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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO ENGENHARIA HÍDRICA CLIMATOLOGIA - Prof. Siclério Ahlert Umidade? O que é? • É A QUANTIDADE DE VAPOR D’ÁGUA PRESENTE NA ATMOSFERA; • Parte aérea ou atmosférica do ciclo hidrológico; • Exerce papel importante na distribuição da energia no planeta; • Varia muito espacialmente e temporalmente (de lugar para lugar e ao longo do dia, semana, mês); O que nos interessa? 29 % do planeta é constituído por continentes 71 % do planeta é constituído por oceanos 2,15% está nos mantos, calotas e campos de gelo 0,63 % são águas terrestres +/- 97.2 % da água do planeta está nos Oceanos (Salgada) 0,001 % da água está na ATMOSFERA Quanta umidade o ar pode conter? • Do que depende a quantidade de vapor d’água presente na atmosfera? – Inicialmente, disponibilidade de água e energia para a evaporação; – Temperatura • Em síntese, depende de um conceito denominado QUANTIDADE DE MISTURA O que é quantidade de mistura? • É a quantidade de vapor d’água que o ar consegue suportar em determinado instante, e isso depende essencialmente da temperatura; • Ou seja, quanto vapor d’água eu consigo misturar com a atmosfera; • Em torno de 4% do volume e 2% da massa • Veremos com exemplos: – Consideramos que a pressão atmosférica seja normal (1013.25 mb); Conceitos de umidade • Umidade específica e/ou umidade absoluta – É a quantidade de vapor d’água que consegue ser mantido numa parcela de ar; – Sua medida é importante porque indica a quantidade de vapor d’água disponível para precipitar; – Medição: Gramas de vapor d’água por quilograma de ar • Umidade Relativa – É a quantidade de vapor d’água presente na atmosfera em relação ao máximo que a atmosfera consegue suportar naquela temperatura. – É medida em porcentagem (Relação entre temperatura e umidade específica) Mas,...... o que causa a evaporação? • A mudança do estado físico da água (líquido para gasoso ou sólido para gasoso) ocorre quando o aporte de energia é maior que a atração intermolecular das partículas de água; – Com a energia calorífica, a agitação das moléculas aumenta; – Vencem a tensão superficial da água e passam para o ar convertidas em partículas de vapor Situação A: Temperatura de -10º C Ar muuuuuuito Frio Ar muito denso, com pouco espaço para as moléculas de água Situação B: Temperatura de 0º C Ar frio Ar denso, ainda com espaço pequeno para as moléculas de água Situação C: Temperatura de 10º C Ar fresco Ar denso, com pouco espaço para as moléculas de água Situação D: Temperatura de 20º C Agradável Situação E: Temperatura de 30º C Quente Situação F: Temperatura de 40º C Muito Quente No exemplo, será que a umidade ........ • ESPECÍFICA aumentou a medida que a temperatura subiu? • SIM, pois temos mais vapor d’água presente na atmosfera • RELATIVA mudou em decorrência do aumento da temperatura? • NÃO, pois a proporção entre a capacidade do ar em receber vapor d’água e a vapor efetivamente presente continua sendo a mesma! Por que a umidade relativa não mudou? -10° C 0° C 10° C 20° C 30° C 40° C Temperatura Umidade específica Temperatura X Umidade Temperatura (º C) Umidade específica (g/Kg) -30 Quase zero -10 2 0 4 10 8 20 15 30 26 40 46 Aumento da umidade relativa Temperatura Umidade específica Como medir a umidade? Psicrômetro Dois termômetros 1 bulbo seco 1 bulbo úmido Comparativo: Fio de cabelo Temos a seguinte condição: • Temperatura: 30° C • Umidade específica: 26 g/kg, ou seja, a umidade relativa chegou a 100%; • O solo está bastante úmido, e em função do calor mais água poderá evaporar! • Será que ainda vai haver evaporação? • Para onde vai esse vapor d’água que eventualmente seja evaporado se o ar já está “cheio” de vapor d’água? • SATURAÇÃO O que é saturação do ar? • A quantidade de vapor d’água chegou ao máximo que o ar consegue suportar nessa condição de temperatura. – Umidade relativa de 100% • Se houver acréscimo de vapor d’água na atmosfera (mais evaporação) irá ocorrer a CONDENSAÇÃO; • É o processo contrária a da evaporação: Passagem do estado gasoso para líquido ou sólido; • Depende da umidade, temperatura e pressão atmosférica; • Para a condensação ocorrer, é necessário a existência de um NÚCLEO DE CONDENSAÇÃO; – Cristal de sal, pólen ou poeira (tamanho microscópico) • Quando a condensação ocorre na atmosfera, temos a formação das nuvens; • A pressão atmosférica também interfere na condensação. O que é a condensação? Temperatura do ponto de orvalho! • Como ocorre o orvalho ? – Condensação (saturação) que ocorre durante a noite, em função da diminuição da temperatura. • Durante o dia, a temperatura se eleva e a umidade específica também; • Durante a noite, a temperatura diminui e a umidade específica permanece a mesma, fazendo com que a umidade relativa aumente; • Se for alcançada uma temperatura suficientemente baixa, teremos a saturação e condensação, denominado de PONTO DE ORVALHO. Um exemplo .... ORVALHO Temperatura Umidade específica Temperatura de ponto de orvalho Condensação e formação de ORVALHO Portanto: • O orvalho não “cai” do céu. Não é um processo de precipitação; • A quantidade ou intensidade do orvalho depende do quanto a temperatura noturna foi abaixo do ponto de orvalho; • Quando há turbulência do ar, temos geralmente a ocorrência de nevoeiros ao amanhecer – O vapor d’água ao invés de condensar sobre uma superfície junto ao solo, condensa em núcleos de condensação em movimento na atmosfera A umidade ao longo do dia Curiosidades • Paredes ou piso molhado – O ar está carregado de umidade, muito próximo ao ponto de saturação; – Ao entrar em contato com uma superfície mais fria, o vapor d’água condensa, deixando paredes e pisos molhados • Janela embaçada – Existe muito vapor d’água dentro de um recinto (quarto, cozinha, banheiro ou carro). – Esse ar em contato com o vidro frio (temperatura externa) também causa condensação, deixando-o embaçado. Leituras Recomendadas • AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. 16.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. 332 p. • CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: uma introdução à geografia física. 7.ed. Porto Alegre : Bookman, 2012. 727 p. • STRAHLER, Arthur N.,; STRAHLER, Alan H. Geografía física. 3.ed. Barcelona, Espanha: Omega, 1989. 550 p. • SILVA, Mário Adelmo Varejão. Meteorologia e climatologia. Recife: [s.n.], 2005, 516 p.
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