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Variação, norma e concordância

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VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, NORMA PADRÃO E NÃO 
 
PADRÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material elaborado para EaD por Rita Kramer. A autora é a titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução não 
autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos 
autorais. 
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1.1 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
 
 
 
 
Embora todos nós tenhamos noção e consciência de que há muitas variações 
na língua portuguesa e de que isso é inevitável, muitas vezes agimos contra essa ideia. 
 
A noção de “norma padrão” nos faz imaginar que não conhecemos a língua que 
falamos, pois não temos domínio de todas as regras impostas pela gramática. 
 
Neste módulo do nosso curso, vamos iniciar uma reflexão teórica que visa 
desfazer esse mito. Todas as línguas são heterogêneas e possuem variantes, dialetos. 
Além disso, todo falante tem conhecimento de sua língua materna. Desde crianças, 
nos comunicamos com os nossos pais perfeitamente, muito antes de irmos à escola 
aprender a ler e escrever. Essa comunicação se dá por meio da nossa língua, e esse 
conhecimento é internalizado e intuitivo. “Hoje se sabe que a criança em idade escolar 
detém um conhecimento impressionante do funcionamento de sua língua materna, 
conhecimento que se fosse formalizado num livro, por exemplo, certamente encheria 
milhares de páginas impressas!” (BAGNO, 2002, p. 21). 
 
Por esse motivo, vamos iniciar o nosso estudo com o pensamento de que todos 
os falantes são bons falantes de suas línguas, de que a variação é um fenômeno 
natural das línguas e de que a norma padrão é um conjunto de regras baseadas numa 
língua escrita de uma determinada época e relativa a um pequeno grupo social. 
 
1.1.1 OS TIPOS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
 
A história da língua portuguesa do território brasileiro está permeada por 
acontecimentos de ordens social e política. Não se pode separar em extremos as 
histórias externa e interna de uma língua, pois, como se sabe, o código linguístico não 
pode ser considerado componente cultural se não posto em atividade, se não usado 
como meio de trocas comunicativas entre seus falantes. 
 
Material elaborado para EaD por Rita Kramer. A autora é a titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução não 
autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos 
autorais. 
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A colonização realizada na América do Sul tem uma enorme influência no 
desenvolvimento das línguas oficializadas em seus países. No Brasil, até chegarmos ao 
que temos hoje como território nacional, houve diversas questões e lutas relativas à 
colonização; tivemos neste território a presença de muitas nacionalidades durante os 
cinco séculos que se passaram desde o descobrimento oficial (sem comentar a 
diversidade cultural e linguística que já havia antes da colonização europeia). 
 
O português brasileiro tem suas especificidades em relação ao português 
europeu, tanto nos níveis fonético/fonológico quanto na morfologia, léxico, sintaxe e – 
por que não – semântica. Afinal, a produção de sentidos não pode ser desvinculada da 
história e estrutura de uma língua, muito menos de sua cultura. 
 
Segundo pesquisadores da Ipol – Instituto de Investigação e Desenvolvimento 
em Política Linguística -, não somente há uma diversidade de falares regionais, etários 
ou sociais no país, mas existe uma variedade de línguas brasileiras (MUNDURUCA, 
2010, grifo meu). São duzentas línguas diferentes, sendo cento e oitenta delas de 
origem indígena. Observando esse quantitativo, podemos destacar a relação entre 
política e poder e a língua. Apesar de termos presentes em nosso território tantas 
línguas indígenas, o português que falamos tem sua estrutura dorsal derivada do 
português europeu, mesmo que reconheçamos diversas contribuições africanas, 
italianas, alemãs, espanholas etc. em nosso vocabulário. Os índios não representam 
uma influência efetivamente política, daí a razão de suas línguas, apesar de várias, 
serem quase ignoradas pela maioria dos falantes do português no Brasil. A norma não 
reflete exatamente a realidade; ela estabiliza e concretiza os códigos de uso das 
classes políticas dominantes. 
 
Toda esta conjuntura nos faz pensar o português brasileiro por um viés 
heterogêneo e multifacetado. As diversas línguas e culturas que através do tempo 
foram compondo não somente a nossa língua, mas nossa maneira de pensar o mundo, 
são componentes do que hoje podemos entender como identidade brasileira. E isso 
 
Material elaborado para EaD por Rita Kramer. A autora é a titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução não 
autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos 
autorais
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não deve ser visto apenas em sua face lírica, pois nesse desenvolvimento político 
houve muita exploração de povos sobre outros, acarretando, assim, vestígios de 
desigualdade nos usos que fazemos de uma mesma língua. 
 
Apesar de a instituição da norma e a sua disseminação através das práticas 
escolares nos dar a ideia de que a língua é uniforme, observar os usos feitos da língua 
em diversas situações comunicativas e através de diversos falantes nos faz questionar 
a hegemonia da norma diante da língua realmente vivida. 
 
O fenômeno da variação não somente tem a ver com a adaptação a contextos 
de fala, mas também com o desenvolvimento de competências linguísticas. E isso não 
é apenas uma herança da geografia linguística, mas principalmente de políticas 
públicas relativas ao acesso ao conhecimento e à educação. Estas políticas têm origem 
histórica e podemos ver ainda hoje as cicatrizes de sua aplicação desigual. 
 
Os tipos de variação linguística (Ilari & Basso, 2006) são divididos em quatro 
grupos: variação diacrônica, variação diatópica, variação diastrática e variação 
diamésica. 
 
1.1.2 A VARIAÇÃO DIACRÔNICA 
 
Seguindo a etimologia da palavra, a variação diacrônica (dia – através; chronos 
 
– tempo) se refere à variação ocorrida através do tempo. Sabemos que a língua muda 
e, sendo assim, as diversas gerações utilizam um registro característico à sua época. 
Esses diferentes usos causados pela mudança do tempo não requerem 
necessariamente um longo período para serem percebidos. Aliás, com a chegada da 
tecnologia digital na mediação comunicativa, as mudanças têm ocorrido em um 
intervalo cada vez menor de gerações. Podem-se notar diferenças principalmente 
lexicais, mas muitas vezes também gramaticais e sintáticas (a sintaxe utilizada no 
século 17 no Brasil, por exemplo, é muito diferente da que utilizamos na 
contemporaneidade). 
 
Material elaborado para EaD por Rita Kramer. A autora é a titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução não 
autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos 
autorais
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Esta publicidade do início do 
século 20 nos mostra muitas 
mudanças no vocabulário e na 
ortografia de algumas 
palavras. Além disso, os 
recursos de persuasão 
próprios desse gênero textual 
se modificaram muito até os 
dias de hoje. Busque essas 
diferenças e compare com a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material elaborado para EaD por Rita Kramer. A autora é a titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução 
não autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dosdireitos 
autorais. 
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2 – Disponível em: http://blogit.com.br/blog10/wp-content/uploads/2013/05/10675_A-Front-Xarope- 
Melagri%C3%A3o.jpg. 
 
 
 
 
1.1.3 A VARIAÇÃO DIATÓPICA 
 
A variação diatópica (topos = lugar) acontece porque a mesma língua é falada 
de modos diferentes em regiões do mesmo país ou mesmo entre países. Temos, no 
português, a variação diatópica entre Brasil e Portugal (português brasileiro e 
português europeu), através da qual identificamos distinções tanto nos níveis fonético 
e fonológico quanto nas escolhas lexicais e em alguns usos sintáticos. Ilari & Basso 
(2006) dizem que houve uma época em que os dialetólogos (estudiosos das variantes 
ou dos dialetos) portugueses trataram o português brasileiro como dialeto, alguns 
filólogos insistem na unidade das duas variedades e outros linguistas defendem serem 
línguas diferentes. A postura diante do tema dependerá da concepção de língua pela 
qual cada pesquisador optará em sua observação. 
 
Mas se algum estrangeiro for estudar português, ele terá que escolher bem se 
quer aprender a variante brasileira ou portuguesa, pois isso fará toda a diferença. Há 
 
 
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autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos 
autorais. 
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relatos de estrangeiros que aprenderam a variante portuguesa e ao chegar no Brasil 
sentem muita dificuldade de compreender e de se fazer entender em nossa língua. 
 
Também é um caso de política linguística o reconhecimento ou não de uma 
variante. No caso do português do Brasil, como o país internacionalmente adquiriu 
uma importância econômica e política maior do que a do antigo colonizador, a nossa 
variante ganhou uma maior força. Prova disso é a última reforma ortográfica, que 
alterou muito mais as normas de escrita do português europeu do que o brasileiro. 
 
Assista ao trailer do filme “Gravidade”, no seguinte endereço do Youtube: 
 
< http://www.youtube.com/watch?v=xK-4o4ysFOE>. Em seguida, veja o mesmo trailer 
legendado para o português brasileiro no link: < 
http://www.youtube.com/watch?v=T1Xlq9Ug_Ag>. Experimente também assistir a um 
filme inteiro com legendas do português de Portugal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - Trailer do filme "Gravidade", com legendas em português de Portugal. Disponível 
em: http://www.youtube.com/watch?v=xK-4o4ysFOE 
 
 
 
Material elaborado para EaD por Rita Kramer. A autora é a titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução não 
autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos 
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4 -- Trailer do filme "Gravidade", com legendas em português brasileiro. Disponível 
em: http://www.youtube.com/watch?v=T1Xlq9Ug_Ag 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5- Ilari & Basso, 2006, p. 159 
 
Em relação à variação diatópica regional no português brasileiro, notamos que 
é incrivelmente plural sua manifestação. Talvez pela grande extensão do território e 
pela diferente história de ocupação em cada região e estado, a variação regional 
 
 
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brasileira seja tão dinâmica e flagrante. O falar nordestino se difere do falar da região 
sul; este, por sua vez, distingue-se ao da região sudeste e assim sucessivamente. Não 
somente entre as regiões há variações, mas dentro das próprias regiões e dos estados, 
dependendo das cidades, encontram-se diversas variantes, principalmente fonéticas. 
Observe, por exemplo, a diferença entre o falar de quem mora e nasceu em Recife e 
de quem mora e nasceu em Trindade. Mesmo sendo duas cidades do mesmo Estado, 
há distinções sobretudo na produção sonora e em algumas escolhas de vocabulário. 
 
Vale salientar que, muitas vezes, o falar regional tem traços de variação 
diastrática, que veremos a seguir. Isso acontece pela má distribuição de riquezas entre 
as regiões. Coincide, às vezes, das regiões mais carentes serem as de interior doN e 
Nordeste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 - Página Bode Gaiato, no Facebook. Exemplo de variação regional. Disponível em: 
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=650853038311292&set=a.463935863669678.112226.463932880336 
643&type=1&theater. 
 
 
 
 
 
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7 - Disponível em: 
http://minasdemim.blogspot.com.br/2013/07/dialeto-mineiro-dialect-from-minas.html. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIALETO MINEIRO 
 
O mineiro ou montanhês é o dialeto do português brasileiro falado na região central do 
estado de Minas Gerais. Essa variante, que ocupa uma área que corresponde 
aproximadamente ao Quadrilátero Ferrífero, incluindo-se a fala da capital, Belo Horizonte, é 
um dos dialetos mais facilmente distinguíveis do português brasileiro. 
 
Ele deve ser diferenciado do dialeto caipira, que cobre áreas do interior de São Paulo, 
Paraná e das regiões sul do próprio estado por receber influência do interior de São Paulo. 
Não se deve confundir o dialeto mineiro com o caipira. 
 
Fonte: http://cursododialetomineres.blogspot.com.br/p/dialeto-mineiro-
ou- montanhes.html 
 
 
 
 
 
 
Ilari & Basso (2006, p. 163) alertam para a difícil separação existente entre as 
variações diatópica e diastrática (relativa a estratos sociais), pois os traços mais 
tipicamente regionais aparecem mais nitidamente em registros informais, que são 
 
 
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autorais. 
 
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fruto (infelizmente) da carência de instrução e de letramento sofrida pelas populações 
mais pobres das diversas regiões do país. 
 
Os atlas linguísticos são mapas elaborados com o objetivo de delimitar as 
variedades regionais de uma língua. Além disso, eles procuram traçar as divisas 
territoriais baseados na uniformidade de fenômenos linguísticos. Ilari & Basso (2006) 
lembram que a primeira proposta de um atlas linguístico brasileiro foi feita em 1922, 
pelo filólogo Antenor Nascentes, separando o Brasil em território Amazônico, 
Nordestino, Baiano, Mineiro, Sulista e em Território Incaracterístico (a região centro-
oeste do mapa).Embora os recursos do filólogo tenham sido escassos, Ilari & Basso 
 
(2006) veem uma grande contribuição desse mapa “por ter fornecido um diagnóstico 
importante da geografia do português brasileiro nos anos 1950; por ser ao mesmo 
tempo abrangente e claro; e porque fez germinar a ideia de um atlas linguístico 
brasileiro” (p. 171). 
 
Hoje, há linguistas elaborando atlas dos seguintes estados: Acre, Amazonas, 
Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de 
Janeiro (ILARI & BASSO, 2006, p. 173). Há também um atlas de falares baianos, 
publicado por Nelson Rossi em 1964 (idem). 
 
 
1.1.4 A VARIAÇÃO DIASTRÁTICA 
 
 
A variação diastrática diz respeito às diferentes manifestações da língua em 
diferentes estratos sociais. Os mais escolarizados são em maioria os mais favorecidos 
economicamente. Eles têm os recursos da língua culta disponíveis por terem recebido 
não somente instruções escolares sobre esse registro, mas também por aprenderem 
dentro de suas próprias casas a norma de prestígio. 
 
A discrepância social brasileira tem raízes históricas, assim se tornando uma 
herança a facilidade que se tem com o aprendizado do registro padrão da língua. A 
 
 
 
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variedade subpadrão tem pouquíssimas chances de aparecer em registros escritos 
(Ilari & Basso, 2006, p. 177), a não ser em casos de transcrições e estudos linguísticos. 
 
 
Samba do Arnesto 
 
Adoniran Barbosa 
 
 
O Arnesto nos convidô 
 
Prum samba ele mora no Brás 
 
Nóis fumo e num econtremo ninguém 
Nóis vortemo cum uma baita de uma reiva 
Da outra veiz, nóis num vai mais 
 
 
 
 
 
 
Ouça a canção online: 
 
Youtube: 
https://www.youtube.co 
m/watch?v=plOezZ6936Y 
 
 
Noutro dia encontremo com o Arnesto 
 
Que pediu discurpas mais nóis não aceitemus 
Isso não si faiz Arnesto, nóis não si importa 
 
Mas você devia ter ponhado um recado na porta 
 
Um recado Anssim ói: "Ói, turma, num deu prá esperá 
 
A duvido que isso num faz má, num tem importância, num faz má 
 
 
Assinado em cruiz porque não sei escrevê 
 
Arnesto" 
 
 
 
O sambista Adoniran Barbosa registra em sua canção características linguísticas 
de uma variante social. Isso acontece em obras estéticas ou em transcrições de 
estudos linguísticos, uma vez que a variante subpadrão é bastante rechaçada pelos 
defensores da norma padrão no uso escrito da língua. 
 
 
 
 
 
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autorais. 
 
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1.1.5 A VARIAÇÃO DIAMÉSICA 
 
Por fim, temos a variação diamésica (diferentes meios, veículos de 
comunicação), que diz respeito às diferenças entre textos orais e escritos. Os recursos 
tanto cognitivos quanto propriamente linguísticos de cada um desses meios de 
manifestação da língua são distintos. Embora ambos se realizem em contextos formais 
e informais de comunicação, cada um envolve processos específicos de produção. Na 
fala, temos a prosódia, os gestos, a mímica, enquanto na escrita trabalhamos com 
ideogramas e imagens. Para Marcuschi (2006) a fala e a escrita não são dois dialetos 
de uma mesma língua, mas sim modalidades de uso de uma língua. 
 
Os processos de construção da fala e escrita são diferentes. Veja o que dizem 
Ilari & Basso: 
 
 
Quando produzimos um texto escrito, podemos pensar previamente 
sua estrutura em partes, podemos decidir em que ordem essas partes serão 
dispostas, podemos avaliar formulações alternativas. Se, com tudo isso, o 
texto escrito ainda nos parecer inadequado, podemos corrigi-lo e modificá-
lo, e o resultado final, para aqueles que têm alguma habilidade na escrita, é 
normalmente um texto que se desenrola linearmente e quase não 
apresenta retornos e redundâncias. Além disso, o texto escrito é 
tipicamente um texto que terá de falar por si e que não supõe por parte do 
seu destinatário um conhecimento muito exato da situação em que foi 
produzido (a menos que essa situação seja descrita no próprio texto). 
Bem diferente é o caso dos textos falados: eles podem tirar partido 
da situação de fala de várias maneiras (por exemplo, dispensando a 
necessidade de descrever os objetos e pessoas que estão presentes na 
atenção dos interlocutores); além disso, os textos tipicamente falados são 
planejados à medida que são produzidos, por isso o mais comum é 
encontrar neles um grande número de reformulações sucessivas e sempre 
parciais de um mesmo conteúdo (ILARI & BASSO, 2006, p. 181). 
 
 
 
 
Temos vivido tempos em que muitas situações de comunicações em que 
interagíamos apenas na fala estão se colocando na escrita. É o caso dos fóruns de 
discussão dos ambientes virtuais de aprendizagem. Nele, simulamos um debate que, a 
princípio, era feito oralmente em sala de aula. Aos poucos, vamos descobrindo 
 
Material elaborado para EaD por Rita Kramer. A autora é a titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução não 
autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos 
autorais. 
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estratégias para adaptar essas interações a um novo meio em que usamos a 
 
linguagem. 
 
Observe a interação abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 - Interação no fórum de discussão da disciplina Português Instrumental - Ciências Contábeis - EAD - UFPE, 
Polo Maragogi, 2013.2. 
 
 
 
O aluno iniciou sua interação com o cumprimento BOA TARDE. Se estivéssemos 
numa situação de uso da LÍNGUA ORAL, em que os falantes em geral estão presentes 
no mesmo momento de interação, essa expressão funcionaria perfeitamente. No 
entanto, na escrita, em comunicações ASSÍNCRONAS (ou seja, em que os falantes não 
estão presentes no mesmo momento), essa expressão perde sua força referencial, 
uma vez que os receptores dessa mensagem podem visualizá-la em diferentes 
momentos do dia. Isso é um exemplo da adaptação pela qual ainda estamos passado 
no uso de gêneros textuais falados e escritos aos novos suportes de comunicação. 
 
Por fim, queremos endossar a posição de Ilari & Basso (2006) quando afirmam 
que os quatro tipos de variação convivem entre si. Desse modo, não podem ser 
aplicados separadamente a uns e outros tipos de texto, carecendo-se sempre de um 
olhar específico sobre cada texto e as manifestações de variações nele representadas. 
 
 
 
 
 
 
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1.2 LÍNGUA PADRÃO E NÃO PADRÃO, NORMA CULTA E NORMA PADRÃO 
 
 
Antes de começarmos a discutir a língua padrão e não padrão, observe o texto 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 - Disponível em: http://www.filologia.org.br/viiisenefil/11.html 
 
 
 
 
Agora responda as seguintes perguntas: 
 
1. Você entendeu a mensagem escrita? Teve alguma dificuldade de 
compreender os sentidos? 
2. Você riu de ou achou grotesca alguma coisa na escrita da mensagem? 
3. Se a resposta for sim, pense por quê. 
 
 
 
 
Para os cidadãos escolarizados, os “erros” de ortografia damensagem acima são 
absurdos ou grotescos, pois o processo de alfabetização e de prática da escrita de suas 
 
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autorais. 
 
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vidas foram suficientes para lhes ensinar que “seja” se escreve com “s”, “experimente” 
se escreve com “x” e possui um “e” entre o “p” e o “r”. No entanto, poucos devem ter 
notado que “bem vindo” está também em desacordo com a norma padrão, pois 
segundo a regra ortográfica essa palavra se escreve com hífen: bem-vindo! 
 
Reparem que consideramos certos erros mais grosseiros do que outros quando 
falamos de norma linguística, mas isso não acontece à toa. Existem padrões 
linguísticos que, apesar de não seguir a norma das gramáticas, já conquistou espaço 
entre os falantes cultos do português brasileiro. 
 
“Você foi na biblioteca ontem?” 
 
 
Nenhum de nós riria ou estranharia essa construção, pois pessoas de todas as 
classes sociais usam largamente essa regência ainda condenada pela gramática 
normativa: ir na padaria, ir na sua casa, ir no banheiro, etc. Então, por que alguns erros 
parecem mais errados do que outros? Por que escrever 
 
“esprimente” parece mais grave do que “bem vindo”? 
 
 
Isso ocorre porque não há apenas UMA NORMA LINGUÍSTICA da língua 
portuguesa. 
 
1.2.1 NORMA PADRÃO E NORMA CULTA 
 
 
Chamamos de norma padrão o conjunto de regras regidas pela GRAMÁTICA 
NORMATIVA, aquela estudada por todos nós durante toda a nossa vida escolar. É ela 
que determina que devemos escrever EXCEÇÃO desta maneira e justifica isso quase 
sempre com regras que possuem mais exceções do que padrões. 
 
Essas gramáticas normativas têm origem na cultura greco-latina, em que 
surgiram as primeiras gramáticas desse tipo. Essas obras partiam do estudo do dialeto 
ático, que era a língua falada pelos homens (mulheres não eram consideradas cidadãs, 
não tinham direito a voto, etc) de alta posição social e política da época. 
 
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autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos 
autorais. 
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Até os nossos dias a gramática normativa continua tendo essa mesma função. A 
partir de um dialeto de prestígio, que foi algum dia falado e escrito pelas pessoas consideradas 
importantes para a sociedade, essa gramática reuniu regras para uma escrita adequada. É essa 
norma que rege a LÍNGUA PADRÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gramática 
Falares de Língua ou 
 
prestígio norma 
normativa 
social padrão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para usamos a língua padrão, é necessário que atendamos a todas as regras da 
gramática normativa do português. Nesse ínterim, não estaríamos utilizando a norma 
padrão ao dizer ou escrever “Vou no banheiro”. No entanto, como vimos antes, esse 
tipo de construção sintática é muito usada e difundida na fala mesmo das pessoas 
cultas brasileiras (como pessoas cultas, entendemos os falantes com formação 
superior em qualquer área). 
 
Isso acontece porque, além dessa norma padrão, que foi imposta de fora para 
dentro da sociedade, ou seja, alguém a elegeu e a escolheu para ser o modelo de 
língua da sociedade, existe uma outra norma que os linguistas chamam de NORMA 
CULTA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO. Essa norma não foi imposta. Ela existe com base 
nas práticas de linguagem que os falantes cultos possuem, independente de regras 
externas. 
 
 
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 não autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
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É porque usamos a norma culta urbana do português brasileiro que raramente 
falamos sentenças iniciadas por colocação enclítica de pronome: “Dê-me o material, 
professora”. Essa sentença, no século 21, mesmo em contexto formal, é difícil de ser 
usada espontaneamente pelos falantes contemporâneos. Isso porque no português 
brasileiro (que, como vimos, é diferente do português europeu) já transformamos a 
norma original. Usamos os pronomes na posição proclítica (no início da sentença) 
porque no português brasileiro o pronunciamos como pronome oblíquo tônico, e não 
átono, como em Portugal. 
 
Dê-me um livro. 

 Em português brasileiro, pronunciamos com força o “me”. 
No português europeu, há uma pronúncia fraca da vocal “e”, quase não se ouve o 
 
“me”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regras intuitivas 
internalizadas na 
mente dos NORMA CULTA falantes cultos 
 
contemporâneos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nem sempre é fácil diferenciar a NORMA PADRÃO da NORMA CULTA, pois a 
fala e a escrita dos falantes cultos da língua são muito influenciadas pelas regras que 
eles aprendem ao longo da sua vida escolar. Por isso, em muitas situações de 
comunicação, utilizamos uma pela outra sem nenhum prejuízo linguístico. No entanto, 
 
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autorizada. Uso estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos 
autorais. 
 
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é importante lembrar que nos gêneros textuais mais formais (textos acadêmicos, 
reportagens jornalísticas, documentos empresariais, etc.) a norma oficial é a NORMA 
PADRÃO, baseada nos compêndios gramaticais. Devemos estuda-la e buscar atende-
las nas situações exigidas. 
 
Na hora de seguir a norma padrão e usar a língua padrão, consulte gramáticas 
recentes, atualizadas, pois essa norma de tempos em tempos também se atualiza. 
 
Veja o exemplo: 
 
ANTIGAMENTE 
 
O verbo VISAR possuía duas regências distintas, que marcavam dois sentidos 
diferentes. 
 
VISAR ALGO (verbo transitivo direto) – Assinar, rubricar, conferir. 
 
VISAR A ALGO (verbo transitivo indireto) – Mirar, ter como objetivo, propor-se. 
 
AGORA 
 
O verbo VISAR é usado em ambos os sentidos com a mesma regência (verbo transitivo 
direto). A regência VISAR A é opcional. 
 
transitivo direto e transitivo indireto 
 
3 Derivação: sentido figurado. 
 
ter (algo) como desígnio, ter por fim ou objetivo; mirar (a), propor-se 
Exs.: estas providências visam solucionar o problema 
 
os pais visam ao bem dos filhos 
 
Fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2009). 
 
 
 
Como se pode ver, até a NORMA PADRÃO passa por mudanças, o que 
corrobora o caráter maleável da nossa língua. Essas mudanças são mais lentas na 
 
 
 
 
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autorais. 
 
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língua padrão, pois há um esforço social e político para a manutenção de um modelo 
 
linguístico para a escrita. 
 
Em geral, os falantes cultos, quando estão usando a modalidade oral da 
 
linguagem, tendem a atender à norma culta e não à norma padrão. Faremos uma 
 
atividade mais adiante em que verificaremos como a fala se difere da escrita e como 
 
elas seguem normas diferentes. 
 
 
 
 RESUMO DOS CONCEITOS 
 
 
 
 
Norma padrão/Língua Conjunto de regras estabelecidas politicamente por um 
 
padrão grupo de gramáticos, com base numa língua literária,escrita, que estabelece o modelo escrito em gêneros 
 
 
 
 textuais formais. 
 
 
Norma culta/Língua Padrão estabelecido socialmente, sem regras escritas, a 
 
culta partir da comunicação entre os falantes cultos de uma 
 
 língua. Conjunto de normas inconscientes, que estão na 
 
 intuição linguística dos falantes. 
 
 
Língua não padrão Todas as formas que manifestam variações não previstas 
 
 pelo conjunto de regras da gramática normativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATIVIDADE 
 
 
Após a leitura deste material, faça uma pesquisa em busca de exemplos dos seguintes 
conceitos trabalhados. 
 
 Variação diatópica 
 Variação diastrática 
 Variação diamésica 
 Variação diacrônica 
 Norma padrão 
 Norma culta 
 Língua não padrão 
 
Você pode registrar exemplos fotografando textos com o celular, buscando 
comentários em redes sociais (lembre-se de ocultar a identidade dos autores dos 
textos), em publicidades, textos jornalísticos, etc. Fique à vontade. 
 
Ao lado ou abaixo de cada texto coletado, faça um comentário analítico, usando a 
norma padrão da língua portuguesa, em que você explique por que escolheu o 
exemplo, realizando uma pequena análise linguística. O trabalho deve ser postado em 
formato .doc. Lembre-se de indicar a fonte do texto pesquisado. Não serão aceitos 
exemplos já usados no material conteudístico. 
 
A atividade deve ser feita EM DUPLA. Dúvidas devem ser discutidas no fórum. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ILARI, R.; BASSO, R. (2006) O português da gente: a língua que estudamos, a língua que 
falamos. São Paulo: Contexto. 
 
MUNDURUCA, Rafael. (2010) Nação Poliglota. Revista da Cultura. Edição 35, junho de 2010, p. 
30-35. 
 
 
 
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