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AGRAVO+DE+INSTRUMENTO

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – SP
VIAÇÃO METEORO LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o n° xx.xxx.xxx/xxxx-xx, com sede na cidade de São Paulo/ SP, rua xxx, n° xxx, CEP xxx, endereço eletrônico xxxxx@xxx.com, inconformada com a decisão do despacho de fls. xx, proferida nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS MATERIAIS CAUSADOS EM ACIDENTE DE TRÂNSITO, em tramite na xx vara cível de Baurú/SP, processo n. 002002-8, promovida por CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA. – ME, microempresa, inscrita no CNPJ sob n° xx.xxx.xxx/xxxx-xx, sediada e estabelecida na cidade de Baurú/SP, na rua xxx, n° xxx, CEP xxx , endereço eletrônico xxxxx@xxx.com, neste ato representada por seu proprietário BARNABÉ, estado civil, agricultor, brasileiro, portador da cédula de identidade RG n° xx.xxx.xxx.xx, nº de CPF/MF xxx.xxx.xxx/xx, endereço eletrônico xxxxx@xxx.com, residente e domiciliado no endereço xxx, n° xxx, CEP xxxxxx-xxx, na cidade de Bauru/SP, vem respeitosamente a presença Vossa Excelência, por meio de sua advogada infra-assinada (procuração em anexo, doc. xx), com fulcro no art. 1015, do Código de Processo Civil, interpor o presente
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
Em consonância com o art.  995, parágrafo único, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DO PREPARO (art. 1.007, caput e art. 1.017, § 1º, do CPC)
O Agravante acosta o comprovante de recolhimento do preparo, cuja guia correspondente ao valor de R$ xxxxxxx (xxxxxxx xxxxx), atende à tabela de custas deste Tribunal.
II – DA TEMPESTIVIDADE
 O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, haja vista que a publicação da intimação ocorreu em 02/04/2018. Assim o prazo de 15 dias úteis para interposição do recurso termina no dia 23/04/2018. Conforme art. Art. 219 e 1003, § 5º do CPC.
III – DO NOME E ENDEREÇO COMPLETO DO ADVOGADO
Advogada da Agravante: xxxxxx xxxxxxx, inscrita na OAB/SP, nº xxxxx, com escritório na rua xxxxxxxx, nº xxx, bairro, xxxxxx, São Paulo /SP, endereço eletrônico xxxxxxxxxxx@xxxxx.com 
Advogada da Agravada: xxxxxxxxxx xxx, inscrita na OAB/SP nº xxxxxx, com escritório na rua. xxx, nº xxx, centro de Baurú/SP, endereço eletrônico xxxxx@xxx.com.
IV – DA JUNTADA DAS PEÇAS OBRIGATÓRIAS E FACULTATIVAS (ART. 1.017, INC. I E III CPC)
 A Agravante junta cópia integral dos autos, declarada autêntica pela advogada nos termos do artigo 425, IV do Código de Processo Civil, e, entre elas, encontram-se as seguintes peças obrigatórias:
1) Cópia da r. Decisão agravada (fls. xx);
2) Cópia da certidão da intimação da r. Decisão agravada (fls xx);
3) Cópia da procuração outorgada às advogadas (fls. xx, xx, xx e xx);
4) Copia da Petição Inicial (fls. xx);
5) Contestação da agravante (fls. xx);
6) copia da petição que ensejou a decisão agravada (fls. xx). 
Diante disso, pleiteia-se o processamento do presente recurso, sendo o mesmo distribuído a uma das Câmaras Cíveis deste Egrégio Tribunal de Justiça (CPC, art. 1.016, caput), para que seja, inicialmente, e com urgência, submetido para análise do pedido de efeito suspensivo ao recurso (CPC, art. 1.019, inc. I).
Respeitosamente, pede deferimento.
Termos em que
Pede deferimento
São Paulo, xx de abril de 2018.
Advogada xxxxxx xxxxxx
OAB/SP xxx.xxx
 RAZÕES DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGRAVANTE: VIAÇÃO METEORO LTDA
AGRAVADA: CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA. – ME
PROCESSO DE ORIGEM Nº 002002-8
VARA DE ORIGEM: FORO REGIONAL DE BAURÚ/SP – XXª VARA CÍVEL
 COLENDA CÂMARA,
INCLITOS DESEMBARGADORES.
DO CASO
A Agravada ajuizou ação indenizatória, pleiteando o pagamento de danos materiais, danos emergentes e lucros cessantes, que a agravante lhe teria ocasionado em acidente de trânsito, ocorrido na Rodovia BR 345, em seu km 447.
No dia 15 do mês de fevereiro de 2018, foi realizada a audiência de conciliação nos autos do processo n. 002002- 8, da xx Vara Cível da Comarca de Bauru/SP. Compareceu a autora, Caipira Hortaliças Ltda. ME, representada por seu diretor, Sr. Barnabé, e acompanhada de seu procurador, e a ré, Viação Meteoro Ltda., acompanhada de sua ilustre procuradora, não foi possível a realização de acordo, abrindo assim o prazo de 15 dias para apresentação da Contestação.
A agravante apresentou sua contestação, rebatendo as alegações da agravada. Ademais, apresentou também um pedido de denunciação à lide da Seguradora Trafegar S/A, apresentando para tanto a fotocópia da apólice de seguros.
Contudo, o r. juízo emitiu despacho, questionando a juntada da fotocópia da apólice de seguros. Conforme despacho: “Vista à ré, no prazo de 10 dias. Junte a ré a apólice original de seguro e o contrato de seguro, firmados com a Seguradora Trafegar S/A, sob pena de indeferimento da denunciação da lide”. 
A empresa Viação Meteoro Ltda. protocolizou petição, aduzindo que a apólice original não foi encontrada e que não está de posse do contrato de seguro, e que não há obrigatoriedade em juntar o contrato de seguro, bastando à apólice. Aduziu ainda que a fotocópia da apólice seria suficiente para demonstrar o seu direito de regresso.
DA DECISÃO AGRAVADA
O meritíssimo juízo proferiu a seguinte decisão com relação ao pedido de Denunciação a Lide:
“Vistos, etc.
Considerando que a ré não atendeu ao r. despacho de fls., e por considerar que a apólice de seguro original e o contrato de seguro são documentos essenciais para o deferimento da intervenção de terceiros requerida, indefiro o pedido de denunciação à lide. Publique-se.”
PRELIMINAR DE NULIDADE
Inicialmente, antes de nos atermos as questões de mérito, vale frisar que, o ilustre juízo não fundamentou a decisão agravada, violando assim, o princípio constitucional que trata da obrigatoriedade de fundamentar as decisões expedidas pelo judiciário, sob pena de nulidade da decisão. 
Art. 93, inciso IX, da Constituição Federal.
Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
[...]
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes;
Art. 11, do Código de Processo Civil.
 Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Razão pela qual, pelos fundamentos acima expostos, pede-se a nulidade da decisão dada pelo o meritíssimo juízo de primeira instância, conforme questões anteriormente ventiladas.
DA ANTECIPAÇÃO DA PRETENSÃO RECURSAL
O presente recurso é eivado de fundamento relevante e a não reforma da decisão que indeferiu a denunciação a lide poderá resultar em ineficácia da medida, sendo ainda verossímil a alegação do agravante, conforme bem menciona o art. 300 do Código de Processo Civil.
“A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo”.
Caso vossa excelência não conceda tal medida, a agravante sofrerá dano irreparável ou de difícil reparação (periculum in mora), uma vez que esta corre o risco de condenação judicial, devendo obrigatoriamente arcar com valores elevados que colocará em risco seu patrimônio levando-a a falência, sendo que está é assegurada pela Seguradora Trafegar S/A de possíveis incidentes, conforme cópia de apólice anexa (doc. xx). 
DO DIREITO E RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
A Respeitável decisão interlocutória agravada merece ser reformada, visto que proferida em franco confronto com os interesses do Agravante, já que a mantém em situação de risco pela inflexibilidade da Agravada.
 O despacho denegatórioda denunciação a lide que o magistrado proferiu é totalmente descabivel, sem fundamentação alguma, dado por mero desejo de provar sua autoridade. Com intenção de dificultar o direito da agravante pleiteado.
Haja vista, que nos artigos do Código Civil e do Código de Processo Civil a seguir, comprovam desnecessária a juntada da apólice original de seguro e o contrato de seguro, sendo as fotos copias suficientes para provar o alegado.
Art. 758. do Código Civil Brasileiro.
O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio.
A Agravante não se encontra com o contrato original do seguro apenas com a fotocopia da apólice, uma vez que não há obrigatoriedade do contrato, juntou a fotocopia da apólice como documento para obter o direito de regresso.
Conforme art. 422, paragrafo 1°, do CPC de 2015, as fotocopias tem poder de comprovação caso estejam em conformidade com o documento original e a parte contra quem foi produzida não impugnada sua veracidade.
Art. 422.
Qualquer reprodução mecânica, como a fotográfica, a cinematográfica, a fonográfica ou de outra espécie, tem aptidão para fazer prova dos fatos ou das coisas representadas, se a sua conformidade com o documento original não for impugnada por aquele contra quem foi produzida.
§ 1º As fotografias digitais e as extraídas da rede mundial de computadores fazem prova das imagens que reproduzem, devendo, se impugnadas, ser apresentada a respectiva autenticação eletrônica ou, não sendo possível, realizada perícia.
Art. 410.
Considera-se autor do documento particular:
I - aquele que o fez e o assinou;
II - aquele por conta de quem ele foi feito, estando assinado;
Art. 411.
Considera-se autêntico o documento quando:
[...]
II - a autoria estiver identificada por qualquer outro meio legal de certificação, inclusive eletrônico, nos termos da lei;
III - não houver impugnação da parte contra quem foi produzido o documento.
Desta forma é legitimo que a Agravante fizesse a denunciação da lide para a seguradora fazer parte do polo passivo, uma vez que o documento juntado já bastaria para esclarecer seu vínculo.
Sobre o tema abordado os Tribunais Estaduais do Paraná e do Mato Grosso do Sul possuem os seguintes entendimentos:
TJ-PR – Agravo de Instrumento AI 4166132 PR 0416613-2 (TJ-PR)
Data de publicação: 26/07/2007
Emenda: Agravo de instrumento. Reparação de danos. Acidente de Trânsito. Denunciação à lide. Indeferimento pelo Juízo “a quo”. Recurso provido. I- Considerando-se a comprovação da existência de contarto de seguro entre as partes, deve a seguradora denunciante permanecer na lide eis que de sua permanência não decorrerá qualquer prejuízo para as partes ou para a própria denunciada. II – Recurso que merece provimento.
TJ-MS - Agravo de Instrumento AI 14087143220158120000 MS 1408714-32.2015.8.12.0000 (TJ-MS)
Data da Publicação: 30/09/2015
Ementa: AGRAVO DE IINSTRUMENTO – AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS – ACIDENTE DE TRANSITO – DENUNCIAÇÃO DA LIDE – VEÍCULO CONDUZIDO POR FUNCIONARIO DA EMPRESA, A QUAL DETÉM CONTRATO DE LOCAÇÃO COM A PROPRIETARIA DO VEÍCULO, QUE POSSUI CONTRATO DE SEGURO- SENTENÇA MODIFICADA- RECURSO PROVIDO. O requerido pode denunciar a lide à empresa locadora do veículo e à empresa seguradora, porquanto, como conduzia o veículo (envolvido no acidente), na qualidade de funcionário da empresa empregadora, em princípio, merece ser acobertado pelas regras contratuais entabuladas entre a empregadora e a locadora de veículos.
DOS PEDIDOS
Diante do todo exposto Requer a Vossa Excelência:
1) O acolhimento da preliminar de nulidade da decisão, art. 11, do CPC e 93, IX, da CF/88.
2) O conhecimento do recurso, bem como a antecipação da tutela recursal, conforme fundamentos acima expostos;
3)Intimação da Agravada para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias;
4)Requer, ao final, o conhecimento e o consequente provimento do presente recurso para reformar a decisão atacada e determinar a denunciação à lide, chamando ao processo a Seguradora Trafegar S/A.
5)A condenação da Agravada ao pagamento das custas processuais do incidente, em conformidade com arts. 82,§ 2° e 85, do CPC/2015.
6)Por fim, requer-se que todas as publicações/intimações sejam realizadas em nome da subscritora da presente ação, Dra. FULANA DE TAL, OAB/SP n. xxx.xxx, sob pena de nulidade nos termos da lei.
Nos termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, xx de abril de 2018.
Advogada xxxxxx xxxxxx
OAB/SP xxx.xxx

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