
popular, já de si sempre propensa à cega idolatria, começaram a forjar falsos deuses, 
afastando-se completamente da única e universal causa das causas. Seguindo o infeliz 
exemplo, os demais povos, pouco a pouco, foram, também, antropomorfizando no barro 
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bruto da letra dogmática as mais elevadas verdades metafísicas e a viva e inefável 
linguagem dos símbolos: alma dinâmica de todo o ensinamento iniciático, inassimilável para 
aqueles que não renasceram de si mesmos, mercê do fogo fecundante da liberadora 
rebeldia de Prometeu, conquistando a sempre esquiva e agreste NATUREZA - conquista 
da visão mental do simbolismo unitário da vida em todas as suas manifestações. 
Cabe ressaltar, aqui, que a Atlântida, o continente de Kusha ou País de MÚ, foi 
governada por Lua e Saturno, predominando, sobretudoentre os toltecas, a prática da 
magia negra, num grau imponderável como potência corruptora e destruidora, devido ao 
desenvolvimento do estado de consciência psíquica, anímica ou lunar, relacionado com o 
plano astral: a esfera das sensações, das paixões, dos delitos dos sentidos. Após a queda 
da Atlântida, os conceitos da sabedoria primitiva espalharam-se pelas diversas teogonias, 
jaina, budhista, bramânica, ibérica, nórdica, latina, grega etc., na forma de flamantes ou 
flamejantes símbolos, que, grosseiramente adulterados, chegaram até a nossa época. 
Oculta, sob o simbolismo religioso e na mitologia de todos os povos, perpassa 
avassaladora a rede do sistema científico e místico da Arcaica Sabedoria que marchou, no 
início, do Ocidente para o Oriente - deixando por toda a bacia mediterrânea as MAÇÃS DE 
OURO do atlante Jardim das Hespérides - avançando, depois, no sentido inverso para 
realizar o Itinerário de IO: o coleio da serpente do cósmico mistério que conduz as raças e 
civilizações a determinada meta; a serpente que procura MORDER A CAUDA - O 
OUROBOROS GREGO - ou seja, o cabalístico símbolo da fusão da multiplicidade na 
unidade; a integração do efêmero no Eterno; a contínua movimentação do vário buscando, 
por força da secreta lei, a harmonia do Uno - o círculo giratório da evolução, dentro do qual 
Universos e humanidade surgem, desenvolvem-se e transformam-se sob as contínuas 
reações da vida energia transmutando-se em vida consciência. 
O perene êxodo de IO retrata em seu mágico sentido a própria marcha espiritual da 
humanidade: as mônadas (unidades ou divinas centelhas do Logos ou Consciência Total) 
que imigram, PEREGRINANTES, de corpo, de vida em vida, através das raças e 
continentes, pela senda infinita e tortuosa dos tempos. 
Na Grécia, essa peregrinação era simbolizada nas corridas olímpicas dos atletas, que 
passavam, de mão em mão, um facho ignescente. A pista representava o templo, como 
templo-mor iniciático é a nossa própria terra; as etapas, os séculos ou mesmo os ciclos 
raciais eram caracterizados por determinado estado de consciência entre os sete a serem 
desenvolvidos plenamente pela humanidade; os atletas, as gerações; o facho, o progresso 
espiritual da mônada, a fagulha imperecível que procura tornar-se chama, isto é, a 
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expansão das máximas possibilidades da nossa mente até a fusão da mente finita do 
homem na infinita do Universo, fusão que exprime a posse integral do mundo das causas 
supremas, ou posse da PERCEPÇÃO DIRETA que é o fastígio da evolução espiritual do 
homem sobre a Terra: o Adeptado. 
O Adeptado está relacionado ao desenvolvimento mental que transforma e cria, na 
sua essência, uma manifestação de amor, uma expressão humana de íntima solidariedade 
com esse próprio amor impessoal e libérrimo da Natureza, sempre renovadora, construindo 
e transformando tudo, malgrado os oráculos estacionários dos falsos ídolos. Fundem-se 
nessas almas eleitas experiências de mundos outrora conquistados; a consciência das 
forças, que operam a evolução universal, reflete-se nessas almas a sentença: 
"Redime-te da tua QUEDA, ó homem: levanta-te e anda: Salva-te pelas tuas próprias 
mãos, CONHECENDO-TE A TI MESMO”. 
São os que se antecipam à compreensão normal das épocas em que surgem como 
fulgurantes faróis espirituais. Devassam o mistério e roubam-lhe chamas de segredos que 
vêm constituir outras tantas ciências e coletivamente a Ciência Sagrada. 
o – O – o 
 
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SABEDORIA INICIÁTICA DAS IDADES – V: 
A TRADIÇÃO E A REVELAÇÃO – III 
 
"A esfinge terrível de todos os tempos; e a marcha epopeica dos Édipos imortais”. Fra-
Diávolo. 
 
A "Lei da Analogia” é a chave fundamental, a sutil e intuitiva mestra orientadora de 
toda a pesquisa eubiótica em torno dos problemas da vida, sejam patenteados nos relevos 
do mundo objetivo, sejam dinamizados nas esferas onde vibram as mentes eleitas, o 
hiperlúcido, supersensível e ilimitado orbe da abstração espiritual, a pura Ideologia ou 
Metafísica. 
Há um fascínio tenebroso na realidade que se oculta insondável e absorvente sob a 
veste clássica da fábula da Esfinge Tibetana; fascínio que gerou a dúvida de Hamlet, sofrida 
por todo homem de pensamento, em todas as épocas, sob todos os climas, em cada 
problemática encruzilhada da sua peregrinação; buscando a si mesmo, lutando pelo triunfo 
sobre as miragens cambiantes, sobre o demônio especioso de sua impermanente 
personalidade mundana, por meio do autoconhecimento que leva implícito, por lei da 
analogia, o conhecimento do próprio Universo. 
Assim, todos os problemas, filhos de nossa incompreensão, estão contidos 
no símbolo da tríplice pergunta do arcaico tema da Esfinge - tema que encapsula o germe 
de quantas filosofias já frutificaram no seio dos poucos, ao calor desse nosso divino e 
secreto anseio de superação, o estudo da Esfinge Humana: 
- DONDE VIEMOS, QUEM SOMOS, PARA ONDE VAMOS? 
Na história do pensamento humano, que é a odisseia do humano Titã, o EU que 
tombou, quer reerguer-se edificando, apoiado na miraculosa tríade: mente, coração e 
vontade, ou sabedoria, beleza e força, a pirâmide da sua evolução; quem não vê plasmada 
a epopeia do eterno choque, o atormentado peregrino, esquecido de sua origem divina, ou 
seja, ignorando as estupendas possibilidades adormecidas no imo do seu ser obscuro, 
intuitivamente nostálgico da paradisíaca felicidade perdida? 
Segundo Burnouf (orientalista francês nascido em 1801), o homem jamais deixou de 
dar expressão a essa sua secreta, inefável, imortal e transcendente saudade daquele 
perdido reinado da Verdade sem Véus, já magistralmente evocado no "As Aves", de 
Aristófanes; na "A República”, de Platão; "O País da Utopia”, de Thomas More; "A Eneida”, 
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de Virgílio; "O Paraíso Perdido”, de Milton (...), enfim, a Era da Pureza arcadiana na qual 
"os deuses andavam pela terra conversando com os mortais” (...). É a Idade de Ouro; a 
Satya-Yuga, hindu, ou o Chatur Juga, bramânica, ideia e sonho inatos em todos nós, do 
País da Eterna Primavera; a Ilha mágica guardando o mais sublime Tesouro de que todas 
as demais ilhas e tesouros legendários e novelescos são pobres e atormentadoras 
reminiscências (...); do jardim das Hespérides magnificente de miraculosos frutos (...). Era, 
ilha ou país encantado da Paz e da Felicidade, da Esperança Maior que já se chamou no 
mundo o Paraíso, bíblico; a Era de Juno e Saturno, romana; os Campos Elíseos; o Walhalla, 
nórdico; o Édem, corânico; o Devachan ou Reino dos Anjos, ário; o Amenti, egípcio; o Reino 
do Pai, cristão; o Summerland, espiritista; etc... 
Quando já deixou o homem de ser assaltado pela multiforme e abarcadora 
interpelação da Esfinge? 
Para guiar a humanidade, também chamada de "A grande órfã”, no dizer místico e 
piedoso dos sábios da velha Âryâvarta (Índia), o Édipo imortal tem aparecido no mundo, 
em expressões humanizadas da Divina Lei, no decorrer dos diversos ciclos que regem as 
civilizações. 
Assim, sua presença tem propiciado à humanidade: 
1o) Atenuar a bruteza dos tropeços na jornada terrestre expiatória, regeneradora ou 
iniciática; 
2o) Suportar o enorme fardo de penosa herança provinda dum passado que se afunda 
no vórtice de perdidos tempos de régias derrocadas inenarráveis; 
3o)Alentar a chama das suas heroicas esperanças, acenando-lhe, sempre, como 
alvorada promissora do futuro. 
Em todas as épocas e países, em cada raça e sub-raça, tem surgido esse Édipo 
Imortal - os Manus, potência espiritual que preside o complexo trabalho oculto de 
arregimentação e seleção das mônadas para a formação das raças; os gigantes místicos e 
pensadores, que lançam, enfim, o germe da luta das ideias impulsionadoras da grande roda 
do progresso e da evolução humana - é o Peregrino consciente, inspirador de quantos 
gestos decisivos de liberação da alma coletiva, torturada pelo abutre da sua própria 
cegueira mental e pelos grilhões dos Césares insaciáveis. 
Os Manus, os gênios de primeira grandeza da Ciência e da Arte, as altas vozes da 
mente iluminada que descortina as Renascenças, jamais deixaram de caminhar ao lado 
das gerações, imprimindo-lhes, de acordo com as necessidades cíclicas e em propícios 
momentos históricos, sob esta ou aquela forma místico-científica, um sopro vital da 
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chamada Perdida Verdade (A primeira Ciência-Religião Universal, na realidade, 
conservada integralmente no seio das Fraternidades Secretas: arca eterna das relíquias 
dos máximos esplendores passados e de tesouros inimagináveis que são as maravilhosas 
realidades das eras porvindouras). 
Christian Rosenkreutz, Rogério Bacon, Tomas More, Arias Montano, Saint Germain, 
Cagliostro e ainda tantos outros encapuzados no anonimato, foram os Édipos daquelas 
épocas, isto é, velados guias, inspiradores ou libertadores de povos, heróis que souberam 
dar desempenho integral a tarefas de valor imponderável. 
Todo o gigantesco movimento de emancipação espiritual da Renascença 
restabeleceu princípios esquecidos da Doutrina Arcaica, reivindicando, em muitos 
aspectos, a sabedoria dos antigos. Para citar mais alguns acontecimentos históricos, como 
impulsos decisivos na marcha evolutiva da humanidade, temos: o grandioso movimento 
arábico na Espanha, as Cruzadas; os descobrimentos da América e do Brasil; e a 
Revolução Francesa. Esses representam apenas uma parte dos frutos de Titânica atividade 
que, dimanando como miraculoso alento ou renovador "sopro” de determinados e milenares 
centros espiritualistas do Oriente, se firmou gradativamente na Europa, em centros 
famosíssimos de cultura e poderosas Fraternidades Secretas; "sopro" que provinha das 
plagas do Nilo - Berço da Maçonaria - dos Himalaias e do Tibete. 
Alguns achados arqueológicos têm deixado conturbadas as mentes indagadoras da 
ciência oficial. A tradução de muitos hieróglifos (intrincáveis até o presente) pelos famosos 
pesquisadores Champollion, Winckelmann, Schliemann, Maspero etc. não foi conclusiva, 
pois os mesmos não detinham as chaves da Sabedoria Antiga. Entretanto, acham-se, nas 
mãos das Fraternidades Secretas, as referidas chaves do Arcano Saber e a solução de 
inúmeros problemas que até hoje desafiam o valor dos processos da investigação "séria”, 
não "visionária”, estritamente positivista. Se os Adeptos (senhores da chave-mestra e da 
pedra angular de todos os conhecimentos antigos e modernos) julgassem acertados, 
poderiam comprovar a antiga origem das Fraternidades Secretas, pois possuem 
documentos surpreendentes, de capital, e insuspeitável importância. Isto, sem dúvida, 
imporia uma retificação completa da história. 
 
A Religião-Sabedoria 
 
A Ciência Primitiva, o grande sistema arcaico, desde a antiguidade pré-histórica, 
recebera vários nomes, conhecidos como Ciência Sagrada ou Sabedoria Iniciática das 
Idades, e, a partir do século III da nossa Era, foi denominada Teosofia, cujo exame 
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etimológico demonstra-nos não significar a sabedoria de um Deus, no sentido 
antropomórfico que se dá hoje ao termo, mas Sabedoria Divina, o Conhecimento Integral 
ou Ciência dos super-homens; Superciência, Ciência do Oculto, a mesma Ciência de 
Ontem; perdida e que virá a ser..., "dada a simétrica regularidade e reciprocidade de todos 
os fenômenos, entre eles o mais inefável de todos que é o de Evolução”, a Ciência do 
Amanhã resplandecente ou Era da remissão espiritual da humanidade, a Era de Aquarius. 
Atualmente, a Ciência Sagrada ou a Sabedoria Iniciática das Idades passou a ser 
conhecida como Eubiose. É a Ciência da Vida que ensina os meios de se viver em 
harmonia com as Leis da Natureza e, consequentemente, com as Leis Universais das quais 
as primeiras derivam. É um conjunto de conhecimentos, cujo objetivo primordial é 
congregar, construir e religar integralmente as dimensões do sagrado, profano, divino e 
humano. 
Quando empregamos o termo religião, não o fazemos com o corrente sentido 
devocional, idolátrico ou fanático que se lhe empresta. Ligo, Ligas, ligare significa unir, em 
língua latina; e religo, religas, religare: "ligar duas vezes” ou reatar; é a genuína etimologia 
da nossa palavra religião. 
No puro e elevado sentido místico-filosófico, usamos, pois, o termo religião como 
designativo de dupla ligadura espiritual de fraternidade que os homens se devem entre si; 
O duplo liame da Sabedoria e do Amor, estabelecido basicamente como unidade harmônica 
e ideal nos ensinamentos religiosos transcendentes da milenária e esquecida Religião da 
Natureza e do Espírito, Religião Solar, Gupta-vidyâ, Teosofia ou Eubiose. 
Nosso afã de sincretistas, ecléticos, harmonistas e analogistas ou herméticos 
consiste, precisamente, em tornar a ligar os fragmentos da áurea e perdida verdade; 
reintegrar ou reatar o colar maravilhoso e mágico da sabedoria eterna; recompor, em 
sua pureza, a doutrina arcaica e secreta ou Ciência Iniciática das Idades, que se acha 
multifracionada e velada sob o adulterado simbolismo de todos os povos, simbolismo que, 
depurado pelo eubiota, é oferecido hoje, tal como o foi antes numa linguagem universal e 
oculta. Essa linguagem é a dos mistérios ou dos mestres e iniciados, que consta de sete 
chaves relacionadas com os sete respectivos mistérios da Natureza, encerrados cada um 
em seu correspondente simbolismo filológico, matemático, aritmético, astronômico, 
químico, biológico e artístico. 
Amônio Sacas e seus discípulos, os neoplatônicos, foram os fundadores do sistema 
eclético. Por analogistas, eram ainda designados, em virtude do seu método para 
interpretar as legendas sagradas, as tradições esotéricas, as narrativas teogônicas, mitos 
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e mistérios, métodos baseados numa regra ou princípio de analogia ou correspondência. 
Tudo que se conhece da grande escola eclética deve-se a Plotino, Orígenes e Longino, 
discípulos diretos de Amônio. Seus conhecimentos, seu amplo discernimento filosófico, 
foram adquiridos com os Mahâtmâs de Bactriana e da Índia - vêm da antiguidade pré-
histórica, magna síntese de todos os conhecimentos que nos são possibilitados na face do 
planeta, a religião da natureza e do espírito, em suma, a sublime Ciência das Idades que 
palpita como imperecível germe no organismo incompleto das religiões, no fundo histórico 
de todas as mitologias. 
No seio de cada mito ou lenda de um povo, persiste uma verdade científica esquecida, 
herdada do período antecedente de cultura. Desta sorte, traz a Cabala os textos védicos, 
os livros herméticos, os poemas imortais, filhos desta ou daquela época, as lendas que se 
perpetuam e inspiram o gênio poético de todasas raças, desde o MAHÂBHÂRATA hindu 
e o POPOL VUH, Quiché, até a Bíblia dos hebreus e toda a mitologia greco-romana. 
Existe oculta, repassada nessa alquimia ideológica e ideográfica do símbolo, uma 
verdade científica, ora cosmogônica, ora antropológica; verdade que a Eubiose consegue 
mostrar de modo convincente, segundo seus princípios metafísicos, seu método analógico, 
seu sistema de comparação e penetração além da forma da letra no terreno da filologia, 
mitologia, cosmogonia etc. Todavia, vozes altissonantes e intuídas têm repercutido no 
Ocidente, contrariando as sentenças dos doutos que emprestam à mitologia um sentido 
essencialmente fictício, inócuo, não lhe reconhecendo nenhum fundamento histórico-
científico. 
Entre esses verbos enérgicos, sem o temor de perder brilhos convencionais 
reivindicando com desassombro o valor dos antigos, destaca-se o poeta e egiptólogo 
Gerald Massey, que assim se expressa: o professor Max Müller afirmou, durante trinta anos, 
que a mitologia é uma enfermidade da linguagem e o fruto de uma aberração primitiva. Os 
sábios expositores dos mitos solares têm apresentado o homem primitivo como 
estupidamente guiado pelas mais desgrenhadas fantasias. A mitologia foi um modo 
primitivo de pensar e estava baseada em fatos naturais e comprováveis. Nela nada se vê 
de irracional, nem de insano, quando considerada à luz da evolução. É o repositório mais 
respeitado da ciência e, no dia em que torne a ser corretamente interpretada, matará a 
quantas falsas teogonias têm dado origem inconscientemente. Insânia é tomá-la por 
história humana ou revelação divina, embora haja "História" na maior parte das alegorias e 
"mitos” da Índia e sob os quais se escondem eventos reais. 
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Quando as "falsas teologias desaparecerem, encontrar-se-ão as legítimas realidades 
pré-históricas” - contudo o erudito e grave Max Müller reconhece que: "Há muitas coisas 
ainda incompreensíveis para nós outros, e a linguagem hieroglífica dos antigos tão somente 
traduz a metade dos pensamentos”. 
Müller, o mais infatigável dos orientalistas, segundo Helena Petrovna Blavatsky, 
comparando o POPOL VUH na sua aparente incongruência à não menos incompreendida 
e gloriosa obra iniciática "As mil e uma noites”, encontra no arcaico livro Quiché, cuja autoria 
é atribuída a IXTLlLXOCHITL - "um segmento de conceitos elevados sob uma superposição 
de quimeras sem sentido”. A verdade é que o respeitável orientalista alemão - sem ligações 
com qualquer centro iniciático - aventurou-se a penetrar o texto da formidável obra, 
desprovido, porém, das apropriadas chaves interpretativas que o levariam a fundo real e 
científico da preciosa relíquia Quiché, vazada na clássica linguagem secreta ou ocultista, 
roupagem alegórica ou (...) "quimeras sem sentido”. Não iniciado na magna linguagem dos 
mistérios, com seus múltiplos "dialetos”, linguagem adequada ou chave aturdida, diz Müller 
que: "de quando em quando, há passagens inteligíveis, na página seguinte, porém, logo 
tudo se torna caótico”. 
O POPOL VUH, doutrina exotérica para as massas, é a Bíblia da nação Quiché na 
sua remota antiguidade. Encontram-se explicados nos seus mitos não só os 
acontecimentos históricos, como os pré-históricos dos povos da América Central: 
Quichuas, Cakchiqueles, Toltecas, Mixecas, Pinas, Yumas, Apaches, Caddos, Seminolas, 
Aztecas, Tarascas etc. A tradução dos seus símbolos nos oferece a crônica empolgante 
das imigrações - problema até o presente, em muitos aspectos, sem soluções pela ciência 
positiva -, as guerras de raça, os cataclismos sofridos pelos referidos povos etc., etc. 
As famosas narrativas do rei Arthur e seus cavaleiros da Távola Redonda, apreciadas 
apenas no colorido da letra, "são meros contos de fadas”; todavia estão assentadas em 
fatos que integram a história da Inglaterra. E os progressos da geologia e arqueologia têm 
tornado válidas sobejamente, de modo surpreendente e acabrunhante para o orgulho de 
decantada "Kultur”, com seus alardeados métodos positivistas, algumas asseverações de 
Homero, na sua mitológica Odisseia, durante séculos despreocupadamente admitidas 
como belas alucinações poéticas-recreativas "quimera sem sentido”. 
No âmago dos sistemas filosóficos, fulgura o símbolo, numa dimensão vedada aos 
olhos das almas demasiado jovens ou desintuídas, sob a veste fantasiosa da lenda 
existente no mito. 
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Esses Christos (Iluminados), esse Cavaleiro do Sol, acesos do amor que responde 
aos clamores do silêncio das dores mais humildes: alvinitentes Cavaleiros do Cisne ou da 
Branca Magia, portadores da chama dos supremos titanismos místicos, científicos e 
artísticos; o prodigioso sem nome, de procedência ignorada; sempre invocado pela alma 
aflita dos povos sob os céus das crises extremadas; esse Édipo - tão tristemente 
incompreendido, mais enigmático que a própria esfinge e mil vezes degredado - já tem sido 
chamado Buddha, o príncipe Sidharta, Krishna, Moisés, Hermes, Rama, Orfeu, Mahoma, 
Zoroastro, Melki-Tsedek, Kunaton, Jeoshua Ben Pandira (O Jesus bíblico), Vyasa, Tissao, 
Confúcio, Lao-tsé etc., etc. Em conjunto, formam a viva, esplendorosa WALHALLA, 
arquitetura espiritual de multissecular e arquissecreta fraternidade, exotericamente 
denominada, "SUDDHA DHARMA MANDALAN” (a excelsa fraternidade sem mácula), 
herdeira das maçãs de ouro ou Sabedoria do Atlante Colégio Iniciático, pelos gregos 
chamado Jardim das Hespérides; a loja branca suprema ou hierarquia oculta que, aos 
destinos do mundo, preside. 
O grande esperado que, sob a forma verdadeiramente homérica, epopeica ou 
simbólica do herói humano, perpetuando uma apoteose de nomes na memória da 
humanidade, tem vindo recordar ao homem sua divina estirpe, as poderosas possibilidades 
latentes nos arcanos da sua tríplice natureza - Física, Psíquica e Mental - como síntese 
mágica do Universo; é, enfim, o próprio verbo da alma universal encarnada, vibrando nas 
trajetórias fulgurantes desse cometa homem: o iniciado do irreal, que tem vencido a esfinge 
cruel da vida - a ignorância e seus filhos débeis: a superstição e o fanatismo -, fazendo um 
rasgão maior ou menor no véu de Ísis, ao formular em Leis de Ciência Humana os princípios 
Fundamentais, que Leis são, também, da Natureza. 
o – O – o 
 
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SABEDORIA INICIÁTICA DAS IDADES – VI: 
A TRADIÇÃO E A REVELAÇÃO – IV 
 
ÉDIPOS foram outrora os imortais iniciados na mística ciência transcendente, os 
renascidos de Ísis toda poderosa - "a que foi e será” -, os gloriosos filhos espirituais dos 
celebrados mistérios, dos mistérios profundamente vividos no ádito dos Templos de Tebas, 
Menfis, Alexandria, Luxor, Ur, Baal Bek, Líbano, Damasco, Elefantina, Eleora, Heliópolis, 
Saís, Benares, Kaleb, Lhassa, Trashilumpo, Takura, Delfos, Eleosis, Dodona, Samotrácia, 
Mithra, Siracusa, Crotona, Roma, Sibratz, Cadiz etc., que deixaram, na lousa dos tempos, 
como testemunhos altiloquentes da portentosa SABEDORIA-RELIGIÃO primitiva, nomes 
que se tornaram adjetivos de grandeza e sublimidade, fachos das conquistas mentais de 
um passado de SABEDORIA formidável nos MISTÉRIOS da pureza. 
O próprio gênio frívolo do mordaz e cético Voltaire, numa época imbuída de sua 
influência, reconhecia os benefícios dos MISTÉRIOS, ao dizer que entre o caos das 
superstições

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