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Avaliação Cinético Funcional Aula 4: Exame físico Exame da Motricidade ✓Exame da força muscular ✓Exame do tônus ✓Exame dos reflexos ✓Exame da coordenação, equilíbrio e marcha ✓Exame dos movimentos • Objetivo: Avaliar a capacidade do músculo desenvolver tensão contra uma resistência. Teste de força muscular manual Tabela de Oxford Grau zero (atividade zero): nenhuma evidência de contração pela visão ou palpação. Grau 01 (traço): ligeira contração, nenhum movimento. Grau 02 (precário): Movimento através da amplitude completa na posição com gravidade eliminada. Grau 03 (regular): Movimento através da amplitude completa contra a gravidade. Grau 04 (bom): Movimento através da amplitude completa contra a gravidade e capaz de prosseguir contra uma resistência moderada. Grau 05 (normal): Movimento através da amplitude completa contra a gravidade e capaz de prosseguir contra uma resistência máxima. • Paraparesia Diparesia Hemiparesia • Cinturas Escápulo peroneal Distal Outros exemplos de distribuição da fraqueza especialmente lesões SNPeriférico ANATOMIA-FISIOLÓGICO- NEUROLÓGICO E AVALIATÓRIO DOS MMSS MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO CADEIA MUSCULAR ANTERIOR Flexão do braço Deltóide (fibras anteriores) Coracobraquial; bíceps braquial (porção longa) Axilar M. Cultâneo Flexão do antebraço braço Bíceps braquial (flexão c/supinação) braquial (flexão c/pronação) braquiorradial (posição intermediária) M. Cultâneo M. Cultâneo Radial Flexão da mão Flexor ulnar do carpo; Flexor radial do carpo; palmar longo Ulnar Mediano Flexor metacarpofalangeana Lumbricais I, II Lumbricais III, IV Nervo mediano Nervo ulnar Flexor interfalangeana Flexor superficial dos dedos 2º, 3º,4º e 5º Nervo mediano Flexor da falange distal Flexor profundo dos dedos 2º e 3º Flexor profundo dos dedos 4º e 5º Nervo mediano Nervo ulnar Flexor do polegar Flexor longo e curto do polegar Nervo mediano Adutor dos dedos Interósseos palmares; adutor do polegar Nervo ulnar Pronadores Pronador redondo e pronador quadrado (o mais importante) Nervo mediano Oponente do polegar Oponente do polegar Mediano GRAUS POSIÇÃO DO PACIENTE 3, 4, 5 Sentado 2 Decúbito lateral 1, 0 Decúbito dorsal TESTE MUSCULAR (CADEIA ANTERIOR) MOVIMENTO • MÚSCULO INERVAÇÃO CADEIA MUSCULAR POSTERIOR extensão do braço • grande dorsal; • redondo maior; • tríceps braquial (porção longa); • deltóide (fibras posteriores)→ abd horizontal do ombro nervo tóraco dorsal nervo subescapular nervo radial nervo axilar extensor do antebraço • tríceps braquial; ancôneo nervo radial extensão do punho • extensor radial longo e curto do carpo; extensor ulnar do carpo nervo radial extensor dos dedos • extensor comum dos dedos; extensor próprio do indicador; extensor do 5º dedo nervo radial extensor do polegar • extensor longo e curto do polegar nervo radial abdutor dos dedos • interósseos dorsais; abdutor longo; abdutor curto do polegar nervo ulnar nervo radial supinação • supinador nervo radial GRAUS POSIÇÃO DO PACIENTE 3, 4, 5 DECÚBITO VENTRAL 2 DECÚBITO LATERAL (Para o tríceps braquial) 1, 0 DECÚBITO VENTRAL TESTE MUSCULAR (CADEIA POSTERIOR) TESTE MUSCULAR (CADEIA LATERAL) MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO CADEIA MUSCULAR LATERAL abdução do braço deltóide (fibras médias) supraespinhoso nervo axilar supraescapular adução do braço peitoral maior (90ºabd), fibras claviculares (60ºabd), fibras esternais (120ºabd) nervo peitoral medial lateral rotação externa do braço infraespinhoso redondo menor supraescapular nervo axilar rotação interna do braço subescapular redondo maior subescapular TESTE MUSCULAR ABDUÇÃO DO OMBRO GRAUS POSIÇÃO 3, 4, 5 SENTADO 0, 1, 2 D.D. ADUÇÃO DO OMBRO GRAUS POSIÇÃO 3, 4, 5 D.D 0, 1, 2 SENTADO ROTAÇÃO EXTERNA E INTERNA - GRAUS POSIÇÃO 3, 4, 5 D. V. (Ombro ABD 90º, cotovelo flexionado à 90º fora da mesa) 2 D.V. (membro superior a ser testado pêndulo na mesa) ANATOMIA-FISIOLÓGICO- NEUROLÓGICO E AVALIATÓRIO DOS MMII CADEIA MUSCULAR ANTERIOR MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO FLEXÃO DA COXA (QUADRIL) PSOAS ILÍACO, SARTÓRIO, RETO FEMURAL NERVO FEMORAL EXTENSÃO DA PERNA (JOELHO) QUADRÍCEPS (VASTOS: MEDIAL E LATERAL E RETO FEMURAL) NERVO FEMORAL FLEXÃO DO PÉ (DORSOFLEXÃO) TIBIAL ANTERIOR NERVO FIBULAR EXTENSÃO DOS DEDOS EXTENSOR LONGO E CURTO DOS DEDOS E DO HÁLUX NERVO FIBULAR ABD DOS DEDDOS INTERÓSSEOS DORSAIS, ABD LONGO E CURTO DO HÁLUX NERVO FIBULAR Teste MUSCULAR (CADEIA ANTERIOR) GRAUS POSIÇÃO DO PACIENTE 3, 4, 5 SENTADO 2 DECÚBITO LATERAL 1, 0 DECÚBITO DORSAL MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO CADEIA MUSCULAR POSTERIOR EXTENSÃO DA COXA (QUADRIL) GLÚTEO MÁXIMO, BÍCEPS FEMURAL PORÇÃO LONGA NERVO GLÚTEO INFERIOR NERVO CIÁTICO FLEXÃO DA PERNA SEMITENDINOSO, SEMIMEMBRANOSO NERVO CIÁTICO EXTENSÃO DO TORNOZELO TRÍCEPS SURAL (GASTROCNEMIO E SÓLEO) NERVO TIBIAL FLEXÃO DO PÉ FLEXOR LONGO E CURTO DOS DEDOS E HÁLUX NERVO TIBIAL ADD DOS DEDOS INTERÓSSEOS PLANTARES, ADUTORES DO HÁLUX NERVO TIBIAL GRAUS POSIÇÃO DO PACIENTE 3, 4, 5 DECÚBITO VENTRAL 2 DECÚBITO LATERAL 1, 0 DECÚBITO VENTRAL TESTE MUSCULAR (CADEIA POSTERIOR) • OBS.: Tríceps sural graus 3, 4, 5: Posição bípede • Tríceps sural grau 2 +: Decúbito ventral com resistência máxima • Todos os músculos da cadeia posterior e anterior para grau 2: testes em decúbito lateral GRAU FLEXÃO PLANTAR 3 4 5 1 a 9 vezes 10 a 19 vezes = ou > que 20 vezes 2+ Resistência manual máxima 2 Ativo livre 2- Com amplitude parcial de movimentos 1 e 0 Decúbito ventral MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO CADEIA MUSCULAR LATERAL ABDUÇÃO DA COXA GLÚTEO MÉDIO, GLÚTEO MÍNIMO, TENSOR DA FÁSCIA LÁTA NERVO GLÚTEO SUPERIOR ROTAÇÃO INTERNA GLÚTEO MÍNIMO E MÉDIO NERVO GLÚTEO SUPERIOR EVERSÃO FIBULARES: LONGO, CURTO E 3º FIBULAR Teste muscular GRAU ABD ROTAÇÃO INTERNA EVERSÃO 3, 4, 5 LATERA L SENTADO 5, 4, 3 2 D.D. D.D.(Parte de uma extensão máxima até linha média) SENTADO 2, 1, 0 1, 0 D.D. NULA MOVIMENTO MÚSCULO INERVAÇÃO CADEIA MUSCULAR MEDIAL ADD DA COXA ADUTOR MAGNO, GRÁCIL e ADUTORES: LONGO E CURTO E PECTÍNEO N. CIÁTICO N. OBTURATÓRIO N. FEMORAL ROT. EXTERNA DA COXA PIRIFORME GÊMEO SUPERIOR GÊMEO INFERIOR OBTURATÓRIO INT. OBTURATÓRIO EXT. QUADRADO FEMORAL N. PIRIFORME N. GÊMEO SUP. N. GÊMEO INF. N. OBTURAT. INT. N. OBTURAT. EXT. N. QUADRADO FEM. INVERSÃO TIBIAIS ANTERIORES TIBIAIS POSTERIORES N. FIBULAR N. TIBIAL Teste muscular GRAU 3, 4, 5 (O membro examinado é o debaixo) D. LATERAL 2 (Sai da rot. Int. máxima até a linha média) D.D. 1 Não se testa • Estado de contração mínima, permanente, presente nos músculos quando voluntariamente relaxados • Responsável pela forma, relevo e consistência dos músculos em repouso, bem como pela resistência aos movimentos passivos Tônus Muscular Exame do Tônus Muscular • Avalia-se a consistência pela palpação e balanço,distal das extremidades e extensibilidade, e passividade por movimentaçãopassiva • Consistência - pode estar aumentada (contratura, rigidez e fibrose) ou diminuída (neuropatias periféricas, tabes) • Extensibilidade – grau de alongamento mecânico de um músculo ao se afastar ao máximo de seus pontos de inserção • Passividade – grau de resistência ao seu alongamento • Tônus normal - Normotonia • Redução - Hipotonia • Aumento – Hipertonia ➢ Elástica (espasticidade; hipertonia velocidade e comprimento dependente – sinal do canivete) ➢ Plástica (semelhante por todo o movimento - sinal da roda denteada) Respostas ao teste de Tônus Muscular • Escala qualitativa para avaliação do grau de espasticidade, que é medida de acordo com a resistência oferecida ao movimento angular de um segmento movido de forma rápida e passiva por um examinador Escala de ASHWORTH Modificada • Investigação do controle dos segmentos e da postura de forma estática e dinâmica em relação a metria e ao espaço. COORDENAÇÃO • DIADOCOCINESIA Capacidade de coordenar movimentos com assimetria, com membros opostos, simultaneamente, movimentos alternados simultaneamente; Ex.: oponência. • DISDIADOCOCINESIA • ADIADOCOCINESIA Coordenação • Prova índex-índex • Prova índex-nariz • Prova índex-nariz-índex • Prova calcanhar-joelho Coordenação e Equilíbrio Equilíbrio • Resposta da postura e dos segmentos (membros) mantida por controle tônico-postural de forma estática (postura fixa) e dinâmica na associação dos movimentos do tronco com os membros. • É a habilidade que permite o indivíduo manter o sistema músculo esquelético em uma posição estática eficaz e controlar uma postura eficiente quando em movimento. Tipos de Equilíbrio • Equilíbrio Estático Quando o indivíduo consegue manter o sistema músculo- esquelético em uma posição estática eficaz (Ex: posição em sentado ou em pé). • Equilíbrio Dinâmico Quando o indivíduo consegue manter, em movimento, uma postura eficiente (Ex: marcha). SINAL DE ROMBERG • Pede-se ao paciente que una os pés e feche os olhos, mantendo braços para baixo, em posição vertical, durante 01 minuto. • O paciente conseguirá normalmente manter o equilíbrio sem ser obrigado a afastar um pé do outro. • Positivo (+): quando oscila o corpo EXAME DA MARCHA Marcha normal • A marcha normal é uma forma de progressão com reciprocidade (avanço alternado) de membros inferiores, que tem como características o deslocamento com segurança e a economia de energia Fonte: Faloppa,F;Albertoni,WM; Ortopedia e Traumatologia, Manole - 2008 Marcha patológica • Na marcha patológica, há perda de pelo menos um desses princípios. A origem do distúrbio pode estar em um componentes do movimento voluntário: ➢ Fonte do movimento / Alavancas articuladas ➢Conscientização do movimento desejado/ Controle do movimento/ Energia • Fonte: Faloppa,F;Albertoni,WM; Ortopedia e Traumatologia, Manole - 2008 Correlações de alterações e marcha patológica Tipos de marchas patológicas • Marcha em bloco – Parkinson • Marcha ebriosa - ataxia cerebelar • Marcha talonante ou tabética - ataxia sensitiva • Marcha "em estrela" - ataxia vestibular • Marcha a pequenos passos - ataxia frontal • Marcha escarvante - déficit de dorsoflexão do pé - lesão de nervo fibular ou ciático ou raiz de L5 • Marcha ceifante – sd. piramidal Marchas anormais • Ceifante = espástica – hipertonia dos mm extensores (não flete, “pé caído”), movimentos de foice (lesão do trato piramidal) – joga com o quadrado lombar Sd. Piramidal • Parética - arrasta membro parético (lesão piramidal). • Escarvante - pés se elevam sem flexão dorsal e eversão (lesão do n. Fibular) • Atáxica - não mantém linha reta (lesão cerebelar) • Pequenos passos = "petit pass" (s. Parkinson) – lesão nigroestriatal Marchas anormais • Coreica – (diferente da atetótisa; mais proximal) movimentos amplos (flutuação de tônus, mais distal), desordenados (coréia) (como onda) • Vestibular - desvia para um lado (s. Vestibular) • Miopática = marcha de sapo (miopatias) – hiperlordose – fraqueza de adutores – duchenne – sinal de gauwer (falta de força muscular em quadril e coxa – precisa utilizar os membros superiores) • Em tesoura - hipertonia bilateral – de adutores – ceifante para os dois lados • Tabética – perda de sensibilidade (cordões posteriores da medula) – passo forte – não sabe onde se está pisando Flexão plantar excessiva do membro oposto com elevação da pelve em decorrência da rigidez do membro oposto. Movimentos Involuntários • Ou hipercinesias são movimentos anormais e involuntários que surgem em consequência de distúrbios ou lesões em diferentes pontos do sistema motor • Quase sempre resultantes de comprometimento funcional, ou estrutural, dos gânglios da base • Cada tipo resulta de mecanismos fisiopatológicos diferentes Movimentos Involuntários Movimentos coréicos - rápidos, arrítmicos, bruscos, irregulares, com tendência a comprometer diversas partes de um segmento. Têm preferência para as articulações distais, face e língua. Balismos - são movimentos amplos e abruptos, rápidos e ritmados, contínuos. Localizam-se predominantemente nas articulações proximais dos membros. Movimentos Involuntários Distonias - secundárias a contrações tônicas intensas, caracterizam-se por serem lentas, amplas e arrítmicas, geralmente afetando pescoço, tronco ou regiões proximais dos membros, e conferindo posturas anômalas. Tremores - são rítmicos e resultantes da contração alternada de grupos musculares opostos. Podem acontecer no repouso ou durante o movimento. Movimentos Involuntários Tremor parkinsoniano - tremor postural, com melhora à realização de movimentos voluntários # Tremor essencial que piora em situações de movimentação ou posturas mantidas. Mioclonias - contrações súbitas, intensas, rápidas e bruscas, comparáveis a descargas elétricas. Podem acontecer em um grupo muscular, apenas um músculo ou alguns feixes musculares. Exame dos Reflexos • Respostas da atividade sináptica de um segmento que compõe o arco reflexo. • Avaliação deve ser bilateral. Respostas Normais • Normorreflexia: resposta normal. • Hiporreflexógeno: resposta normal, com pouca estimulação. • Hiperreflexógeno: resposta normal, com mais estimulação. Anormais • Hiperreflexia • Hiporrelfexia • Arreflexia REFLEXOS SUPERFICIAIS • Cutâneos abdominais – Superior – Médio – Inferior • Cutâneo plantar REFLEXOS PROFUNDOS Observar: • Limiar de elicitação da resposta • Latência da resposta • Amplitude da resposta • Tamanho da área reflexógena • Número de respostas Nível de integração dos reflexos profundos • BICIPITAL ------------------------- C5 - C6 • TRICIPITAL ------------------------ C6 - C8 • ESTILORRADIAL -------------------- C5 - C6 / C7 - C8 • FLEXOR DOS DEDOS ----------------- C7 - C8 - T1 • PEITORAL -------------------------- C6/C7/C8 - T1 • COSTO ABDOMINAL ----------------- T6 - T9 • MÉDIO-PÚBICO --------------------- T6 - T12 • ADUTOR DA COXA ------------------- L2 - L4 • PATELAR --------------------------- L4 - L5 • AQUILEU --------------------------- S1 - S2 • FLEXOR DOS DEDOS DO PÉ ------------ S1 - S2 SENSIBILIDADE ✓Dermátomos: territórios da pele delimitados por terminações livres que conduzem estímulos aferentes por segmento medular correspondente • Tátil • Diferenciar entre áreas de percepção normais, hipoestésicas ou anestésicas • Térmica • Reconhecer e diferenciar objeto quente de frio Sensibilidade Superficial • Dolorosa• Resposta esperada: distinguir sensação tátil do contato com o objeto pontiagudo, da sensação de dor provocada. • O paciente delineará áreas de percepção normal da dor, de outras áreas hipoalgésicas ou analgésicas. Sensibilidade Superficial • Propriocepção Consciente Cinestesia: Noção de posição segmentar. Capacidade em reconhecer mudanças de posição de determinado segmento corporal no espaço e descrever o tipo de movimento a que lhe é submetido. • Vibratória (Palestesia) Verificada pelo contato do Diapasão em proeminências ósseas Positividade:sensibilidade vibratória diminuída ou abolida, pode- se pensar em doença ou lesão dos nervos periféricos ou nas colunas dorsais da medula espinhal. Sensibilidade Profunda • Dolorosa à compressão profunda • Compressão manual de massas musculares ou do tendão de modo vigoroso para produz dor. • Grafestesia • Capacidade de reconhecer números ou letras escritos na pele por meio de um objeto rombo. • Estereognosia • Capacidade de reconhecer objetos pela palpação, através do movimento de preensão palmar. Sensibilidade Profunda Falha: Lesão no lobo parietal • NORMOESTESIA: tudo normal, não apresenta alteração de sensibilidade. • HIPOESTESIA: diminuição da sensibilidade. • HIPERESTESIA: aumento anormal da sensibilidade (dolorosa). • ANESTESIA: ausência da sensibilidade. Avaliação Sensitiva - Respostas Miótomos EXAME DA MOBILIDADE Avaliação cinético funcional • Objetivo: Avaliar as características gerais dos movimentos e padrões de compensação funcional • TÓPICOS ➢Movimentos ativos ➢Movimentos passivos ➢Diagnóstico de tecidos inertes 1. Exame dos Movimentos • Importante utilizar abordagem sistemática para o exame • Variações permitidas apenas para complementar o diagnóstico • Exemplos: Histórico de lesão discal: exame com ênfase em todos os tecidos potencialmente afetados pela raíz nervosa e mínimo nas articulações adjacentes • Histórico de artrite no quadril: exame com ênfase na articulação alvo e mínimo nas regiões adjacentes 1. Exame dos Movimentos • Durante o exame de movimentos o terapeuta deve buscar: Respostas subjetivas do paciente • Achados clínicos objetivos 1. Exame dos Movimentos • Tecidos inertes e contráteis - examinados ao se colocar tensão sobre eles • Tecidos inertes - estruturas de estabilidade: cápsula articular, bursas, ligamentos, cartilagem • •Tecidos contráteis - músculos, tendões e ênteses ➢Êntese é a união de um tendão, cápsula articular, ligamento ou fáscia muscular a um osso ➢ Entesopatias -patologias que envolvem inserções tendíneas, musculares e osteoligamentares no osso. Podem ser degenerativas ou inflamatórias 1. Exame dos Movimentos • Durante o exame físico, notar se a dor ou restrição são predominantes • Se a dor predomina: a condição é mais aguda e os testes devem ser mais suaves • Se a restrição predomina: a condição é subaguda ou crônica e uma avaliação mais vigorosa deve ser realizada 1. Exame dos Movimentos • Movimentos realizados ativamente pelo paciente • Combina teste de amplitude articular, controle motor e força muscular • São referidos como movimentos fisiológicos e o final do movimento é conhecido como a barreira fisiológica (end fell) 1.1 Movimentos Ativos • Garantir no movimento testado: ➢Velocidade constante ➢Direção específica ➢Amplitude completa • Motores principais e sinergistas serão avaliados de forma integrada e sincronizada • Cuidado ao avaliar ativamente fraturas ou lesões de tecidos moles em recente estado de recuperação 1.1 Movimentos Ativos • Avaliar quais movimentos causam dor ou outros sintomas relacionados (Quantidade / Qualidade) • Se a condição clínica é muito irritável, pode não ser possível explorar todos os movimentos: realizar os movimentos que forneçam informações mais úteis 1.1 Movimentos Ativos • Notar em que região do arco de movimento os sintomas surgem: • Dor em 60º a 120º de abdução do ombro pode ser pinçamento subacromial • Notar aumento na intensidade ou qualidade da dor durante o teste 1.1 Movimentos Ativos O terapeuta deve notar especificamente: ✓Quando e onde ocorre o início da dor ✓Se o mov. a intensidade e qualidade da dor ✓A reação do paciente a dor ✓A magnitude da restrição observável e sua natureza ✓O padrão do movimento ✓Ritmo e qualidade do movimento ✓Instabilidade ✓Compensação do movimento ✓Músculos ou cadeias funcionais hipersolicitadas MAGGE, 2010 1.1 Movimentos Ativos Se o paciente se queixa de dor específica a algum movimento, este deve ser avaliado por último para não comprometer o teste ➢Se o paciente se queixa de dor específica a algum movimento, este deve ser avaliado por último para não comprometer o teste ➢O examinador deve tentar reproduzir movimentos repetidos (repetir o padrão 5 a 10 vezes) ou posturas sustentadas (manter em 20 segundos) relatadas pelo paciente • Casos em que a as articulações não são muito reativas ou irritáveis a sobrepressão pode ser aplicada no final da ADM • Se esse teste for assintomático e o end-feel for normal: O movimento é considerado normal ( Movimentos passivos são desnecessários) 1.1 Movimentos Ativos • Terapeuta testa a amplitude articular enquanto o paciente está relaxado • São conhecidos como movimentos anatômicos e o final do movimento é referido como barreira anatômica • Geralmente, a barreira fisiológica ocorre antes da barreira anatômica • São geralmente mais amplos que os ativos 1.2 Movimentos Passivos Mensuração ➢Goniometria / Inclinometria • Difícil demonstrar diferenças consistentes inferiores a 5º •Goniometria - útil para medir deformidades por fraturas ou articulares • Hipermobilidade não patológica Ginastas (flexíveis) • Hipomobilidade articular Idosos A mobilidade normal é relativa... Em casos de populações específicas, a amplitude de movimento pode ser considerada normal • Cada movimento deve ser comparado ao lado contralateral • O terapeuta deve determinar a presença de: ➢ Limitação de movimento (hipomobilidade) ➢ Excesso de movimento (hipermobilidade ou lassidão) ➢Dor 1.2 Movimentos Passivos Articulações Hipermóveis Suscetíveis a ➢ entorses ligamentares ➢ dor crônica ➢ instabilidade ➢ degeneração precoce Suscetíveis a: ➢ lesões musculares ➢ compressões nervosas ➢ síndromes de overuse 1.2 Movimentos Passivos Articulações Hipomóveis • Hipomobilidade miofascial: Resulta de encurtamento adaptativo dos tecidos moles devido a aderências ou cicatrizes • Hipomobilidade pericapsular: Restrições teciduais de origem ligamentar • Hipomobilidade patomecânica: Ocorrem em decorrência de trauma articular (mudança de conformação da articulação) 1.2 Movimentos Passivos • Quando e em que momento a dor se inicia • Se o movimento aumenta a qualidade e intensidade da dor • O padrão de limitação de movimento • A sensação final de movimento • O movimento das articulações associadas • A amplitude de movimento disponível Observações do examinador • “Sensação que o examinador percebe no momento que a articulação atinge o final da amplitude”. ✓ Localização da barreira de movimento passivo e colocação em tensão. • Deve ser avaliado com cuidado para não provocar dor intensa. • Deve ser testado se o terapeuta conseguir sustentar a posição da articulação sem desencadear sintomas ou se os sintomas desaparecem logo após o retorno a posição normal. End fell – sensação final do movimento • Determinar o tipo de patologia presente. •Determinar o prognóstico da condição clínica. • Detectar a severidade do caso. • Selecionar a técnica de tratamento. End fell - Objetivos Duro →Osso com osso • sensação rígida não-dolorosa • Extensão do cotovelo Suave (macia) → limitação feita por partes moles (Aproximação de tecidos moles) • Flexão de cotovelo e joelho Firme→ Estiramento tecidual (muscular, capsular e ligamentar) sensação firme que permite leve movimento ao final (sensação elástica) Dorsoflexão do tornozelo, extensão dos dedos 1.3 End fell fisiológico FIRME - Espasmo muscular precoce ou tardio, fibroses, retrações que interrompem abruptamente a ADM ESTIRAMENTO TISSULAR “SUAVE” – encurtamento muscular • Espasticidade – lesão de neurônio motor superior DURO → contato osso- osso compressão articular, osteoartrose, fratura (deformidade),– formação de osteófitos CAPSULAR DURO OU MOLE (MACIO): ocorre precocemente na ADM (ombro congelado/ sinovite, edema de tecido mole) VAZIO – dor impede o alcance da ADM – nenhuma resistência é sentida – IMOBILIDADE PROTETORA Bursite subacromial aguda, fratura BLOQUEIO ELÁSTICO Laceração de menisco 1.3 End fell patológico MEDIDAS DE ARCO DE MOVIMENTO (GONIOMETRIA) Avaliação cinético funcional Goniometria • Medida da movimentação articular • Passo essencial na avaliação • da função do paciente com incapacidade muscular, neurológica ou esquelética • Goniômetro Universal - instrumento mais comumente utilizado na prática clínica • Forma do osso e cartilagem • Força e tônus muscular • Volume muscular • Frouxidão dos ligamentos e cápsula articular • Extensibilidade da pele e tecido subcutâneo • Raça (indios + móveis que negros + móveis que brancos) • Sexo (mulheres são + móveis) • Idade (ADM diminui) • Constituição genética • Membro dominante tende a ser menos móvel • Esforços do dia-a-dia sobre as articulações Determinantes da ADM Goniometria - objetivos - Analisar função articular - Delimitar ADM - Desenvolver objetivos do tratamento - Documentar resultados - Reavaliar - Tomar decisão para indicação de Órteses / adaptações Princípios Gerais Eixo: eixo da articulação Braço móvel ▪ Paralela e lateralmente ao eixo longitudinal do segmento corporal móvel ▪ Alinhamento com o segmento distal Braço fixo ▪ Paralela e lateralmente ao eixo longitudinal do segmento corporal fixo ▪ Alinhamento com o segmento proximal Princípios Gerais Sistema de mensuração: 0 a 180 graus Registro: ▪ Posição inicial: posição anatômica em 0 graus ▪ Exceto para rotação e movimentos de tornozelo: início a 90 graus ▪ Goniômetro alinhado: feito leitura no início e final Leitura no goniômetro Leitura no goniômetro Medidas de Avaliação em Fisioterapia • É o perímetro máximo de um segmento corporal, medido em ângulo reto em relação a seu eixo. MARTINS, 2006 Perimetria Perimetria • Permite fácil identificação de mudanças na dimensão dos membros secundárias ao edema, e em alterações no trofismo muscular. • As medidas permitem detectar assimetrias musculares, bem como, com a sequência das reavaliações e a associação dos dados da composição corporal, variação da massa muscular em resposta ao treinamento. • O volume do membro é inferencialmente avaliado pela medida da circunferência do segmento analisado. • TROFISMO • Alterações ➢ Atrofia ➢Hipotrofia ➢ Hipertrofia ➢ Pseudohipertrofia Massa muscular - considerações Perimetria - procedimentos • O plano da fita deve estar adjacente a pele e suas bordas perpendiculares em relação ao eixo do segmento que se quer medir. • Medir o perímetro em sua extensão máxima, com o zero da fita estando por baixo do valor da leitura. • Realizar as mensurações exercendo leve pressão sobre a pele / Medir sempre sobre pele desnuda. • Determinar e marcar os pontos de referência anatômica com lápis dermográfico. • Membros Superiores • ponto de referência à fossa cubital • mensurações da circunferência a cada 5cm • acima e abaixo da fossa cubital • Membros Inferiores • Ponto de referência à base e ápice da patela • Mensuração da circunferência a cada 5cm • Acima da base e abaixo do ápice Perimetria - procedimentos Perimetria Perimetria de Membro superior SEGMENTO / REFERÊNCIA: interlinha articular do cotovelo ADULTO CRIANÇA MSD Acima Abaixo Acima Abaixo –5cm –10cm -15cm –5cm –10cm -15cm -3cm -6cm -9cm -3cm -6cm -9cm MSE –5cm –10cm -15cm –5cm –10cm -15cm -3cm -6cm -9cm -3cm -6cm -9cm Perimetria de Membro Inferior SEGMENTO / REFERÊNCIA: interlinha articular do joelho ou Patela ADULTO CRIANÇA MID Acima Patela Abaixo Patela Acima Patela Abaixo Patela –5cm -10cm –15cm –5cm -10cm –15cm -3cm –6cm -9cm -3cm –6cm -9cm MIE –5cm -10cm –15cm –5cm -10cm –15cm -3cm –6cm -9cm -3cm –6cm -9cm Medida de Comprimento de Membros • MMSS: - Comprimento do MS: articulação gleno-umeral até processo estilóide da ulna. • MMII: • Realiza a mensuração externa de uma a outra região anatômica, que sejam facilmente identificáveis (paciente deitado com os membros estendidos). Medida de Comprimento de Membros Inferiores Discrepância de comprimento dos membros inferiores (DCMI) • Diferença entre os comprimentos das pernas ou encurtamento verdadeiro causado por alteração anatômica ou estrutural do membro inferior • Causas: defeito congênito do desenvolvimento (coxa vara), displasia congênita do quadril, anormalidades ósseas ou trauma. Avaliação: para identificar se a discrepância é verdadeira ou funcional (aparente), devem ser realizadas medidas dos comprimentos reais e aparentes dos membros inferiores com fita métrica. Medida de Comprimento de Membros Inferiores 1o Medida de um ponto ósseo fixa a outro para encontrar o comprimento real da perna. - Espinha ilíaca antero-superior ao maléolo interno - Sínfise pubiana ao maléolo interno - Cicatriz umbilical ao maléolo interno - Trocanter maior ao maléolo externo 2o Comprimento tibial discrepante = um joelho mais baixo quando o paciente está em DD com flexão de quadril e joelhos. 3o Comprimento femural discrepante, um joelho adiante do outro quando o paciente está em DD com flexão de quadril e joelho. Medida de Comprimento de Membros • Realiza o somatório dos pontos de cada segmento e divide pelo número de pontos, tendo-se a medida exata Discrepância clínico-funcional de 4cm, com evidente inclinação compensatória da bacia
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