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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA CURSO DE ENFERMAGEM DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA PROFESSORA: ANA PAULA RAMOS RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA MICROBIOTA NORMAL COMPONENTES DO GRUPO: DEISE PEREIRA JULIÊ PEREIRA LOCH SOLANGE PEREIRA TURMA: ENF. MAT. C São José – SC 2016 MICROBIOTA NORMAL Introdução Microbiota normal refere-se à população de microrganismos que habita a pele e às mucosas de pessoas normais e sadias, a microbiota normal pode ser classificada em: Residente: consiste em microrganismos encontrados com regularidade em determinada idade e área da superfície, sendo perturbada, recompõe-se com facilidade. Transitória: consiste em microrganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos que permanecem na pele ou mucosa por horas, dias ou semanas, provenientes do meio externo, não provocando doença e não se estabelecendo em definitivo na superfície. A função da microbiota residente é impedir a colonização por patógenos do meio externo e o possível desenvolvimento de doença por meio de interferência bacteriana, ajudar na absorção de nutrientes. Os membros da microbiota normal são inócuos e podem ser benéficos ao hospedeiro em sua localização normal e na ausência de anormalidades concomitante. Quando os microrganismos da microbiota residente são introduzidos em locais estranhos e em grande quantidade, e na presença de fatores predisponentes, podem provocar doença. Na microbiota normal da pele, devido ao grande contato com o meio ambiente, a pele está propensa a abrigar microrganismos transitórios. A pele apresenta uma microbiota residente bem definida e constante,diferenciada na região anatômica por secreções, uso habitual de roupas ou proximidade de mucosas (boca, nariz e áreas perineais). Na microbiota da boca e das vias aéreas superiores, ao nascimento, as mucosas da boca e da faringe quase sempre são estéreis, podendo ser contaminadas durante a passagem pelo canal de parto, nas primeiras 4-12h de vida, os Streptococcus viridans colonizam, e se tornam os membros mais importantes da microbiota residente, permanecendo por toda vida. No início da vida, aparecem os estafilococos aeróbios e anaeróbios, os diplococos gram(-), os difteróides e lactobacilos. As leveduras, principalmente espécies de Candida, são encontradas na boca. Um dos métodos mais importantes de análises clínicas na microbiologial é a Coloração de Gram. A coloração de Gram foi desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram (1853 - 1838), em 1884, e que consiste no tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com o reagente cristal violeta, lugol, álcool-acetona e fucsina básica. Essa técnica permite a separação de amostras bacterianas em Gram-positivas e Gram-negativas e a determinação da morfologia e do tamanho das amostras analisadas. A técnica, sendo quase sempre o primeiro passo para a caracterização de amostras de bactérias, tem importância clínica uma vez que muitas das bactérias associadas a infecções são prontamente observadas e caracterizadas como Gram-positivas ou Gram-negativas em esfregaços de pus ou de fluidos orgânicos. Essa informação permite ao clínico monitorar a infecção até que dados de cultura estejam disponíveis. É possível a análise de vários esfregaços por lâmina, o que facilita a comparação de espécimes clínicos. As lâminas podem ser montadas de forma permanente e preservadas como documentação. Objetivo Isolamento de bactérias das vias aéreas superiores e nos tecidos abaixo das unhas (sub-ungueais). Confeccionar uma lâmina e utilizar a técnica de gram para visualizar a morfologia das bactérias ao microscópio óptico. PRATICA 1 ISOLAMENTO DE BACTERIAS DA BOCA E TECIDO ABAIXO DA UNHA Material Palitos de dente esterilizados Swabs Alça bacteriológica Tubos com caldo BHI (Brain Heart Infusion) Placas de Petri com Ágar EMB (Eosina Azul de Metileno) e Ágar PCA Bico de Bunsen Estufa bacteriológica A 37 C Métodos Identificou-se todo o material que foi utilizado Assepticamente abriu-se o tubo onde encontravam-se os palitos estéreis, serviu-se de um palito. Coletou-se o material passando o palito abaixo das unhas (teve-se o cuidado para não lastimar o tecido).Introduziu-se o palito no tubo com caldo nutriente (BHI). Incubou-se por 18-24hs em estufa a 37 C. Assepticamente abriu-se o Swab Umedeceu-se o Swab na água destilada estéril. Coletou-se o material da orofaringe e semeou-se por estrias descontínuas, (com a alça bacteriológica ), no Agar PCA. Incubou-se por 18-24hs em estufa a 37 C Na aula seguinte: Identificou-se todo o material que foi utilizado. Com a cultura mista da região sub-ungueal, procedeu-se a semeadura por estrias descontínuas em uma placa com Ágar EMB.Identificou-se e incubou-se. Da placa com colônias provenientes da amostra da orofaringe, elegeu-se uma delas, caracterizou-se macroscopicamente, realizou-se esfregaço, coloração de Gram e observou-se ao microscópio. PRATICA 2 COLORAÇÃO DE GRAM. Material 1 Tubo com água destilada esterilizada 1 Lâmina de microscopia 1alça bacteriológica Cristal Violeta, Lugol, Álcool-acetona, Fucsina Colônia de bactérias Microscópio e óleo de imersão Bico de Bunsen Métodos Flambou-se a alça, resfriou-se na água destilada, mantendo-a próxima da chama. Retirou-se uma amostra da cultura com a alça, e colocou-se no centro da lamina. Espalhou-se o material com a alça em movimentos circulares, obtendo-se um esfregaço de forma oval , uniforme e fino. Fixou-se o esfregaço, passou-se a lâmina na chama do bico de Bunsen, como se cortando a chama, repetindo-se este procedimento 3 vezes, para que o material fique bem aderido. Colocou-se a lâmina com o esfregaço sobre um suporte. Cobriu-se a lâmina com cristal violeta (Gram l ) e deixou-se agir por 1 minuto. Lavou-se a lâmina em jato fraco de água corrente, do lado contrário ao esfregaço. Cobriu-se a lâmina com lugol (Gram ll ), deixou-se agir por 1 minuto. Lavou-se novamente a lâmina. Cobriu-se a lâmina com a solução de álcool-acetona Gram lll , verificou-se a descoloração que ocorreu em cerca de 10 segundos. Cobriu-se a lâmina com fucsina Gram lv , deixou-se agir por 30 segundos. Lavou-se a lâmina novamente. Secou-se inicialmente o lado da lâmina oposto ao esfregaço, com papel toalha, e logo em seguida secou-se o restante da lâmina delicadamente com o papel toalha. Levou-se a lâmina ao microscópio, colocou-se uma gota de óleo para imersão, sobre o esfregaço e observou-se em objetiva de imersão.
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