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relatório estágio microbiologia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório do estágio supervisionado – Microbiologia 
 
 
 
 
Inaê Fernanda de Luccas Magalhães Lima 
8064525 
 
 
 
Biomedicina 
6º Semestre 
 
 
 
Rio Claro 
2021 
Introdução 
A microbiologia é a área onde estuda-se os microrganismos, onde abrange a 
identificação, forma, fisiologia e metabolismo de cada um. Os microrganismos são 
classificados em: vírus, bactérias, protozoários, algas e fungos. As bactérias são seres 
microscópicos, unicelulares e procariontes, e são encontradas em diversos ambientes, 
existem algumas bactérias que podem ser patogênicas e causar algumas doenças nos 
seres humanos. Já os fungos são seres macroscópicos ou microscópicos e são 
encontrados em diversos ambientes, e como a bactérias os fungos também podem ser 
patogênicos para o ser humano. 
Dentro da microbiologia existe uma área conhecida como bacteriologia, que é 
responsável por identificar, classificar e caracterizar as espécies bacterianas. Para a 
identificação dessas bactérias existem algumas técnicas especificas a serem feitas, no 
estágio supervisionado realizamos: coloração de Gram, coloração de Ziehl-Neelsen 
(BAAR), preparo de meios de cultura, técnicas de semeio, provas bioquímicas para 
identificação de cocos gram-positivos, provas bioquímicas para identificação de bacilos 
gram-negativos, antibiograma, CFU e urocultura. 
 
 Coloração de Gram 
A coloração de Gram se baseia na capacidade em que as bactérias gram-
positivas têm de reter o corante violeta no citoplasma quando entram em contato com o 
descorante, já as gram-negativas não conseguem. 
 
 Coloração de Ziehl-Neelsen (BAAR) 
A coloração é utilizada para identificação de micobactérias (Mycobacterium 
tuberculosis e Mycobacterium leprae), através de coloração com fucsina fenicada. As 
micobactérias possuem paredes celulares com alto teor de lipídeos, quando coradas e 
expostas a solução de álcool-ácido forte a coloração permanece. 
 
 Meios de cultura 
Os meios de cultura auxiliam na identificação do microrganismo, sabemos que 
cada um apresenta uma característica e exigência para seu crescimento e para realizar 
a cultura é necessário saber e intender suas necessidades nutritivas e físicas. 
 
 Técnicas de semeio 
As técnicas englobam o mesmo objetivo que é transferir uma pequena porção 
do microrganismo a ser pesquisado para um meio de cultura, onde será semeado e 
após se desenvolver analisado. No estágio utilizamos as técnicas: fio de inoculação, 
espalhamento, estriamento simples e esgotamento. 
 
 Provas bioquímicas para cocos gram-positivos de importância médica 
Inicialmente a identificação começa com a inoculação em ágar sangue, o que 
possibilita separar em Streptococcus e Staphylococcus através da observação de 
hemólise. Em sequência seguimos para a prova de catalase, onde positiva indica 
Staphylococcus e negativa Streptococcus. Para a identificação de Staphylococcus 
aureus realizamos o teste de coagulase, e para a confirmação pode -se utilizar o ágar 
manitol pois o Staphylococcus aureus tem a capacidade de fermentar o manitol. 
Em placa Muller Hinton a cepa é semeada e é adicionado disco de novobiocina, 
e através da observação dos halos de inibição é possível identificar se há sensibilidade 
ou resistência. 
 
 Provas bioquímicas para bacilos gram-negativos bacilos fermentadores 
e não fermentadores 
Os Streptococcus são diferenciados através da hemólise observada em placa da 
ágar sangue, podendo apresentar hemólise total (beta), parcial (alfa) ou nenhuma 
(gama). O teste de PYR é utilizado para a identificação de Streptococcus pyogenes e 
Enterococcus sp, tendo a vantagem de ser mais rápido em relação ao teste da 
Bacitracina. O teste da optoquina é utilizado para identificar Streptococcus pneumoniae 
por meio da observação da zona de inibição envolta do disco. 
A prova da oxidase é utilizada para identificar e diferenciar o grupo o Aeromonas, 
Plesiomonas, Vibrio que também são fermentadores. 
Os bacilos gram-negativos fermentadores crescem em meios básicos, ricos e 
seletivos, fermentam glicose com ou sem produção de gás, são catalase positivos e 
oxidase negativa. Em TSI diferencia bacilo gram-negativo em relação a fermentação de 
carboidratos. Em meio SIM determina-se a motilidade, indol e sulfato do microrganismo. 
O ágar citrato Simmons é utilizado para diferenciar a espécies de enterobactérias e não 
fermentadores. Já o ágar ureia identifica bacilos gram-negativos fermentadores e não 
fermentadores. 
Ágar fenilalanina utilizado para diferenciar gêneros e espécies de 
enterobactérias. Ágar lisina utilizado para identificação de enterobactérias, bacilos 
gram-negativos não fermentadores. 
 
 Antibiograma 
O teste tem como principal objetivo determinar o perfil de sensibilidade e 
resistência de determinado microrganismo ao antibiótico. No estágio utilizamos o 
método por difusão em ágar, que consiste em adicionar discos contendo antibióticos em 
um meio de cultura apropriado para o crescimento do microrganismo, e após a 
incubação em estufa observar os halos que cresceram em torno dos discos. 
 
 CFU (Unidade de formação de colônias) 
O método usual de contagem de células viáveis é determinar o número de 
células que podem formar colônias em meio sólido com uma composição adequada 
para o crescimento do microrganismo em questão. Presume-se que cada colônia se 
originou de uma única célula sobrevivente, mas nem sempre é esse o caso (por 
exemplo, duas ou mais células formando um agregado produzirão uma colônia). 
Portanto, os resultados são geralmente expressos em unidades formadoras de colônias, 
um método comumente referido como contagem de CFU. 
 Urocultura 
A urocultura é um teste desenvolvido para confirma uma infecção do trato 
urinário e determinar o microrganismo que causador, a fim de determinar o tratamento 
mais adequado. Para a realização do exame, recomenda-se que o paciente colete a 
primeira urina da manhã, sempre dispensando o primeiro jato. 
 
 Outra área presente na microbiologia é a micologia que é responsável por 
estudar as características dos fungos, incluindo propriedades genéticas e bioquímicas. 
Os fungos são formados por hifas, filamentos longos e ramificados que, juntamente com 
outras hifas, formam o caule de um fungo denominado micélio. No entanto, fungos 
microscópicos (como leveduras) são organismos unicelulares que não formam hifas e 
não crescem diretamente de esporos em esporângios multinucleados. O fungo é 
dividido em quatro categorias: Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota e 
Deuteromycota. Na medicina, com a descoberta da penicilina, a penicilina é um 
poderoso antibiótico natural produzido por fungos e descoberto em 1928. O número de 
mortes causadas por infecções bacterianas foi bastante reduzido e, desde então, a 
ciência médica se desenvolveu. No entanto, muitos fungos existentes têm chamado a 
atenção das pessoas porque correm o risco de morte se ingeridos e podem causar 
várias infecções, como doenças fúngicas e candidíase. 
 Coloração por tinta da china (Nanquim) 
Essa coloração é utilizada para a pesquisa de fungos em líquido 
cefalorraquidiano ou em outros materiais, o princípio da coloração é destacar a capsula 
do fungo em relação ao fundo negro. A técnica é bem simples e consiste em utilizar uma 
gota da amostra e uma de tinta da china, homogeneizar sobre uma lâmina e cobrir com 
lamínula. 
 
 Técnica de semeio (pique central) 
A técnica é realizada em placa com ágar sabouraud, com uma pequena 
quantidade da amostra realizamos um “pique central”, para observa o crescimento do 
fungo é necessário incubar a placa por no mínimo três dias. 
 
 Microcultura 
O princípio da microcultura é a cultura do fungo em pequenos pedaços de meio 
de cultura, onde com o crescimento do fungo se expande e fixa na lamínula, e após o 
tempo de incubação quando for retirada, mantemas estruturas intactas o que facilita na 
identificação das características dos fungos. 
 
Objetivo 
O objetivo principal do estágio supervisionado é preparar o aluno para o mercado 
de trabalho, estabelecer relação dinâmica entre a teoria e a prática, ajudando assim na 
complementação da aprendizagem. Ensina o estagiário a executar e interpretar técnicas 
laboratoriais, controlar a qualidade dos exames e realizar a emissão de laudos caso seja 
necessário. 
Além de proporcionar a utilização dos conhecimentos aprendidos no curso, o 
estágio supervisionado também é uma ferramenta que permite ao aluno o contato direto 
com o mercado de trabalho, pois para atingir esse objetivo, passaremos pelo mesmo 
processo que vivenciamos. 
 
Materiais e Métodos 
 
Coloração de Gram 
 Materiais: Corante violeta, lugol e fucsina, descorante, lâmina, alça de platina, 
bico de Bunsen e óleo de imersão. 
 
1. Confeccionar o esfregaço; 
2. Corar com violeta por 1’ 
3. Lavar levemente com água; 
4. Cobrir a lâmina com lugol por 1’ 
5. Lavar com água novamente 
6. Aplicar o descorante 
7. Corar com fucsina por 30 segundos 
8. Lavar com água, deixar secar e observar no microscópio. 
 
Coloração Ziehl-Neelsen (BAAR) 
 Materiais: Corante fucsina fenicada e azul de metileno, descorante, lâmina. Alça 
platina, bico de Bunsen e óleo de imersão. 
 
1. Cobrir a lâmina com fucsina fenicada 
2. Aquecer a lâmina até que saia vapor 
3. Deixar o corante aquecido sobre a lâmina por 5’ (repetir processos 3x) 
4. Lavar com água delicadamente 
5. Aplicar sobre a lâmina o álcool-ácido até descorar totalmente o esfregaço 
6. Lavar novamente com água 
7. Cobrir a lâmina com azul de metileno por 2’ 
8. Lavar com água corrente e esperar secar para observar em microscópio 
 
Meios de cultura 
 Para o preparo dos meios de cultura é necessário autoclavar todos os tubos ou 
placas que serão utilizados. 
 
1. Embalar as placas de petri em papel pardo e fechar com fita crepe, para evitar 
que entre água dentro das placas 
2. Os tudo devem ser fechados com sua tampa e colocados dentro de um 
Becker 
3. Em um pote de vidro com tampa colocar ponteiras para que sejam 
autoclavadas também 
4. Colocar os objetos citado acima dentro da autoclave. 
5. Quando atingir a temperatura de 120 º C, colocar a autoclave no mínimo e 
aguardar 15’ 
6. Após o tempo determinado retirar todo o vapor para que ela possa ser aberta 
 
Para o preparo dos meios de cultura é necessário seguir as orientações que 
estão presentes em cada rotulo, no entanto alguém passo são padrões para todos. 
 
1. Todos os meios devem ser pesados e preparados com água destilada 
2. Em seguida transferi-los para um Erlenmeyer e fechar o bico com algodão, 
para evitar que entre água 
3. Colocar os recipientes dentro da autoclave e seguir o passo 5 e 6 citados 
acima 
 
Para a confecção das placas ou tubos 
 
1. Em uma bancada devidamente higienizada, ligar o bico de Bunsen para evitar 
qualquer contaminação 
2. Posicionar as placas ou tubos próximos a chama e colocar quantidades iguais 
em cada placa ou tubo 
3. Os tubos devem ser inclinados até que o ágar seque por completo 
4. As placas depois de secas devem ser viradas do lado inverso e embaladas 
em papel filme 
 
Técnicas de Semeio 
 Em tubo 
 Estria sinuosa: semear com alça de platina ou descartável, em zig-zag, 
partindo da base para o ápice. 
 Picada Central: semear com agulha bacteriológica, no centro do ágar, 
penetrar 2/3 do tudo 
 Difusão: com uma alça preferencialmente descartável, pegar uma pequena 
quantidade da amostra e introduzir no tubo (técnica utilizada para meios 
líquidos) 
 
Em placa 
 
 Estria simples: como auxílio de alça de platina ou descartável, realizar a estria 
em movimento de zig-zag 
 Esgotamento: a placa deve ser dividida em quatro quadrantes e as estrias 
devem ser feitas da seguinte forma, estriar em metade da placa com 
movimentos de zig-zag e gira em 90º estriar ¼ girar novamente e estriar o 
restante. 
 
Provas bioquímicas para cocos gram-positivos de importância médica 
 
Prova catalase 
 
 Em uma lâmina colocar uma pequena quantidade da amostra e adicionar uma 
gota de peroxido de hidrogênio a 3% 
 Se formar bolhas de ar significa catalase positiva. 
 
Prova coagulase 
 
 Em uma lâmina colocar uma pequena quantidade da amostra e adicionar 
duas gotas de salina 
 Emulsificar e aguardar 10 segundos 
 Formação de coágulo ou grupo indica Staphylococcus aureus, sem formação 
de coágulos ou grumos indica Staphylococcus coagulase negativa 
 
Teste de resistência a novobiocina 
 
 Semear igual antibiograma em ágar Mueller, adicionar um disco de 
novobiocina, e incubar em estufa por 24 horas 
 A formação de halo deve ser medida, se for menor que 16mm indica 
Staphylococcus saproplyticus 
 
 
Provas bioquímicas para bacilos gram-negativos bacilos fermentadores e não 
fermentadores 
 
 Teste de PYR 
 
 Retirar um disco de PYR do fraco com a ajuda de uma pinça esterilizada e 
colocar sobre uma placa de petri vazia 
 Colocar duas gotas de água destilada e adicionar uma pequena quantia da 
amostra sobre o disco de PYR 
 Após 1’ colocar uma gota do reagente PYR 
 Se for positivo apresentara cor vermelha, indicativo de S. pyogenes e 
Enterococcus spp 
 Em caos negativo apresentara cor amarela/ alaranjada 
 
Prova da optoquina 
 
 Preparar uma suspensão de solução salina a 0,85% e adicionar na placa de 
ágar sangue 
 Depois que o meio de cultura absorver a suspensão, adicionar um disco de 
optoquina com a ajuda de uma pinça 
 Incubar em estufa por 24 horas e após o tempo determinado realizar a leitura 
do halo de inibição, se houver presença de halo maior que 14mm indica 
Streptococcus pneumoniae 
 
Teste oxidase 
 
 Colocar papel filtro em uma placa de petri e umedecer com solução de oxalato 
de p-aminodimetilanilina a 1% 
 Com a alça descartável pegar uma pequena quantidade da amostra e passar 
no papel filtro 
 A leitura deve ser feita em 1’, caso positivo alteração na cor para rosa/ púrpura 
 
Antibiograma 
 
 Em meio Mueller Hinton a bactéria deve ser espalhada uniformemente sobre 
a placa de petri 
 Os discos são preparados com concentração padrão de cada antibiótico, e 
devem ser distribuídos na placa 
 Deve-se incubar por 24 horas e após o tempo determinado observar se houve 
resistência ou sensibilidade do microrganismo para cada antibiótico 
 
CFU (Unidade de formação de colônias) 
 
 Após diluição da amostra em solução salina estéril, é necessário espalhar um 
volume de aproximadamente 0,10ml sobre o meio de cultura com o auxílio de 
uma alça Drigalsky descartável 
 Espera-se que com a diluição origine colônias visíveis e isoladas entre si, para 
escolher o grau de diluição mais adequado deve-se levar em consideração o 
crescimento de maior que 20 colônias e menor que 300. 
 
Urocultura 
 
 Em uma bancada limpa, ligar o bico de Bunsen e separar uma placa com ágar 
Mac Conkey 
 Após identificar a placa com as informações do paciente, com a ajuda de uma 
alça descartável mergulhar na amostra de urina e fazer uma estria simples 
sobre a placa 
 Aguardar 24horas após a incubação em estufa, verificar se houve 
crescimento e prosseguir com as provas bioquímica para a identificação do 
microrganismo. 
 
Coloração por tinta da china (Nanquim) 
 
 Em uma bancada limpa, ligar o bico de Bunsen 
 Em seguida separar uma lâmina e adicionar uma gota da tinta da china 
 Com ajuda de uma alça descartável, pegar uma porção pequena da amostra 
e misturar na lâmina junto com a tinta 
 Colocar uma lamínula sobre a mistura e analisar no microscópio se é possível 
visualizar a capsula do fungo 
 
Técnica de semeio (pique central) 
 
 Separar uma placa de ágar sabouraud, alça de platina ou descartável 
 Com a ajuda da alça pegar uma quantia da amostra e realizar um pique central 
no ágar 
 Incubar em estufa por pelo menos três dias para observar a proliferação do fungo 
 
Microcultura Preparar uma placa de petri com papel filtro dentro, uma lâmina e lamínula e um 
tubo em U para que a lâmina não encoste no papel 
 Embrulhar a placa com todos os componentes citados acima dentro, em papel 
pardo e autoclavar 
 Selecionar uma placa com ágar batata para que seja cortado um pequeno 
quadrado (1cmx1cm) 
 Com o bico de Bunsen ligado, retirar um quadrado de ágar e colocar sobre a 
lâmina, com a alça de platina pegar uma quantia da amostra, realizar um pique 
no ágar batata e cobrir com a lamínula 
 Em seguida molhar o papel filtro com solução salina estéril ou água de injeção e 
fechar a placa 
 Incubar em estufa por pelo menos sete dias (sempre observando o papel filtro 
para não secar) 
 Após o tempo de incubação retirar a lamínula delicadamente e corar com azul 
de metileno para observar no microscópio posteriormente 
 
Resultados e Discussão 
 
Coloração gram 
 
 Gram negativo Gram positivo 
 
 
A coloração de Gram é uma etapa muito importante na caracterização e 
classificação inicial de bactérias. Afinal, esse método de coloração permite que as 
bactérias sejam observadas ao microscópio óptico, pois sem a coloração é impossível 
observar as bactérias ou identificar sua estrutura. Resumindo, o procedimento de 
coloração de Gram permite que as bactérias retenham a cor com base nas diferenças 
nas propriedades químicas e físicas da parede celular. Na verdade, o uso de corantes 
pode aumentar o contraste e destacar a estrutura das bactérias. 
 
 
Coloração de Ziehl-Neelsen 
 
Após a coloração observa-se que as bactérias BAAR coram-se em vermelho e 
as negativas coram-se em azul 
 
 
 
Prova Catalase 
 
 Negativa Positiva 
 
 
A presença de catalase permite a separação de estreptococos catalase-
negativos de outros cocos gram-positivos produtores de catalase, como estafilococos. 
A catalase converte o peróxido de hidrogênio em oxigênio e água. A liberação de 
oxigênio pode ser observada pela formação de bolhas. 
 
Prova Coagulase 
 
 Coagulase positiva Coagulase Negativa 
 
 
Verifique se o microrganismo possui trombina livre e ligada (ou fator de ligação), 
que reage com fatores plasmáticos para formar um complexo que atua no fibrinogênio 
plasmático para formar fibrina. 
Novobiocina 
 
 Sensível Resistente 
 
 
Identificação presuntiva de Staphylococcus saprophyticus. 
 
Teste PYR 
 
 
 
O teste PYR pode determinar a atividade da pyrrolidonil arilamidase produzida 
por Streptococcus pyogenes, enquanto outros estreptococos β-hemolíticos não podem. 
Colônias beta-hemolíticas de Enterococcus podem ser confundidas com Streptococcus 
pyogenes porque ambas são positivas neste teste. 
 
Prova optoquina 
 
 Resistente 
 
 
A optoquina é uma droga solúvel em água que pode se difundir rapidamente em 
meio sólido. Normalmente, para este teste, é usada um disco de 6 mm contendo 5 µg 
de medicamento. A sensibilidade desse teste é superior a 95% e é considerado de baixo 
custo e fácil execução. 
 
Oxidase 
 
 
 
Auxiliar na identificação de bacilo gram-negativo não fermentador. Outro uso é 
no processo de identificação bioquímica de Neisseria. Para fazer a triagem de bacilos 
gram negativos que não fermenta a glicose, é recomendável pesquisar a oxidase, pois 
algumas bactérias irão oxidar e usar esse açúcar. Recomenda-se que os estudos da 
oxidase sejam aplicados de forma rotineira para bacilos gram negativos de lactose 
negativa. No caso da bactéria Neisseria, são consideradas oxidases positivas. 
 
Antibiograma 
 
 
Por meio dessa inspeção, é possível verificar a quais antibióticos as bactérias 
encontradas no material de análise são sensíveis ou resistentes, ou seja, o espectro 
antimicrobiano pode identificar o antibiótico mais adequado para tratar a infecção do 
paciente. 
 
CFU 
 
 
 
O teste tradicionalmente usado para esse fim é um teste do número total de 
microrganismos aeróbios. Neste teste, uma amostra devidamente diluída é colocada em 
uma placa de vidro (placa de Petri) e misturada com um meio de cultura líquido. Após a 
solidificação do meio, incube a placa a 30 ° C ou 32 ° C por 72 ou 48 horas. Após este 
período, conte as colônias visíveis e calcule o número de UFC /ml 
 
Urocultura 
 
 
 
É o exame mais adequado para demonstrar que há infecção do trato urinário na 
bexiga ou nos rins. Quando o primeiro curso de antibióticos não eliminou uma infecção 
conhecida, também é útil apontar outros antibióticos de tratamento mais eficazes. 
Ressalta-se também que, em caso de febre de origem desconhecida, é necessário 
buscar possíveis infecções do trato urinário ou quando recorrem as infecções do trato 
urinário e, antes da cirurgia urológica, deve-se desinfetar o trato urinário. Mesmo que 
um médico possa determinar o diagnóstico de uma infecção do trato urinário apenas a 
partir de dados clínicos, o espectro antibacteriano pode ajudá-lo a escolher o antibiótico 
mais eficaz. 
 
Coloração tinta da china 
 
 
 
O corante Tinta Nanquim é um corante de contraste utilizado para melhorar a 
visibilidade das células em diversos tipos de exames, como bacteriologia, endoscopia e 
colonoscopia. 
 
Técnica pique central 
 
 
 
Microcultura 
 
 
 
A microcultura pode estudar a estrutura de reprodução da maioria dos fungos. 
Critérios morfológicos são usados para caracterizar fungos filamentosos e leveduras, 
ressalta a importância da tecnologia de microcultura na identificação de fungos 
 
Considerações finais 
 
 Com o estágio supervisionado na área de microbiologia foi possível 
aprender novas técnicas, aperfeiçoar a conduta dentro de um laboratório e o 
mais importante sanar todas as dúvidas que ficaram em relação a parte teórica. 
No ciclo básico conseguimos relembrar tudo o que foi ensinado em teoria para 
nós nos anos iniciais do curso, e conseguimos correlacionar e entender a 
interdisciplinaridade. Ao iniciar o segundo ciclo foi possível observar uma 
melhora significativa na postura dentro do laboratório de cada estagiário, todos 
se mostraram mais confiantes, preparados e organizados. 
 Durante o semestre trabalhamos com muitas cepas e aprendemos a 
identificá-las e a caracterizá-las com a ajuda de algumas técnicas. E com o 
auxílio das provas bioquímicas conseguimos chegar em um diagnóstico. 
 
 
Referências 
 
1. ALCÂNTARA, F.; CUNHA, M. A.; ALMEIDA, M. A. Microbiologia: práticas 
laboratoriais. 2ª ed. Aveiro: Universidade de Aveiro, 2001. 297 p. 
 
2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Microbiologia 
Clínica para o Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. 
Módulo 6: Detecção e identificação de bactérias de importância médica 
/Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2013. 
 
3. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Manual de Microbiologia Clínica 
para o Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Módulo7: 
Detecção e Identificação de Micobactérias de Importância Médica/Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2013. 47p..: il.9 volumes 
 
 
4. BROOKS, Geo. F. et al. Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg. 26. 
ed. Porto Alegre: AMGH, 2014 
 
5. BURTON, G.R.W.; ENGELKIRK, P.G. Microbiologia para ciências da saúde. 7ª 
edição. Editora Guanabara Koogan, 2005. 
 
6. FILHO, H. M. T. Gastroenterites Infecciosas. JBM. Março/Abril, 2013. vol. 101, n. 2. 
 
7. LEITE, A. A. et al. Análise do liquido cefalorraquidiano. revisão de literatura. Atas de 
Ciências da Saúde, v. 4, n. 3, p. 1–24, 2016. 
8. LEVY, C. E. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção em 
Serviços de Saúde. Manual de Microbiologia Comemorativa do IX congresso 
Brasileiro de Controle de Infecção Hospitalar, v. unico, p. 01–381, 2004. 
 
9. MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed.Porto Alegre: ArtMed, 
2016. 
 
 
10. MURRAY, Patrick; ROSENTHAL, Ken; PFALLER, Michael. Microbiologia Médica. 
7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2015. 
 
11. NEDER, R. N. Microbiologia: manual de laboratório. Editora Nobel: São Paulo, 
2000. 144p. RIBEIRO, M. C.; SOARES, M. M. S. R. Microbiologia Prática: roteiro e 
manual. Editora Atheneu: São Paulo, 2000. 112p. 
 
12. PRADO, Felício Cintra; RAMOS, Jairo de Almeida; VALLE, José Ribamar. 
Atualização terapêutica: manual prático de diagnóstico e tratamento. 10. ed. São 
Paulo: Artes Médicas, 2005. 
13. SILVA, CHPM; NEUFELD, PM. Bacteriologia e Micologia para laboratório clínico. 
Editora Revinter, 2006. 
 
14. TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 10. 
ed., Porto Alegre: Artmed, 2010. 
 
15. VERMELHO, A.B.; PEREIRA, A.F. COELHO, R.R.R.; SOUTO-PADRÓN, T. 
Práticas de Microbiologia. Editora Guanabara Koogan, 2006.

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