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ETEC DE CAMPO LIMPO PAULISTA CENTRO PAULA SOUZA “DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA” CAMPO LIMPO PAULISTA – SP OUTUBRO/2017 ETEC DE CAMPO LIMPO PAULISTA CENTRO PAULA SOUZA ADILCÉIA MARIA BARBOSA – 17420 FABIANE CRISTINE TESTA VIEIRA – 17423 VICTOR MANOEL CARRENHO COCENÇO – 17410 VICTORIA CAUZZO DOS SANTOS – 17432 VALQUIRIA AUGUSTINHO RODRIGUES DE ALMEIDA – 17418 “DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA” Trabalho desenvolvido no curso de técnico da Etec de Campo Limpo Paulista, Técnico em Enfermagem, na matéria Assistência à Saúde da Mulher e da Criança I sob orientação da Professora Liliane Cristina Gavioli Souza. CAMPO LIMPO PAULISTA – SP OUTUBRO2017 4 SUMÁRIO Sumário ....................................................................................................................... 4 1. O que são ............................................................................................................. 8 1.1. Principais causas ............................................................................................... 8 1.2. Tipos .................................................................................................................. 8 2. Resfriado .............................................................................................................. 9 2.1. O que é .............................................................................................................. 9 2.2. Causas .............................................................................................................. 9 2.3. Fatores de risco ................................................................................................. 9 2.3.1. Idade .............................................................................................................. 9 2.3.2. Imunidade .................................................................................................... 10 2.3.3. Época do ano ............................................................................................... 10 2.4. Medicamentos para Resfriado ......................................................................... 10 2.5. Curiosidades.................................................................................................... 10 2.5.1. Canja de galinha .......................................................................................... 11 2.5.2. Vitamina C .................................................................................................... 11 2.5.3. Zinco ............................................................................................................ 11 2.5.4. Equinácea .................................................................................................... 11 2.6. Prevenção ....................................................................................................... 11 2.6.1. Lave sempre suas mãos .............................................................................. 11 2.6.2. Evite o fumo passivo .................................................................................... 12 2.6.3. Evite antibióticos desnecessários ................................................................ 12 2.6.4. Amamente .................................................................................................... 12 2.6.5. Beba água .................................................................................................... 12 2.6.6. Durma o suficiente ....................................................................................... 12 3. Pneumonia .......................................................................................................... 13 3.1. O que é ............................................................................................................ 13 3.2. Causas ............................................................................................................ 13 3.3. Fatores de risco ............................................................................................... 13 3.4. Tratamento de Pneumonia .............................................................................. 13 3.5. Prevenção ....................................................................................................... 14 3.6. Curiosidades.................................................................................................... 14 5 4. Amigdalite ........................................................................................................... 16 4.1. O que é ............................................................................................................ 16 4.2. Causas ............................................................................................................ 16 4.3. Fatores de risco ............................................................................................... 16 4.4. Sintomas de Amigdalite ................................................................................... 16 4.5. Tratamento de Amigdalite ............................................................................... 17 4.6. Medicamentos para Amigdalite ....................................................................... 17 4.7. Prevenção ....................................................................................................... 18 5. Sinusite ............................................................................................................... 19 5.1. O que é ............................................................................................................ 19 5.2. Causas ............................................................................................................ 19 5.3. Sintomas de Sinusite ....................................................................................... 20 5.4. Tratamento de Sinusite ................................................................................... 20 5.4.1. Solução salina .............................................................................................. 20 5.4.2. Corticoides nasais ........................................................................................ 21 5.4.3. Corticosteroides orais ou injetáveis .............................................................. 21 5.4.4. Descongestionantes ..................................................................................... 21 5.4.5. Antibióticos ................................................................................................... 21 5.4.6. Cirurgia ......................................................................................................... 21 5.5. Medicamentos para Sinusite ........................................................................... 22 5.6. Prevenção ....................................................................................................... 23 5.6.1. Tenha uma alimentação saudável ............................................................... 23 5.6.2. Evite o Jejum ................................................................................................ 23 5.6.3. Beba água .................................................................................................... 24 5.6.4. Lave as mãos ............................................................................................... 24 5.6.5. Outras dicas para controlar episódios de sinusite aguda e crônica incluem: 24 5.6.5.1.Fazer um teste para alergias .................................................................... 24 5.6.5.2. Aposte na higiene ..................................................................................... 24 5.6.5.3. Evite cheiros fortes ................................................................................... 25 5.6.5.4. Invista na vacina da gripe ......................................................................... 25 5.6.5.5. Cuide do pet .............................................................................................. 25 5.6.5.6. Agasalhe-se .............................................................................................. 25 6 5.6.5.7. Apague o cigarro ....................................................................................... 26 5.6.5.8. Pratique exercícios físicos ........................................................................ 26 6. Rinite................................................................................................................... 27 6.1. O que é ............................................................................................................ 27 6.2. Causas ............................................................................................................ 27 6.3. Fatores de risco ............................................................................................... 28 6.4. Sintomas de Rinite alérgica ............................................................................. 28 6.5. Tratamento de Rinite alérgica.......................................................................... 29 6.5.1. Higiene ambiental ........................................................................................ 29 6.5.2. Medicamentos .............................................................................................. 29 6.5.3. Imunoterapia ................................................................................................ 29 6.5.4. Medicamentos para Rinite alérgica .............................................................. 30 6.6. Prevenção ....................................................................................................... 30 7. Bronquite ............................................................................................................ 31 7.1. O que é ............................................................................................................ 31 7.2. Tipos ................................................................................................................ 31 7.3. Causas ............................................................................................................ 31 7.4. Fatores de risco ............................................................................................... 31 7.5. Sintomas de Bronquite .................................................................................... 32 7.6. Medicamentos para Bronquite ......................................................................... 33 7.7. Prevenção ....................................................................................................... 34 8. Asma................................................................................................................... 35 8.1. O que é ............................................................................................................ 35 8.2. Tipos ................................................................................................................ 35 8.3. Causas ............................................................................................................ 36 8.3.1. Substâncias e agentes alérgenos ................................................................ 36 8.3.2. Alimentação ................................................................................................. 36 8.3.3. Asma induzida por exercício ........................................................................ 37 8.3.4. Asma ocupacional ........................................................................................ 37 8.3.5. Asma noturna ............................................................................................... 37 8.3.6. Mudanças de temperatura ........................................................................... 38 8.3.7. Medicamentos .............................................................................................. 38 8.4. Fatores de risco ............................................................................................... 38 7 8.4.1. Histórico familiar ........................................................................................... 38 8.4.2. Histórico de alergias ..................................................................................... 38 8.4.3. Obesidade .................................................................................................... 39 8.4.4. Baixo peso ao nascer e hábitos da gravidez ................................................ 39 8.4.5. Refluxo gastroesofágico ............................................................................... 39 8.4.6. Sintomas de Asma ....................................................................................... 39 8.5. Tratamento de Asma ....................................................................................... 40 8.5.1. Medicamentos contínuos ............................................................................. 41 8.5.2. Broncodilatadores ........................................................................................ 42 8.5.3. Outros medicamentos .................................................................................. 42 8.5.4. Medicamentos para Asma ............................................................................ 43 8.6. Prevenção ....................................................................................................... 44 8.6.1. Teste para alergias....................................................................................... 44 8.6.2. Não trate apenas a crise .............................................................................. 44 8.6.3. Garanta as doses de vitamina D .................................................................. 45 8.6.4. Aposte na higiene ........................................................................................ 45 8.6.5. Evite cheiros fortes ....................................................................................... 45 8.6.6. Invista na vacina da gripe ............................................................................. 46 8.6.7. Entre em forma ............................................................................................ 46 8.6.8. Cuide do pet ................................................................................................. 47 8.6.9. Agasalhe-se ................................................................................................. 47 8.6.10. Apague o cigarro ....................................................................................... 47 8.7. Curiosidade ..................................................................................................... 47 9. Como se prevenir de doenças respiratórias em geral ........................................ 48 Anexos ...................................................................................................................... 49 Médico de Jundiaí comprova eficácia de vacina para rinite ...................................... 49 Referências ............................................................................................................... 518 1. O QUE SÃO Doenças respiratórias são aquelas que atingem órgãos do sistema respiratório (pulmões, boca, faringe, fossas nasais, laringe, brônquios, traqueia, diafragma, bronquíolos e alvéolos pulmonares). São as doenças mais frequentes durante a infância, acometendo um número elevado de crianças, de todos os níveis sócio-econômicos e por diversas vezes. Nas classes sociais mais pobres, as infecções respiratórias agudas ainda se constituem como importante causa de morte de crianças pequenas, principalmente menores de 1 ano de idade. Os fatores de risco para morbidade e mortalidade são baixa idade, precárias condições sócio-econômicas, desnutrição, déficit no nível de escolaridade dos pais, poluição ambiental e assistência de saúde de má qualidade. 1.1. PRINCIPAIS CAUSAS As causas destas doenças podem ser diversas. Fumo, alergias (provocada por substâncias químicas ou ácaros), fatores genéticos, infecção por vírus e respiração em ambientes poluídos estão entre as principais causas destas doenças. 1.2. TIPOS Resfriado Pneumonia Amigdalites Sinusite Rinite Bronquite Asma 9 2. RESFRIADO 2.1. O QUE É Sinônimos: infecção viral do trato respiratório superior O resfriado comum é uma infecção viral e benigna do trato respiratório superior, que afeta principalmente o nariz e a garganta. Essa é uma das doenças mais comuns que existem. Eventualmente, todas as pessoas ficarão resfriadas mais de uma vez na vida. 2.2. CAUSAS Mais de 200 vírus podem causar o resfriado, todos eles são de transmissão respiratória, o que tornam o contágio extremamente eficaz. Os vírus do resfriado entram no corpo por meio da mucosa da boca, olhos ou nariz. O mais comum é se levar a mão contaminada ao rosto. Esta porta os vírus adquiridos pelo contato manual com pessoas resfriadas ou objetos contaminados. Há também a possibilidade dos vírus atingirem essas mucosas, através de gotículas invisíveis, suspensas no ar, após a pessoa resfriada espirar, tossir ou falar. Estima- se que para essa forma de contágio, haja a necessidade de se estar a menos de um metro da pessoa infectada. O compartilhamento de objetos contaminados, tais como corrimãos, telefones e outros é uma das principais formas de transmissão. 2.3. FATORES DE RISCO Os vírus do resfriado estão quase sempre presentes em pessoas próximas, particularmente crianças que são seu principal reservatório. Alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa contrair a doença. Eles são: 2.3.1. Idade As crianças são os principais portadores de vírus de resfriado, na natureza. Por falta de hábitos de higiene, que serão apreendidos com seu desenvolvimento, umas contaminam as outras, e não há muito como mudar isso. Assim uma criança brincando na escola ou no "play ground" do prédio recebe vírus de outras, assim 10 como para elas também transmite. Impossível evitar esse contato e transmissão. O que é interessante é que levam os vírus do resfriado para casa e contaminam também os pais, irmãos, empregados e parentes. Os professores são também atingidos por convívio com crianças. 2.3.2. Imunidade A criança porta um sistema de imunidade que está apreendendo e portanto está suscetível a várias infecções. Admite-se que cada vírus causador de resfriado leva a uma imunidade duradoura ou definitiva. Isso significa que cada resfriado é particular e único. No entanto não há como não ficar resfriado, pois o número de causadores é maior do que 200 tipos diferentes. 2.3.3. Época do ano O frio faz com que pessoas fiquem mais aglomeradas em lugares sem ventilação. Essa proximidade facilita a transmissão. No frio também costumamos ter um pouco de corrimento nasal, que pode ser o veículo para a passagem dos vírus de pessoa a pessoa. 2.4. MEDICAMENTOS PARA RESFRIADO Os medicamentos mais usados para o tratamento de resfriado são: Acetilcisteina Aspirina 500mg Advil Afrin Alivium Apracur Benegrip Paracetamol Bebê Paracetamol Cafeina Paracetamol 2.5. CURIOSIDADES Os tratamentos alternativos são muito usados para tratar resfriados. 11 2.5.1. Canja de galinha A canja de galinha é usada para tratar o resfriado comum há séculos. Sua eficácia já foi comprovada diversas vezes. O calor, o líquido e o sal podem ajudar você a se sentir melhor. 2.5.2. Vitamina C A vitamina C é um remédio popular para o resfriado comum. Pesquisas mostram que ela não previne o resfriado na maioria dos adultos, mas as pessoas que tomam vitamina C regularmente parecem ter resfriados mais curtos e sintomas mais brandos. Essa vitamina pode ser encontrada em frutas como a laranja e acerola. 2.5.3. Zinco Suplementos de zinco tomados por pelo menos cinco dias podem reduzir o risco de pegar o resfriado comum. Tomar um suplemento de zinco 24 horas depois de sentir os primeiros sintomas pode tornar os sintomas mais brandos e fazê-los desaparecer mais rapidamente. 2.5.4. Equinácea A equinácea é uma erva conhecida como um meio natural de evitar resfriados e tornar os sintomas menos graves. 2.6. PREVENÇÃO Estas são algumas maneiras comprovadas de diminuir as chances de ter um resfriado: 2.6.1. Lave sempre suas mãos As crianças e os adultos devem sempre lavar as mãos depois de limpar o nariz, ou ao chegar em casa, após o trabalho ou frequentar ambientes com outras pessoas, como escolas. Pode também ser usado o álcool gel para desinfetar as 12 mãos. 2.6.2. Evite o fumo passivo Fique o mais longe possível da fumaça de cigarro. Ela é responsável por muitos problemas de saúde, inclusive piorar os sintomas dos resfriados. 2.6.3. Evite antibióticos desnecessários Os vírus do resfriado, assim como outros não são sensíveis a antibióticos. 2.6.4. Amamente Sabe-se que o leite materno protege contra infecções do trato respiratório, mesmo anos após o término do período de amamentação. As crianças que não são amamentadas pegam cinco vezes mais infecções de ouvido. 2.6.5. Beba água Os líquidos ajudam o sistema imunológico a funcionar corretamente. 2.6.6. Durma o suficiente Não dormir o suficiente faz com que você fique mais propenso a doenças. 13 3. PNEUMONIA 3.1. O QUE É Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões (órgão duplo localizado um de cada lado da caixa torácica). Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). 3.2. CAUSAS Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue.. 3.3. FATORES DE RISCO Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias Resfriados mal cuidados Mudanças bruscas de temperatura. Sintomas de pneumonia em crianças Crianças com pneumonia bacteriana podem apresentar também: Respiração acelerada Respiração ruidosa Perda de apetite e recusa alimentar Dor abdominal. Muitas vezes, no entanto, a criança pode apresentar os sintomas isoladamente, como apenas febre e tosse ou apenas dificuldade e aceleração da respiração. 3.4. TRATAMENTO DE PNEUMONIA O tratamento da pneumonia requer o uso de antibióticos, e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar para pneumonia 14pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases. Os medicamentos mais usados para o tratamento de pneumonia são: Acetilcisteina Acetilcisteína Aires Amoxicilina + Clavulanato de Potássio Doxiciclina Eritromicina Fluimucil Fluimucil (xarope) Fluitoss Hincomox Leucogen Levofloxacino Mucosolvan 3.5. PREVENÇÃO Lave as mãos com frequência, principalmente após: Assoar o nariz Ir ao banheiro Trocar fraldas. Também lave suas mãos antes de comer ou preparar alimentos. 3.6. CURIOSIDADES Uma droga chamada Synagis (palivizumab) é ministrada a algumas crianças com menos de 24 meses para prevenir a pneumonia causada por vírus sincicial respiratório A vacina contra gripe previne pneumonia e outros problemas causados pelo vírus influenza. Ela deve ser aplicada anualmente para proteger contra novos ataques de vírus A vacina HIB previne a pneumonia em crianças de Haemophilus influenzae 15 tipo B A vacina pneumocócica (Pneumovax, Prevnar) reduz suas chances de contrair pneumonia de Streptococcus pneumoniae. 1 a 3 anos são as mais afetadas. 16 4. AMIGDALITE 4.1. O QUE É Sinônimos: infecção das amígdalas A amigdalite é a inflamação com inchaço nas amígdalas. Amígdalas são uma espécie de gânglios linfáticos localizados na parte lateral da garganta e na parte de trás da boca. Elas ajudam a manter bactérias e outros germes longe de locais em que possam causar infecções. 4.2. CAUSAS Amigdalite é geralmente causada por vírus, mas também pode haver infecção bacteriana. A bactéria mais comum entre as causas de amigdalite é a Streptococcus pyogenes, mais conhecida como estreptococo do grupo A, também responsável por outras condições, a exemplo da faringite. Outras bactérias também podem estar envolvidas no desenvolvimento da doença. 4.3. FATORES DE RISCO Alguns fatores são considerados de risco para o desenvolvimento de amigdalite. Confira: Idade: pessoas mais jovens costumam ter mais chances de apresentar a doença do que pessoas mais velhas. Geralmente, amigdalite aparece em crianças e préadolescentes. Exposição a vírus e bactérias também pode levar à amigdalite, especialmente em crianças que frequentem creches e escolas. 4.4. SINTOMAS DE AMIGDALITE Alguns sintomas são característicos da amigdalite. Veja: Amígdalas inchadas e vermelhas Placas brancas ou amareladas nas amígdalas Dor de garganta Dificuldade e dor ao engolir 17 Febre Nódulos linfáticos no pescoço Mau hálito Dor de cabeça 4.5. TRATAMENTO DE AMIGDALITE O tratamento para amigdalite é feito basicamente com medicamentos. Se for uma amigdalite simples, o médico ou médica poderá prescrever remédios anti- inflamatórios, que irão combater a inflamação, além de proporcionar alívio da dor. 4.6. MEDICAMENTOS PARA AMIGDALITE Alguns medicamentos que podem ser receitados são: Amoxicilina + Clavulanato de Potássio Benzetacil Bi Profenid Dipirona Eritromicina Flanax Hexomedine Hincomox Ibuprofeno Nimesulida Paracetamol. Se a amigdalite está sendo causada por uma bactéria, antibióticos serão receitados para curar a infecção. Os antibióticos podem ser ministrados por injeção ou por via oral e o tratamento dura em média 10 dias. Exemplos de antibióticos para tratar amigdalite são: Amoxicilina Azitromicina Benzatina (Benzetacil) Cefalexina Eritromicina Cirurgias para Amigdalite Algumas pessoas com reincidência da infecção podem precisar de cirurgia para remover as amígdalas, bem como pessoas que apresentam sintomas 18 diferenciados, como dificuldade para respirar, e pessoas que não respondem ao tratamento. Nesses casos, ela terá que passar pela cirurgia de retirada das amígdalas, que tem rápida recuperação. 4.7. PREVENÇÃO Algumas medidas podem ajudar a prevenir o desenvolvimento da amigdalite. Veja: Lave as mãos frequentemente. Elas são a principal porta de entrada para muitos vírus e bactérias. Evite compartilhar itens de uso pessoal, como talheres e escovas de dente. 19 5. SINUSITE 5.1. O QUE É Sinônimos: infecção dos seios nasais Sinusite é uma inflamação da mucosa dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. A doença pode ser secundária a uma infecção, quadro alérgico ou qualquer fator que atrapalhe a correta drenagem de secreção dos seios da face. O nome mais utilizado para esse problema é rinossinusite, pois o processo inflamatório atinge tanto a mucosa dos seios da face como a mucosa nasal. 5.2. CAUSAS A sinusite tanto pode ser causada por agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus, quanto por fatores alérgicos. Poeira, choque térmico e cheiros ativos são listados como desencadeadores da rinopatia alérgica. Exposição a determinados agentes químicos e alterações na anatomia nasal ou dos seios da face fazem parte do outro grupo de responsáveis pela sinusite. Há ainda, casos mais raros que levam à sinusite, como a presença de um tumor. A sinusite pode ser: Aguda, quando os sintomas estão presentes por um período inferior a 12 semanas Crônica, quando o inchaço e a inflamação dos seios nasais estão presentes por mais de 12 semanas. Reações alérgicas: a sinusite pode ser causada pela exposição do paciente à substância transportada pelo ar, como ácaros e poeira, poluição, pólen, mofo, pelos de animais, fumaça de cigarro e partículas de insetos. Substâncias químicas como tinta, desinfetantes e produtos de limpeza também podem desencadear o quadro Alergias: outras doenças alérgicas, como rinite e asma, podem favorecer um quadro de sinusite. A inflamação que ocorre com as alergias podem bloquear seus seios nasais 20 5.3. SINTOMAS DE SINUSITE A sinusite crônica e sinusite aguda têm sinais e sintomas semelhantes, mas a sinusite aguda é uma infecção temporária dos seios muitas vezes associada a um resfriado. Já a rinossinusite crônica corresponde a um processo inflamatório com duração prolongada (maior que 12 semanas) podendo ainda ser classificada em rinossinusite crônica com polipose e rinossinusite crônica sem polipose. Para o diagnóstico de rinossinusite crônica devemos ter dois ou mais dos seguintes sinais: Obstrução nasal ou secreção nasal associados a pelo menos um dos sintomas: Pressão ou dor facial Redução ou perda do olfato Associado a alterações tomográficas ou evidenciadas por exame de videonasofibroscopia Com duração maior que 12 semanas. Outros sinais e sintomas podem incluir: Dor de ouvido Dores no maxilar superior e dentes Tosse, que pode ser pior durante a noite Garganta inflamada Mau hálito (halitose) Fadiga ou irritabilidade Náusea. Os sinais e sintomas de sinusite crônica são semelhantes à sinusite aguda, exceto que eles duram mais tempo e muitas vezes causam mais fadiga. Febre não é um sinal comum de sinusite. 5.4. TRATAMENTO DE SINUSITE Alguns tratamentos são recomendados para ajudar a aliviar os sintomas da sinusite. Estes incluem: 5.4.1. Solução salina A mistura de água e sal ajuda a dissolver as secreções nasais. Você podeinalar a solução salina ou pingá-la em seu nariz. O ideal é misturar uma colher de chá de sal para cada litro de água. 21 5.4.2. Corticoides nasais Sprays nasais ajudam a prevenir e tratar a inflamação. Exemplos incluem fluticasona, budesonida, triamcinolona, mometasona e beclometasona. Você pode precisar usar esses medicamentos durante vários dias ou semanas antes que eles atinjam o seu máximo benefício. Ao contrário de corticosteroides orais, esses medicamentos têm um risco relativamente baixo de efeitos colaterais e são geralmente seguros para uso contínuo, uma vez que agem diretamente nos sinos nasais, em vez de passarem primeiro pela corrente sanguínea. 5.4.3. Corticosteroides orais ou injetáveis Estes medicamentos são utilizados para aliviar a inflamação de sinusite grave, especialmente se você também tem pólipos nasais. Exemplos incluem a prednisona e a metilprednisolona. Corticosteroides orais podem causar sérios efeitos colaterais quando usados durantes longos períodos, por isso eles são indicados apenas para tratar sintomas graves. 5.4.4. Descongestionantes Estes medicamentos estão disponíveis nas farmácias em forma de comprimidos, líquidos ou sprays nasais. Esses medicamentos são geralmente ministrados por alguns dias no máximo, caso contrário podem causar efeito rebote, levando ao aparecimento de um congestionamento mais grave. 5.4.5. Antibióticos Os antibióticos são necessários para sinusite se você tiver uma infecção bacteriana. No entanto, a sinusite crônica é muitas vezes causada por algo diferente de bactérias, por isso, os antibióticos nem sempre ajudam. Na dúvida, converse com o médico. 5.4.6. Cirurgia Nos casos em que a sinusite resiste ao tratamento, a cirurgia endoscópica 22 pode ser uma opção. Para esse procedimento, o médico utiliza um endoscópio (tubo fino e flexível com uma luz ligada na ponta) para explorar suas passagens nasais. Então, dependendo da fonte de obstrução, o médico pode utilizar vários instrumentos para remover o tecido ou raspar um pólipo que está causando a obstrução nasal. Ampliar a abertura do seio estreito também pode ser uma opção. 5.5. MEDICAMENTOS PARA SINUSITE Os medicamentos mais usados para o tratamento da sinusite são: Acetilcisteina Afrin Amoxilina Amoxicilina + Clavulanato de Potássio Ampicilina Sódica Arflex Astro Avalox Azitromicina Bactrim Bi Profenid Broncho-Vaxom Bacteracin e Bacteracin-F Cefanaxil Claritromicina Clindamin-C Ceclor Cefaclor Cefadroxila Cefalexina Cetoprofeno Ceftriaxona Dissódica Ceftriaxona Sódica Clavulin Clindamicina Ciprofloxacino Hincomox Leucogen Levofloxacino Nasonex Novamox 2x 23 Paracetamol Cafeina Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. 5.6. PREVENÇÃO A melhor forma de prevenir a sinusite aguda é manter a mucosa nasal hidratada, tratar a rinite alérgica, procurar um médico para acompanhar gripes e resfriados: 5.6.1. Tenha uma alimentação saudável Manter uma dieta que inclui todos os grupos alimentares é fundamental para fortalecer a imunidade. Proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais não podem faltar na dieta diária de ninguém. De acordo com pesquisas, os micronutrientes essenciais para o fortalecimento da imunidade são as vitaminas A, B6, B12, C, D, E, ácido fólico, zinco, ferro, selênio e cobre. Eles restauram a proteção contra infecções, fortalecem as células do sistema imunológico e aumentam a produção de anticorpos. Uma alimentação fracionada, com cinco a seis refeições ao dia e a presença de todos os grupos alimentares, não só protege o sistema imunológico contra gripes e outras infecções, como também auxilia na manutenção do peso ideal e na qualidade de vida em geral. 5.6.2. Evite o Jejum Passar muitas horas sem se alimentar é prejudicial ao organismo em qualquer situação, e não somente durante um episódio de gripe. Isso porque o organismo passa a trabalhar em estado de alerta, priorizando a manutenção das funções vitais; e, com isso, o combate a infecção torna-se secundário e ineficiente. 24 5.6.3. Beba água Uma boa hidratação pode prevenir a ocorrência de infecções. Deve-se ingerir cerca de dois litros de água por dia para permitir uma boa hidratação das mucosas. O uso de soro fisiológico insuflado ou inalado também melhora a drenagem da secreção, dos micro-organismos e das impurezas do nariz ao estômago. 5.6.4. Lave as mãos Nossas mãos estão sempre propensas a entrar em contato com o vírus da gripe e outros diversos agentes alergênicos. Por isso devemos sempre lavá-las antes de manusear alimentos, levá-las a boca ou aos olhos e sempre que chegar em casa ou no trabalho, depois de dirigir ou usar transporte público. 5.6.5. Outras dicas para controlar episódios de sinusite aguda e crônica incluem: 5.6.5.1. Fazer um teste para alergias Os testes para alergias respiratórias são feitos para detectar qual é o agente causador da sinusite. Entram nessa lista ácaros, fungos, mofo, pelos de animais, entre outros. Com o teste, é possível evitar a exposição ao agente, prevenindo crises. Além disso, é comum que a asma esteja associada a outras doenças alérgicas, como a rinite alérgica e o eczema. Controlando os causadores dessas alergias é possível evitar crises asmáticas. 5.6.5.2. Aposte na higiene Mofo, pelos de animais, insetos, ácaros e poeira domiciliar devem ser cuidadosamente eliminados. É importantíssimo que a roupa de cama seja lavada semanalmente e secada ao sol. Também é recomendado o uso de fronhas e capas de colchão antiácaros, que diminuem a possibilidade de crises. O carpete deve ser substituído por outros tipos de piso, tapetes devem ser retirados do quarto e umidificadores devem ser banidos, já que a umidade favorece o aparecimento de 25 alguns alérgenos. 5.6.5.3. Evite cheiros fortes Velas, sprays aromatizadores e essências. Esses produtos podem até deixar sua casa perfumada, mas são um perigo para quem tem sinusite. Cheiros fortes e fumaça irritam as vias aéreas e podem desencadear crises de asma. Se você é ou tem algum familiar asmático, elimine todos esses produtos ou, pelo menos, opte por versões que não possuem aroma. 5.6.5.4. Invista na vacina da gripe Os vírus causadores de infecções respiratórias - entre os quais está o vírus da gripe - também inflamam as vias aéreas e podem causar crises de sinusite. Por isso, tomar a vacina da gripe pode ajudar a controlar a doença. Além disso, lembre- se sempre de lavar as mãos ou higienizá-las com álcool em gel, o que ajuda a prevenir-se contra o vírus. 5.6.5.5. Cuide do pet Se o contato com animais não te faz bem, seria aconselhável, no mínimo, não tê-los na sua própria casa. Mas, se isso está fora de cogitação, pelo menos não deixe que ele entre ou durma no seu quarto. Outra medida importante é dar banho no animal pelo menos uma vez a cada duas semanas. O local em que o pet permanece a maior parte do tempo deve ser limpo toda semana. 5.6.5.6. Agasalhe-se É normal que, ao passar de um ambiente fechado para um externo, com ar frio, o alérgico logo apresente reações do sistema respiratório,como espirros e inchaço nasal. Por isso, o ideal é sempre sair de casa bem agasalhado e com um cachecol ou lenço cobrindo o nariz para que o ar gelado não entre em contato direto com ele. 26 5.6.5.7. Apague o cigarro Cigarro é prejudicial para todas as pessoas, mas para o alérgico ele pode ser ainda mais destrutivo. O fumo favorece a evolução de alergias respiratórias e asma. A peculiaridade do inverno em relação ao seu uso é o fato de a estação tornar ainda mais evidente essa piora, uma vez que a estação costuma ser caracterizada pelo ar seco e pela poluição concentrada. Alérgicos fumantes têm grandes chances de se tornarem futuros portadores da asma, e a permanência do hábito fará com que as crises fiquem cada vez mais fortes e mais difíceis de serem tratadas. 5.6.5.8. Pratique exercícios físicos Exagerar no exercício pode afetar os órgãos envolvidos na respiração e desencadear crises de sinusite. Entretanto, a prática de atividade física é muito importante para controlar doenças respiratórias. Qualquer atividade aeróbia promove a melhora do sistema cardiorrespiratório, diminuindo o número de crises. Os exercícios devem ser iniciados de forma lenta e constante, aumentando aos poucos a intensidade da atividade para evitar alguma possível crise ou falta de ar. 27 6. RINITE 6.1. O QUE É Sinônimos: alergia nasal A rinite alérgica é uma reação imunológica do corpo a partículas inaladas que são consideradas estranhas. Essas substâncias são chamadas de alérgenos. O nariz é a porta de entrada para o ar e substâncias carregadas por ele, e tem a função de filtrar as impurezas, além de umidificar e aquecer o ar que vai chegar aos pulmões. O indivíduo alérgico tem uma reação exagerada aos alérgenos. Seu sistema imunológico reage de forma intensa a estas substâncias estranhas na tentativa de defesa do organismo. Na crise da rinite, a pessoa apresenta obstrução nasal, coriza, espirros e coceira no nariz. Se a pessoa tiver uma predisposição para asma, pode apresentar também uma crise de asma, com falta-de-ar e cansaço. Sabemos que existe um componente genético nas alergias. Quando ambos os pais tem rinite, a chance de os filhos terem o problema chega a 50%. Quando a pessoa que carrega essa predisposição em contato com um alérgeno, passa a ser reativa a ele e não mais tolerar o contato. Essa reação em geral acontece nos primeiros anos de vida, mas pode ser mais tardia. 6.2. CAUSAS Várias substâncias presentes no meio ambiente são alergênicas, mas predominam a poeira, o pólen e alguns alimentos. A poeira doméstica é a principal responsável pela rinite em São Paulo e em boa parte do Brasil. Esta poeira tem vários componentes, como restos de pelos de animais, descamação da pele humana e de animais e restos de insetos, bactérias, fungos e ácaros. Os ácaros são microorganismos que se adaptam muito bem ao ambiente domiciliar e proliferam com facilidade em temperatura ambiente e locais úmidos. O ácaro mais implicado na rinite alérgica é o Dermatophagoides spp. Seu nome deriva do fato de se alimentar de material orgânico da pele do homem e de animais e fungos. Por essa razão, os ácaros se acumulam em colchões e estofados. As proteínas existentes no corpo e nas fezes dos ácaros são extremamente alergênicas a pessoas predispostas à rinite. 28 Os sintomas podem aparecer durante todo o ano. O contato com pólen é outra causa de rinite, que ocorre em geral na primavera e no início do outono, quando o pólen transportado pelo ar se encontra em níveis maiores. No Brasil, esta rinite sazonal é mais comum na região sul. A alergia alimentar é menos frequente e, em geral, dá outros sintomas além da rinite, como na pele e no sistema gastrointestinal. Embora qualquer alimento possa causar uma reação alérgica, os mais implicados são leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixe e crustáceos. 6.3. FATORES DE RISCO Pessoas que apresentam outras doenças alérgicas, como asma, eczema (dermatite) e a conjuntivite alérgica, carregam um maior risco para rinite de origem alérgica. Outros fatores de risco para rinite alérgica incluem: Possuir familiares com histórico de alergias Frequentar locais mal ensolarados e mal ventilados Poluição do ar. 6.4. SINTOMAS DE RINITE ALÉRGICA Alguns sintomas da rinite alérgica surgem logo após entrar em contato com o alérgeno. Os principais sintomas da crise de rinite alérgica são: Irritação no nariz, na boca, nos olhos, na garganta, na pele ou em qualquer outra região Problemas com odores Coriza Espirros Lacrimejamento nos olhos. Alguns sintomas da rinite alérgica se apresentam ao longo de horas: Congestão nasal Tosse Diminuição da audição e diminuição do olfato Dor de garganta Olheiras Olhos inchados Fadiga e irritabilidade 29 Cefaleia 6.5. TRATAMENTO DE RINITE ALÉRGICA O tratamento dos pacientes portadores de rinite alérgica é composto por três pilares principais: higiene ambiental, medicamentos e imunoterapia. 6.5.1. Higiene ambiental A forma mais simples de se prevenir de crises de rinite alérgica é evitando o contato com a substância que desencadeia os sintomas. Isso nem sempre é tão fácil. Carpetes, cortinas, tapetes e bichos de pelucia podem armazenar poeira e ácaros, e não devem fazer parte do quarto. Os ambientes da casa devem estar sempre bem ventilados e ensolarados. De preferência, a limpeza deve ser feita com pano úmido. Também devem ser evitados produtos de limpeza, tintas, perfumes, fumaça do cigarro e inseticidas. 6.5.2. Medicamentos Anti-histamínicos (antialérgicos), descongestionantes nasais e corticosteróides são medicamentos usados para tratar uma crise rinite alérgica. Medicamentos à base de corticosteróides aplicados no nariz são prescritos para tratamento a longo prazo, e tem o objetivo de melhorar a respiração nasal e evitar ou amenizar as crises. Como todo medicamento pode apresentar efeitos colaterais e a dose varia individualmente, procure o médico para indicar o tratamento correto. 6.5.3. Imunoterapia Vacinas antialérgicas também são uma opção para casos em que não houve melhora com as medicações e uma alternativa para casos em que não se pode evitar contato com o alérgeno. Ela está indicada se o teste cutâneo ou sanguíneo comprovar o alérgeno. Nesse tratamento, são aplicadas em injeções ou gotas sublinguais com quantidades controladas da substância para que o organismo deixe de ser hiperreativo a ela. O objetivo é que, no passar do tempo, as crises se reduzam e a pessoa consiga até suspender as medicações. 30 6.5.4. Medicamentos para Rinite alérgica Os medicamentos mais usados para o tratamento de rinite alérgica são: Androcortil Allegra Asmofen Avamys Betametasona Claritin Claritin D Dexclorfeniramina Diprospan Duoflam Ebastel Fumarato de Cetotifeno (xarope) Omnaris Prednisolona Polaramine Prednisona. Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. 6.6. PREVENÇÃO Muitas vezes, os sintomas podem ser prevenidos evitando o contato com os alérgenos conhecidos. Esta é, na verdade, a única forma efetivamente comprovada contra as crises de rinite alérgica. 317. BRONQUITE 7.1. O QUE É Sinônimos: inflamação dos brônquios, bronquite aguda A bronquite é a inflamação das principais passagens de ar para os pulmões. A forma aguda da bronquite é muito comum e, geralmente, vem acompanhada de outras condições, como a gripe ou outro problema respiratório. Já a versão crônica da bronquite necessita de cuidados especiais. 7.2. TIPOS A bronquite pode ser aguda (de curta duração) ou crônica (dura por muito tempo e tem alta recorrência). A forma aguda da bronquite é muito comum e, geralmente, vem acompanhada de outras condições, como a gripe ou outro problema respiratório. Já a versão crônica da bronquite necessita de cuidados especiais. 7.3. CAUSAS Bronquite é geralmente causada por vírus. A doença costuma estar acompanhada de uma outra infecção viral respiratória, como gripes e resfriados. No início, ela afeta o nariz, a garganta e, depois, se espalha para os pulmões. Às vezes, pode-se contrair uma infecção bacteriana secundária nas vias respiratórias. Isso significa que uma bactéria infectou as vias respiratórias, além do vírus. 7.4. FATORES DE RISCO Alguns fatores são considerados de risco por médicos. Segundo eles, eles podem ajudar no desenvolvimento de bronquite. Confira: Fumo: o hábito de fumar pode elevar os riscos de uma pessoa desenvolver tanto a bronquite aguda quanto a crônica Imunidade baixa: este fator de risco costuma ser uma consequência de outra doença aguda, como a gripe, ou ainda de uma condição crônica, como Aids Idade: idosos, crianças pequenas e bebês têm mais riscos de contrair a 32 infecção Exposição a agentes irritantes: as chances de contrair a doença é maior se você trabalha com gases ou outros agentes que possam causar irritação nos pulmões Refluxo gástrico: doenças que causam refluxo gástrico e azia podem aumentar as chances de a pessoa desenvolver bronquite. 7.5. SINTOMAS DE BRONQUITE Os sintomas da bronquite, tanto aguda quanto crônica, são: Tosse com presença de muco Ronco ou chiado no peito Fadiga Dificuldade para respirar e falta de ar Febre e calafrios Desconforto no peito. Mesmo após o desaparecimento da bronquite aguda, você ainda pode ter uma tosse seca e incômoda que se estende por várias semanas. Outros sintomas de bronquite crônica consistem em: Inchaço nos tornozelos, pés e pernas Lábios roxos devido ao nível baixo de oxigênio Infecções respiratórias frequentes, como resfriados ou gripes. Tratamento de Bronquite Muitos casos de bronquite resolvem-se sozinhos, sem o uso de medicamentos, e os sintomas desaparecem em cerca de duas semanas. Mas algumas vezes o médico poderá lhe prescrever alguns remédios específicos, como: Antibióticos, em caso de infecção bacteriana, apesar de a maioria das bronquites serem causadas por vírus Xaropes para tosse Antialérgicos, medicamentos para asma ou outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) também podem ser receitados caso o paciente apresente alguma dessas condições. Se os sintomas da bronquite não desaparecerem, seu médico pode prescrever a você um inalador para abrir as vias respiratórias, caso você esteja com chiado no peito. 33 7.6. MEDICAMENTOS PARA BRONQUITE Os medicamentos mais usados para o tratamento de bronquite são: Acebrofilina Acetilcisteina Aires Aerolin Aminofilina Amoxicilina + Clavulanato de Potássio Antux Ares Asmofen Astro Atrovent Azitromicina Bactrim Bisolvon Broncho-Vaxom Bacteracin e Bacteracin-F Bamifix Betatrinta Bricanyl Brometo de Ipratrópio Bromidrato de Fenoterol Clavulin Clindamicina Cefanaxil Claritromicina Clindamin-C Clocef Diprospan Duoflam Flanax Fluimucil Fenergan Expectorante Fluimucil (xarope) Fluitoss Foraseq Franol Ipratropio Leucogen 34 Levofloxacino Loxonin Meticorten Mucosolvan Novamox 2x Predsim Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. 7.7. PREVENÇÃO Algumas medidas podem prevenir a ocorrência de bronquite. Conheça e previna-se: Não fume Tome a vacina contra a gripe e a vacina pneumocócica anualmente Reduza sua exposição à poluição do ar e a agentes químicos que possam causar irritação aos pulmões Lave as mãos frequentemente a fim de evitar a disseminação de vírus e de outras infecções. 35 8. ASMA 8.1. O QUE É Sinônimos: asma brônquica, bronquite asmática Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. O pulmão do asmático é diferente de um pulmão saudável, como se os brônquios dele fossem mais sensíveis e inflamados - reagindo ao menor sinal de irritação. Se pensarmos em uma pessoa sem a doença, ela sofrerá uma falta de ar quanto estiver exposta a grandes irritações, como a fumaça de um incêndio. Diante desse quadro, o organismo da pessoa identifica os agentes irritantes e faz com que a musculatura que existe em volta do brônquio se contraia, fechando o órgão e impedindo que o ar contaminado entre nos pulmões. O mesmo processo acontece com um paciente que tem asma, só que os gatilhos para causar uma irritação nos brônquios são bem menos intensos, como a poeira. 8.2. TIPOS Para classificar a gravidade da sua asma, o seu médico considera a análise clínica juntamente com os resultados de seus exames. Determinar o quão grave é sua asma auxilia o médico a escolher o melhor tratamento. Além disso, a gravidade da asma pode alterar com o passar do tempo, necessitando um reajuste da medicação. A asma é classificada em quatro categorias gerais: Grau 1: sintomas leves e intermitentes até dois dias por semana e até duas noites por mês, em geral com predomínio dos sintomas no inverno, por exemplo Grau 2: sintomas persistentes e leves mais do que duas vezes por semana, mas não mais do que uma vez em um único dia Grau 3: sintomas persistentes moderados uma vez por dia e mais de uma noite por semana Asma Grave (Grau 4): sintomas graves persistentes ao longo do dia na maioria dos dias e frequentemente durante a noite na asma grave. 36 8.3. CAUSAS Ninguém sabe exatamente o que provoca asma, uma vez que cada pessoa apresenta uma sensibilidade a gatilhos diferentes. Dessa forma, é importante entender o que causa seus ataques de asma e tentar reduzir a exposição a esses agentes ou buscar tratamentos mais adequados. Aqui estão os gatilhos mais comuns da asma: 8.3.1. Substâncias e agentes alérgenos Cerca de 80% das pessoas com asma sofrem crises quando expostas a alguma substância transportada pelo ar, como ácaros e poeira, poluição, pólen, mofo, pelos de animais, fumaça de cigarro e partículas de insetos. Substâncias químicas como tinta, desinfetantes e produtos de limpeza também podem desencadear uma crise. Quando aspirados, esses agentes podem irritar os brônquios, levando a uma crise. Infecções virais, como o resfriado comum ou a gripe, também constituem causa importante para o desencadeamento de uma crise de asma. 8.3.2. Alimentação Alergias alimentares podem causar crises de asma. Os alimentos mais comuns associados com sintomas alérgicossão: Ovos Leite de vaca Amendoins Soja Trigo Peixe Camarão e outros crustáceos Saladas e frutas frescas. Alguns conservantes e aditivos acrescentados dos alimentos industrializados também podem desencadear uma crise de asma. 37 8.3.3. Asma induzida por exercício É um tipo de asma desencadeado por exercício ou esforço físico. Muitas pessoas com asma experimentam algum grau de sintomas ao praticar atividade física. No entanto, existem muitas pessoas sem asma diagnosticada que desenvolvem sintomas apenas durante o exercício. Inclusive, alguns atletas podem apresentar essa manifestação da doença. Com asma induzida por exercício, o estreitamento das vias aéreas tem um pico de cinco a 20 minutos após o exercício começar, o que dificulta a retomada do fôlego. Seu médico pode lhe dizer se você precisa usar um broncodilatador antes do exercício para evitar os sintomas incômodos. 8.3.4. Asma ocupacional A asma ocupacional é um tipo de asma que resulta de gatilhos do trabalho. É muito comum em pessoas que trabalham em usinas ou expostas a agentes químicos, tinturas, agrotóxicos, etc. Com este tipo de asma, você pode ter dificuldade em respirar e sofrer outros sintomas de asma apenas nos dias em que você está no trabalho. Muitas pessoas com este tipo de asma sofrem com nariz escorrendo, congestão, irritação nos olhos ou tosse, em vez de o chiado no peito típico da doença. Alguns trabalhos comuns que estão associados com a asma ocupacional incluem criadores de animais e veterinários, agricultores, cabeleireiros, enfermeiros, pintores e marceneiros. 8.3.5. Asma noturna Asma noturna é um tipo comum da doença. Se você tem asma, as chances de sofrer uma crise são muito mais elevadas durante o sono, porque a asma é fortemente influenciada pelo ritmo circadiano (ciclo biológico que regula as funções do nosso corpo, geralmente de acordo com a luz do sol). Acredita-se que a asma noturna acontece devido ao aumento da exposição aos alérgenos, ao resfriamento das vias aéreas, a posição reclinada ou até mesmo pelas secreções hormonais. Se você tem asma, observe se seus sintomas pioram quando a noite 38 avança. Caso isso aconteça, procure um médico para descobrir as causas das suas crises de asma e buscar o tratamento mais adequado. 8.3.6. Mudanças de temperatura O choque de temperaturas é uma mudança bastante agressiva para quem tem as vias respiratórias mais sensíveis. Além das crises de asma, é comum haver piora de rinite ou tosse. A mudança do calor para o frio pode desencadear uma resposta na mucosa brônquica que, por meio de estímulos nos receptores nervosos de temperatura ou pela liberação de substâncias alergênicas, pode desencadear uma crise. 8.3.7. Medicamentos Medicamentos anti-inflamatórios não hormonais - como o ácido acetilsalicílico, o diclofenaco e o ibuprofeno - podem desencadear crises de asma. Isso acontece porque esses remédios inibem uma via de inflamação, mas sobrecarregam outra, que tem forte relação com a crise asmática em quem sofre da doença. 8.4. FATORES DE RISCO 8.4.1. Histórico familiar A asma é uma doença que tem em seu bojo características genéticas. Pessoas com casos de alergias na família tem uma predisposição genética para desenvolver quadros alérgicos no geral, e o relacionado ao pulmão é a asma. 8.4.2. Histórico de alergias A asma é uma doença caracterizada pela presença de uma reação exagerada das vias aéreas, ou seja, por um mecanismo de defesa aumentado. Esse é o pano de fundo em outras alergias, desde respiratórias até cutâneas. Dessa forma, uma pessoa que tenha algum tipo de alergia tem uma maior predisposição a ter outros tipos, dentre eles a asma, uma vez que seu corpo tende a reagir de forma 39 excessiva aos estímulos externos. 8.4.3. Obesidade As pessoas com obesidade tem maior risco de asma. Isto ocorre porque a obesidadedesencadeia uma série de processos inflamatórios - e a asma nada mais é do que um processo inflamatório em nossos brônquios. A obesidade é uma "facilitadora" desse processo. 8.4.4. Baixo peso ao nascer e hábitos da gravidez Os bebês filhos de mães tabagistas tem menor peso, devido aos infartos que o cigarro causa na placenta, dificultando a nutrição do bebê durante a vida intrauterina. Apesar de alguma controvérsia, existe uma relação entre baixo peso ao nascer e asma até os cinco anos de idade. Isso acontece porque o pulmão só se forma plenamente no fim de gestação. Por isso o bebê prematuro tem mais risco de ter quadros inflamatórios no pulmão. É importante ressaltar que só podemos dizer que uma criança é asmática após os dois anos de vida. Antes disso ela é um bebê chiador. Outros comportamentos durante a gestação aumentam o risco de o bebê ter alergia, tais como dormir mal, transtorno de ansiedade e depressão. 8.4.5. Refluxo gastroesofágico A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição na qual o conteúdo do estômago vaza em direção contrária para o esôfago. Essa ação pode irritar o esôfago, causando azia e outros sintomas. Se for aspirado, o conteúdo do refluxo gastroesofágico pode ir parar dentro dos pulmões. Isso pode desencadear uma inflamação e favorecer quadros como pneumonias, bronquites e asma. 8.4.6. Sintomas de Asma A maioria das pessoas com asma fica longos períodos sem sintomas, intervalados com as crises quando expostos a algum agente. No entanto, algumas pessoas têm a deficiência respiratória quase que cronicamente, com alguns 40 episódios mais graves em determinados períodos. Os ataques de asma podem durar minutos a dias e podem se tornar perigosos se o fluxo de ar estiver muito restrito. Os sintomas incluem: Tosse com ou sem produção de escarro (muco) Repuxar a pele entre as costelas durante a respiração (retrações intercostais) Deficiência respiratória que piora com exercício ou atividade. Respiração ofegante que: Vem em episódios com períodos intercalados sem sintomas Pode ser pior à noite ou no início da manhã Pode desaparecer por si mesma Melhora quando se usa medicamentos que abrem as vias respiratórias (broncodilatadores) Piora quando se inspira ar frio Piora com exercício Piora com azia (refluxo) Em geral começa repentinamente. Situações de emergência: Lábios e rosto de cor azulada Nível diminuído de agilidade, como sonolência grave ou confusão, durante um ataque de asma Extrema dificuldade de respirar Pulsação rápida Ansiedade grave devido à deficiência respiratória Sudorese. Outros sintomas que podem ocorrer com essa doença: Padrão de respiração anormal Respiração para temporariamente Dor no peito Aperto no tórax. 8.5. TRATAMENTO DE ASMA Prevenção e controle são a chave para impedir que os ataques de asma comecem. As medicações de uso contínuo servem para minimizar a sensibilidade e a inflamação as quais os brônquios da pessoa asmática estão sujeitos, fazendo com que os pulmões reajam com menos intensidade aos agentes irritantes, como poeira e ácaros. Diferente dos broncodilatadores, que apenas revertem o quadro de 41 contração do brônquio, os medicamentos contínuos funcionam para evitar que essas reações aconteçam. Veja as linhas de tratamento para a asma: 8.5.1. Medicamentos contínuos Os medicamentos da asma perfeitos para o seu perfil dependem de uma série de coisas, incluindo sua idade, seus sintomas, seus gatilhos de asma e o que parece funcionar melhor para manter a sua doença sob controle. Os medicamentos preventivos de controleem longo prazo reduzem a inflamação nas vias aéreas, impedindo que os sintomas se iniciem. Os medicamentos contínuos, geralmente tomados diariamente, são a base do tratamento da asma. Eles incluem: Corticosteroides inalados: essa classe de medicamentos inclui fluticasona, budesonida, mometasona, ciclesonida, flunisolide, beclometasona e outros. Você pode precisar usar esses medicamentos durante vários dias ou semanas antes que eles atinjam o seu máximo benefício. Ao contrário de corticosteroides orais, esses medicamentos têm um risco relativamente baixo de efeitos colaterais e são geralmente seguros para uso contínuo, uma vez que agem diretamente nos pulmões, em vez de passarem primeiro pela corrente sanguínea. As inalações são feitas com inaladores portáteis, por meio de sprays ou em forma de pó – esse último inalado por meio de um instrumento próprio. O tempo de ação pode ser de quatro, 12 ou 24 horas, e o espaço entre as inalações varia conforme esse intervalo. Mais de 95% dos casos de asma podem ser controlados com o uso de corticoides Modificadores de leucotrienos: são medicamentos orais, incluindo o montelucaste, zafirlucast e zileuton. Eles podem ser encontrados em forma de comprimidos, xaropes ou sachês. Eles interferem no processo inflamatório dos pulmões, e raramente são usados de forma isolada, sendo associado ao uso de corticoides. As doses e intervalos de utilização variam conforme o caso e a associação de medicamentos que está sendo feita Beta-agonistas de longa duração: são medicamentos inaláveis, e incluem salmeterol e formoterol. Sua função é abrir as vias aéreas – ou seja, é um broncodilatador. Normalmente são usados em associação com corticosteroides – chamados assim de inaladores de combinação. Esses medicamentos não devem ser usados durante um ataque de asma Teofilina: a teofilina funciona principalmente como broncodilatador, mas 42 possui efeito anti-inflamatório, sendo também associada aos corticoides. O medicamento deve ser ministrado a cada 12 horas, e as doses também variam conforme o paciente. 8.5.2. Broncodilatadores É importante ressaltar que os broncodilatadores servem para aliviar uma crise de asma, mas não tratam a doença. Durante uma crise de asma, você tem o fechamento dos brônquios, impedindo a entrada de ar nos pulmões. Os broncodilatadores servem justamente para relaxar essa musculatura dos brônquios, permitindo que o ar entre nos pulmões novamente. Essas medicações tem início de ação rápido, gerando um alívio imediato do paciente. Há broncodilatadores de curta duração (de quatro a seis horas de ação) e de longa duração (de 12 a 24 horas de ação), mas nenhum desses é um tratamento preventivo, devendo ser associado aos medicamentos. Os broncodilatadores são usados conforme necessário para alívio rápido dos sintomas durante um ataque de asma. Se você tem asma associada ao exercício, pode ser que o médico indique usar o broncodilatador logo antes de uma série. Os broncodilatadores são ministrados com um inalador portátil ou um nebulizador, para que possam ser inalados por meio de uma máscara ou um bocal. Se você usa o broncodilatador várias vezes ao dia, é um sinal de que a sua asma está descontrolada e precisa de outras medicações. O maior risco de uma pessoa ter várias crises e usa apenas o broncodilatador é mascarar uma crise mais grave. Isso pode fazer com que você subestime a intensidade do quadro, ignorando sua gravidade e vindo a sofrer consequências alarmantes, como uma asfixia, pois o broncodilatador somente pode não dar conta da crise. Pessoas que usam ou usaram o broncodilatador mais do que três ou quatro vezes em um único dia devem procurar um pronto socorro ou ligar para seu médico, a fim de buscar formas de tratamento da doença como um todo, não apenas da crise. 8.5.3. Outros medicamentos Os corticosteroides também podem ser ministrados em versão injetável, sendo que a frequência será menor - por ser indicado para casos mais graves ou 43 conforme a indicação médica. Outro medicamento injetável é o omalizumabe, que diminui a resposta das células inflamatórias do pulmão, fazendo com ele fique menos "estressado". Ele é aplicado em média a cada 15 ou 20 dias, e podem ser muito eficaz para os casos em que as medicações não estão surtindo efeitos significativos. Ele também pode ser associado aos corticoides inalatórios, mas não é uma regra. Se a sua asma é desencadeada ou agrava por agentes alérgenos, alguns medicamentos para alergias (anti-histamínicos) podem ser indicados, geralmente ministrados por spray oral e nasal. Há também a termoplastia brônquica, usada para asma severa que não melhora com corticosteroides inalados ou outros medicamentos para asma. A termoplastia brônquica aquece o interior das vias aéreas nos pulmões com ajuda de um eletrodo, reduzindo o músculo liso no interior das vias aéreas. Isso limita a capacidade das vias aéreas de se contrair, tornando a respiração mais fácil e possivelmente reduzindo os ataques de asma. 8.5.4. Medicamentos para Asma Os medicamentos mais usados para o tratamento de asma são: Aerodini Aerolin Alenia Aminofilina Acebrofilina Androcortil Ares Asmofen Berotec Betametasona Betatrinta Bricanyl Bromidrato de Fenoterol Brondilat Celerg Celergin Celestamine Celestone Decadron Dexametasona 44 Diprospan Duoflam Flixotide Foraseq Franol Fumarato de Cetotifeno (xarope) Fumarato de Cetotifeno Ipratropio Meticorten Prednisolona Prednisona Predsim Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. 8.6. PREVENÇÃO A asma em si não pode ser prevenida, uma vez que é decorrente de uma inflamação dos brônquios sem causa aparente. Entretanto, é possível controlar as crises e ter uma qualidade de vida melhor: 8.6.1. Teste para alergias Os testes para alergias respiratórias são feitos para detectar qual é o agente causador da asma. Entram nessa lista ácaros, fungos, mofo, pelos de animais, entre outros. Com o teste, é possível evitar a exposição ao agente, prevenindo crises. Além disso, é comum que a asma esteja associada a outras doenças alérgicas, como a rinite alérgica e o eczema. Controlando os causadores dessas alergias é possível evitar crises asmáticas. 8.6.2. Não trate apenas a crise É muito importante lembrar que a asma é uma doença crônica cujo tratamento, nos casos de asma persistente, deve ser contínuo, mesmo que não 45 existam sintomas. Esse tratamento consiste no uso de corticoide inalatório diariamente, em doses que deverão ser determinadas pelo médico. O uso irregular dos medicamentos que controlam a asma é uma das causas mais comuns de crises. O paciente não deve ter receio de usar a medicação diária da asma. 8.6.3. Garanta as doses de vitamina D A carência da vitamina D está sendo relacionada a uma série de doenças do aparelho imunológico e a asma é uma delas. O papel da vitamina D na importância do tratamento da asma é recente. Estudos apontam que a deficiência do nutriente pode aumentar os riscos de doenças pulmonares mais graves em crianças. De qualquer forma, vale a pena ressaltar que a principal fonte de vitamina D é a exposiçãosolar, que dever ser feita por cerca de 15 minutos, três vezes por semana. Ovos, manteiga, iogurtes e peixes, como atum e sardinha, são fontes da vitamina. 8.6.4. Aposte na higiene Mofo, pelos de animais, insetos, ácaros e poeira domiciliar devem ser cuidadosamente eliminados. É importantíssimo que a roupa de cama seja lavada semanalmente e secada ao sol. Também é recomendado o uso de fronhas e capas de colchão antiácaros, que diminuem a possibilidade de crises. Podem ser usados até produtos de limpeza que matam os ácaros, mas nunca na presença do asmático. O carpete deve ser substituído por outros tipos de piso, tapetes devem ser retirados do quarto e umidificadores devem ser banidos, já que a umidade favorece o aparecimento de alguns alérgenos. 8.6.5. Evite cheiros fortes Velas, sprays aromatizadores e essências. Esses produtos podem até deixar sua casa perfumada, mas são um perigo para quem tem asma. Cheiros fortes e fumaça irritam as vias aéreas e podem desencadear crises de asma. Se você é ou tem algum familiar asmático, elimine todos esses produtos ou, pelo menos, opte por versões que não possuem aroma. 46 8.6.6. Invista na vacina da gripe Os vírus causadores de infecções respiratórias - entre os quais está o vírus da gripe - também inflamam as vias aéreas e podem causar crises de asma. Por isso, tomar a vacina da gripe pode ajudar a controlar a doença. Além disso, lembre- se sempre de lavar as mãos ou higienizá-las com álcool em gel, o que ajuda a prevenir-se contra o vírus. 8.6.7. Entre em forma Existem algumas evidências de pessoas asmáticas com obesidade que conseguiram controlar melhor a asma ao perder peso. Uma teoria é a de que os pulmões de indivíduos com obesidade não se expandem como deveriam, o que predispõe o estreitamento dos brônquios. A inflamação do tecido adiposo causada pela obesidade também pode afetar a musculatura das vias aéreas, aumentando a resposta inflamatória e estreitando os canais da via aérea, o que levará a uma crise asmática. Outro ponto é que os hormônios liberados pela gordura - como a leptina e a adiponectina - podem agir na árvore brônquica causando os mesmos efeitos. Uma pessoa com asma pode e deve praticar esportes, mas, para isso, a doença precisa estar controlada com o tratamento. Isso porque a desidratação das vias aéreas, em função da sudorese e do aumento constante do fluxo de ar, podem desencadear uma crise se a doença não estiver controlada. Outro mecanismo que pode levar a uma crise é o da variação de temperatura nas vias aéreas, principalmente se o ar é inspirado pela boca e atinge as vias aéreas a uma temperatura mais baixa - o que pode piorar se temperatura ambiente está mais baixa. Por outro lado, manter uma boa hidratação e exercitar-se em ambiente saudável e com temperatura adequada ajudam a tornar a prática esportiva menos perigosa. Se mesmo assim ainda ocorrerem crises de asma, um tratamento com broncodilatadores antecedendo a atividade física e indicado pelo médico tende a controlar bem os sintomas. 47 8.6.8. Cuide do pet Se o contato com animais não te faz bem, seria aconselhável, no mínimo, não tê-los na sua própria casa. Mas, se isso está fora de cogitação, pelo menos não deixe que ele entre ou durma no seu quarto. Outra medida importante é dar banho no animal pelo menos uma vez a cada duas semanas. O local em que o pet permanece a maior parte do tempo deve ser limpo toda semana. 8.6.9. Agasalhe-se É normal que, ao passar de um ambiente fechado para um externo, com ar frio, o alérgico logo apresente reações do sistema respiratório, como espirros e inchaço nasal. Por isso, o ideal é sempre sair de casa bem agasalhado e com um cachecol ou lenço cobrindo o nariz para que o ar gelado não entre em contato direto com ele. 8.6.10. Apague o cigarro Cigarro é prejudicial para todas as pessoas, mas para o alérgico ele pode ser ainda mais destrutivo. O fumo favorece a evolução de alergias respiratórias e asma. A peculiaridade do inverno em relação ao seu uso é o fato de a estação tornar ainda mais evidente essa piora, uma vez que a estação costuma ser caracterizada pelo ar seco e pela poluição concentrada. Alérgicos fumantes têm grandes chances de se tornarem futuros portadores da asma, e a permanência do hábito fará com que as crises fiquem cada vez mais fortes e mais difíceis de serem tratadas. 8.7. CURIOSIDADE Asma é uma das condições crônicas mais comuns, acometendo cerca de 235 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Estima-se que, no Brasil, cerca de 10% da população sofra com o problema. 48 9. COMO SE PREVENIR DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EM GERAL Evitar tapetes e cortinas nos quartos ou utilizar produtos com acaricida para limpeza Colchões e travesseiros devem ser encapados com protetores antiácaros e serem trocados frequentemente Não fumar dentro da residência com relação aos pais A casa deve ser regularmente ventilada e arejada, para não facilitar a proliferação de mofo e ácaros no ambiente e é aconselhado o uso de aspirador de pó e para limpeza dos móveis utilização de pano úmido, para que a poeira não se levante no ar causando uma crise alérgica. Alergias Respiratórias não tem cura, porem existe controle e prevenção para o contato dos alergenos causadores, e a melhor forma é se manter distante deles. 49 ANEXOS MÉDICO DE JUNDIAÍ COMPROVA EFICÁCIA DE VACINA PARA RINITE Quem sofre como rinite sabe bem os incômodos que a doença traz. Com o tempo, a eficácia de alguns remédios cai, e é preciso procurar novas alternativas para tratar da alergia. A boa notícia é que agora há uma vacina que promete reduzir os sintomas da doença. O médico pesquisador da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Edmir Américo Lourenço, que é doutor e mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) comprovou a eficácia do tratamento a partir de um estudo publicado na revista brasileira editada em língua inglesa "International Archives of Otorhinolaryngology", que destaca trabalhos científicos de otorrino no Brasil e no exterior. O trabalho foi feito com 281 pacientes com mais de três anos de idade, em Jundiaí. Professor titular da disciplina de otorrinolaringologia da faculdade, ele estuda sobre o tema desde 1980 e afirma que encontrou um tratamento de longo prazo para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas utilizando uma vacina específica para cada indivíduo. Segundo a pesquisa, em cerca de 80% dos pacientes testados os sintomas desapareceram, porém o paciente não deixa de ser alérgico. O pesquisador, que possui mais de 80 estudos publicados, dedicou a vida profissional ao tratamento das doenças respiratórias quando decidiu analisar o prontuário de centenas de pacientes. O procedimento mostra bons resultados quando o tratamento é feito até o fim. Nos primeiros passos da pesquisa, foram feitos testes na pele para saber quais são as causas da alergia. De acordo com o resultado, é feita uma vacina individual e específica em laboratório especializado para cada paciente. Atualmente, o tratamento está disponível somente em clínicas particulares. O custo é de um pouco mais de R$ 1,5 mil. Tratamento O tratamento de imunoterapia é indicado quando o paciente tem testes alérgicos positivos e não consegue controlar suas alergias por outros meios. Ela 50 deve ser feita juntamente com outros procedimentos, como controle ambiental (para evitar os agentes causadores da alergia), medicação profilática ou preventiva (para evitar crises) e medicamentos de crise (para controlar sintomas).
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