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Introdução As doenças respiratórias são enfermidades que atingem os órgãos e as estruturas do sistema respiratório, ou seja, vias nasais, faringe, laringe, brônquios, traqueia, diafragma, pulmões e alvéolos pulmonares. Esses distúrbios causam inflamações e irritação na região respiratória, além de provocarem a obstrução das vias aéreas, de forma a dificultar a passagem do ar e impedir a respiração completa. Existem doenças respiratórias que são de fácil tratamento, enquanto outras são ou se tornam crônicas, precisando de acompanhamento por um longo período ou até mesmo por toda a vida. Algumas doenças respiratórias acometem ou começam apenas nos pulmões, enquanto outras podem se espalhar ou iniciar em outras partes do sistema respiratório, como nariz ou traqueia. Objetivos O relatório tem o objetivo de expor as principais patologias respiratórias, elencando seus principais pontos como o que é, causas, sintomas, classificações, cuidados, tratamento e diagnóstico. Podendo assim compreender seus contextos gerais. Discursão - Principais patologias Asma É uma doença inflamatória crônica muito comum em crianças. Ainda não tem cura conhecida, contudo, é possível ter uma vida normal e saudável ao seguir o tratamento adequado e tomar alguns cuidados no dia a dia. Inclusive, os sintomas podem desaparecer ao longo do tempo. Causas - Existem diversos fatores que potencializam o aparecimento da asma e podem agravar os sintomas — em especial, agentes ambientais e genéticos. Estamos nos referindo à exposição a partículas de poeira, ácaros e fungos, além de variações no clima, umidade, temperaturas baixas, histórico familiar, má formação na região respiratória, obesidade, sedentarismo, excesso de atividades físicas, entre outros. Sintomas – Chiado ao respirar, o aperto no peito, a tosse seca e a respiração curta e rápida. Esses sinais tendem a ser mais intensos em determinados períodos do dia, como à noite e durante as primeiras horas da manhã. Pode desencadear: o insônia e ansiedade; o alterações permanentes na estrutura e no funcionamento dos pulmões; o tosse persistente; o necessidade de uso de aparelhos de ventilação para respirar; o hospitalização e internação; o morte, em casos mais graves. Classificação asma alérgica: é desencadeada por agentes alérgenos, como pólen, poeira, mofo e produtos químicos; asma não alérgica: não é causada por agentes alérgenos. Os principais gatilhos são o ar seco, o clima frio, o cigarro, o estresse, entre outros. Bronquite É uma grave inflamação nos brônquios, vias aéreas responsáveis por transportar o oxigênio até os pulmões. Desse modo, o espaço para a passagem de ar fica menor e a respiração se torna difícil e cansativa. Sintomas - falta de ar, irritação na garganta, tosse com secreção, chiado, dores no peito e dificuldade para respirar. Eles podem aparecer durante crises, geralmente associados a gripes e resfriados. Alguns indivíduos são mais suscetíveis a desenvolver tal distúrbio, como as crianças e os idosos. Classificação bronquite aguda: processo inflamatório agudo causado por vírus, que costuma estar associado a um processo infeccioso viral ou bacteriano; bronquite crônica: processo inflamatório secundário dos brônquios, geralmente ligado à poluição, ao uso de cigarro ou a um processo alérgico (a chamada bronquite asmática). Sinusite Consiste em uma inflamação que acomete a mucosa dos seios da face, área do crânio composta por cavidades ósseas, localizadas na região ao redor do nariz, das maçãs do rosto e dos olhos. Ela pode aparecer de maneira secundária em resposta a uma infecção, alergia ou outra doença que dificulte a drenagem de secreção dos seios da face. Causas - agentes infecciosos: bactérias, fungos e vírus; fatores alérgicos: poeira, choque térmico, exposição a agentes químicos etc. Sintomas - obstrução nasal com secreção, a pressão ou dor facial, a diminuição ou perda do olfato, a dor de ouvido, a dor no maxilar superior e dentes, a tosse, a garganta inflamada, as náuseas, entre outros. Classificação aguda: os sintomas duram por menos de 12 semanas; crônica: os sintomas são latentes e costumam durar mais de 12 semanas. Rinite Irritação associada à inflamação infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa interna do nariz. Ela é classificada em 2 modalidades, dependendo da duração dos sintomas: • rinite aguda — sintomas duram entre 7 a 10 dias; • rinite crônica — sintomas constantes, que duram por meses. https://conteudo.omronbrasil.com/estresse-e-pressao-alta/ Causas - Decorrente do contato com vírus e bactérias e da exposição a alérgenos, como ácaros, poeira domiciliar, fungos, epitélio, urina e saliva de animais, fumaça do cigarro, substâncias voláteis e produtos químicos e de limpeza. Sintomas – irritação, entupimento e coriza no nariz, coceira e ardor nos olhos, espirros e lacrimejamento. Tipos • rinite alérgica — reação causada devido à exposição a substâncias alérgicas; • rinite não alérgica — não tem relação com o sistema imunológico; • rinite mista — quando há mais de um agente causador, como bactérias e vírus. Alergias É uma reação exagerada provocada pelo sistema imunológico diante do contato com determinadas substâncias, conhecidas como agentes alérgenos. Porém, nem todas as pessoas apresentam sensibilidade a eles. Embora tais fontes causadoras de alergia sejam inofensivas para a maioria das pessoas, alguns indivíduos têm predisposição genética a desenvolver quadros alérgicos, logo, estão mais suscetíveis ao entrar em contato com os agentes. Tuberculose Chamada também de tísica pulmonar, a tuberculose é uma doença infecciosa e altamente contagiosa. Esse distúrbio, que afeta principalmente os pulmões, pode atingir também os rins, a pele, os ossos, os gânglios e outros tecidos em menor grau. Os episódios são contados desde tempos antigos, cuja infestação da doença costumava contagiar muitas pessoas. Causas A contaminação se dá por meio de correntes de ar, tosse, espirro, contato próximo com doentes e, até mesmo, devido à presença em um cômodo que apresenta os bacilos. Afinal, as partículas contagiosas podem permanecer no ambiente por um grande período, especialmente quando se trata de um local pouco ventilado. Algumas pessoas estão mais vulneráveis ao contágio pela tuberculose, principalmente aquelas que apresentam um quadro de deficiência no sistema imunológico e baixa resistência. É o caso dos soropositivos, diabéticos, fumantes e dependentes químicos. Em geral, os indivíduos que se encaixam em algum desses grupos têm as defesas orgânicas reduzidas e pouco ativas. Sintomas – Tosse seca ou com eventual catarro esverdeado e sangue, falta de apetite, emagrecimento repentino, suor noturno constante e febre baixa, que é mais comum no fim da tarde. De todo modo, o mais prudente é ficar atento aos casos de tosse persistente, principalmente quando, mesmo com a medicação adequada, ela continua e dura por várias semanas. Diagnóstico - Se dá por meio da análise de como o indivíduo adoeceu e por exame clínico, como a baciloscopia, a cultura do escarro e o raio-x do tórax. Em quadros mais graves, o médico pode solicitar a biópsia dos órgãos acometidos pela doença. Pneumonia É uma grave infecção que atinge os pulmões, mas a doença pode acometer também os alvéolos pulmonares e os interstícios. A enfermidade é provocada pela entrada do agente infeccioso no espaço alveolar, bactérias, vírus, fungos, reações alérgicas etc. Em regra, a pneumonia não é uma doença contagiosa nem transmissível para outras pessoas. Contudo, é possível contrair a doença por meio do simples contato nos casos em que o indivíduo apresente o sistema imunológico fraco por causa de quadros como câncer, desnutrição, HIV e, até mesmo, estresse. Classificação o pneumonia viral: a infecção é causada por vírus. Quando eles são aspirados, chegam até os pulmõese provocam inflamação nos alvéolos (estruturas pulmonares responsáveis por efetuar o transporte do oxigênio para o sangue); o pneumonia bacteriana: o sistema imunológico fraco não consegue neutralizar o ataque de bactérias (geralmente elas se encontram no nariz, na boca, na garganta, na pele e no sistema digestivo); o pneumonia química (pneumonite): é causada pela respiração e consequente inalação de substâncias que são agressivas para os alvéolos e o pulmão, como a fumaça, os agrotóxicos e os demais produtos químicos; o pneumonia por fungos: é o tipo mais agressivo. Essa enfermidade costuma acometer pacientes que vivem com doenças crônicas, como pessoas com HIV ou câncer. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) É um problema progressivo e irreversível, afetando principalmente os pulmões e destruindo os alvéolos pulmonares. A principal característica dessa doença é a destruição total do órgão. Ela pode aparecer em pessoas de mais idade ou em quem já teve tuberculose. Sintomas - Se assemelham aos encontrados na bronquite crônica e no enfisema pulmonar, principalmente com relação à queixa de falta de ar. Por isso, é muito importante se consultar com um médico caso sinta alguns dos problemas encontrados em cada uma dessas doenças. Enfisema pulmonar É uma doença que resulta na destruição gradativa dos tecidos pulmonares que, como consequência, faz com que eles fiquem hiperinsuflados, portanto, distendidos. Classificação o enfisema centrilobular ou centroacinar — é o modelo mais comum da doença e é comumente ocasionado por uma longa exposição e uso do tabaco; o enfisema paraseptal ou enfisema acinar distal — ocorre com o aparecimento de várias bolhas na pleura (membrana que envolve o pulmão); o enfisema panacinar ou enfisema panlobular — ocorre a disfusão entre os ductos alveolares e os alvéolos. Câncer de pulmão É um dos tumores malignos mais comuns, sendo que sua incidência no mundo todo vem aumentando 2% a cada ano. A mortalidade por esse tipo de neoplasia é muito elevada e o prognóstico está relacionado à fase em que é diagnosticado. Causas O principal fator de risco para o aparecimento dessa neoplasia é o tabagismo. Atualmente, este último corresponde a 90% dos casos desse tumor. É mais comumente observado em homens do que em mulheres; todavia, o número de casos em mulheres está aumentando, enquanto o número de casos em homens está diminuindo. Esta neoplasia também pode ser causada por certos produtos químicos, como: arsênico, berílio, asbesto, radônio, níquel, cromo, cádmio e cloreto de vinila, especialmente observados em ambiente ocupacional. Outros fatores relacionados ao surgimento desse tumor são os dietéticos, genéticos, histórico da DPOC e histórico de câncer de pulmão na família. Principais causas gerais de patologias respiratórias Infecções virais, cigarro, ácaros da poeira doméstica, pólen, ambiente seco, falta de hidratação, fatores genéticos, além de: Poluição do ar - A má qualidade do ar exerce influência direta no aparecimento das doenças respiratórias. O dióxido e o monóxido de carbono, gases poluentes originários da queima de combustíveis fósseis, quando inalados, podem causar diversos distúrbios pulmonares. Medicamentos - Algumas interações medicamentosas podem apresentar efeitos colaterais nos pacientes e acabam desencadeando reações alérgicas que prejudicam as vias respiratórias e os pulmões. Fungos - Os fungos estão presentes em suspensão no ar, em ambientes úmidos, fechados e até mesmo em cômodos pouco ventilados — armários, malas, porões, banheiros, cozinhas, azulejos e outros locais. Esses pequenos organismos provocam alergias e são responsáveis por desencadear episódios de rinite, bronquite, asma e até mesmo pneumonia. Baratas - A barata doméstica é um famoso agente aeroalérgeno que vive em ambientes de clima temperado ou tropical. Esse inseto provoca alergias e, em alguns casos, desencadeia o surgimento de doenças mais graves, como a asma. Animais - Os pelos, a saliva e a urina de animais de estimação são agentes alérgenos muito comuns. Quando o indivíduo é mais sensível e apresente predisposição ao surgimento de reações alérgicas. Baixa circulação de ar - Lugares fechados também são ótimos ambientes para a proliferação de bactérias que, eventualmente, podem se instalar nas pessoas que frequentam aquele lugar. Produtos químicos - Podem causar crises alérgicas ou de asma, por isso é importante escolher produtos neutros ou que você já tenha a certeza de que não causem efeito negativo aos moradores da sua casa. Alguns cuidados o Lavar bem as mãos É importante lavar as mãos com sabonete antisséptico e antibactericida. Afinal, a maioria das doenças respiratórias surge quando os agentes entram em contato com as vias aéreas, ao levarmos as mãos ao rosto ou manusearmos produtos sujos e contaminados, por exemplo. Muitos vírus e bactérias são transmitidos indiretamente pelas mãos e acabam contaminando o nariz, a boca e o trato respiratório. Utilize álcool em gel quando não puder lavá-las. Quanto mais asseado você for, menores serão as chances de os sintomas alérgicos aparecerem. o Vacinação As pessoas que apresentam um quadro de doença respiratória crônica (grupo de risco) devem dar mais atenção à vacinação. Doenças crônicas que são amenizadas ou evitadas por meio da vacinação: pneumonia; bronquiectasia; fibrose cística; doenças intersticiais do pulmão; displasia broncopulmonar; hipertensão arterial pulmonar. o Não fume O tabagismo propicia o surgimento de infecções e problemas na respiração, causando inflamação nas vias aéreas, irritação na mucosa e a redução dos mecanismos de proteção. De fato, o cigarro é extremamente prejudicial para os tecidos que compõem o sistema respiratório, podendo provocar câncer de pulmão e outras complicações agudas. o Hidrate-se Manter a hidratação do corpo também ajuda na prevenção de gripes e resfriados, bem como no surgimento das consequentes alergias e doenças respiratórias. Portanto, beba bastante água, chás, sucos e isotônicos. o Alimentação Alguns alimentos são responsáveis por manter o sistema imunológico forte e evitar a queda da imunidade. Eles contêm carotenoides, cálcio, vitamina C, vitamina B5, quercetina e magnésio, substâncias anti-inflamatórias e bronco dilatadoras que evitam o surgimento de doenças respiratórias. Confira alguns exemplos: cebola; couve; abacate; https://conteudo.omronbrasil.com/alimentos-para-hipertensao/ brócolis; laranja; salsa; maçã; alho. o Inalação e a vaporização Promovem a hidratação das vias aéreas e garantem que a passagem de ar seja realizada de forma adequada. A vaporização é uma técnica que consiste no aquecimento da água para formar um vapor, o qual será inalado pelo paciente com o objetivo de hidratar e desobstruir os canais respiratórios. Por sua vez, a inalação ou nebulização é uma técnica que envolve a inalação de oxigênio comprimido misturado com soro fisiológico, com o propósito de desobstruir as vias nasais. Esse mecanismo é bastante adotado nos casos em que o paciente já está com as vias respiratórias debilitadas. o Lavagem do nariz Procure fazer uma lavagem do seu nariz utilizando soro fisiológico, assim ele sempre estará limpo e livre de bactérias e outros organismos que podem fazer mal. Em crianças, esse cuidado deve ser mais atencioso, já que é comum que elas brinquem com terra ou brinquedos sujos e acabem tocando o nariz. Diagnóstico Existem alguns exames físicos, laboratoriais e de imagem que são solicitados pelo médico com o objetivo de descobrir e conhecer o nível de gravidade das doenças respiratórias. São eles: raio-x do peito; teste da função pulmonar; tomografia computadorizada; cultura dos micro-organismos de secreções; broncoscopia; biópsia do pulmão ou pleura; ultrassonografia para detectar fluidos,como efusão pleural; testes de alergias; exames de função pulmonar (espirometria). Além disso, a investigação clínica também é feita na consulta. O médico apura se o paciente, por exemplo: apresenta histórico familiar de doenças respiratórias, já sofreu outros episódios recorrentes de falta de ar e chiado no peito etc. https://conteudo.omronbrasil.com/como-funciona-um-nebulizador/ A partir daí, o especialista terá condições de fazer um diagnóstico mais exato e preciso sobre a condição do paciente. Assim, ele poderá prescrever a medicação e o tratamento mais adequado, conforme cada caso. Tratamentos As principais terapias que aliviam e restauram as funções do sistema respiratório: • fisioterapia; • vacinação; • inalação com oxigênio e soro fisiológico; • ventilação mecânica e líquida; • radioterapia; • cirurgia, em casos mais graves; É importante ter em mente que, nos casos de doenças crônicas, o tratamento auxiliará na redução ou eliminação dos sintomas. Sendo assim, será necessário um tratamento prolongado para que ou a doença seja eliminada do organismo ou para que não se tenha crises mais fortes futuramente. Conclusão As principais doenças respiratórias se dão de muitas formas, porém com alguns cuidados diários com a nossa saúde pode diminuir seu impacto ou evitar seu contágio. E apesar de alguns quadros serem considerados crônicos, e da possibilidade de ser fatal, o paciente, de modo geral, consegue levar uma vida normal. Referências https://www.infoescola.com/doencas/doencas-respiratorias/ https://conteudo.omronbrasil.com/doencas-respiratorias/ https://www.infoescola.com/doencas/doencas-respiratorias/ https://conteudo.omronbrasil.com/doencas-respiratorias/
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