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Brasília-DF. Controle, Medição e Proteção do SiSteMa elétriCo Elaboração Rodrigo Paduan Mendonça Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração Sumário APrESEntAção ................................................................................................................................. 5 orgAnizAção do CAdErno dE EStudoS E PESquiSA .................................................................... 6 introdução.................................................................................................................................... 8 unidAdE i O SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES ............................................................................................. 9 CAPítulo 1 O SURgIMENTO DO SISTEMA MéTRICO INTERNACIONAL (SI) ...................................................... 9 unidAdE ii gRANDEzAS ELéTRICAS E SUAS UNIDADES............................................................................................ 11 CAPítulo 1 gRANDEzAS bASE E DERIvADAS DO SI .................................................................................... 11 CAPítulo 2 ESCALA E UNIDADES DE MEDIDA fORA DO SI ......................................................................... 16 unidAdE iii MEDIDAS ELéTRICAS ............................................................................................................................ 19 CAPítulo 1 INTRODUçãO àS MEDIDAS ELéTRICAS .................................................................................... 19 CAPítulo 2 OS INSTRUMENTOS DE MEDIçãO ............................................................................................ 21 CAPítulo 3 MEDINDO AS pRINCIpAIS gRANDEzAS ELéTRICAS EM CC ....................................................... 33 CAPítulo 4 MEDIDA DAS pRINCIpAIS gRANDEzAS ELéTRICAS EM CA ......................................................... 44 unidAdE iV TRANSfORMADORES pARA INSTRUMENTOS E DISpOSITIvOS DE pROTEçãO E CONTROLE ....................... 47 CAPítulo 1 TRANSfORMADORES DE pOTENCIAL ....................................................................................... 47 CAPítulo 2 TRANSfORMADORES DE CORRENTE ....................................................................................... 54 CAPítulo 3 DISpOSITIvOS DE COMANDO E pROTEçãO ............................................................................ 60 rEfErênCiAS .................................................................................................................................. 77 5 Apresentação Caro aluno A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD. Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo. Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira. Conselho Editorial 6 organização do Caderno de Estudos e Pesquisa Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares. A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos e Pesquisa. Provocação Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor conteudista. Para refletir Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões. Sugestão de estudo complementar Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso. Atenção Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a síntese/conclusão do assunto abordado. 7 Saiba mais Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões sobre o assunto abordado. Sintetizando Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos. Para (não) finalizar Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado. 8 introdução Ao realizar o estudo desta disciplina o aluno deverá ser capaz de analisar e interpretar, em âmbito interdisciplinar, os problemas suscitados nas áreas de sistemas elétricos e de eletrônica. Para tal, deverá ter uma percepção objetiva da realidade, conhecimento atualizado nas áreas mencionadas, combinando, da melhor forma possível, fundamentos teóricos e habilidades para desenvolver o raciocínio abstrato. As competências adquiridas devem ser aplicáveis também às situações de incerteza, estimulando a sua atuação crítica e criativa para identificar e resolver problemas. Esta disciplina irá abranger de forma introdutória os sistemas de medição, controle e proteção utilizados em circuitos elétricos de corrente contínua e/ou corrente alternada. objetivos » Promover ao aluno a oportunidade de adquirir senso crítico da importância do sistema internacional de medidas. » Analisar os conceitos relativos de medição de grandezas elétricas. » Compreender toda a teoria apresentada, tendo como um enfoque prático nas questões relacionadas à identificação dos principais medidores de grandeza elétrica. » Qualificar, os alunos para execução de atividades referentes aos dispositivos de medição, controle e proteção capacitando-os a mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficaz das atividades requeridas no exercício de suas funções. 9 unidAdE i o SiStEMA intErnACionAl dE unidAdES CAPítulo 1 o surgimento do Sistema Métrico internacional (Si) Desde o princípio dos tempos a necessidade básica de realizar medidas estava presente no dia a dia de qualquer civilização. Sem uma padronização internacional até então criada, cada civilização teve o seu próprio sistema de medidas, medidas estas que utilizavam unidades arbitrárias e imprecisas como, por exemplo, aquelas fundadas no corpo humano: palmo, pé, polegada, braça, côvado etc. Como cada povo utilizava o seu sistema de medidas, podemos imaginar o grande problema gerado para o comércio entre civilizações de regiões distintas, pois cada uma estava familiarizada apenas com o seu sistema. Sendo assim, o simples fato de realizar uma compra ou venda de um produto qualquer gerava enorme transtorno, pois as quantidades eram expressas em unidadesde medidas diferentes e não se correspondiam. figura 1. fonte: <http://www.historiadigital.org/curiosidades/7-fatos-ligados-crise-do-feudalismo/>. A partir do século XII, a crise do feudalismo, contribuiu para que mudanças políticas e econômicas ocorressem. Uma dessas grandes mudanças foi a constituição dos Estados 10 UNIDADE I │ O SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES Nacionais, os quais tinham por características marcantes a criação de um idioma nacional para uma melhor comunicação entre as pessoas; e a padronização de pesos e medidas, facilitando assim o comércio para a crescente burguesia mercantil. Outra grande mudança que ajudou na consolidação da necessidade da criação de uma padronização dos até então sistemas de medida foi a Revolução Científica do Século XVII, a qual marcou os avanços nos pensamentos sobre o mundo. Somente em 1790, uma onda de pensamentos e propostas de criação de uma legislação metrológica foi enviada à Assembleia Nacional. Sendo assim, em 1799 foi apresentado ao mundo o Sistema Métrico Decimal, um projeto pioneiro e sem precedentes àquela época, coordenado pela Academia de Ciências da França com o intuito de estabelecer os parâmetros de um sistema de medições, único e coerente, com extensão mundial. Mais tarde, com a consolidação deste sistema, diversos outros países vieram a aderi-lo como padrão, inclusive o Brasil em 20 de maio de 1875. Para uma maior compreensão, o Sistema Métrico Decimal adotou as seguintes unidades essenciais de medida: » O Metro (Distância). » O Quilograma (Peso). » O Segundo (Tempo). Com a inevitável evolução científica e tecnológica, ao longo dos anos, medições cada vez mais precisas e variadas se tornaram comum, fazendo com que o Sistema Métrico Decimal sofresse diversas revisões com o intuito de implementar novas unidades básicas de medida. Até que, em 1960, essas diversas e constantes alterações consolidaram o Sistema Internacional de Unidades (SI), mais complexo e sofisticado. O SI foi adotado também pelo Brasil em 1962, e ratificado pela Resolução no 12 (de 1988) do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Conmetro, tornando-se de uso obrigatório em todo o território nacional. A grande vantagem do SI, é que ele não é estático, de modo a acompanhar as crescentes exigências mundiais demandadas pelas medições em todos os níveis de precisão, em todos os campos da ciência, da tecnologia e das atividades humanas. Para mais informações sobre a Crise do Feudalismo, acesse: <http://www. cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/10015008102012Historia_ Medieval_II_Aula_08.pdf>. Para mais informações sobre a Revolução Científica do Século XVII, acesse: <file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/111-414-1-PB.pdf>. 11 unidAdE iigrAndEzAS ElétriCAS E SuAS unidAdES CAPítulo 1 grandezas base e derivadas do Si o Sistema internacional de Medidas e suas unidades O Sistema Internacional (SI) é composto basicamente por 7 (sete) unidades básicas de medidas, as quais foram listadas abaixo. Estas unidades são referências que possibilitam a definição das unidades de medida do SI. Sabemos que a evolução científica e o constante aperfeiçoamento das técnicas de medição, são inevitáveis, fazendo com que periodicamente as definições das medidas sejam revisadas e melhoradas. Portanto, quanto mais reais forem os métodos aplicados no processo de medição, maior deve ser o cuidado na utilização das unidades de medida presentes no SI. Quadro 1. Grandeza Unidade, símbolo: definição da unidade Comprimento Metro, [m]: o metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 do segundo. Assim, a velocidade da luz no vácuo, c0, é exatamente igual a 299 792 458 m/s. Massa Quilograma, [kg]: o quilograma é a unidade de massa, igual à massa do protótipo internacional do quilograma. Assim, a massa do protótipo internacional do quilograma, m(К), é exatamente igual a 1kg. Tempo Segundo, [s]: O segundo é a duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133. Assim, a frequência da transição hiperfina do estado fundamental do átomo de césio 133, ν(hfs Cs), é exatamente igual a 9 192 631 770 Hz. Corrente Elétrica Ampere, [A]: O ampere1 é a intensidade de uma corrente elétrica constante que, mantida em dois condutores paralelos, retilíneos, de comprimento infinito, de seção circular desprezível, e situados à distância de 1 metro entre si, no vácuo, produziria entre estes condutores uma força igual a 2 × 10-7 newton por metro de comprimento. Assim, a constante magnética, μ0 , também conhecida como permeabilidade do vácuo, é exatamente igual a 4π × 10-7 H/m. 12 UNIDADE II │ GrANDEzAs ElétrIcAs E sUAs UNIDADEs Grandeza Unidade, símbolo: definição da unidade Temperatura Termodinâmica Kelvin, [K]: o kelvin, unidade de temperatura termodinâmica, é a fração 1/273,16 da temperatura termodinâmica no ponto tríplice da água. Assim, a temperatura do ponto tríplice da água, Tpta, é exatamente igual a 273,16 K. Quantidade de Substância Mol, [mol]: 1. O mol é a quantidade de substância de um sistema contendo tantas entidades elementares quantos átomos existem em 0,012 quilograma de carbono 12. 2. Quando se utiliza o mol, as entidades elementares devem ser especificadas, podendo ser átomos, moléculas, íons, elétrons, assim como outras partículas, ou agrupamentos especificados dessas partículas. Assim, a massa molar do carbono 12, M (12C), é exatamente igual a 12 g/mol. Intensidade Luminosa Candela, [cd]: A candela é a intensidade luminosa, numa dada direção, de uma fonte que emite uma radiação monocromática de frequência 540 × 1012 hertz e cuja intensidade energética nessa direção é 1/683 watt por esterradiano. Assim, a eficácia luminosa espectral, K, da radiação monocromática de frequência 540 × 1012 Hz é exatamente igual a 683 lm/W. fonte: próprio autor. Conforme apresentado acima, as grandezas de base, que correspondem às sete unidades de base, são: » Comprimento. » Massa. » Tempo. » Corrente elétrica. » Temperatura termodinâmica. » Quantidade de substâncias. » Intensidade luminosa. As grandezas de base e as unidades de base se encontram listadas, juntamente com seus símbolos, na tabela a seguir: Quadro 2. Grandeza de base Símbolo Unidade de base Símbolo Comprimento l, h, r, x metro m Massa m quilograma kg Tempo, duração t segundo s Corrente elétrica I, i ampere A Temperatura termodinâmica T kelvin K Quantidade de substância n mol mol Intensidade luminosa I v candela cd fonte: próprio autor. 13 Grandezas elétricas e suas unidades │ unidade ii As grandezas derivadas são descritas como o produto de potências de unidades base e são medidas através das unidades derivadas. Abaixo, listamos exemplos de grandezas e unidades derivadas. Quadro 3. Grandeza derivada Símbolo Unidade derivada Símbolo área A metro quadrado m2 volume V Metro cúbico m3 velocidade υ Metro por segundo m/s aceleração a Metro por segundo ao quadrado m/s2 número de ondas Inverso do metro m-1 massa específica ρ Quilograma por metro cúbico kg/m3 densidade superficial ρA Quilograma por metro quadrado Kg/m 2 volume específico υ Metro cúbico por quilograma m3/kg densidade de corrente j Ampere por metro quadrado A/m2 campo magnético H Ampere por metro A/m concentração c Mol por metro cúbico mol/m3 concentração de massa ρ, γ Quilograma por metro cúbico kg/m3 Luminância L v Candela por metro quadrado cd/m2 índice de refração n um 1 permeabilidade relativa µ r um 1 fonte: próprio autor. Note que o índice de refração e a permeabilidaderelativa são exemplos de grandezas adimensionais, para as quais a unidade do SI é o número um (1), embora esta unidade não seja escrita. Algumas unidades derivadas recebem nome especial, sendo este simplesmente uma forma compacta de expressão de combinações de unidades de base que são usadas frequentemente. Então, por exemplo, o joule, símbolo J, é por definição, igual a m2 kg s-2. Existem atualmente 22 nomes especiais para unidades aprovados para uso no SI, que estão listados a seguir. Quadro 4. Grandezas Derivadas Nome da Unidade Derivada Símbolo da Unidade Expressão em termos de outras unidades Ângulo plano radiano rad m/m = 1 Ângulo sólido esterradiano sr m2/m2 = 1 Frequência hertz Hz s-1 Força newton N m kg s-2 Pressão, tensão pascal Pa N/m2 = m-1 kg s-2 Energia, trabalho, quantidade de calor joule J N m = m2 kg s-2 Potência, fluxo de energia watt W J/s = m2 kg s-3 14 UNIDADE II │ GrANDEzAs ElétrIcAs E sUAs UNIDADEs Grandezas Derivadas Nome da Unidade Derivada Símbolo da Unidade Expressão em termos de outras unidades Carga elétrica, quantidade de eletricidade Coulomb C s A Diferença de potencial elétrico volt V W/A = m2 kg s-3 A-1 Capacitância farad F C/V = m-2 kg-1 s4 A2 Resistência elétrica ohm Ω V/A = m2 kg s-3 A-2 Condutância elétrica siemens S A/V = m-2 kg-1 s3 A2 Fluxo de indução magnética weber Wb V s = m2 kg s-2 A-1 Indução magnética tesla T Wb/m2 = kg s-2 A-1 Indutância henry H Wb/A = m2 kg s-2 A-2 Temperatura Celsius Graus Celsius oC K Fluxo luminoso lumen lm cd r = cd Iluminância lux lx lm/m2 = m-2 cd Atividade de um radionuclídeo becquerel Bq s-1 Dose absorvida, energia específica (comunicada), kerma gray Gy J/kg = m2 s-2 equivalente de dose, equivalente de dose ambiente sievert Sv J/kg = m2 s-2 atividade catalítica katal kat s -1 mol fonte: próprio autor. Conforme podemos observar na tabela acima, as grandezas derivadas Hertz e becquerel são expressas como o inverso do segundo, no entanto, o hertz é empregado somente para fenômenos cíclicos tais como a frequência, e o becquerel para processos estocásticos no decaimento radioativo. A grandeza temperatura Celsius t é relacionada com a temperatura termodinâmica T pela equação t/ oC = T/K – 273,15. Os quatro últimos nomes especiais das unidades derivadas acima apresentadas foram adotados especificamente para resguardar medições relacionadas à saúde humana. Ao analisar o conteúdo acima exposto, podemos concluir que o Sistema Internacional de Medidas determina somente uma unidade para cada grandeza, embora possa haver condições onde ela será expressa de diferentes maneiras, através do uso de nomes especiais. Ou seja, uma mesma unidade de medida pode ser utilizada para demonstrar os valores de várias grandezas diferentes. Abaixo um exemplo: » A unidade SI para a relação J/K pode ser usada para expressar tanto o valor da capacidade calorífica como da entropia. 15 Grandezas elétricas e suas unidades │ unidade ii As grandezas normalmente estipuladas como a razão entre duas grandezas de mesma natureza são chamadas de: grandezas adimensionais ou grandezas de dimensão um. Contudo, não se escreve um (1) na unidade de medida para grandezas adimensionais. » Como exemplo, podemos dizer que o índice de refração é a razão entre duas velocidades, sendo assim uma grandeza adimensional. 16 CAPítulo 2 Escala e unidades de medida fora do Si A escala no Sistema internacional de Medidas Com a finalidade de expressar os valores das grandezas foi criado um grupo de prefixos a ser adotado para uso juntamente com as unidades do SI. Estes prefixos podem ser utilizados com qualquer unidade de medida presente no sistema internacional de medidas. Abaixo podemos conferir os prefixos adotados: Quadro 5. Fator Nome Símbolo Fator Nome Símbolo 101 Deca da 10-1 deci d 102 Hecto h 10-2 centi c 103 Quilo k 10-3 mili m 106 Mega M 10-6 micro µ 109 Giga G 10-9 nano n M Tera T 10-12 pico p 1015 Peta P 10-15 femto f 1018 Exa E 10-18 atto a 1021 Zetta Z 10-21 zepto z 1024 yotta Y 10-24 yocto y fonte: próprio autor. Para usarmos os prefixos de forma correta devemos primeiramente inserir o nome do prefixo e logo em seguida o da unidade utilizada, fazendo assim uma combinação e formando uma palavra única, não diferente disto, os símbolos devem ser escritos sem espaços para formar um único símbolo. Por exemplo, pode-se escrever: » Quilômetro, km = 103 [m]. » Microvolt, µV = 10-6 [V]. » Femtosegundo, fs = 10-15 [s]. É importante ressaltar que a utilização dos prefixos é totalmente adequada, pois evita a necessidade do uso de fatores 10n, para simplificar os valores de grandezas muito grandes 17 Grandezas elétricas e suas unidades │ unidade ii ou pequenas. Por exemplo, a espessura de um fio de cabelo é mais convenientemente expressa em micrometros, µm, do que em metros, 10-nm, e a distância entre São Paulo e Manaus é mais convenientemente expressa em quilômetros, km, do que em metros, 10nm. Na contramão do que foi acima descrito, o quilograma, kg, por razões históricas é considerado uma exceção, pois sua unidade base já inclui um prefixo. Os múltiplos e os submúltiplos do quilograma são escritos combinando-se os prefixos com o grama: logo, escreve-se miligrama, mg, e não microquilograma, µkg. As unidades fora do padrão Si O SI se tornou um sistema de unidades assumido mundialmente, tendo esta característica como uma grande vantagem. No entanto, existem as unidades de medida não-SI, ou seja, que não estão presentes e consideradas “não-oficiais”, mas que são definidas em termos de unidades SI. Portanto, é extremamente aconselhável que a utilização das unidades SI seja empregada em todos os campos da ciência, tecnologia entre outros. Na Inglaterra e no Reino Unido, o sistema é conhecido como Sistema Inglês (English System), já nos Estados Unidos e em outros países como Imperial System. A expressão norte-americana English Unit (unidade inglesa) inclui as unidades imperiais bem como várias outras unidades utilizadas nos Estados Unidos, tais como o galão dos Estados Unidos (o “galão de vinho” da rainha Ana) e o alqueire estadunidense (o “alqueire de Winchester”). Abaixo listamos algumas unidades não-SI largamente utilizadas em nosso dia a dia: Quadro 6. Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI Tempo Minuto Min 1 min = 60 s Hora h 1 h = 3600 s Dia d 1 d = 86400 s Volume Litro L ou l 1 L = 1 dm3 Massa Tonelada t 1 t = 1000 kg Energia Elétronvolt eV 1 eV = 1,602 x 10-19 J Pressão Bar bar 1 bar = 100 kPa Milímetro de mercúrio mmHg 1 mmHg = 133,3 Pa Comprimento Angstrom2 Å 1 Å = 10-10 m Milha náutica M 1 M = 1852 m 18 UNIDADE II │ GrANDEzAs ElétrIcAs E sUAs UNIDADEs Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI Força Dina dyn 1 dyn = 10-5 N Energia Erg erg 1 erg = 10-7 J fonte: próprio autor. As principais autoridades espalhadas pelo mundo e responsáveis pela criação e padronização dos símbolos das grandezas de medidas são: » ISO (International Organization for Standardization). » IUPAP (International Union of Pure and Applied Physics). » IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry). » Entre outras. Para mais informações sobre o Sistema Internacional de Unidades, acesse: <http://fisica.ufpr.br/evaldo/grandezas-unidades-SI.pdf>. 19 unidAdE iiiMEdidAS ElétriCAS CAPítulo 1 introdução às medidas elétricas Antes de aprendermos os diversos tipos de medidas elétricas que serão apresentadas ao longo deste capítulo, é de extrema importância que o conceito de medição fique muito claro. Sendo assim, define-se medição como um conjunto de operações que tempor objetivo estabelecer o valor de uma grandeza. Este conjunto de operações, manuais ou automatizadas, irão determinar, por exemplo, a extensão, o tempo, a qualidade, as dimensões ou a amplitude sempre fazendo uma relação a um valor padrão, ou seja, o resultado de uma medida sempre será um valor estimado. É sabido que para toda grandeza existe um padrão básico correspondente, ou seja, para a tensão, corrente, potência, frequência, resistência, velocidade, força etc. No entanto, a realização de medidas de grandezas elétricas é muito mais complexa do que parece, sendo necessária a utilização de instrumentos específicos de medição. Estes instrumentos normalmente utilizados em atividades práticas têm por principal objetivo mensurar os valores das grandezas elétricas presentes nos diversos tipos de circuitos eletrônicos. A lógica em uma operação de medição Para melhor compreendermos, abaixo é demonstrado o fluxo lógico de uma operação de medição. 20 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs figura 2. Fenômeno físico Instrumento de medida Órgão de percepção fonte: próprio autor. Sendo assim todo instrumento de medição utiliza este método, composto por uma sequência lógica de operações descritas genericamente e utilizadas durante a execução. 21 CAPítulo 2 os instrumentos de medição instrumentos e suas categorias Os instrumentos de medição de grandezas elétricas podem ser categorizados da seguinte maneira: » Analógicos: são instrumentos que apresentam um sinal de saída ou indicação visual que variam no tempo (sinal analógico), na medida em que a grandeza ou o sinal de entrada estão sendo medidos. Abaixo ilustramos um instrumento de medição analógico, voltímetro analógico, da grandeza elétrica Tensão. figura 3. voltímetro analógico. Ponteiro (Cabelo) fonte: <https://portuguese.alibaba.com/product-detail/analog-voltmeter-voltage-pointer-gauge-jy80-v--606544272.html>. » Digitais: são instrumentos que apresentam um sinal de saída ou indicação visual que variam em espaços de tempo pré-determinados e com valores fixos na medida em que a grandeza ou o sinal de entrada estão sendo medidos. Abaixo ilustramos um instrumento de medição digital, voltímetro digital, da grandeza elétrica Tensão. figura 4. voltímetro digital. Indicador Visual Digital fonte: <http://www.argep.hu/trend/MERO/Meroemueszer-digitalis.html>. 22 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs É importante entendermos que a categorização dos instrumentos de medição, divididos em analógicos e digitais, está diretamente ligada à maneira com que a medida é apresentada ou indicada e não ao princípio de funcionamento do instrumento. Sendo assim, os mais variados tipos de instrumentos de medição elétrica se dividem em duas macrocategorias, classificadas da seguinte maneira: » Instrumentos eletromecânicos, os quais são sempre analógicos. » Instrumentos eletrônicos, os quais podem ser analógicos, digitais ou ambos. Classificando os instrumentos Podemos classificar os instrumentos de medição digitais ou eletromecânicos da seguinte maneira: quanto à grandeza elétrica a ser medida Abaixo são listados alguns exemplos de instrumentos utilizados para medir grandezas básicas no universo da eletrônica, tais como, amperímetro, voltímetro, ohmímetro e wattímetro. Amperímetro Instrumento utilizado para medir a grandeza elétrica corrente. figura 5. fonte: <https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-amper%C3%ADmetros-an%C3%A1logos-image64945747>. 23 Medidas elétricas │ UNidade iii Voltímetro Instrumento responsável por medir a grandeza elétrica tensão. figura 6. fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/volt%C3%ADmetro>. ohmímetro Instrumento responsável por medir a grandeza elétrica resistência. figura 7. fonte: <http://www.directindustry.com/prod/gossen-metrawatt/product-5231-1680890.html>. 24 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs Watímetro Instrumento responsável por medir a grandeza elétrica potência. figura 8. fonte: <https://articulo.mercadolibre.com.ar/MLA-684157965-watimetro-roimetro-bird-43-con-tapones-_JM>. quanto à apresentação da medida Abaixo são listados alguns exemplos de instrumentos utilizados para indicar grandezas básicas no universo da eletrônica. indicação Este tipo de instrumento realiza a medida e apenas a informa em uma tela ou display, podendo apresentar mais de uma medida simultaneamente. Tem por característica de funcionamento não reter a medida no display, apresentando-a apenas no momento em que ocorre sua leitura. figura 9. fonte: <http://www.infratron.com.br/produto/voltimetro-mini/>. 25 Medidas elétricas │ UNidade iii Mostradores Este tipo de instrumento, normalmente realiza mais de um tipo de medida, sendo assim é necessário ter um mostrador para apresentá-las. figura 10. Indicador fonte: <http://www.calibracaoceime.com.br/calibracao-erros-de-medicao/.> registradores figura 11. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf.> integradores Este instrumento é utilizado para realizar e apresentar o somatório de suas medidas realizadas em um determinado espaço de tempo, um bom exemplo de instrumento 26 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs que possui esta característica é o medidor de energia elétrica (kW/h) presente em nossas casas. figura 12. fonte: <https://www.sabereletrica.com.br/medidor-de-energia-eletrica/>. totalizadores Este instrumento é responsável por realizar o somatório dos valores parciais da grandeza medida. Como exemplo de instrumento podemos citar o medidor totalizador de potência elétrica (medidor de demanda). figura 13. fonte: <https://www.bpx.co.uk/store/category/195/product/metsepm5110.aspx.> 27 Medidas elétricas │ UNidade iii quanto ao uso Podemos classificar os instrumentos de medida quanto ao ambiente em que ele será utilizado, abaixo seguem dois exemplos de classificação quanto ao uso: » Instrumentos industriais. » Instrumentos laboratoriais. quanto à corrente Podemos classificar os instrumentos de medida quanto à corrente elétrica a ser medida, abaixo seguem dois exemplos de classificação quanto ao uso: » Instrumentos de corrente contínua. » Instrumentos de corrente alternada. instrumentos e sua escala de medição A escala de medição de um instrumento é definida como sendo uma faixa de valores na qual qualquer valor compreendido dentro desta range é possível de ser medido pelo instrumento. Como bem sabemos, os diversos instrumentos de medição podem possuir mais de uma escala. Abaixo listamos algumas maneiras de se utilizar as variações de escalas presentes nos instrumentos: » O instrumento pode possuir duas escalas ou mais e de acordo com a conexão realizada ao circuito de medição o usuário tem acesso à primeira ou segunda escala disponíveis no instrumento. figura 14. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. 28 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs » O instrumento pode possuir escala fixa e de acordo com a seleção realizada através de uma chave comutadora a leitura da medição é feita diretamente no indicador ou mostrador, no entanto deve ser multiplicada por um fator K que normalmente é informado no próprio instrumento. figura 15. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. » Atualmente os instrumentos de medição são microprocessados e possibilitam ao usuário realizar a escolha de forma automática da escala a ser empregada naquela medição, esta função disponível nos instrumentos mais modernos é chamada de “Auto” ou “Auto Range”.Figura 16. fonte: <https://www.mreferramentas.com.br/multimetro-digital-minipa-et-2076a/>. 29 Medidas elétricas │ UNidade iii Erros em medidas Podemos definir o erro realizado em medidas, como sendo a diferença entre o valor encontrado durante uma medida e o valor real da medida. No entanto, normalmente o valor real nunca é conhecido, possibilitando assim a existência de alguns erros. Sendo assim, podemos concluir que em qualquer leitura realizada por um instrumento, seja ele analógico ou digital, sempre haverá um erro ou incerteza na indicação da leitura. A incerteza é a diferença entre o valor medido pelo instrumento e o valor permitido para essa medida. Em termos práticos, as medidas são classificadas em função do erro relativo, o qual se refere ao erro de medição dividido pelo valor real ou verdadeiro, ou seja: figura 17. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. tipos de erros » Erro sistemático: é o tipo de erro devido a uma causa sistemática, como erro da calibração do equipamento, ou erro do operador. Este erro é repetitivo e difícil de ser detectado. Uma forma de encontrá-lo é medir uma amostra de valor conhecido e certificado, denominada: material de referência ou padrão. » Erro aleatório: são os erros que interferem na precisão de um experimento e fazem com que o resultado flutue em torno da média. As principais fontes de erro são: instrumento, operador, materiais e procedimento. A expressão erro é comumente empregada como desvio, mas rigorosamente, considera-se como erro a diferença entre o valor verdadeiro da medida de uma grandeza e a medida obtida por medições. Para expressar os erros ou desvios, usamos de algumas ferramentas estatísticas para determiná-los. » Erros grosseiros: os chamados erros grosseiros acontecem devido a erros normalmente inseridos por uma falha no procedimento de medição gerados pelo usuário. Como exemplo, podemos citar a má utilização dos 30 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs instrumentos (instrumentos não adequados ou conectados de forma errada) ou erros de leitura em (paralaxe). Abaixo listamos a usual classificação de uma medição: Quadro 7. Classificação Erro relativo Baixa precisão 10% ou mais Precisão normal 5 a 10% Precisão média 1 a 5% Alta precisão 0,1% a 1% Muito alta precisão Inferior a 0,1% fonte: próprio autor. Para expressar os erros ou desvios, usamos de algumas ferramentas estatísticas para determiná-los, abaixo exemplificadas: » Média Aritmética ou valor mais provável da medida de uma grandeza (M) – chamando de m1, m2, m3, . . . , mn, as n medidas de uma grandeza, dignas de mesma confiança. n mmmmM n++++= ....321 » Desvio Absoluto (DA) – em relação à média, cada uma das medidas possui um desvio, (positivo, negativo ou nulo) chamado desvio absoluto (DA). O DA de cada medida é dado por: MmedidaDA −= » Desvio Relativo (DR) – o desvio relativo de cada medida é o seu desvio absoluto dividido pela média: M DADR = » Desvio Percentual (DP) – a medida mais precisa é aquela que possui menor desvio percentual %100DRDP ×= » Desvio Médio Absoluto (DMA) – A média aritmética dos valores dos desvios absolutos é chamado desvio médio absoluto (DMA). Deve-se considerar todos os desvios, inclusive os nulos, e dividir pelo número de medições realizadas. 31 Medidas elétricas │ UNidade iii DA DADADA DMA n21 +++ = » Desvio padrão (DP) – É uma medida da dispersão dos “n” resultados em relação ao valor médio. )1( 22 − − = ∑ ∑ nn mmn DP ii » Expressão Correta (EC) – a maneira correta de expressarmos a medida é dada por: DPkMEC ±= Onde k é um parâmetro relacionado à confiabilidade do resultado. Exatidão e precisão No ramo da metrologia, os procedimentos e processos de medição de uma grandeza elétrica possuem duas características de extrema importância e que devem ser respeitadas, a exatidão e precisão. Sendo que, a exatidão está relacionada à quão perto o valor medido está do valor real e a precisão está diretamente ligada à dispersão dos valores medidos após a realização de várias medidas. Conceitualmente, precisão é a capacidade de um instrumento de medição proporcionar indicações o mais próximo possível entre si, independentemente do número de vezes que o procedimento de medição for realizado. Esta característica irá determinar a capacidade do instrumento apresentar um valor, mesmo que ele não esteja correto, tendo relação direta com a qualidade do mesmo. Para determinar a precisão deve-se realizar o desvio padrão de uma série de medidas em uma mesma amostra. Sendo assim, quanto maior o desvio padrão, menor é a precisão. Já exatidão está diretamente relacionada às incertezas sistemáticas e é a capacidade de um instrumento de medição proporcionar indicações o mais próximo possível do valor real a ser mensurado, ou seja, é a eficiência do instrumento em apresentar um resultado correto. Sendo assim, um equipamento exato é aquele que, após uma série de medições, nos fornece um valor médio próximo ao real, mesmo apresentando baixa precisão. Então, um equipamento preciso e inexato é capaz de fornecer resultados reprodutivos, mas incorretos, e um equipamento exato e impreciso, é capaz de fornecer resultados corretos, mas com uma grande variação entre as medidas. Isto significa que, neste 32 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs caso, seria necessário um grande número de medições para se ter um resultado médio confiável e, estatisticamente, válido. figura 18. fonte: <http://calibraend.blogspot.com.br/2013/02/voce-conhece-diferenca-entre-precisao-e.html>. Abaixo segue um exemplo de classes de exatidão encontradas em diversos instrumentos de medição disponíveis no mercado: Quadro 8. Classe de Exatidão Limites de Erro 0,05 ± 0,05% 0,1 ±0,1% 0,2 ±0,2% 0,5 ±0,5% 1,0 ±1,0% 2,0 ±2,0% 2,5 ±2,5% 5,0 ±5,0% fonte: próprio autor. 33 CAPítulo 3 Medindo as principais grandezas elétricas em CC Medição de tensão Podemos realizar a medida de tensão das seguintes maneiras: Voltímetro Considerado o principal e mais utilizado instrumento para realizar medição de tensões DC e AC o voltímetro tem finalidade mensurar a diferença de potencial entre dois pontos quaisquer em um circuito eletrônico. No mercado, encontramos voltímetros tanto para realização de medições em corrente contínua ou corrente alternada, podendo ainda encontrar em instrumentos mais modernos as duas opções. Conforme ilustrado na figura abaixo, independente do instrumento, analógico ou digital, a se utilizar para realização de medidas de tensão é de “EXTREMA IMPORTÂNCIA” que o operador realize o procedimento de medição ligando-o sempre em paralelo entre os dois pontos que se deseja medir a tensão no circuito. figura 19. fonte: <https://i.ytimg.com/vi/ppHn7TMlv2A/maxresdefault.jpg>. 34 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs Para que um instrumento de medição possa realizar medições de grandezas elétricas sem que haja interferência ou a presença de erros acrescidos no valor medido é adotado que: » Para um sistema ideal, a impedância de entrada do circuito de medição deve ser infinita, simulando assim um circuito aberto entre os pontos que se deseja realizar a medida. Somente assim, as correntes e tensões medidas no circuito não sofrerão influência. A seguir, podemos verificar o esquema elétrico genérico de um voltímetro, o qual utiliza um galvanômetro tipo bobina móvel que, por meio de uma chave seletora (S), são inseridos diversos resistores internos cuidadosamente especificados, denominados resistências multiplicadoras, permitindo assim a variação da escala de leitura da tensão. figura20. Galvanômetro Resistências Multiplicadoras Chave seletora fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20 Medidas%20Eletricas.pdf>. Para mais informações sobre galvanômetros, acesse: <http://www.feis.unesp. br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/capitulo-2_medidas-eletricas_ fabiobleao.pdf>. Para circuitos em corrente alternada, ao se realizar medidas de tensão não é necessário preocupar-se com a polaridade dos pontos em que se deseja realizar a medição. No entanto, em circuitos de corrente contínua, é necessário verificar a polaridade, caso contrário haverá inversão na leitura e respectiva indicação de valor medido com sinal negativo. A figura a seguir, ilustra uma medição realizada sem que o operador se preocupasse com a polaridade entre os pontos que se deseja realizar a medida de tensão. 35 Medidas elétricas │ UNidade iii Podemos observar que o instrumento realizou a medida, no entanto, como a polaridade não foi respeitada o valor medido sofreu inversão, apresentando assim um valor negativo. figura 21. fonte: <https://www.somaovivo.org/artigos/multimetro-um-grande-amigo-do-operador-de-som/>. Aumento de faixa de medição com resistência em série com o voltímetro Para realizar medidas de tensão superiores ao limite do fundo de escala do instrumento de medição é usualmente inserido um resistor em série com o voltímetro, conforme ilustrado a seguir. figura 22. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. Sendo assim, para um fator de amplificação n, esta configuração irá trabalhar como um divisor de tensão, onde uma parte da tensão será aplicada no instrumento e outra parte na resistência. Para que seja possível a ampliação, a resistência shunt (Rs) deve ser: Rs = (n-1) x Rv onde Rv = Resistência interna do voltímetro (dado de catálogo). 36 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs Ponta de prova ou ponteira de tensão » A ponta de prova, normalmente utilizada em multímetros tem a simples função de realizar a coleta da tensão em um determinado ponto do circuito, não interagindo com outros componentes. » A ponteira de tensão pode ser utilizada em multímetros e osciloscópios. No caso de ponteira de tensão para osciloscópios, esta pode apresentar escalas de atenuação, como por exemplo, 1X, 10X, 20X, 50X, 100X, 1000X. A atenuação é a razão da amplitude do sinal de entrada da ponta de prova até a amplitude do sinal de saída, geralmente medida em CC. É, portanto, essencial que o osciloscópio saiba a atenuação da ponta de prova e a leve em conta em suas medições. figura 23. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. transformadores de Potencial (tP) Para situações nas quais se necessita realizar medições de tensão, em circuitos de corrente alternada, uma solução bastante interessante é a utilização de um transformador de potencial (TP), o qual é especificamente construído para esta finalidade. Para tal, o enrolamento primário do transformador deve ser conectado e paralelo com a alimentação ou circuito que se deseja medir, sendo assim, o transformador irá reproduzir em seu circuito secundário a corrente que circula no enrolamento primário em uma proporção definida, conhecida e adequada. A seguir temos um exemplo de transformador de potencial (TP) em uma situação real de utilização. 37 Medidas elétricas │ UNidade iii figura 24. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. Sensores de tensão por efeito Hall Também é possível empregar sensores de tensão por efeito Hall, os quais possuem a capacidade de medir tanto tensão contínua como alternada em um único instrumento. O funcionamento de sensores de efeito Hall consiste na geração de um campo elétrico transversal a um condutor, quando este está imerso em um campo magnético e é percorrido por uma corrente elétrica. A seguir, uma imagem ilustrativa de um modelo de sensor de tensão por efeito Hall. figura 25. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. Medição de corrente Podemos realizar a medida de corrente das seguintes maneiras: Amperímetro Considerado o principal e mais utilizado instrumento para realizar medição de corrente DC e AC o amperímetro tem a finalidade mensurar a corrente elétrica que circula em um circuito eletrônico ou em um ramo do mesmo. 38 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs No mercado, encontramos amperímetros tanto para realização de medições em corrente contínua ou corrente alternada, podendo ainda encontrar em instrumentos mais modernos as duas opções. Conforme ilustrado na figura a seguir, independente do instrumento, analógico ou digital, a se utilizar para realização de medidas de corrente é de “EXTREMA IMPORTÂNCIA” que o operador realize o procedimento de medição ligando-o sempre em série entre os dois pontos que se deseja medir a corrente no circuito. figura 26. fonte: <http://www.ebah.com.br/content/AbAAAfiAwAK/eletricista-automacao-industrial-faciculo-eletricidade-conceitos- aplicacoes>. Para que um instrumento de medição possa realizar medições de grandezas elétricas sem que haja interferência ou a presença de erros acrescidos no valor medido é adotado que: » Para um sistema ideal, a impedância de entrada do circuito de medição deve ser nula, simulando assim um curto circuito entre os pontos que se deseja realizar a medida. Somente assim, a corrente medida no circuito não sofrerá influência. A seguir podemos verificar o esquema elétrico genérico de um amperímetro: figura 27. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. 39 Medidas elétricas │ UNidade iii Para circuitos em corrente alternada, ao se realizar medidas de corrente não é necessário preocupar-se com a polaridade dos pontos em que se deseja realizar a medição. No entanto, em circuitos de corrente contínua, é necessário verificar a polaridade, caso contrário haverá inversão na leitura e respectiva indicação de valor medido com sinal negativo. A figura a seguir, ilustra uma medição realizada sem que o operador se preocupasse com a polaridade entre os pontos que se deseja realizar a medida de corrente. Podemos observar que o instrumento realizou a medida, no entanto, como a polaridade não foi respeitada o valor medido sofreu inversão, apresentando assim um valor negativo. figura 28. fonte: <http://aparecidooliveira.blogspot.com.br/2010/07/usando-as-pincas-amperimetricas.html>. Aumento de faixa de medição com resistência em paralelo com o amperímetro Para realizar medidas de corrente superiores ao limite do fundo de escala do instrumento de medição é usualmente inserido um resistor em paralelo com o amperímetro, conforme ilustrado a seguir: figura 29. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. 40 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs Sendo assim, para um fator de amplificação n, esta configuração irá trabalhar como um divisor de corrente, onde uma parte da corrente será aplicada no instrumento e outra parte na resistência. Para que seja possível a ampliação, a resistência shunt (Rs) deve ser: ܴݏ ൌ ܴ݅݊ െ ͳ Onde: Ri - Resistência interna do amperímetro. Shunt resistivo Usualmente utilizado em medições de correntes elevadas, o Shunt Resistivo é nada mais nada menos do que uma resistência de manganina calibrada e que deve ser conectada em série com o circuito que se deseja medir a corrente elétrica. Sendoassim, ao circular corrente elétrica através do resistor, pela Lei de Ohm, uma tensão aparecerá entre seus terminais sendo possível assim determinar o valor da corrente. Sendo assim, para se determinar a corrente, basta medir a tensão resultante em um voltímetro. Abaixo segue uma ilustração de Shunt Resistivo. figura 30. fonte:< https://it.wikipedia.org/wiki/Shunt_(elettrotecnica)#/media/file:Shuntresistor50A.jpg>. Os shunts possuem uma queda de tensão padronizada para uma determinada corrente (exemplo: 200Ac.c./60mVc.c.), permitindo que o sinal de medição (60mVc.c., 150mVc.c. ou 300mVc.c.) seja levado a um transdutor analógico, indicador analógico ou indicador digital. transformadores de Corrente (tC) Para situações onde se necessita realizar medições de corrente, em circuitos de corrente alternada, uma solução bastante interessante é a utilização de um transformador de corrente (TC), o qual é especificamente construído para esta finalidade. Para tal, o enrolamento primário do transformador deve ser conectado em série com a alimentação ou circuito que se deseja medir, sendo assim, o transformador irá 41 Medidas elétricas │ UNidade iii reproduzir em seu circuito secundário a corrente que circula no enrolamento primário em uma proporção definida, conhecida e adequada. A seguir temos um exemplo de transformador de corrente (TC) em uma situação real de utilização. figura 31. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. Sensores de corrente por efeito Hall Em 1879, ao realizar uma experiência Edwin H. Hall constatou que ao gerar um campo magnético perpendicular a um condutor, as cargas elétricas se separam em positivas e negativas ficando agrupadas em lados opostos, resultando assim em uma diferença de potencial. Esse efeito ficou conhecido como efeito Hall, sendo mais intenso e notório em materiais semicondutores. figura 32. fonte: <https://ast.wikipedia.org/wiki/Corriente_ll%C3%A9trica>. 42 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs Sendo assim, um dispositivo eletrônico muito utilizado para realizar a medição de corrente tanto contínua como alternada é o sensor de corrente por efeito hall. Este semicondutor tem por finalidade gerar um sinal de corrente proporcional à densidade de fluxo de campo magnético em que estão inseridos. A seguir listamos alguns exemplos de sensores de corrente por efeito hall. figura 33. fonte: <https://sc01.alicdn.com/kf/HTb1o_yyfpXXXXbTdpXXq6xXfXXXW/220947328/HTb1o_yyfpXXXXbTdpXXq6xXfXXXW.jpg>. Para mais informações sobre o efeito Hall, acesse: <http://www.ufjf.br/fisica/ files/2013/10/FIII-06-07-O-efeito-Hall.pdf>. Amperímetro alicate Em condições nas quais não se é possível realizar a abertura do circuito para realizar a medição em série da corrente, sem que haja o desligamento deste circuito, o instrumento normalmente utilizado é o amperímetro alicate. Este instrumento é utilizado para realizar medições de corrente apenas em circuitos de corrente alternada, o qual possui um núcleo magnético separável, pinça ou garras, o qual facilita na realização da medida no condutor desejado. 43 Medidas elétricas │ UNidade iii A seguir temos ilustrado um alicate amperímetro. figura 34. fonte: <http://eletricabrasil.com/loja/product_info.php?products_id=449&osCsid=b24b2c4397a7183b5d31c49bb5608e5d>. Ao realizar medições de corrente utilizando o alicate amperímetro, o instrumento deve “envolver” apenas os condutores da fase que se deseja medir, caso contrário, as leituras apresentarão resultados falsos devido aos fluxos produzidos pelas correntes que circulam em cada fase. Se, por exemplo, for medida as três correntes simultaneamente em um sistema equilibrado, a leitura será nula. Medição de resistência Para efetuar a medição de uma resistência, as pontas de provas do multímetro devem ser aplicadas uma em cada terminal do componente que ser medir. Assim, pode-se dizer que se emprega uma conexão paralela. De modo que tal medição ocorra corretamente, o componente em questão deve estar separado do restante do circuito em que se insere, pois em caso contrário, o valor medido representará a resistência do conjunto. A seguir ilustramos a medição da resistência em um resistor. figura 35. fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=8iowY8UJsIM>. 44 CAPítulo 4 Medida das principais grandezas elétricas em CA Conceito de potência ativa e potência reativa Por definição, potência elétrica é todo o trabalho realizado por uma determinada corrente elétrica em um determinado espaço de tempo. Sendo assim, potência ativa é a média da potência elétrica gerada por um único dispositivo com dois terminais, ou seja, é o resultado do real gasto energético do dispositivo. Esta grandeza elétrica é medida em watts (W) ou quilowatts (kW) por meio de um instrumento kilowawttímetro. A potência reativa, por sua vez, não realiza o trabalho em si. Isso significa que não é essa energia que liga os eletroeletrônicos e outros equipamentos elétricos, mas ela funciona entre o gerador de energia e a carga em si, sendo responsável por manter o campo eletromagnético ativo em motores, reatores, transformadores, lâmpadas fluorescentes etc. Sua medida é feita em KVAR, que significa kilovolts-Amperes-Reativos. A soma entre potência ativa e reativa gera a potência aparente, medida em kilovolts-amperes (KVA), também chamada fator de potência ou energia total. A seguir temos uma ilustração perfeita entre a diferença de potência ativa e reativa. figura 36. kVAr kW kVA fonte: <https://www.cubienergia.com/o-que-e-fator-de-potencia/>. 45 Medidas elétricas │ UNidade iii Cálculo das potências Podemos realizar o cálculo das potências ativa e reativa utilizando a seguinte fórmula: S = P + jQ P = V x I cos(ψ) Q = V x I sen(ψ) Onde: S – Potência Complexa Total (Aparente) (kVA). P – Potência Ativa (kW). Q – Potência Reativa ( kVAr). fator de potência Definimos fator de potência como sendo a razão entre a potência ativa e a potência aparente, conforme ilustrado a seguir: ܨܲ ൌ �ܲܵ Quando maior o fator de potência mensurado podemos concluir que maior será a eficiência do sistema elétrico, sendo que um baixo fator de potência indica baixa eficiência do sistema e ações para correção devem ser tomadas. Podemos dizer também que o fator de potência está diretamente ligado ao triângulo retângulo normalmente utilizado para representar as relações entre as potências aparente, ativa e reativa. A seguir ilustramos esta relação, sendo que o fator de potência é o cos φ: figura 37. fonte: <https://fasorenergia.wordpress.com/fattor-de-potencia/>. 46 UNIDADE III │ MEDIDAs ElétrIcAs Consequências do baixo fator de potência quedas de tensão A elevação da corrente devido ao aumento de energia reativa ocasiona quedas de tensão acentuadas, causando a interrupção do fornecimento de energia elétrica e a sobrecarga em certos elementos da rede. Os principais reflexos da queda podem ser notados nas seguintes situações: » Diminuição da intensidade luminosa das lâmpadas. » Aumento da corrente nos motores. Subutilização da capacidade instalada A energia reativa, ao se tornar elevada em uma determinada instalação elétrica diminui a possibilidade de utilização da capacidade instalada do sistema elétrico em questão, sendo necessária a realização de novos investimentos para corrigir o fator de potência. Como a capacidade instalada foi diminuída a consequente subutilização do sistema fará com que o “espaço” ocupado pela energia reativa não seja utilizado para o atendimento de novas cargas. Vantagens da correção do fator de potência / melhoria da tensão A seguir listamos algumasvantagens para o usuário, quando o fator de potência se encontra dentro dos limites aceitáveis por norma ou sofre a correção adequada: » redução significativa do custo da energia elétrica; » aumento da eficiência energética do sistema elétrico; » melhoria da tensão; » aumento da vida útil dos equipamentos; » redução do efeito joule (aquecimento); » redução da corrente reativa na rede elétrica. 47 unidAdE iV trAnSforMAdorES PArA inStruMEntoS E diSPoSitiVoS dE ProtEção E ControlE CAPítulo 1 transformadores de potencial introdução Os transformadores destinados a instrumentos possuem as seguintes funções: » Retratar de forma fidedigna as condições reais de um sistema elétrico. » Transformar o módulo da grandeza a ser medida sem alterar sua natureza. » Isolar os circuitos primário e secundário. transformador de Potencial (tP) Em situações onde a tensão elétrica excede o limite suportável para medição dos diversos instrumentos, a utilização de transformadores de potencial se faz necessária. Os TPs possuem a capacidade de reduzir proporcionalmente elevadas tensões para valores dentro da faixa de medição dos instrumentos. Sendo assim, em seu circuito de entrada, denominado primário, deverá ser conectada a tensão a ser mensurada (V1). Então, em seu circuito de saída, denominado secundário, o módulo da tensão (V2) será reduzido proporcionalmente ao módulo da tensão conectado ao circuito de entrada. 48 UNIDADE IV │ TrANsformADorEs pArA INsTrUmENTos E DIsposITIVos DE proTEção E CoNTrolE figura 38. fonte: <http://www.ebah.com.br/content/AbAAAhQkwAD/cap-6-transformadores-instrumentos#>. Os TPs possuem as seguintes características: » Altamente robustos, os TPs suportam condições de sobretensão em regime permanente. » Apresentam baixa corrente no circuito secundário, devido a necessidade de alimentação dos instrumentos de medição os quais possuem alta impedância de entrada. » Apresentam baixo erro na relação de redução entre tensões de primário e secundário e ângulo de fase. O transformador de potencial indutivo é o considerado o modelo mais econômico e adequado para aplicação em circuitos de alta e elevada tensão. Ainda existe um outro modelo pouco utilizado, o transformador de potencial capacitivo. Valores nominais dos tPs Os valores nominais que caracterizam um TP, de acordo com a NBR 6855/1981, são: tensão primária nominal e relação nominal Tensão no Primário: o módulo desta grandeza depende de qual circuito será conectado ao TP a tensão entre fases ou fase e neutro. Tensão no Secundário: usualmente o módulo da tensão encontrada no secundário é de 115 volts, sendo que em modelos mais antigos são encontradas tensões na ordem de 110 [V], 120 [V] e dificilmente 125 [V]. A relação de transformação é definida como: ܴܶܲ ൌ ܷͳܷ݊ʹ݊ 49 Transformadores para InsTrumenTos e dIsposITIvos de proTeção e ConTrole │ unIdade Iv Onde: U1n – é a tensão nominal encontrada no primário, em [V]. U2n – é a tensão nominal encontrada no secundário, em [V]. De acordo com as normativas nacionais, abaixo estão listadas as tensões de primário e as relações nominais entre o primário e secundário. Quadro 9. Grupo 1 – Para ligação de fase para fase Grupo 2 e 3 – Para ligação de fase para neutro Tensão primária nominal [V] Relação Nominal [V] Tensão primária nominal [V] Relações nominais Tensão secundária de 115 √3 Tensão secundária aprox.. 115 V 115 1:1 - 2:1 1,2:1 230 2:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 3,5:1 2:1 402,5 3,5:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 4:1 2,4:1 460 4:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 5:1 3:1 575 5:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 20:1 12:1 2300 20:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 30:1 17,5:1 3450 30:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 35:1 20:1 4025 35:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 40:1 24:1 4600 40:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 60:1 35:1 6900 60:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 70:1 40:1 70:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 100:1 60:1 100:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 120:1 70:1 120:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 200:1 120:1 200:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 300:1 175:1 300:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 400:1 240:1 50 UNIDADE IV │ TrANsformADorEs pArA INsTrUmENTos E DIsposITIVos DE proTEção E CoNTrolE 400:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 600:1 350:1 600:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 800:1 480:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 1000:1 600:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 1200:1 700:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 1400:1 800:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000√3 1700:1 1000:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 2000:1 1200:1 230 √3402,5 √3460 √3575 √32300 √33400 √34025 √34600 √36900 √38050 √311500 √313800 √32300 √334500 √346000 √369000 √388000 √3115000 √3138000 √3161000 √3195500 √3230000 √3 fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. frequência nominal A frequência nominal encontrada é de 60 Hz, para o Brasil. Carga nominal De acordo com a norma NBR 6855/1981, a carga nominal é designada pelo símbolo “P” seguido do valor da potência aparente, dada em Volt Ampere (VA), frequência 60 Hz, tensões de 120 [V] ou 69,3 [V] e fator de potência normalizado. Abaixo seguem tabelas com as características de carga nominal para condições de frequência 60 Hz, tensão de 120 [V] e 69,3 [V]. Quadro 10. Cargas Nominais Características a 60Hz e 120 V Designação Potência Aparente (VA) Fator de Potência Resistência Efetiva Indutância Impedância P 12,5 12,5 0,10 115,2 3042 1152 P 25 25 0,70 403,2 1092 576 P 75 75 0,85 163,2 268 192 P 200 200 0,85 61,2 101 72 P 400 400 0,85 30,6 40,4 36 fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. 51 Transformadores para InsTrumenTos e dIsposITIvos de proTeção e ConTrole │ unIdade Iv Quadro 11. Cargas Nominais Características a 60Hz e 69,3 V Designação Potência Aparente (VA) Fator de Potência Resistência Efetiva Indutância Impedância P 12,5 12,5 0,10 38,4 1014 384 P 25 25 0,70 134,4 364 192 P 75 75 0,85 54,4 89,4 64 P 200 200 0,85 20,4 33,6 24 P 400 400 0,85 10,2 16,8 12 fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. Classe de exatidão Classe de exatidão é o valor máximo de erro, expresso em porcentagem, que poderá ser causado pelo TP aos instrumentos a ele conectados. A seleção da classe de precisão depende da aplicação a que se destina o TP. É de extrema importância que os instrumentos a serem ligados ao mesmo, devem possuir classes de precisão semelhantes. As aplicações, de uma forma geral, são as seguintes: Menor que 0,3 (não padronizado): » TP padrão. » Medições em Laboratório. » Medições Especiais. 0,3: » Medição de energia elétrica para faturamento a consumidor. 0,6 ou 1,2: » Medição de energia elétrica para finalidade de faturamento. » Alimentação de relés. » Alimentação de instrumentos de controle, como: voltímetros, frequencímetros, fasímetros, wattímetros, varímetros, sincrocópios. Polaridade e marcação dos terminais de tPs Em termos de polaridade são válidas as mesmas considerações efetuadas para os TCs. 52 UNIDADE IV │ TrANsformADorEs pArA INsTrUmENTos E DIsposITIVos DE proTEção E CoNTrolE A marcação dos terminais deve ser feita como indicado a seguir. Quadro 12. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. É de extrema importância que em simulações práticas os seguintes tópicos sejam observados: 1. Se um TP alimenta vários instrumentos elétricos, estes devem ser ligados em paralelo a fim de que todos eles fiquem submetidos à mesma tensão secundária. 2. Estando um TP com carga e havendo a necessidade de retirá-la, é necessário que o enrolamento secundário fique aberto. O fechamento do secundário de um TP através de um condutor de baixa impedância provocará um curto-circuito. 3. Outro aspecto importante é o aterramento rígido, que deva haver entre carcaça e circuito secundário dos TPs do Grupo 1 conectados em 53 Transformadores para InsTrumenTos e dIsposITIvos de proTeção e ConTrole │ unIdade Iv “V” e dos terminais do neutro dos TPs dos Grupos 2 e 3 à malha de terra da instalação. 4. Os TPs, assim como outros transformadores monofásicos, devem ter polaridade subtrativa. 54 CAPítulo 2 transformadores de corrente Em situações onde a corrente elétrica excede o limite suportável para medição dos diversos instrumentos, a utilização de transformadores de corrente se faz necessária. Os TCs possuem a capacidade de reduzir proporcionalmente elevadas correntes para valores dentro da faixa de medição e proteção dos instrumentos existentes no mercado. A seguir ilustramos a simbologia de um transformador de corrente. figura 39. fonte: <http://www.ebah.com.br/content/AbAAAhQkwAD/cap-6-transformadores-instrumentos#>. Sendo assim, o seu circuito de entrada, denominado primário, deverá ser conectado em série com a corrente a ser mensurada (I1). Então, em seu circuito de saída, denominado secundário, o módulo da corrente (I2) sofrerá uma redução proporcional. Vale ressaltar que para a determinação do valor da corrente presente no primário (I1) a carga a ser acoplada no secundário deve ser conhecida, visto que I1 é a consequência de I2. Devido aos altos níveis de corrente presentes no primário do TC, é de extrema importância que o mesmo tenha baixíssima impedância de entrada. Ao se manusear um transformador de corrente (TC), o operador estará realizando medições de tensão na ordem de kV nos terminais do secundário, por isso devemos nos atentar para os seguintes inconvenientes durante o manuseio ou manutenção do mesmo: » Risco de morte. » Aquecimento excessivo, o qual poderá causar curto circuito entre primário, secundário e terra. » Perda de desempenho de funcionamento e precisão. 55 Transformadores para InsTrumenTos e dIsposITIvos de proTeção e ConTrole │ unIdade Iv Por estes e outros fatores, nunca se deve utilizar fusíveis para a proteção e manutenção dos circuitos conectados ao secundário, para tal é necessária a realização de um curto-circuito através de um condutor de baixa impedância ou de uma chave apropriada. figura 40. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20 Medidas%20Eletricas.pdf>. tCs para medições e proteção Existem dois tipos de TCs, os destinados para medição e os destinados para proteção. Os TCs construídos para medição possuem uma precisão maior e normalmente saturam em torno de 150% da corrente nominal. Estes modelos têm núcleos com elevada permeabilidade magnética (pequena corrente de excitação, baixa perda, baixa relutância) e trabalham em condições de baixa indução magnética. Os TCs construídos para proteção possuem baixa precisão e não saturam facilmente, normalmente saturam em condições de corrente 20 vezes maiores do que a nominal, ou 2.000% de In. Valores nominais dos tPs Os valores nominais que caracterizam um TP, de acordo com a NBR 6855/1981, são: Corrente nominal e relação nominal Corrente no Primário: o módulo desta grandeza depende de qual carga será conectada ao secundário do TC. Corrente no Secundário: o módulo da corrente encontrada no secundário é padronizada no Brasil, sendo de 5 [A]. 56 UNIDADE IV │ TrANsformADorEs pArA INsTrUmENTos E DIsposITIVos DE proTEção E CoNTrolE De acordo com as normativas nacionais, abaixo estão listadas as correntes de primário e as relações nominais entre o primário e secundário. Quadro 13. Corrente Primária Nominal (A) Relação Nominal Corrente Primária Nominal (A) Relação Nominal Corrente Primária Nominal (A) Relação Nominal 5 1:1 100 20:1 1000 200:1 10 2:1 125 25:1 1200 240:1 15 3:1 150 30:1 1500 300:1 20 4:1 200 40:1 2000 400:1 25 5:1 250 50:1 2500 500:1 30 6:1 250 60:1 3000 600:1 40 8:1 300 80:1 4000 800:1 50 10:1 400 100:1 5000 1000:1 6012:1 500 120:1 6000 1200:1 75 15:1 800 160:1 8000 1600:1 fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. frequência nominal A frequência nominal encontrada é de 60 Hz, para o Brasil. Carga nominal De acordo com a norma NBR 6856/1981, a carga nominal é designada pelo símbolo “C” seguido do valor da potência aparente, dada em Volt Ampere (VA), frequência 60 Hz, e corrente nominal de 5 [A]. Abaixo seguem tabelas com as características de carga nominal para condições de frequência 60 Hz e 5 [A]. Quadro 14. Designação Potência Aparente (VA) Fator de Potência Resistência Efetiva Indutância Impedância C 2,5 2,5 0,90 0,09 0,116 0,1 C 5 5 0,90 0,18 0,232 0,2 C 12,5 12,5 0,90 0,45 0,580 0,5 C 25 25 0,50 0,50 2,3 1,0 C 50 50 0,50 1,0 4,6 2,0 C 100 100 0,50 2,0 9,2 4,0 C 200 200 0,50 4,0 18,4 8,0 fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. 57 Transformadores para InsTrumenTos e dIsposITIvos de proTeção e ConTrole │ unIdade Iv Classe de exatidão TCs para medição: Devido a este fato, e com objetivo de detectar a qualidade dos TCs e o seu possível comportamento nas instalações, as normas técnicas (em particular a NBR 6856/1981) estabelecem certas condições nas quais os TCs devem ser enquadrados em uma das seguintes classes de exatidão: 0,3 – 0,6 – 1,2 – 3. Classe de exatidão é o valor máximo de erro, expresso em porcentagem, que poderá ser causado pelo TC aos instrumentos a ele conectados. Estes erros ocorrem devido à relação de transformação de corrente e de fase. A seleção da classe de precisão depende da aplicação a que se destina o TC. É de extrema importância que os instrumentos a serem ligados ao mesmo, devem possuir classes de precisão semelhantes. As aplicações, de uma forma geral, são as seguintes: Quadro 15. Classe de proteção Aplicação Menor que 0,3 (não padronizado) TC padrão, medições em laboratório, medições especiais. 0,3 Medidas de energia com fins de cobrança ao consumidor; medidas em laboratório. 0,6 e 1,2 Alimentação usual de: amperímetros, wattímetros, medidores estatísticos, fasímetros. 3 Aplicações diversas. Não deve ser usado em medição de energia ou potência. fonte: próprio autor. TCs para proteção: Estes tipos de TCs não são precisos. Sendo assim, a ABNT padronizou sua classe de precisão a qual pode variar de 5 a 10% para qualquer valor de corrente secundária, desde que respeite a relação de 1 a 20 vezes a corrente nominal e cargas menores ou iguais a nominal. Podemos encontrar o erro presente na relação de transformação utilizando a seguinte equação: ܧݎݎΨ ൌ ܫʹܫͲ �ݔ�ͳͲͲ Onde: I2 – corrente secundária (valor eficaz), em [A]. I0 – corrente de excitação (valor eficaz), em [A]. 58 UNIDADE IV │ TrANsformADorEs pArA INsTrUmENTos E DIsposITIVos DE proTEção E CoNTrolE Abaixo segue o diagrama equivalente de um transformador de corrente: figura 41. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. Polaridade e marcação A polaridade de um transformador refere-se ao sentido das tensões induzidas no primário e secundário. O sentido de enrolamento das bobinas e marcação dos terminais determinarão se eles são subtrativos ou aditivos. A seguir temos exemplificado os dois tipos possíveis de polaridade: figura 42. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. 59 Transformadores para InsTrumenTos e dIsposITIvos de proTeção e ConTrole │ unIdade Iv A marcação dos terminais deve ser feita como indicado a seguir: Quadro 16. fonte: <http://www.gqee.unifei.edu.br/arquivos_upload/disciplinas/31/Apostila%20ELE505%20-%20Medidas%20Eletricas.pdf>. 60 CAPítulo 3 dispositivos de comando e proteção Todo dispositivo inserido em um circuito eletrônico com a função de proteger e manobrar a circulação de corrente elétrica é considerado componente que serve para proteção ou controle do mesmo. De acordo com o sistema elétrico em que o dispositivo de manobra, comando ou proteção será conectado ocorrerá a definição de se o dispositivo deve ser bipolar, para sistemas elétricos bifásicos, ou tripolar, para sistemas elétricos trifásicos. Os dispositivos de controle são equipamentos de comando elétrico com a finalidade de enviar um sinal elétrico para o acionamento de uma carga ou interrupção de fornecimento de energia para um circuito de comando, permitindo ou não a passagem de corrente elétrica entre um ou mais pontos de um circuito. Neste capítulo, poderemos observar alguns dispositivos de proteção e manobra empregados na indústria, utilizados para ligar e desligar cargas (motores ou outros atuadores elétricos) além de componentes utilizados em circuitos de comandos. Os circuitos de manobra são normalmente divididos em “comando” e “potência”, permitindo primeiramente a segurança do operador além da automação do circuito. Embora não pareça evidente esta divisão, ela se tornará comum à medida que os circuitos forem sendo estudados. Conceitos básicos de circuitos de comandos Para que possamos realizar comandos em circuitos elétricos é de extrema importância que estejamos familiarizados com os componentes básicos e suas finalidades, abaixo iremos apresentar alguns dos mais importantes e utilizados na indústria de maneira geral. Comando de selo O contato de selo (K1) deve ser sempre ligado em paralelo com o contato de fechamento da botoeira (S0). Sua finalidade é de manter a corrente circulando pelo contator, mesmo após o operador ter retirado o dedo da botoeira. 61 Transformadores para InsTrumenTos e dIsposITIvos de proTeção e ConTrole │ unIdade Iv figura 43. S0 S1 K1 fonte: <http://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-e-acionamentos-eletricos-ii/apostila-basica>. Comando de selo com dois contatos Em situações nas quais se é necessário obter um sistema de comando com mais segurança, pode-se utilizar dois contatos para selo, pois em caso de falha de um dos contatos o outro irá garantir o comando de selo, conforme ilustrado a seguir. figura 44. S1 S0 K1 K1 fonte: <http://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-e-acionamentos-eletricos-ii/apostila-basica>. Comando de intertravamento Este tipo de comando é normalmente utilizado quando se deseja evitar a ligação de certos dispositivos antes que outro específico permita esta ligação. Este processo x’ consiste na ligação entre os contatos auxiliares de vários dispositivos e as posições de operação destes dispositivos são dependentes entre si, conforme ilustrado a seguir. figura 45. K1 K1 K2 K2 fonte: <http://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-e-acionamentos-eletricos-ii/apostila-basica>. 62 UNIDADE IV │ TrANsformADorEs pArA INsTrUmENTos E DIsposITIVos DE proTEção E CoNTrolE Comando de circuito paralelo ao intertravamento Este tipo de comando nunca deve ser utilizado em situações em que se deseja ter um intertravamento entre dispositivos, pois se o contato auxiliar de selo criar um fluxo de corrente paralelo ao intertravamento teremos a perda total do efeito de segurança inicialmente previsto, conforme ilustrado a seguir. figura 46. S1 K1 K2 S0 fonte: <http://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-e-acionamentos-eletricos-ii/apostila-basica>. Comando de intertravamento com dois contatos Este tipo de comando é normalmente utilizado quando se deseja aumentar a proteção e evitar a ligação de certos dispositivos antes que outro específico permita esta ligação. Este processo deve
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