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Avaliação Cinético Funcional: Exame Físico

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Avaliação Cinético Funcional 
Aula 4: Exame físico 
Exame da Motricidade
✓Exame da força muscular
✓Exame do tônus
✓Exame dos reflexos
✓Exame da coordenação, equilíbrio e
marcha
✓Exame dos movimentos
• Objetivo: Avaliar a capacidade do músculo
desenvolver tensão contra uma resistência.
Teste de força muscular manual
Tabela de Oxford
 Grau zero (atividade zero): nenhuma evidência de contração pela visão ou
palpação.
 Grau 01 (traço): ligeira contração, nenhum movimento.
 Grau 02 (precário): Movimento através da amplitude completa na posição com
gravidade eliminada.
 Grau 03 (regular): Movimento através da amplitude completa contra a
gravidade.
 Grau 04 (bom): Movimento através da amplitude completa contra a gravidade
e capaz de prosseguir contra uma resistência moderada.
 Grau 05 (normal): Movimento através da amplitude completa contra a
gravidade e capaz de prosseguir contra uma resistência máxima.
• Paraparesia Diparesia Hemiparesia
• Cinturas Escápulo peroneal Distal
Outros exemplos de distribuição da fraqueza
especialmente lesões SNPeriférico
ANATOMIA-FISIOLÓGICO-
NEUROLÓGICO E AVALIATÓRIO DOS 
MMSS
MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO
CADEIA 
MUSCULAR
ANTERIOR
Flexão do braço Deltóide (fibras anteriores)
Coracobraquial; bíceps braquial 
(porção longa)
Axilar
M. Cultâneo
Flexão do antebraço braço Bíceps braquial 
(flexão c/supinação)
braquial (flexão c/pronação)
braquiorradial (posição 
intermediária)
M. Cultâneo
M. Cultâneo
Radial
Flexão da mão Flexor ulnar do carpo;
Flexor radial do carpo; palmar longo
Ulnar
Mediano
Flexor metacarpofalangeana Lumbricais I, II
Lumbricais III, IV
Nervo mediano
Nervo ulnar
Flexor interfalangeana Flexor superficial dos dedos 2º, 3º,4º 
e 5º
Nervo mediano
Flexor da falange distal Flexor profundo dos dedos 2º e 3º
Flexor profundo dos dedos 4º e 5º
Nervo mediano
Nervo ulnar
Flexor do polegar Flexor longo e curto do polegar Nervo mediano
Adutor dos dedos Interósseos palmares; adutor do 
polegar
Nervo ulnar
Pronadores Pronador redondo e pronador
quadrado (o mais importante)
Nervo mediano
Oponente do polegar Oponente do polegar Mediano
GRAUS POSIÇÃO DO 
PACIENTE
3, 4, 5 Sentado
2 Decúbito lateral
1, 0 Decúbito dorsal
TESTE MUSCULAR (CADEIA ANTERIOR)
MOVIMENTO • MÚSCULO INERVAÇÃO
CADEIA 
MUSCULAR 
POSTERIOR
extensão do braço • grande dorsal;
• redondo maior;
• tríceps braquial (porção 
longa);
• deltóide (fibras 
posteriores)→ abd
horizontal do ombro
nervo tóraco dorsal
nervo subescapular
nervo radial
nervo axilar
extensor do antebraço • tríceps braquial; 
ancôneo
nervo radial
extensão do punho • extensor radial longo e 
curto do carpo; 
extensor ulnar do carpo
nervo radial
extensor dos dedos • extensor comum dos 
dedos; extensor próprio 
do indicador; extensor 
do 5º dedo
nervo radial
extensor do polegar • extensor longo e curto 
do polegar
nervo radial
abdutor dos dedos • interósseos dorsais; 
abdutor longo; abdutor 
curto do polegar
nervo ulnar
nervo radial
supinação • supinador nervo radial
GRAUS POSIÇÃO DO PACIENTE
3, 4, 5 DECÚBITO VENTRAL
2 DECÚBITO LATERAL 
(Para o tríceps braquial)
1, 0 DECÚBITO VENTRAL
TESTE MUSCULAR (CADEIA POSTERIOR)
TESTE MUSCULAR (CADEIA LATERAL)
MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO
CADEIA
MUSCULAR
LATERAL
abdução do braço deltóide (fibras 
médias)
supraespinhoso
nervo axilar
supraescapular
adução do braço peitoral maior 
(90ºabd),
fibras claviculares
(60ºabd), fibras 
esternais (120ºabd)
nervo peitoral 
medial lateral
rotação externa do 
braço
infraespinhoso
redondo menor
supraescapular
nervo axilar
rotação interna do 
braço
subescapular
redondo maior
subescapular
TESTE MUSCULAR
ABDUÇÃO DO OMBRO
GRAUS
POSIÇÃO
3, 4, 5 SENTADO
0, 1, 2 D.D.
ADUÇÃO DO OMBRO
GRAUS
POSIÇÃO
3, 4, 5 D.D
0, 1, 2 SENTADO
ROTAÇÃO EXTERNA E 
INTERNA - GRAUS
POSIÇÃO
3, 4, 5 D. V. (Ombro ABD 90º, cotovelo 
flexionado à 90º fora da mesa)
2 D.V. (membro superior a ser 
testado pêndulo na mesa)
ANATOMIA-FISIOLÓGICO-
NEUROLÓGICO E AVALIATÓRIO 
DOS MMII
CADEIA 
MUSCULAR
ANTERIOR
MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO
FLEXÃO DA COXA 
(QUADRIL)
PSOAS ILÍACO, 
SARTÓRIO, RETO
FEMURAL
NERVO 
FEMORAL
EXTENSÃO DA 
PERNA (JOELHO)
QUADRÍCEPS (VASTOS: 
MEDIAL E LATERAL E 
RETO FEMURAL)
NERVO 
FEMORAL
FLEXÃO DO PÉ 
(DORSOFLEXÃO)
TIBIAL ANTERIOR NERVO 
FIBULAR
EXTENSÃO DOS 
DEDOS 
EXTENSOR LONGO E 
CURTO DOS DEDOS E DO 
HÁLUX
NERVO 
FIBULAR
ABD DOS DEDDOS INTERÓSSEOS DORSAIS, 
ABD LONGO E CURTO DO 
HÁLUX
NERVO 
FIBULAR
Teste MUSCULAR (CADEIA ANTERIOR)
GRAUS POSIÇÃO DO 
PACIENTE
3, 4, 5 SENTADO
2 DECÚBITO LATERAL
1, 0 DECÚBITO DORSAL
MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO
CADEIA 
MUSCULAR 
POSTERIOR
EXTENSÃO 
DA COXA 
(QUADRIL)
GLÚTEO MÁXIMO, 
BÍCEPS FEMURAL PORÇÃO 
LONGA
NERVO GLÚTEO 
INFERIOR
NERVO CIÁTICO
FLEXÃO DA 
PERNA
SEMITENDINOSO, 
SEMIMEMBRANOSO
NERVO CIÁTICO
EXTENSÃO 
DO 
TORNOZELO
TRÍCEPS SURAL 
(GASTROCNEMIO E SÓLEO)
NERVO TIBIAL
FLEXÃO DO 
PÉ
FLEXOR LONGO E CURTO 
DOS DEDOS E HÁLUX
NERVO TIBIAL
ADD DOS 
DEDOS
INTERÓSSEOS PLANTARES, 
ADUTORES DO HÁLUX
NERVO TIBIAL
GRAUS POSIÇÃO DO PACIENTE
3, 4, 5 DECÚBITO VENTRAL
2 DECÚBITO LATERAL
1, 0 DECÚBITO VENTRAL
TESTE MUSCULAR (CADEIA POSTERIOR)
• OBS.: Tríceps sural graus 3, 4, 5: Posição bípede
• Tríceps sural grau 2 +: Decúbito ventral com resistência máxima
• Todos os músculos da cadeia posterior e anterior para grau 2: 
testes em decúbito lateral
GRAU
FLEXÃO 
PLANTAR
3
4
5
1 a 9 vezes
10 a 19 vezes
= ou > que 20 vezes
2+ Resistência manual máxima 
2 Ativo livre
2- Com amplitude parcial de 
movimentos
1 e 0 Decúbito ventral
MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO
CADEIA
MUSCULAR
LATERAL
ABDUÇÃO DA COXA GLÚTEO MÉDIO, 
GLÚTEO 
MÍNIMO, 
TENSOR DA 
FÁSCIA LÁTA
NERVO 
GLÚTEO 
SUPERIOR
ROTAÇÃO INTERNA GLÚTEO 
MÍNIMO E 
MÉDIO
NERVO 
GLÚTEO 
SUPERIOR
EVERSÃO FIBULARES: 
LONGO, CURTO 
E 3º FIBULAR
Teste muscular
GRAU ABD ROTAÇÃO 
INTERNA
EVERSÃO
3, 4, 5 LATERA
L
SENTADO 5, 4, 3
2 D.D. D.D.(Parte de uma 
extensão máxima até 
linha média)
SENTADO 2, 1, 0
1, 0 D.D. NULA
MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO
CADEIA 
MUSCULAR 
MEDIAL
ADD DA 
COXA
ADUTOR MAGNO,
GRÁCIL e 
ADUTORES: LONGO 
E CURTO E
PECTÍNEO
N. CIÁTICO
N. OBTURATÓRIO
N. FEMORAL
ROT. 
EXTERNA DA 
COXA
PIRIFORME
GÊMEO SUPERIOR
GÊMEO INFERIOR
OBTURATÓRIO INT.
OBTURATÓRIO EXT.
QUADRADO 
FEMORAL
N. PIRIFORME
N. GÊMEO SUP.
N. GÊMEO INF.
N. OBTURAT. INT.
N. OBTURAT. EXT.
N. QUADRADO FEM.
INVERSÃO TIBIAIS 
ANTERIORES
TIBIAIS 
POSTERIORES
N. FIBULAR
N. TIBIAL
Teste muscular
GRAU
3, 4, 5 (O membro examinado é o 
debaixo)
D. LATERAL
2 (Sai da rot. Int. máxima até a 
linha média)
D.D.
1 Não se testa
• Estado de contração mínima, permanente, 
presente nos músculos quando 
voluntariamente relaxados
• Responsável pela forma, relevo e consistência 
dos músculos em repouso, bem como pela 
resistência aos movimentos passivos
Tônus Muscular
Exame do Tônus Muscular
• Avalia-se a consistência pela palpação e 
balanço,distal das extremidades e extensibilidade, e 
passividade por movimentaçãopassiva
• Consistência - pode estar aumentada (contratura, 
rigidez e fibrose) ou diminuída (neuropatias 
periféricas, tabes)
• Extensibilidade – grau de alongamento mecânico de 
um músculo ao se afastar ao máximo de seus pontos 
de inserção 
• Passividade – grau de resistência ao seu 
alongamento
• Tônus normal - Normotonia
• Redução - Hipotonia
• Aumento – Hipertonia
➢ Elástica (espasticidade; hipertonia velocidade
e comprimento dependente – sinal do canivete)
➢ Plástica (semelhante por todo o movimento - sinal
da roda denteada)
Respostas ao teste de Tônus Muscular
• Escala qualitativa para avaliação do grau de 
espasticidade, que é medida de acordo com a 
resistência oferecida ao movimento angular de 
um segmento movido de forma rápida e 
passiva por um examinador
Escala de ASHWORTH Modificada
• Investigação do controle dos segmentos e da
postura de forma estática e dinâmica em
relação a metria e ao espaço.
COORDENAÇÃO
• DIADOCOCINESIA
Capacidade de coordenar movimentos com assimetria, com
membros opostos, simultaneamente, movimentos alternados
simultaneamente; Ex.: oponência.
• DISDIADOCOCINESIA
• ADIADOCOCINESIA
Coordenação
• Prova índex-índex
• Prova índex-nariz
• Prova índex-nariz-índex
• Prova calcanhar-joelho
Coordenação e Equilíbrio
Equilíbrio
• Resposta da postura e dos segmentos (membros)
mantida por controle tônico-postural de forma
estática (postura fixa) e dinâmica na associação dos
movimentos do tronco com os membros.
• É a habilidade que permite o indivíduo manter o
sistema músculo esquelético em uma posição
estática eficaz e controlar uma postura eficiente
quando em movimento.
Tipos de Equilíbrio
• Equilíbrio Estático Quando o indivíduo
consegue manter o sistema músculo-
esquelético em uma posição estática eficaz (Ex:
posição em sentado ou em pé).
• Equilíbrio Dinâmico Quando o indivíduo
consegue manter, em movimento, uma postura
eficiente (Ex: marcha).
SINAL DE ROMBERG
• Pede-se ao paciente que una os pés e feche os olhos,
mantendo braços para baixo, em posição vertical, durante 01
minuto.
• O paciente conseguirá normalmente manter o equilíbrio sem
ser obrigado a afastar um pé do outro.
• Positivo (+): quando oscila o corpo
EXAME DA MARCHA
Marcha normal
• A marcha normal é uma forma de progressão 
com reciprocidade (avanço alternado) de 
membros inferiores, que tem como 
características o deslocamento com 
segurança e a economia de energia
Fonte: Faloppa,F;Albertoni,WM; Ortopedia e Traumatologia, Manole - 2008
Marcha patológica
• Na marcha patológica, há perda de pelo
menos um desses princípios. A origem do
distúrbio pode estar em um componentes do
movimento voluntário:
➢ Fonte do movimento / Alavancas articuladas
➢Conscientização do movimento desejado/
Controle do movimento/ Energia
• Fonte: Faloppa,F;Albertoni,WM; Ortopedia e Traumatologia, Manole - 2008
Correlações de alterações e 
marcha patológica
Tipos de marchas patológicas
• Marcha em bloco – Parkinson
• Marcha ebriosa - ataxia cerebelar
• Marcha talonante ou tabética - ataxia 
sensitiva
• Marcha "em estrela" - ataxia vestibular
• Marcha a pequenos passos - ataxia frontal
• Marcha escarvante - déficit de dorsoflexão do 
pé - lesão de nervo fibular ou ciático ou raiz 
de L5
• Marcha ceifante – sd. piramidal
Marchas anormais
• Ceifante = espástica – hipertonia dos mm extensores
(não flete, “pé caído”), movimentos de foice (lesão
do trato piramidal) – joga com o quadrado lombar
Sd. Piramidal
• Parética - arrasta membro parético (lesão piramidal).
• Escarvante - pés se elevam sem flexão dorsal e
eversão (lesão do n. Fibular)
• Atáxica - não mantém linha reta (lesão cerebelar)
• Pequenos passos = "petit pass" (s. Parkinson) – lesão
nigroestriatal
Marchas anormais
• Coreica – (diferente da atetótisa; mais proximal)
movimentos amplos (flutuação de tônus, mais
distal), desordenados (coréia) (como onda)
• Vestibular - desvia para um lado (s. Vestibular)
• Miopática = marcha de sapo (miopatias) –
hiperlordose – fraqueza de adutores – duchenne –
sinal de gauwer (falta de força muscular em quadril e
coxa – precisa utilizar os membros superiores)
• Em tesoura - hipertonia bilateral – de adutores –
ceifante para os dois lados
• Tabética – perda de sensibilidade (cordões
posteriores da medula) – passo forte – não sabe
onde se está pisando
Flexão plantar excessiva do
membro oposto com elevação
da pelve em decorrência da
rigidez do membro oposto.
Movimentos Involuntários
• Ou hipercinesias são movimentos anormais e
involuntários que surgem em consequência de
distúrbios ou lesões em diferentes pontos do sistema
motor
• Quase sempre resultantes de comprometimento
funcional, ou estrutural, dos gânglios da base
• Cada tipo resulta de mecanismos fisiopatológicos
diferentes
Movimentos Involuntários 
Movimentos coréicos - rápidos, arrítmicos, bruscos,
irregulares, com tendência a comprometer diversas
partes de um segmento. Têm preferência para as
articulações distais, face e língua.
Balismos - são movimentos amplos e abruptos,
rápidos e ritmados, contínuos. Localizam-se
predominantemente nas articulações proximais dos
membros.
Movimentos Involuntários 
Distonias - secundárias a contrações tônicas intensas,
caracterizam-se por serem lentas, amplas e
arrítmicas, geralmente afetando pescoço, tronco ou
regiões proximais dos membros, e conferindo
posturas anômalas.
Tremores - são rítmicos e resultantes da contração
alternada de grupos musculares opostos. Podem
acontecer no repouso ou durante o movimento.
Movimentos Involuntários
Tremor parkinsoniano - tremor postural, com melhora
à realização de movimentos voluntários # Tremor
essencial que piora em situações de movimentação
ou posturas mantidas.
Mioclonias - contrações súbitas, intensas, rápidas e
bruscas, comparáveis a descargas elétricas. Podem
acontecer em um grupo muscular, apenas um
músculo ou alguns feixes musculares.
Exame dos Reflexos
• Respostas da atividade sináptica de um segmento que
compõe o arco reflexo.
• Avaliação deve ser bilateral.
Respostas
Normais
• Normorreflexia: resposta normal.
• Hiporreflexógeno: resposta normal,
com pouca estimulação.
• Hiperreflexógeno: resposta normal,
com mais estimulação.
Anormais
• Hiperreflexia
• Hiporrelfexia
• Arreflexia
REFLEXOS SUPERFICIAIS
• Cutâneos abdominais
– Superior
– Médio
– Inferior
• Cutâneo plantar
REFLEXOS PROFUNDOS
Observar:
• Limiar de elicitação da resposta
• Latência da resposta
• Amplitude da resposta
• Tamanho da área reflexógena
• Número de respostas
Nível de integração dos reflexos 
profundos
• BICIPITAL ------------------------- C5 - C6
• TRICIPITAL ------------------------ C6 - C8
• ESTILORRADIAL -------------------- C5 - C6 / C7 - C8
• FLEXOR DOS DEDOS ----------------- C7 - C8 - T1
• PEITORAL -------------------------- C6/C7/C8 - T1
• COSTO ABDOMINAL ----------------- T6 - T9
• MÉDIO-PÚBICO --------------------- T6 - T12
• ADUTOR DA COXA ------------------- L2 - L4
• PATELAR --------------------------- L4 - L5
• AQUILEU --------------------------- S1 - S2
• FLEXOR DOS DEDOS DO PÉ ------------ S1 - S2
SENSIBILIDADE
✓Dermátomos: territórios da pele delimitados por terminações livres 
que conduzem estímulos aferentes por segmento medular 
correspondente
• Tátil
• Diferenciar entre áreas de percepção 
normais, hipoestésicas ou anestésicas
• Térmica
• Reconhecer e diferenciar objeto quente de frio
Sensibilidade Superficial
• Dolorosa• Resposta esperada: distinguir
sensação tátil do contato com o
objeto pontiagudo, da sensação
de dor provocada.
• O paciente delineará áreas de
percepção normal da dor, de
outras áreas hipoalgésicas ou
analgésicas.
Sensibilidade Superficial
• Propriocepção Consciente
Cinestesia: Noção de posição segmentar. Capacidade em
reconhecer mudanças de posição de determinado segmento
corporal no espaço e descrever o tipo de movimento a que
lhe é submetido.
• Vibratória (Palestesia)
Verificada pelo contato do Diapasão em proeminências ósseas
Positividade:sensibilidade vibratória diminuída ou abolida, pode-
se pensar em doença ou lesão dos nervos periféricos ou nas
colunas dorsais da medula espinhal.
Sensibilidade Profunda
• Dolorosa à compressão profunda
• Compressão manual de massas musculares ou do
tendão de modo vigoroso para produz dor.
• Grafestesia
• Capacidade de reconhecer números ou letras
escritos na pele por meio de um objeto rombo.
• Estereognosia
• Capacidade de reconhecer objetos pela palpação,
através do movimento de preensão palmar.
Sensibilidade Profunda
Falha: Lesão no lobo parietal 
• NORMOESTESIA: tudo normal, não apresenta
alteração de sensibilidade.
• HIPOESTESIA: diminuição da sensibilidade.
• HIPERESTESIA: aumento anormal da
sensibilidade (dolorosa).
• ANESTESIA: ausência da sensibilidade.
Avaliação Sensitiva - Respostas
Miótomos
EXAME DA MOBILIDADE
Avaliação cinético funcional
• Objetivo: Avaliar as características gerais dos
movimentos e padrões de compensação
funcional
• TÓPICOS
➢Movimentos ativos
➢Movimentos passivos
➢Diagnóstico de tecidos inertes
1. Exame dos Movimentos
• Importante utilizar abordagem sistemática para o exame
• Variações permitidas apenas para complementar o
diagnóstico
• Exemplos: Histórico de lesão discal: exame com ênfase em
todos os tecidos potencialmente afetados pela raíz nervosa e
mínimo nas articulações adjacentes
• Histórico de artrite no quadril: exame com ênfase na
articulação alvo e mínimo nas regiões adjacentes
1. Exame dos Movimentos 
• Durante o exame de movimentos o terapeuta 
deve buscar: Respostas subjetivas do paciente 
• Achados clínicos objetivos 
1. Exame dos Movimentos 
• Tecidos inertes e contráteis - examinados ao se colocar tensão
sobre eles
• Tecidos inertes - estruturas de estabilidade: cápsula articular,
bursas, ligamentos, cartilagem
• •Tecidos contráteis - músculos, tendões e ênteses
➢Êntese é a união de um tendão, cápsula articular, ligamento ou
fáscia muscular a um osso
➢ Entesopatias -patologias que envolvem inserções tendíneas,
musculares e osteoligamentares no osso. Podem ser degenerativas
ou inflamatórias
1. Exame dos Movimentos
• Durante o exame físico, notar se a dor ou
restrição são predominantes
• Se a dor predomina: a condição é mais aguda
e os testes devem ser mais suaves
• Se a restrição predomina: a condição é
subaguda ou crônica e uma avaliação mais
vigorosa deve ser realizada
1. Exame dos Movimentos 
• Movimentos realizados ativamente pelo
paciente
• Combina teste de amplitude articular, controle
motor e força muscular
• São referidos como movimentos fisiológicos e
o final do movimento é conhecido como a
barreira fisiológica (end fell)
1.1 Movimentos Ativos
• Garantir no movimento testado: 
➢Velocidade constante 
➢Direção específica 
➢Amplitude completa 
• Motores principais e sinergistas serão
avaliados de forma integrada e sincronizada
• Cuidado ao avaliar ativamente fraturas ou lesões de tecidos moles em 
recente estado de recuperação
1.1 Movimentos Ativos
• Avaliar quais movimentos causam dor ou
outros sintomas relacionados (Quantidade /
Qualidade)
• Se a condição clínica é muito irritável, pode
não ser possível explorar todos os
movimentos: realizar os movimentos que
forneçam informações mais úteis
1.1 Movimentos Ativos
• Notar em que região do arco de movimento os
sintomas surgem:
• Dor em 60º a 120º de abdução do ombro
pode ser pinçamento subacromial
• Notar aumento na intensidade ou qualidade
da dor durante o teste
1.1 Movimentos Ativos
O terapeuta deve notar especificamente:
✓Quando e onde ocorre o início da dor 
✓Se o mov. a intensidade e qualidade da dor
✓A reação do paciente a dor
✓A magnitude da restrição observável e sua natureza
✓O padrão do movimento 
✓Ritmo e qualidade do movimento
✓Instabilidade
✓Compensação do movimento
✓Músculos ou cadeias funcionais hipersolicitadas
MAGGE, 2010
1.1 Movimentos Ativos
Se o paciente se queixa de dor específica a algum movimento, este deve ser 
avaliado por último para não comprometer o teste
➢Se o paciente se queixa de dor específica a algum
movimento, este deve ser avaliado por último para não
comprometer o teste
➢O examinador deve tentar reproduzir movimentos repetidos
(repetir o padrão 5 a 10 vezes) ou posturas sustentadas
(manter em 20 segundos) relatadas pelo paciente
• Casos em que a as articulações não são muito 
reativas ou irritáveis a sobrepressão pode ser 
aplicada no final da ADM
• Se esse teste for assintomático e o end-feel for 
normal: O movimento é considerado normal 
( Movimentos passivos são desnecessários)
1.1 Movimentos Ativos
• Terapeuta testa a amplitude articular
enquanto o paciente está relaxado
• São conhecidos como movimentos
anatômicos e o final do movimento é referido
como barreira anatômica
• Geralmente, a barreira fisiológica ocorre antes
da barreira anatômica
• São geralmente mais amplos que os ativos
1.2 Movimentos Passivos
Mensuração
➢Goniometria / Inclinometria
• Difícil demonstrar diferenças consistentes inferiores a 
5º 
•Goniometria - útil para medir deformidades por
fraturas ou articulares
• Hipermobilidade não 
patológica
Ginastas
(flexíveis)
• Hipomobilidade
articular
Idosos
A mobilidade normal é relativa...
Em casos de populações específicas, a amplitude de movimento 
pode ser considerada normal
• Cada movimento deve ser comparado ao lado
contralateral
• O terapeuta deve determinar a presença de:
➢ Limitação de movimento (hipomobilidade)
➢ Excesso de movimento (hipermobilidade ou lassidão)
➢Dor
1.2 Movimentos Passivos
Articulações Hipermóveis
Suscetíveis a
➢ entorses ligamentares
➢ dor crônica
➢ instabilidade 
➢ degeneração precoce 
Suscetíveis a:
➢ lesões musculares
➢ compressões nervosas
➢ síndromes de overuse 
1.2 Movimentos Passivos
Articulações Hipomóveis
• Hipomobilidade miofascial: Resulta de
encurtamento adaptativo dos tecidos moles devido a
aderências ou cicatrizes
• Hipomobilidade pericapsular: Restrições teciduais
de origem ligamentar
• Hipomobilidade patomecânica: Ocorrem em
decorrência de trauma articular (mudança de
conformação da articulação)
1.2 Movimentos Passivos
• Quando e em que momento a dor se inicia
• Se o movimento aumenta a qualidade e intensidade
da dor
• O padrão de limitação de movimento
• A sensação final de movimento
• O movimento das articulações associadas
• A amplitude de movimento disponível
Observações do examinador
• “Sensação que o examinador percebe no momento que a
articulação atinge o final da amplitude”.
✓ Localização da barreira de movimento passivo e colocação
em tensão.
• Deve ser avaliado com cuidado para não provocar dor intensa.
• Deve ser testado se o terapeuta conseguir sustentar a posição
da articulação sem desencadear sintomas ou se os sintomas
desaparecem logo após o retorno a posição normal.
End fell – sensação final do movimento
• Determinar o tipo de patologia presente. 
•Determinar o prognóstico da condição clínica. 
• Detectar a severidade do caso. 
• Selecionar a técnica de tratamento. 
End fell - Objetivos
Duro →Osso com osso
• sensação rígida não-dolorosa
• Extensão do cotovelo
Suave (macia) → limitação feita por partes 
moles (Aproximação de tecidos moles)
• Flexão de cotovelo e joelho
Firme→ Estiramento tecidual (muscular, 
capsular e ligamentar)
sensação firme que permite leve movimento ao final 
(sensação elástica)
Dorsoflexão do tornozelo, extensão dos dedos
1.3 End fell fisiológico 
FIRME - Espasmo 
muscular precoce ou 
tardio, fibroses, 
retrações que 
interrompem 
abruptamente a ADM 
ESTIRAMENTO TISSULAR 
“SUAVE” –
encurtamento muscular
• Espasticidade – lesão 
de neurônio motor 
superior
DURO → contato osso-
osso compressão 
articular, osteoartrose, 
fratura (deformidade),–
formação de osteófitos
CAPSULAR DURO OU 
MOLE (MACIO): ocorre 
precocemente na ADM
(ombro congelado/ 
sinovite, edema de 
tecido mole)
VAZIO – dor impede o 
alcance da ADM – nenhuma 
resistência é sentida –
IMOBILIDADE PROTETORA
Bursite subacromial aguda, 
fratura
BLOQUEIO ELÁSTICO
Laceração de menisco
1.3 End fell patológico
MEDIDAS DE ARCO DE MOVIMENTO 
(GONIOMETRIA)
Avaliação cinético funcional
Goniometria
• Medida da movimentação articular
• Passo essencial na avaliação
• da função do paciente com incapacidade muscular, neurológica
ou esquelética
• Goniômetro Universal - instrumento mais comumente utilizado
na prática clínica
• Forma do osso e cartilagem 
• Força e tônus muscular 
• Volume muscular 
• Frouxidão dos ligamentos e cápsula articular 
• Extensibilidade da pele e tecido subcutâneo 
• Raça (indios + móveis que negros + móveis que brancos) 
• Sexo (mulheres são + móveis) 
• Idade (ADM diminui) 
• Constituição genética 
• Membro dominante tende a ser menos móvel 
• Esforços do dia-a-dia sobre as articulações 
Determinantes da ADM
Goniometria - objetivos
- Analisar função articular
- Delimitar ADM
- Desenvolver objetivos 
do tratamento
- Documentar resultados
- Reavaliar
- Tomar decisão para indicação de Órteses / 
adaptações
Princípios Gerais
 Eixo: eixo da articulação
 Braço móvel
▪ Paralela e lateralmente ao eixo longitudinal do segmento 
corporal móvel
▪ Alinhamento com o segmento distal
 Braço fixo
▪ Paralela e lateralmente ao eixo longitudinal do segmento 
corporal fixo
▪ Alinhamento com o segmento proximal
Princípios Gerais
 Sistema de mensuração: 0 a 180 graus
 Registro:
▪ Posição inicial: posição anatômica em 0 graus
▪ Exceto para rotação e movimentos de tornozelo: 
início a 90 graus
▪ Goniômetro alinhado: feito leitura no início e final
Leitura no goniômetro
Leitura no goniômetro
Medidas de Avaliação em 
Fisioterapia
• É o perímetro máximo de um segmento
corporal, medido em ângulo reto em relação a
seu eixo.
MARTINS, 2006
Perimetria
Perimetria
• Permite fácil identificação de mudanças na dimensão dos membros
secundárias ao edema, e em alterações no trofismo muscular.
• As medidas permitem detectar assimetrias musculares, bem como,
com a sequência das reavaliações e a associação dos dados da
composição corporal, variação da massa muscular em resposta ao
treinamento.
• O volume do membro é inferencialmente avaliado pela medida da
circunferência do segmento analisado.
• TROFISMO
• Alterações 
➢ Atrofia 
➢Hipotrofia
➢ Hipertrofia
➢ Pseudohipertrofia
Massa muscular - considerações
Perimetria - procedimentos
• O plano da fita deve estar adjacente a pele e suas bordas
perpendiculares em relação ao eixo do segmento que se quer
medir.
• Medir o perímetro em sua extensão máxima, com o zero da fita
estando por baixo do valor da leitura.
• Realizar as mensurações exercendo leve pressão sobre a pele /
Medir sempre sobre pele desnuda.
• Determinar e marcar os pontos de referência anatômica com
lápis dermográfico.
• Membros Superiores
• ponto de referência à fossa cubital
• mensurações da circunferência a cada 5cm
• acima e abaixo da fossa cubital
• Membros Inferiores
• Ponto de referência à base e ápice da patela
• Mensuração da circunferência a cada 5cm
• Acima da base e abaixo do ápice
Perimetria - procedimentos
Perimetria
Perimetria de Membro superior
SEGMENTO / REFERÊNCIA: 
interlinha articular do cotovelo ADULTO CRIANÇA
MSD
Acima Abaixo Acima Abaixo
–5cm
–10cm
-15cm
–5cm
–10cm
-15cm
-3cm
-6cm
-9cm
-3cm
-6cm
-9cm
MSE
–5cm
–10cm
-15cm
–5cm
–10cm
-15cm
-3cm
-6cm
-9cm
-3cm
-6cm
-9cm
Perimetria de Membro Inferior
SEGMENTO / 
REFERÊNCIA: 
interlinha 
articular do 
joelho ou Patela
ADULTO CRIANÇA
MID
Acima Patela Abaixo Patela Acima Patela Abaixo Patela
–5cm
-10cm 
–15cm
–5cm
-10cm 
–15cm
-3cm
–6cm
-9cm
-3cm
–6cm
-9cm
MIE
–5cm
-10cm 
–15cm
–5cm
-10cm 
–15cm
-3cm
–6cm
-9cm
-3cm
–6cm
-9cm
Medida de Comprimento de 
Membros
• MMSS:
- Comprimento do MS: articulação gleno-umeral até processo
estilóide da ulna.
• MMII:
• Realiza a mensuração externa de uma a outra região
anatômica, que sejam facilmente identificáveis (paciente
deitado com os membros estendidos).
Medida de Comprimento de Membros 
Inferiores
Discrepância de comprimento dos membros inferiores (DCMI)
• Diferença entre os comprimentos das pernas ou encurtamento verdadeiro
causado por alteração anatômica ou estrutural do membro inferior
• Causas: defeito congênito do desenvolvimento (coxa vara), displasia congênita
do quadril, anormalidades ósseas ou trauma.
Avaliação: para identificar se a discrepância é verdadeira ou funcional (aparente),
devem ser realizadas medidas dos comprimentos reais e aparentes dos
membros inferiores com fita métrica.
Medida de Comprimento de 
Membros Inferiores
1o Medida de um ponto ósseo fixa a outro para encontrar o comprimento real
da perna.
- Espinha ilíaca antero-superior ao maléolo interno
- Sínfise pubiana ao maléolo interno
- Cicatriz umbilical ao maléolo interno
- Trocanter maior ao maléolo externo
2o Comprimento tibial discrepante = um joelho mais baixo quando o
paciente está em DD com flexão de quadril e joelhos.
3o Comprimento femural discrepante, um joelho adiante do outro
quando o paciente está em DD com flexão de quadril e joelho.
Medida de Comprimento de 
Membros
• Realiza o somatório 
dos pontos de cada 
segmento e divide 
pelo número de 
pontos, tendo-se a 
medida exata
Discrepância clínico-funcional de 4cm, com evidente 
inclinação compensatória da bacia

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