Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS:1 NOME: Marcia Maria Issa Portinho MATRÍCULA: 01373766 CURSO: Biomedicina POLO: Mercês - Salvador, Ba DISCIPLINA: Bacteriologia Clínica Data: 08/04/2022 PROFESSOR ORIENTADOR: Rosilma Oliveira TÉCNICAS DE SEMEIO Nas técnicas de semeadura em meio de cultura, são utilizados microrganismos com o objetivo de fazê-los crescer em amostras químicas ou meio sintético em condições parecidas com as condições do corpo humano. Condições estas, em que um microrganismo crescerá sendo possível a sua identificação. Para garantir que o microrganismo desejado seja semeado, são utilizados procedimentos (técnicas assépticas) que devem ser adotados com o objetivo de evitar contaminação de materiais, meios e culturas. Técnicas de semeio Descrição Aplicação 1-Estria única ou três estrias 1-Transferir com auxílio de uma alça bacteriológica devidamente esterilizada e esfriada a cultura para meio sólido em placa; 2- Com a mesma alça bacteriológica fazer estrias sobre o meio com movimentos de zig- zag em estria única) ou com três estrias fazendo giros de 90° com a placa de Petri. Observação de colônias puras e para fazer crescimento em que se pode visualizar determinadas propriedades metabólicas, como a produção de enzimas hidrolíticas (hidrólise de substâncias do meio - gema de ovo, sangue...), e produção de pigmentos. 2-Técnica por esgotamento (A) (B) Com auxílio de uma alça bacteriológica flambada e devidamente esfriada, transferir até duas colônias da cultura e introduzir no meio líquido, com agitação da alça, para maior difusão dos microrganismos (da alça para o meio e homogeneização no meio). Pode-se inclinar o tubo a 30° e esfregar o inóculo na parede dele, quando o tubo retornar à posição original o inóculo se difundirá no meio. Tem como função: Esgotar todo o material ao ponto de obter colônias individualizadas servindo para serem utilizadas na produção do antibiograma e para identificar se a cultura está pura; Para obtenção de colônias isoladas, bacilos Gram negativos (enterobactérias e não fermentadores) e verificar a fermentação ou não da lactose. Utiliza-se o meio EMB (A) e o Ágar MacConkey (B) em amostras clínicas que contenham microbiota mista, como urina, fezes, feridas e secreções. 3-Técnica de semeio em tubo: 3.1-Em meio sólido (bico de flauta) 3.2-Em meio líquido Com auxílio de uma alça bacteriológica flambada e devidamente esfriada, transferir a colônia para o tubo com ágar inclinado fazendo o movimento de vai e vem de baixo para cima dispensando todo o material contido na alça. Posteriormente fecha-se o tubo e leva-o à estufa. Obter o crescimento do micro-organismo no meio de cultura afim de: Estocar a bactéria; Estudar seu metabolismo em uma prova “bioquímica”; Avaliar sua capacidade de crescimento ou não no meio de cultura Inocula-se a cultura por dispersão onde introduz-se a alça dentro do líquido dispersando totalmente todo o material biológico. Tampar o tubo e dar uma leve agitada. A percepção do meio líquido é feita pela turbidez alcançada após o crescimento bacteriano. Para obtenção de crescimento para serem utilizadas na produção do antibiograma. 4-Técnica de semeio em tapete (suabe) Com auxílio de uma alça bacteriológica flambada e devidamente esfriada, transferir dispersando todo o material biológico para o tubo com o meio líquido (água destilada estéril); Tampa-se o tudo dando uma leve agitada para que se dissolva todo o material biológico; Observar a turbidez alcançada observando conjuntamente com outro tubo estéril; Em seguida transferir com auxílio de um suabe o material do tubo em que foi feita a suspensão bacteriana para meio sólido em placa, utilizando a técnica de semeio em três giros. A placa é dividida em 4 quadrantes e a inoculação pode ser feita seguindo os seguintes procedimentos: * Estriar em metade da placa, com movimentos de zig-zag. Quando atingir a metade, girar a placa 90° e estriar até a metade (1/4 da placa), girar mais 90° e estriar o meio restante. * Estriar até 2/3 da metade da placa, girar 90°, estriar 2/3 do próximo quadrante (1/4 da placa), girar 90°, estriar mais 2/3 do próximo Para obtenção de crescimento confluente, ou para contagem bacteriana. Esta técnica é muito utilizada na realização de antibiogramas, onde serão colocados os discos contendo diferentes antibióticos para analisar a sensibilidade de uma linhagem de bactéria isolada. quadrante (1/4 da placa), girar 90° e estriar o restante do meio; * Passar o suabe na borda em volta de toda a placa até atingir total esgotamento, para que se forme um tapete. TESTE DE DIFUSÃO EM DISCO DE PAPEL-ANTIBIOGRAMA Antibiograma, teste que tem como resultado padrões de resistência ou susceptibilidade de uma bactéria específica analisada e estudada, a vários antimicrobianos, drogas que têm a capacidade de inibir o crescimento bacteriano. De acordo com as interpretações e resultados obtidos no teste serão tomadas decisões sobre o tipo tratamento. Na aula prática foi plicada a técnica de três giros em semeio de Mueller Hinton (semeio em tapete) das colônias inoculadas em água destilada estéril. Procedimentos: • Com o auxílio da alça bacteriológica devidamente esterilizada colocou-se inicialmente duas colônias no tubo de 0,5 da escala, homogeneizou-se e em seguida colocou-se mais uma colônia para obter uma suspenção com turbidez necessária; • Com a ajuda do suabe umedecido pela suspenção, fez-se um movimento de vai e vem girando a placa por três vezes até obter um triângulo e em seguida passou-se o suabe também ao redor da placa; • Com uma pinça esterilizada (flambada e esfriada) coletou-se os cinco discos, um de cada vez de antibiótico diferentes com suas respectivas identificações (sigla de três letras representando o nome de cada antibiótico de classes diferentes). • Colocou-se os discos de forma equidistante para que ao se formarem os halos de inibição, eles não se unam. Com a própria pinça foi feita uma leve compressão nos discos para fixação, uma vez que ao levar a placa à estufa não se desloquem ao vira-la. • As placas foram encubadas na estufa bacteriológica em torno de 18 a 24 horas a 36 a 37ºC. Após a terminado o tempo de encubação, as placas foram retiradas para análise dos diâmetros dos halos de inibição do crescimento bacteriano ao redor de cada disco onde serão mensurados em milímetros. • Para verificar se uma bactéria é sensível ou não é necessário o uso de uma tabela com valores em relação aos intervalos de numeração em milímetros. • A medição dos halos pode ser feita com paquímetro ou com régua de medição, na aula prática usou-se a régua. • Ao conferir o resultado da medição do halo maior (figura ao lado) com os valores da tabela verificou-se que a bactéria cultivada é sensível ao clorofenicol. O segundo halo, menor, para a polimixina indicou que a bactéria é resistente. • No laudo deve constar se a bactéria é resistente, intermediária ou sensível COLORAÇÃO DE GRAM O método de coloração de Gram tem como objetivo identificar as bactérias Gram-positivas da Gram-negativas através do tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano (esfregaços de pus ou de fluidos orgânicos), com os reagentes violeta de genciana, lugol, etanol-acetona (descorante) e fucsina fixados através do calor. São denominadas de Gram-positivas as bactérias que apresentarem a coloração azul violeta e as Gram-negativas são aquelas que apresentarem a coloração vermelho. A coloração de Gram é um dos mais importantes métodos de coloração utilizados emlaboratórios de microbiologia e de análises clínicas, sendo o primeiro passo para a caracterização de amostras de bactérias. A técnica tem importância clínica uma vez que muitas das bactérias associadas a infecções são prontamente observadas e caracterizadas como Gram- positivas e Gram-negativas. A identificação da espécie bacteriana é de extrema importância para que o médico clínico indique um tratamento preventivo de acordo com as características das bactérias observadas microscopicamente. No quadro abaixo estão descritas as características estruturais diferenciais da bactérias Gram- positivas e Gram negativas: Bactérias Gram-positivas Bactérias Gram-negativas • Apresentam uma parede celular rígida e expessa de pepideoglicano; • Apresentam cor azul violeta quando na coloração de Gram; • Exibem resistência maior devido à uma cápsula protetora, que age contra o processo de fagocitose dos leucócitos. • Apresentam parede celular com menos pepideoglicano e uma membrana externa; • Apresentam cor vermelha ou rósea quando na coloração de Gram; O método de coloração de Gram consiste no tratamento de uma amostra de uma cultura bacteriana seguindo as seguintes etapas e procedimentos descritos no quadro abaixo: Etapas Descrição 1- Coloração com cristal violeta de genciana (um corante solúvel em água, roxo); 1.1-Com uma lâmina limpa, desengordurada e marcada na parte fosca com a identificação do microrganismo que será analisado, acrescentar uma gota de solução fisiológica ou água destilada esterilizada; 1.2-Com o auxílio de uma alça devidamente flambada e esfriada retira-se uma pequena quantidade de material biológico (na aula foi utilizada a Escherichia coli) e dispersa na lâmina, na pequena gota colocada inicialmente, dissolvendo-a totalmente e deixa secar; 1.3-Em seguida com o auxílio de uma pinça leva-se a lâmina para flambar, passando a lâmina levemente na chama, fazendo com que o material biológico seja totalmente fixado na lâmina; 1.4-Colocar a lâmina sobre um suporte e cobrir o esfregaço com o cristal violeta e logo após deixar secar por aproximadamente 1 minuto; 1.4- Escorrer o corante e lavar em um filete de água corrente; 1.5-Cobrir a lâmina com lugol diluído que vai agir como mordente por aproximadamente 1 minuto; 1.6-Escorrer o lugol e lavar em um filete de água corrente; 2- A descoloração (utilizando etanol / acetona); A B 2.1-Adicionar álcool etílico (99,5º GL) sobre a lâmina; descorando-a, até que não desprenda mais corante; 2.2-Nesse momento já se pode perceber visualmente na lâmina A as bactérias Gram-negativa 9como se não tivesse nada na lâmina) e na lâmina B as bactérias Gram-positivas onde se pode perceber a complexação do cristal violeta e do lugol. 3- A contra coloração (utilizando a floxina). A B 3.1-Cubrir a lâmina com floxina e deixando agir por aproximadamente 30 segundos; 3.2-Lavar em um filete de água corrente; 3.4-Deixar secar ao ar livre; 3.5- Após secagem visualizar na microscopia inicialmente na objetiva de 4 e posteriormente na objetiva de 10 onde se identificar pela cor as bactérias Gram-negativas das Gram- positivas. Em seguida, com a objetiva de 100 utilizando o óleo de imersão onde se consegue verificar a estrutura da Escherichia Coli em forma de bacilo Gram negativo (lâmina A) e na lâmina B o micrococo em arranjo tétrade Gram- positivo. Referências: https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/d 9a9a7b60d1a218c90059540d1a96581 file:///C:/Users/mport/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/1%C2%BA%20trimestre% 202022/Bacteriologia%20Cl%C3%ADnica/Material%20das%20Webs/BACTERIOLOGIA% 20CL%C3%8DNICA%20UNIDADE%20I.pdf https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_84818_1/outline/scorm/launchFrame?toolHref =https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~2Fscor-scormengine- BB5d2e2e7dd5953~2Fdelivery%3Faction%3DlaunchPackage%26content_id%3D_4807355_ 1%26course_id%3D_84818_1%26from_ultra%3Dtrue&courseId=_84818_1&contentId=_48 07355_1 file:///C:/Users/mport/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/1%C2%BA%20trimestre% 202022/Bacteriologia%20Cl%C3%ADnica/Material%20das%20Webs/BACTERIOLOGIA% 20CL%C3%8DNICA%20UNIDADE%20IV.pdf file:///C:/Users/mport/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/1%C2%BA%20trimestre% 202022/Bacteriologia%20Cl%C3%ADnica/Material%20das%20Webs/BACTERIOLOGIA% 20CL%C3%8DNICA%20UNIDADE%20III.pdf https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia/mod_4_2004.pdfhttps://bibliotecadebi omedicina.blogspot.com/2018/05/livro-microbiologia-medica-jawetz.html https://bibliotecadebiomedicina.blogspot.com/2018/12/livro-microbiologia-trabulsi- alterthum.html
Compartilhar