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Teoria dos Jogos _Parte_1_Prof. Eudes – 2018 
 
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Teoria dos Jogos_Parte_1_ Prof. Eudes – 2018 
 
 
TEMA DATA / CAMPUS 
Aula 1 – APRESENTAÇÃO E METODOLOGIA DE ESTUDO 27/07 / CDC 
 
 
03/08 / CDC 
O Professor estará 
apresentando 
Trabalho em 
Congresso 
representando a 
Universidade 
Estácio de Sá. 
Aula 2 – ESTRUTURA DE MERCADO 10/08 / CDC 
Aula 3 – CONCORRÊNCIA PERFEITA + MONOPÓLIO + OLIGOPÓLIO + 
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA 
17/08 / CDC 
Aula 4 – MODELO DE COURNOT 24/08 / CDC 
Aula 5 – MODELO DE BERTRAND / MODELO DE STACKELBERG 31/08 / CDC 
FERIADO 07/09 / CDC 
Aula 6 – CONLUIO 14/09 / CDC 
Aula 7 – REVISÃO GERAL PARA A AV1 21/09 / CDC 
Aula 8 – TIRA-DÚVIDAS PARA A AV1 28/09 / CDC 
Aula 9 – AV1 + Entrega da Atividade 05/10 / CDC 
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I. ESTRUTURA DE MERCADO 
 As várias formas ou ESTRUTURAS DE MERCADO dependem fundamentalmente de 3 características: 
a) Número de empresas que compõem esse mercado; 
b) Tipo do produto (se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados); 
c) Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. 
 
II. CONCORRÊNCIA PERFEITA + MONOPÓLIO + OLIGOPÓLIO 
 
CONCORRÊNCIA PURA OU PERFEITA 
 Em Economia, mercado de concorrência perfeita é um tipo de concorrência de mercado em que há um 
grande número de vendedores (empresas) e de compradores. Assim, por esse número ser grande, nenhuma 
organização por si só pode influenciar o nível de oferta de mercado e, consequentemente, os compradores não 
alteram o preço de equilíbrio. Atualmente, não existe mercado tipicamente de concorrência perfeita. O 
mercado dos produtos hortifrutigranjeiros é o exemplo que mais e aproxima a esse tipo de mercado. 
 O conjunto das empresas é quem determina a oferta de mercado, determinando também o preço de 
equilíbrio enquanto interage com a demanda. Independentemente da quantidade que uma empresa produz, essa 
empresa terá obrigatoriamente que vender a sua produção ao preço determinado pelo mercado. Bem como o 
preço é determinado pelo mercado, cada empresa aceitará o preço como um dado fixo sobre o qual não pode 
influir e, a partir desse preço de equilíbrio, cada empresa individual produzirá a quantidade que indica a sua 
curva de oferta, que será condicionada pelos custos de produção. 
 Uma característica do mercado em CONCORRÊNCIA PERFEITA é que, a longo prazo, não existem 
lucros extras ou extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais, 
que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se 
aplicasse seu capital em outra atividade. 
 O mercado de concorrência perfeita se opõe a outros tipos de mercado mais comuns no mundo real, 
como o monopólio e o oligopólio. 
 
MONOPÓLIO 
Características básicas: 
- uma única empresa produtora do bem ou serviço; 
- não há produtos substitutos próximos; 
- existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. 
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 As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas: 
Monopólio puro ou natural = devido à alta escala de produção requerida, exigindo um elevado montante de 
investimento. A empresa monopolística já está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar 
com baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a um preço equivalente à firma 
monopolista; 
Patentes = direito único de produzir o bem. 
Controle de matérias-primas chaves = Exemplo: o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras 
de alumínio. 
Monopólio estatal ou institucional, protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de 
infraestrutura. 
Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros 
extraordinários devem persistir também a longo prazo em mercados monopolizados. 
 
OBSERVAÇÃO: A Amazon não é propriamente um monopólio, mas um monopsônio. A diferença é sutil. No 
monopólio, um único fornecedor de um produto domina o mercado e pode aumentar os preços a seu gosto. Já o 
monopsônio é quando existe um único comprador dominante e ele é capaz de baixar os preços dos seus 
fornecedores. 
 
3 EXEMPLOS DE MONOPÓLIOS DO BEM 
 
Perceber um monopólio do “bem” é fácil. Quando uma empresa é boa o suficiente para não ter nenhuma outra 
nem perto de substituí-la, essa situação econômica acontece. Essas empresas conseguem ditar seus próprios 
preços sem forte influência do mercado e tem margens para inovar e executar planos de longo prazo. Creio que 
a reflexão vale para o setor de Saúde, que não parece se enquadrar em um mercado perfeitamente competitivo, a 
começar pela sua complexidade estrutural, deixando muitas brechas para a inovação e serviços diferenciados. 
Três exemplos inquestionáveis: 
 
APPLE 
O que dizer sobre a empresa com maior disponibilidade de caixa do mundo? A Apple tem em caixa mais 
dinheiro do que o tesouro americano. Essa condição é garantida porque ela é o monopólio do design. Muito 
embora hajam centenas ou milhares de dispositivos similares aos que a empresa produz, ela resolve como 
nenhuma outra o desejo de uma porção das pessoas que procuram uma experiência diferenciada de design. 
NETFLIX 
É o monopólio do conteúdo sob demanda. Oferece um catálogo maior que qualquer outro e usa tecnologia de 
recomendação de conteúdo através de dados coletados de todos os seus usuários (Big Data). É a partir desses 
dados que o Netflix elabora suas produção próprias com uma probabilidade de sucesso alta. Não a toa, a 
operação brasileira, há menos de um ano por aqui, já supera o faturamento de canais de televisão como Band e 
RedeTV!. 
GOOGLE 
Dá pra pensar pensar em buscar alguma coisa na Internet e não pensar no Google? A empresa virou verbo – I 
google, you google… Está na vanguarda da inovação e tem uma margem de lucro de 21%, possível graças a sua 
capacidade de ditar preços. Seu algoritmo de busca, que sempre encontra os resultados mais certeiros, é o mais 
avançado e a quantidade de dados que seus robôs já catalogaram fazem do Google o monopólio dos sites de 
busca. 
Em contraste aos monopólios que estão nessa condição por conta de uma imposição, como uma licença, os 
monopólios do “bem” a garantem promovendo inovação e progresso. 
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OLIGOPÓLIO 
 Definido de duas formas: 
1) pequeno número de empresas no setor. Ex. Indústria automobilística. 
2) pequeno número de empresas domina um setor com muitas empresas. Ex.: AMBEV. 
 
 Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus 
termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm 
baixo poder de reação a alterações de preços. 
 No OLIGOPÓLIO, assim como no monopólio, há barreiras para a entrada de novas empresas no setor. 
Tipos de OLIGOPÓLIO: 
1) com produto homogêneo (alumínio, cimento, assento de uma aeronave); 
2) com produto diferenciado (automóveis) 
 A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas 
persistirão. 
Formas de atuação das empresas: 
1) concorrem entre si, via guerra de preços ou de promoções; 
2) formam cartéis (Cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que 
determina a política para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre 
as empresas). 
 
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 Este infográfico nos sugere que a Coca Cola, Pepsico, Kelloggs,Nestlé, Johnson & Johnson, P&G, 
Mars, Unilever e General Mills, possuem dezenas de marcas que impregnam a cotidianidade de milhões de 
pessoas ao redor do mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA 
 O nome é contraditório, pois nesta situação existe concorrência. É uma estrutura de mercado 
intermediário entre a concorrência perfeita e o monopólio, com as seguintes características: 
- muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço; 
- cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos; 
- cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor 
tem opções de escolha, de acordo com sua preferência. 
Exemplo: o mercado dos restaurantes tem características típicas da concorrência monopolística. Em cada 
grande cidade existe centenas de restaurantes com grande variedade de comidas, preços, ou serviços. A entrada 
(e saída) no mercado é fácil e a publicidade reforça a diferenciação. 
 
 
 
 
 
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APLICAÇÃO: 
 
 
 
 
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III. MODELO DE COURNOT (determinação simultânea de quantidades) 
 
 Este modelo, aplicado a uma situação de DUOPÓLIO toma como pressuposto-base que cada empresa, 
numa situação de ponderação de alteração de estratégia em termos de quantidades produzidas, assume que a sua 
rival continuará a produzir a mesma quantidade após a sua decisão. Assim, o modelo assume que cada 
duopolista assume a quantidade produzida pelo outro como fixa, não reagindo às suas decisões relativas à 
produção. De qualquer forma, o resultado obtido pelo modelo mostra que o comportamento de cada empresa 
afeta decisivamente o da sua rival. 
 O MODELO DE COURNOT parte da consideração da curva da procura de mercado para definir as 
curvas da procura de cada uma das empresas e paralelamente definir a quantidade produzida por cada empresa 
como função da quantidade produzida pela outra. A função que relaciona as quantidades das duas empresas 
denomina-se FUNÇÃO DE REAÇÃO, que representa então o conjunto de soluções em termos de quantidade 
de produto de cada duopolista tendo em conta a quantidade oferecida pelo outro. 
 Assim, cada empresa tem de prever a escolha de produção de outra. Com base nessa previsão, cada 
empresa escolherá uma produção que maximize seu próprio lucro, onde o lucro é dado pela receita da empresa 
menos seu respectivo custo. Procuraremos, então um equilíbrio em previsões - uma situação em que cada 
empresas vê confirmadas suas crenças sobre a outra, ou seja, o equilíbrio nessa situação é um equilíbrio de 
Nash. 
 
 
 
 
 
 A quantidade que a empresa deverá produzir será dada pela curva de reação. A curva de reação 
informará o quanto deve produzir em função da quantidade produzida pela sua concorrente. Em equilíbrio, cada 
empresa determina seu nível de produção conforme sua própria curva de reação, de tal forma que os níveis de 
produção sejam encontrados no ponto de interseção entre as duas curvas de reação. Neste ponto de equilíbrio, 
cada empresa estima corretamente que sua concorrente produzirá, maximizando seus lucros adequadamente. 
Consequentemente, nenhuma empresa se sentirá estimulada a modificar seu próprio comportamento. 
 
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IV. MODELO DE BERTRAND (determinação simultânea de preços) 
 
 
 BERTRAND idealizou um modelo de duopólio também realçando a interdependência entre as firmas 
produtoras ou vendedoras, em que postulava que uma firma estabeleceria seu preço na crença de que o preço da 
outra não se alteraria. Portanto, nesse modelo o preço é fixo, e não mais as quantidades, e cada duopolista o 
estabelecerá na suposição que o preço de seu antagonista permanecerá constante. 
 Embora característico de duopólio, o modelo de BERTRAND poderia ser utilizado para explicar 
situações com um maior número de firmas. As hipóteses subjacentes são as mesmas do MODELO DE 
COURNOT, ou seja: produto homogêneo, custos de produção idênticos e nulos, o comportamento dos 
duopolistas é análogo no sentido de maximizarem os lucros e não há acordo entre eles. Os produtores estão 
aptos a produzir tanto quanto os consumidores desejarem adquirir, e cada produtor supõe que o procedimento 
do rival é constante e fixo. 
 
 A figura 2 apresenta as curvas de reação (ORA e ORB) dos dois oligopolistas A e B. Se o produtor B for 
o primeiro a entrar no mercado oferecendo um preço OP1, o duopolista A entra no mercado pretendendo 
suplantar o rival, estabelecendo o preço menor OP2, correspondendo ao ponto 1 em sua curva de reação. Sendo 
os produtos homogêneos, a este preço o produtor A poderá conquistar todo o mercado, e, portanto, o duopolista 
B, supondo inalterado este nível de preços, estabelecerá um novo preço, inferior a OP3, correspondente ao ponto 
2 em sua curva de reação. 
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V. MODELO DE STACKELBERG (liderança de quantidades) 
 
 Modelo de oligopólio no qual uma empresa determina o nível de produção ANTES que outras empresas 
o façam. 
 O MODELO DE STACKELBERG utiliza o MODELO DE COURNOT, mas introduz lhe uma 
alteração fundamental: uma das empresas tem conhecimento que a outra se comporta como um duopolista de 
COURNOT. 
 Assim sendo, segundo o MODELO DE STACKELBERG, a primeira das empresas referidas, que 
assume a posição de líder, vai escolher a quantidade a produzir tendo em conta o efeito que essa escolha terá no 
comportamento da rival (que assume a qualidade de seguidora). 
 De fato, quando uma empresa (líder) sabe que a outra toma decisões ao nível das quantidades produzidas 
pressupondo que ela não vai alterar as suas, vai incorporar esse conhecimento nas suas decisões, passando a 
saber exatamente qual será a sua curva da procura. A partir daí, escolhe um nível de produção que lhe maximiza 
o lucro, gerando-se uma situação final de mercado em que os lucros da empresa líder superam os da empresa 
seguidora. 
 Este modelo não considera a possibilidade de ambas as empresas desejarem ser líderes, situação que 
levaria a uma situação em que as quantidades seriam superiores e os preços inferiores, numa situação idêntica à 
de concorrência perfeita. 
 
 
 
 
 
 O equilíbrio de COURNOT ocorre quando as duas curvas de reação se interceptam. 
 O equilíbrio de STACKELBERG ocorre quando uma curva de reação é tangenciada pela curva de 
isolucro da outra firma. Uma curva de isolucro representa das combinações das quantidades Q1 e Q2 que 
proporcionam a uma dada empresa um dado nível de lucro. 
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VI. CONLUIO 
 O CONLUIO chamado de “Herança” é aquele desenvolvido na modalidade “pregão presencial” em que 
duas empresas combinam suas participações da seguinte forma: o primeiro colocado oferece preço 
consideravelmente reduzido e o segundo colocado (ambos em combinação) oferece preço não excessivo, a 
garantir a segunda colocação. 
 Os demais licitantes deixam de oferecer lances, em virtude do preço desmesuradamente baixo do 
primeiro colocado (o desinteresse na disputa ocorre porque os lances deverão ser ofertados sempre abaixo do 
menor valor registrado, no caso, aquele oferecido pelo primeiro colocado). 
 Assim, a fase de lances transcorre m branco (sem lances). Ocorre que o primeiro colocado, ao ser 
instado a apresentar a habilitação, exibe-a de forma irregular (alguma certidão vencida, por exemplo) e é 
inabilitado. O plano se concretiza quando o segundo colocado“herda” a licitação e tem possibilidade de ganhá-
la sem que tenha existido uma disputa legítima (na fase de lances). 
 O conluio entre concorrentes é uma prática ilegal em todos os países da Organização para a 
Cooperação e Desenvolvimento Económico ou Econômico (OCDE) e pode ser investigada e punida ao 
abrigo das leis e regras da concorrência. Em alguns países da OCDE, o conluio entre concorrentes constitui 
ainda uma infração penal. 
 Apesar de os indivíduos e empresas poderem entrar em acordo para implementar esquemas de conluio 
numa variedade de formas, costumam ser utilizadas, concomitantemente, uma ou mais de várias estratégias 
comuns. Estas estratégias podem resultar em padrões que os responsáveis pela contratação podem detectar, 
podendo então ajudar a revelar esquemas de conluio. 
 Propostas Fictícias ou de Cobertura: As propostas fictícias, ou de cobertura (também designadas 
como complementares, de cortesia, figurativas, ou simbólicas) são a forma mais frequente de implementação 
dos esquemas de conluio entre concorrentes. Ocorre quando indivíduos ou empresas combinam submeter 
propostas que envolvem, pelo menos, um dos seguintes comportamentos: 
 (1) Um dos concorrentes aceita apresentar uma proposta mais elevada do que a proposta do candidato 
escolhido, 
 (2) Um concorrente apresenta uma proposta que já sabe de antemão que é demasiado elevada para ser 
aceita, ou 
 (3) Um concorrente apresenta uma proposta que contém condições específicas que sabe de antemão que 
serão inaceitáveis para o comprador. As propostas fictícias são concebidas para dar a aparência de uma 
concorrência genuína entre os licitantes. 
 Supressão de propostas: Os esquemas de supressão de propostas envolvem acordos entre os 
concorrentes nos quais uma ou mais empresas estipulam abster-se de concorrer ou retiram uma proposta 
previamente apresentada para que a proposta do concorrente escolhido seja aceita. Fundamentalmente, a 
supressão de propostas implica que uma empresa não apresenta uma proposta para apreciação final. 
 Propostas Rotativas ou Rodízio: Nos esquemas de propostas rotativas (ou rodízio), as empresas 
conspiradoras continuam a concorrer, mas combinam apresentar alternadamente a proposta vencedora (i.e. a 
proposta de valor mais baixo). A forma como os acordos de propostas rotativas são implementados pode variar. 
Por exemplo, os conspiradores podem decidir atribuir aproximadamente os mesmos valores monetários de um 
determinado grupo de contratos a cada empresa ou atribuir a cada uma, valores que correspondam ao seu 
respectivo tamanho. 
 Divisão do Mercado: Os concorrentes definem os contornos do mercado e acordam em não concorrer 
para determinados clientes ou em áreas geográficas específicas. As empresas concorrentes podem, por exemplo, 
atribuir clientes específicos ou tipos de clientes a diferentes empresas, para que os demais concorrentes não 
apresentem propostas (ou apresentem apenas uma proposta fictícia) para contratos ofertados por essas classes de 
potenciais clientes. Em troca, o concorrente não apresenta propostas competitivas a um grupo específico de 
clientes atribuído a outras empresas integrantes do cartel. 
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