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Painel / Meus cursos / Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos / Módulo de Encerramento / Exercício Avaliativo Final Iniciado em quarta, 5 set 2018, 13:28 Estado Finalizada Concluída em quarta, 5 set 2018, 14:28 Tempo empregado 1 hora Notas 10,00/10,00 Avaliar 30,00 de um máximo de 30,00(100%) Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A prefeitura de um determinado município e uma empresa promotora de eventos assinaram um contrato, em 15/10/X1, para a organização das festividades comemorativas do aniversário da emancipação municipal. As festividades aconteceriam de 12 a 14 de janeiro de X2, contudo em 10 de janeiro de X2, fortes chuvas caíram sobre toda a região do município, levando ao transbordamento de rios, inundações de áreas urbanas e rurais e à decretação do estado de calamidade pública pelo prefeito. Consequentemente, as festividades relativas ao aniversário da emancipação municipal foram canceladas e o contrato com a empresa promotora do evento foi rescindido unilateralmente pela prefeitura. A empresa solicitou ressarcimento por despesas incorridas e prejuízos sofridos. Por isso, você, como fiscal do contrato, foi chamado a opinar. Avalie essa situação e marque a alternativa correta. a. A empresa não tem direito a nenhum ressarcimento, devido à decretação do estado de calamidade pública no município. b. A empresa tem direito apenas ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da rescisão, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. c. A empresa tem direito apenas ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da rescisão, e ao custo de desmobilização, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. d. A empresa tem direito apenas ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da rescisão, ao custo de desmobilização e aos prejuízos por ela incorridos, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. e. A empresa tem direito ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da rescisão, ao custo de desmobilização e aos prejuízos que ela regularmente comprovados que houver sofrido, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. A alternativa está correta. De acordo com o parágrafo 2º do artigo 79 da Lei nº 8.666/93, a empresa contratada tem direito ao ressarcimento dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo da desmobilização. Ocorrendo a rescisão unilateral do contrato por parte da Administração, sem que haja culpa por parte da contratada, de acordo com o parágrafo 2º do artigo 79 da Lei nº 8.666/93, a contratada tem direito ao ressarcimento dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo da desmobilização. Gabarito: A empresa tem direito ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da rescisão, ao custo de desmobilização e aos prejuízos que ela regularmente comprovados que houver sofrido, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. A alternativa está correta. De acordo com o parágrafo 2º do artigo 79 da Lei nº 8.666/93, a empresa contratada tem direito ao ressarcimento dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo da desmobilização. Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Os contratos de natureza continuada estão dentre as exceções quanto à duração dos contratos administrativos, que, em geral, devem ter suas vigências coincidentes com os créditos orçamentários correspondentes. Com base no que foi estudado no curso, escolha a opção correta. a. Um contrato de vigilância armada, firmado inicialmente com prazo de vigência de 12 meses, pode ter sua vigência prorrogada por até o máximo de 60 meses. Essa é a resposta correta. Os serviços de vigilância são representativos do que sejam contratos de natureza continuada. Assim, aplicam-se a tais contratos a possibilidade de prorrogação de suas vigências em até 60 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses, em situações excepcionais, conforme previsto no § 4º do art. 57 da Lei 8.666/1993. b. Um contrato de fornecimento de passagem aérea da Secretaria de Finanças de um município, cuja vigência inicial se deu de agosto a dezembro, pode ser prorrogado por sucessivos períodos de 5 meses, até o limite de 60 meses. c. Um contrato de limpeza e conservação firmado em setembro, deve ter a sua vigência inicial de 4 meses, de modo que coincida com a vigência do crédito orçamentário pelo qual correrão as despesas. Como é um serviços de natureza continuada, poderá ser prorrogado por sucessivos períodos de 4 meses. d. Um contrato de fornecimento de produtos de informática, como computadores e impressoras, que foi firmado inicialmente pelo período de 12 meses, pode ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos até atingir o limite de 48 meses. e. Um contrato de manutenção da rede elétrica de um Secretaria de Estado firmado em junho, deve ter a sua vigência inicial de 7 meses, de modo que coincida com a vigência do crédito orçamentário pelo qual correrão as despesas. Como é um serviço de natureza continuada, poderá ser prorrogado, a partir da primeira prorrogação, por períodos de 12 meses, desta feita para coincidir com a vigência dos novos créditos orçamentários pelos quais correrão as respectivas despesas. De acordo a publicação Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU: "Serviços de natureza contínua são serviços auxiliares e necessários à Administração, no desempenho de suas atribuições, que se interrompidos podem comprometer a continuidade de suas atividades e cuja contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro. A Administração deve definir em processo próprio quais são seus serviços contínuos, pois o que é contínuo para determinado órgão ou entidade pode não ser para outros. São exemplos de serviços de natureza contínua: vigilância, limpeza e conservação, manutenção elétrica e manutenção de elevadores. O prazo de contrato para prestação de serviços contínuos pode ser estabelecido para um determinado período e prorrogado, por iguais e sucessivos períodos, a fim de obter preços e condições mais vantajosos para a Administração, até o limite de sessenta meses, desde que: o edital e o contrato estabeleçam expressamente a condição de prorrogação; a prorrogação não altere o objeto e o escopo do contrato; o preço contratado esteja em conformidade com o de mercado e portanto, vantajoso para o contratante; a vantajosidade da prorrogação esteja devidamente justificada nos autos do processo administrativo. De se lembrar que a vigência dos contratos de natureza contínua não precisa, necessariamente, coincidir com o ano civil. Assim, a duração desses contratos pode ultrapassar o exercício financeiro que foi firmado. O registro do crédito orçamentário pelo qual correram as despesas no novo exercício deve ser feito por mero apostilamento. Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior da Administração, o prazo de sessenta meses pode ser estendido por mais doze meses Importante ressaltar que alguns objetos de contratos, mesmo que idênticos, podem ser considerados como de natureza continuada para um determinado órgão e para outros não. Pode-se mencionar como exemplo a locação de veículos. Um órgão cuja necessidade de um veículo é esporádica e extraordinária, por exemplo, para descolamento de autoridades de outros países que vêm esporadicamente para conferências, não justificaria o contrato como de um serviço de natureza continuada. Já para outro órgão, que desenvolvesse, por exemplo, atividades de fiscalização necessitando de deslocamentos frequentes e que não contasse com frotaprópria, a disponibilidade de veículos poderia ser considerada imprescindível para o seu funcionamento. Por essa razão, os contratos de locação poderiam ser caracterizados como de serviços de natureza continuada. Gabarito: Um contrato de vigilância armada, firmado inicialmente com prazo de vigência de 12 meses, pode ter sua vigência prorrogada por até o máximo de 60 meses. Essa é a resposta correta. Os serviços de vigilância são representativos do que sejam contratos de natureza continuada. Assim, aplicam-se a tais contratos a possibilidade de prorrogação de suas vigências em até 60 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses, em situações excepcionais, conforme previsto no § 4º do art. 57 da Lei 8.666/1993. Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em um contrato de fornecimento de bens, antes da primeira entrega, e com fundamento no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993, foi feito um pedido pelo setor requisitante, de elaboração de termo aditivo alterando as quantidades dos produtos licitados, conforme detalhamento da tabela a seguir: Item Produto Contrato Aditivo Contrato com aditivo 1 Papel para impressão 35.000,00 9.000,00 44.000,00 2 Caneta 1.200,00 -200,00 1.000,00 3 Pasta classificadora 1.800,00 -600,00 1.200,00 4 DVD 10.000,00 1.000,00 11.000,00 5 Cartucho p/ HP 5020 12.000,00 -2.000,00 10.000,00 6 Tonner p/ HP 1102 40.000,00 12.000,00 52.000,00 Valor Total 100.000,00 19.200,00 119.200,00 Como fiscal do contrato, você deve verificar a pertinência e conformidade legal da alteração proposta, opinando quanto à possibilidade ou não da alteração pretendida. a. A alteração é possível, pois as alterações consensuais são de livre pactuação em um contrato. b. A alteração não é possível, pois acréscimos ou decréscimos de quantitativos só são possíveis em contratos de obras. c. A alteração é possível, pois o valor total do contrato variou dentro dos limites do mencionado artigo. d. A alteração não é possível, pois os itens 1 e 6 tiveram acréscimos acima do permitido na Lei Essa é a resposta correta. As alterações de quantitativos na aquisição de bens devem ser feitas observando os limites para cada item, como se fossem contratações autônomas. e. A alteração é possível, pois as mudanças quantitativas promovidas antes da primeira entrega não configuram alteração contratual, desde que não se altere o objeto do contrato. Observar que, ao contrário de um contrato de obras- que, por sua vez, é composto por diversos outros serviços ou insumos e cuja consequência é a impossibilidade de separá-los sem comprometer a execução da obra como um todo, em um contrato para fornecimento de bens, cada item licitado, adjudicado e contratado é independente e autônomo, devendo ser analisado em separado para fins de verificação do cumprimento dos limites impostos pelos §§ 1º e 2º, do art. 65, da Lei 8.666/1993. Veja que a própria licitação pode contemplar cada item para licitantes diferentes, havendo, no caso, um contrato para cada adjudicado. No exemplo, os itens 1, 3 e 6 estão acima do limite estabelecido, qual seja, de 25% para acréscimos e supressões. Ressalte-se que o item 3 poderia ser alterado desde que fosse resultante de acordo entre os contratantes, conforme previsto no inciso I, do § 2º, do mencionado art. 65. A tabela abaixo mostra as variações da proposta de alteração, para cada item do contrato: Item Produto Contrato Aditivo Contrato com aditivo Variação 1 Papel para impressão 35.000,00 9.000,00 44.000,00 25,7% 2 Caneta 1.200,00 -200,00 1.000,00 17,0% 3 Pasta classificadora 1.800,00 -600,00 1.200,00 - 33,3% 4 DVD 10.000,00 1.000,00 11.000,00 10,0% 5 Cartucho p/ HP 5020 12.000,00 -2.000,00 10.000,00 16,7% 6 Tonner p/ HP 1102 40.000,00 12.000,00 52.000,00 30,0% Valor Total 100.000,00 19.200,00 119.200,00 Gabarito: A alteração não é possível, pois os itens 1 e 6 tiveram acréscimos acima do permitido na Lei Essa é a resposta correta. As alterações de quantitativos na aquisição de bens devem ser feitas observando os limites para cada item, como se fossem contratações autônomas. Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A Lei 8.666/1993 trata expressamente das alterações dos contratos administrativos, impondo condições, limites e consequências para essas alterações (arts. 65, §§ 1º, 2º e 4º). Essa Lei também referencia a possibilidade de alteração no contrato administrativo em face de modificações do projeto ou especificações (art. 65, inciso I, alínea 'a'). Dessa forma, chegou-se a duas conceituações das alterações possíveis: as quantitativas e as qualitativas. Coube a boa parte da doutrina construir o entendimento do que vem a ser e qual o alcance dessas alterações. Com base no que foi estudado no curso, marque a alternativa correta acerca das alterações qualitativas e quantitativas. a. Tanto as alterações quantitativas quanto as qualitativas podem extrapolar os limites estabelecidos, desde que ocorram situações excepcionais e devidamente justificadas. b. As alterações quantitativas são aquelas que alteram os quantitativos de serviços contratos, enquanto que as alterações qualitativas se caracterizam pelo uso de , insumos ou o fornecimento de bens cujos materiais são de melhor qualidade (por exemplo), mantendo inalteradas as quantidades contratadas. c. Para o TCU, as alterações qualitativas não podem – em hipótese alguma – extrapolar os limites de acréscimos e supressões determinados pela Lei 8.666/1993, sujeitando-se às mesmas restrições das alterações quantitativas. d. Segundo o entendimento do TCU, a Administração deve avaliar, como uma das condições para que o contrato seja qualitativamente alterado, excepcionalmente, em percentuais acima dos limites estabelecidos pela Lei, se o custo de uma rescisão contratual acrescida dos custos de uma nova licitação seriam superiores aos da alteração pretendida. Essa é a resposta correta. Uma das condições expressas na Decisão 215/1999-TCU-Plenário, é que a Administração deve ponderar e motivar a decisão que promover alterações consensuais nos contratos de obras e serviços em patamares acima dos limites estabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei 8.666/1993, de modo que fique demonstrada qual a opção mais vantajosa para a Administração. e. As alterações qualitativas, quaisquer que sejam os impactos financeiros no contrato, apenas podem ser feitas de forma consensual, considerando que a Lei apenas se refere a acréscimo e supressões de alterações quantitativas. O fio condutor da decisão da Administração quanto às alterações contratuais que importem em aumento do valor inicial do contrato deve ser, como todo ato administrativo, a satisfação do interesse público. Assim, quando dos contratos de obras e serviços a Administração deve analisar a eventual necessidade de alteração de um contrato à luz da melhor opçãopara a coletividade, ou seja: se rescinde o contrato (por problemas de planejamento que demandaram alterações em sua concepção ou ante a ocorrência de fatos supervenientes que alteraram as condições de sua execução), ou se opta pela alteração do contrato vigente. Em todo caso, há que se verificar o tipo de alteração pretendida, considerando que a depender da classificação que se dê à alteração (se qualitativa ou quantitativa), as providências e decorrências serão diferentes. É certo que dentro dos limites estipulados no art. 65 da Lei 8.666/1993 as alterações serão unilaterais, não comportando maiores esforços interpretativos. Não obstante, também como ordinariamente se procede com os demais atos administrativos, deverá haver a motivação da decisão escolhida. A questão que se apresenta como maior dificuldade é a de classificar as alterações entre quantitativas e qualitativas, e no caso dessas últimas. O TCU, na publicação Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU, assim conceitua as duas situações, ao se referir às alterações unilaterais: - alteração qualitativa: quando a Administração necessitar modificar o projeto ou as especificações para melhor adequação técnica aos seus objetivos. Os requisitos para alterações qualitativas estão na Decisão 215/1999-TCU-Plenário; - alteração quantitativa: quando for necessária a modificação do valor do contrato em razão de acréscimo ou diminuição nos quantitativos do objeto; essa modificação está restrita aos limites permitidos no art. 65, § 1º, da Lei no 8.666/1993. Por fim, ressaltar que o TCU admite que, em caráter excepcionalíssimo, as alterações consensuais qualitativas possam ser efetuadas, desde que obedeçam aos pressupostos elencados na Decisão 215/1999-Plenário, que a situação de excepcionalidade esteja devidamente caracterizada e que não tenha sido em decorrência de culpa do contratado e/ou do contratante. Gabarito: Segundo o entendimento do TCU, a Administração deve avaliar, como uma das condições para que o contrato seja qualitativamente alterado, excepcionalmente, em percentuais acima dos limites estabelecidos pela Lei, se o custo de uma rescisão contratual acrescida dos custos de uma nova licitação seriam superiores aos da alteração pretendida. Essa é a resposta correta. Uma das condições expressas na Decisão 215/1999-TCU-Plenário, é que a Administração deve ponderar e motivar a decisão que promover alterações consensuais nos contratos de obras e serviços em patamares acima dos limites estabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei 8.666/1993, de modo que fique demonstrada qual a opção mais vantajosa para a Administração. Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 As sanções administrativas da Lei 8.666/1993, tratadas em parte no Capítulo IV da mencionada norma, estão expressas nas Seções I e II (arts. 81 ao 88). Acerca dessas sanções, assinale a alternativa correta. a. O contratado que não entrega parte do objeto adjudicado está sujeito apenas à Advertência, considerando que é conduta de baixa reprobabilidade. b. O licitante que não assinar o contrato a ele atribuído, após adjudicação e homologação, está sujeito apenas à declaração de inidoneidade para contratar com a Administração, considerada a mais gravosa das penalidades. c. A apenação com multa por inexecução de contrato pode ser aplicada conjuntamente com a suspensão temporária para participar de licitações e impedimento para contratações com a Administração. Essa é a resposta correta. Conforme disposto no § 2º do art. 87 da Lei 8.666/1993, as três penalidades podem ser aplicadas em conjunto com a multa, conforme previsto no instrumento convocatório e no contrato. d. Havendo inexecução do contrato, o contratado pode optar por uma das penalidades do art. 87 da Lei 8.666/1993. e. Apenas nos casos de advertência, suspensão temporária e declaração de inidoneidade o interessado tem garantido o direito a ampla defesa prévia e do contraditório, conforme expresso no§ 2º do art. 87 da Lei 8.666/1993. A Lei estabelece as condutas passíveis de aplicação de penalidades, mas não traz a gradação das sanções, considerando que elenca um rol delas no seu art. 87. Desse modo, cabe ao edital e ao contrato disciplinarem as demais hipóteses e condições para aplicação das penalidades. No caso das multas, considerando que são expressas em unidades monetárias e referenciadas a valores contratuais, deve-se especificar, por exemplo, percentuais, base de cálculo e prazo para recolhimento. Deve-se ainda evitar expressões vagas ou imprecisas, limitando a subjetividade de sua aplicação. A declaração de inidoneidade aplicada pela Administração (art. 87, inciso IV, da Lei 8.666/1993) não se confunde com aquela prevista no art. 46, da Lei 8.443/1992. Esta última aplicada pelo Tribunal de Contas da União por fraude comprovada à licitação. Gabarito: A apenação com multa por inexecução de contrato pode ser aplicada conjuntamente com a suspensão temporária para participar de licitações e impedimento para contratações com a Administração. Essa é a resposta correta. Conforme disposto no § 2º do art. 87 da Lei 8.666/1993, as três penalidades podem ser aplicadas em conjunto com a multa, conforme previsto no instrumento convocatório e no contrato. Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A Administração Pública necessita de instrumentos para viabilizar a consecução de seus objetivos e interesses, para tanto há a necessidade de realizar obras, adquirir bens ou produtos e contratar serviços. Para realizar essas contratações a Administração Pública deve seguir o correto procedimento para aquisição. Esse procedimento tem a seguinte ordem cronológica: Planejamento, Licitação e Contratação. Sobre a fase de Planejamento é INCORRETO afirmar que: a. O planejamento não é um princípio fundamental da Administração Pública Federal e, portanto, não pode ser exigido dos administradores públicos. O planejamento é um princípio e pode ser exigido dos administradores públicos. O art. 6º do Decreto Lei nº 200/67 prevê em seu inciso I que a Administração Pública deve obedecer ao princípio fundamental do Planejamento. b. Desde a fase de planejamento devem ser avaliados os critérios de eficácia, eficiência, efetividade e economicidade. c. O planejamento é fundamental para a melhoria da gestão pública. d. O Tribunal de Contas da União já manifestou-se sobre a importância da realização do planejamento estratégico institucional e o planejamento de TI. e. A falta de planejamento poderá acarretar a responsabilização do agente público que descumpriu tal incumbência. Além de um princípio fundamental previsto no decreto nº 200/67, o planejamento é umas das fases mais importantes de uma contratação, pois é nesta fase em que se deve analisar o que será feito, quando, como, onde, por quanto e porque. O bom planejamento evita uma série de problemas futuros na contratação e possibilita a correta fiscalização da entrega de bens ou prestação de serviços, além de prevenir a má utilização dos recursos públicos. Gabarito: O planejamento não é um princípio fundamental da Administração Pública Federal e, portanto, não pode ser exigido dos administradores públicos. O planejamento é um princípio e pode ser exigido dos administradores públicos. O art. 6º do Decreto Lei nº 200/67 prevê em seu inciso I que a Administração Pública deve obedecer ao princípio fundamental do Planejamento. Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Para a configuração de inexecução contratual, a atuação do fiscal do contrato é fundamental, pois, em algumas situações, é a partir dos registros feitos pela fiscalização que se pode imputar tal situação. Qual das alternativas a seguir, que relatam ações do fiscal do contrato, pode ser utilizada como fundamento para configurar uma inexecução contratual. a. Relato das reclamações verbais feitas ao preposto da empresa sobre as faltas observadasna execução do contrato. b. Comunicado à autoridade competente sobre a existência de reclamações trabalhistas de alguns empregados da contratada. c. Solicitação feita, mas não entregue, ao preposto da contratada sobre a relação de contratos firmados pela contratada com outras empresas. d. Registro em livro de ocorrências constando reiteradas falhas na prestação do serviço contratado devido ao uso de contingente inferior ao informado na planilha de preços. Essa é a resposta correta. O livro de ocorrências preenchido com as formalidades exigidas para a sua utilização em caso de rescisão é peça fundamental para dar suporte probatório da situação relatada e poderá ser utilizado como fundamento para rescisão contratual. e. Assinatura nos boletins de medição dando o atesto da realização dos serviços, conforme contratado. O cumprimento das formalidades na atuação do fiscal de contratos é peça fundamental para o desempenho da atividade com correção e efetividade, pois o exercício de algum direito da Administração, ou aplicação de alguma sanção, depende do correto, pertinente e tempestivo registro. Nesse sentido, para configurar a inexecução contratual é importante que as faltas, não conformidades no fornecimento ou na prestação do serviço, comunicações, reclamações e impugnações estejam formalizadas e em boa ordem, pois constituem o histórico documental da execução do contrato. De acordo com a publicação "Licitações e Contratos - Orientações e Jurisprudência do TCU", deve a Administração manter permanentemente, no local de execução de obra ou de prestação de serviços, registro apropriado para anotações relacionadas com a execução do contrato, Por exemplo: cumprimento dos prazos, desenvolvimento dos serviços, materiais empregados, locação de equipamentos, logística, mão-de-obra. O referido registro pode ser livro de capa dura, caderno, folhas impressas em computador, ou qualquer outro meio de anotação que possam ter folhas numeradas, rubricadas, datadas e assinadas pelo representante da Administração e preposto do contratado. Gabarito: Registro em livro de ocorrências constando reiteradas falhas na prestação do serviço contratado devido ao uso de contingente inferior ao informado na planilha de preços. Essa é a resposta correta. O livro de ocorrências preenchido com as formalidades exigidas para a sua utilização em caso de rescisão é peça fundamental para dar suporte probatório da situação relatada e poderá ser utilizado como fundamento para rescisão contratual. Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A Secretaria de Saúde do município pretende contratar, por meio de licitação na modalidade Pregão, empresa para prestar o serviço de locação de veículos com motorista. No edital, inseriu cláusula com indicação de que o contrato seria firmado inicialmente por 12 meses, mas que seria prorrogado por iguais e sucessivos períodos até o limite de 60 meses. Foi solicitado ao fiscal de contratos da Secretaria que opinasse sobre as cláusulas do edital que tratam da vigência do contrato. Foi pedido também que indicasse as cláusulas de contrato que tratassem da recomposição dos preços inicialmente contratados ao longo da vigência do ajuste, para que constassem da minuta do contrato que acompanha o edital. De acordo com o que foi estudado e com as disposições da Lei 8.666/1993, qual das alternativas a seguir indica a resposta técnica mais correta a ser dada pelo fiscal de contratos. a. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de que, a cada 12 meses, seja concedido um reajuste do valor do contrato, de modo a compensar a inflação do período. b. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas, pois no edital não deve constar a indicação nem a possibilidade de prorrogação do contrato. Somente quando da execução, e se a contratação ainda se mostrar vantajosa para a Administração, é que poderá haver prorrogação. c. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de repactuação dos preços a cada prorrogação, com base na variação do salário mínimo, de modo a compensar a inflação do período. d. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de repactuação dos preços, que terá base na apresentação de planilha e dos respectivos documentos que demonstrem a variação dos custos dos insumos que compõe o preço do serviço contratado. As prorrogações somente devem ser procedidas caso o contrato ainda se mostre vantajoso para a Administração. Essa é a resposta correta. A prorrogação do contrato é uma possibilidade, que será exercida pela Administração se as condições ainda lhes forem favoráveis, e não como uma obrigação decorrente do edital. As condições para a recomposição dos preços do contrato, ao longo da sua vigência, devem estar no edital e no contrato, e o instrumento a ser utilizado, ordinariamente, é a repactuação, que dever ser precedida de análise comparativa dos custos dos insumos da planilha de composição dos preços contratados. e. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de revisão dos preços a cada novo salário normativo da categoria dos motoristas. A vigência dos contratos de serviços de natureza continuada e os respectivos preços dos serviços executados têm disciplina própria na Lei 8.666/1993 quando o ajuste avança além do período inicial firmado. A primeira observação importante diz respeito à necessária previsão em edital da possibilidade de prorrogação da vigência e a forma como se procederá de modo a manter a equação econômico-financeira do contrato nas bases estabelecidas quando da proposta e do contrato. Assim, o contrato somente poderá ter sua vigência prorrogada se for consignado expressamente no edital. A medida se explica em razão de dar aos licitantes a possibilidade de formularem suas propostas contemplando essa hipótese, com impacto na vantajosidade do preço ofertado, em razão de uma contratação com perspectiva de se prolongar por um período de até 60 meses implicar em ganhos de escala e diluição de custos de mobilização e desmobilização. No caso de ser aventada a possibilidade de prorrogação do contrato, a Administração deve usar essa faculdade, desde que atendidas algumas condicionantes, como: 1. verificação de que a contratação ainda se mostra vantajosa: vantajosidade que deverá ser devidamente demonstrada nos autos do processo de prorrogação, por meio da comparação dos preços das novas condições do contrato com os praticados no mercado. 2. verificação de que a empresa atende a todos os requisitos de qualificação exigidos inicialmente na licitação. 3. verificação, caso necessário, do procedimento de recomposição de preços do contrato, com vistas a manter a equação econômico-financeira inicial, denominado repactuação, em que se deverá demonstrar a variação de preços dos insumos dos serviços contratados e ter periodicidade de um ano desde a última repactuação. Quando da primeira recomposição de preços, deve-se adotar como data-base a data do orçamento a que a proposta se referir, hipótese que deverá ser previamente consignada no edital. Gabarito: As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de repactuação dos preços, que terá base na apresentação de planilha e dos respectivos documentos que demonstrem a variação dos custos dos insumos que compõe o preço do serviço contratado. As prorrogações somente devemser procedidas caso o contrato ainda se mostre vantajoso para a Administração. Essa é a resposta correta. A prorrogação do contrato é uma possibilidade, que será exercida pela Administração se as condições ainda lhes forem favoráveis, e não como uma obrigação decorrente do edital. As condições para a recomposição dos preços do contrato, ao longo da sua vigência, devem estar no edital e no contrato, e o instrumento a ser utilizado, ordinariamente, é a repactuação, que dever ser precedida de análise comparativa dos custos dos insumos da planilha de composição dos preços contratados. Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Uma entidade de pesquisa assinou contrato com a Administração Pública para o desenvolvimento de software de gerenciamento de concessão de bolsa de pesquisas, no dia 2 de fevereiro de 2013. O prazo para entrega do produto era de 180 dias, com cláusula prevendo multa de 5% para cada trinta dias corridos de atraso na entrega. A entidade publicou o extrato deste contrato no dia 20 de março de 2013. Em 5 de outubro do mesmo ano, o fiscal do contrato propôs à Administração a aplicação de multa junto à contratada, pois já havia passado 30 dias do prazo da entrega. Em relação à proposta do fiscal para aplicação de multa podemos afirmar: a. Está correta, pois passaram-se mais de 30 dias do prazo pactuado para a entrega . b. Está correta, pois já passou do prazo de entrega do produto contratado, previsto para 16 de setembro. c. Que não se aplica, pois o prazo de inicio da contagem era dois de fevereiro, portanto estava dentro do prazo pactuado. d. Que não se aplica, pois os primeiros trinta dias serão completados em 16 de outubro. Item correto. Muito embora o prazo pactuado já tenha expirado em 16 de outubro de 2013, tendo como base a data de publicação do contrato, ainda não completou um mês, prazo previsto para aplicação da penalidade. Nada impede, no entanto, que a administração alerte ao contratado do atraso na entrega do produto. Ver Acórdão/TCU 400/2010 - Plenário. Além disso, se somarmos os 11 dias de março com os dias correspondentes aos meses de abril até 16 de outubro, chegaremos ao total de 210 dias, que corresponde ao período de entrega (180 dias) acrescido de 30 dias de atraso. e. Que é válida, sendo a multa proporcional aos dias, contados a partir de 1 de agosto. Prazo de duração ou prazo de vigência é o período em que os contratos firmados produzem direitos e obrigações para as partes contratantes. A clausula sobre vigência é obrigatória para todo contrato, que só terá validade e eficácia após assinado pelas partes contratantes e publicado o respectivo extrato na imprensa oficial. Assim, a publicação resumida dos respectivos extratos na imprensa oficial, qualquer que seja o valor envolvido, ainda que se trate de contrato sem ônus, constitui condição indispensável para eficácia do contrato e aditamentos. Logo, os prazos contratuais são contados a partir da data da publicação e não da data da assinatura. Ver Acórdão/TCU 400/2010 - Plenário. Gabarito: Que não se aplica, pois os primeiros trinta dias serão completados em 16 de outubro. Item correto. Muito embora o prazo pactuado já tenha expirado em 16 de outubro de 2013, tendo como base a data de publicação do contrato, ainda não completou um mês, prazo previsto para aplicação da penalidade. Nada impede, no entanto, que a administração alerte ao contratado do atraso na entrega do produto. Ver Acórdão/TCU 400/2010 - Plenário. Além disso, se somarmos os 11 dias de março com os dias correspondentes aos meses de abril até 16 de outubro, chegaremos ao total de 210 dias, que corresponde ao período de entrega (180 dias) acrescido de 30 dias de atraso. Questão 10 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 No mês de janeiro, parte do reboco do teto do corredor de uma escola caiu, sendo contratada pela Secretaria Municipal responsável, por dispensa de licitação, uma empresa para reparar 9m² de reboco por R$ 3.987,00. Ao iniciar o trabalho, o preposto da empresa chamou o fiscal do contrato e mostrou que todo o reboco do corredor (totalizando 45 m²) estava comprometido, devendo ser substituído por completo. A Administração prorrogou o contrato até maio e determinou a execução do serviço por R$ 19.935,00. Em junho, o problema ocorreu no corredor do 2º andar, com área idêntica, e a escola efetuou novo aditivo, com vigência até dezembro, para o reparo do teto, pagando os mesmos R$ 19.935,00. Em dezembro, ocorreu o mesmo problema no refeitório, com 200m², sendo o serviço contratado por R$ 88.600,00, com prorrogação do contrato até junho do ano seguinte. O órgão de controle interno questionou o procedimento, obtendo como resposta que a empresa foi contratada por dispensa de licitação, devido ser situação de emergência, pois não poderia admitir que o reboco viesse a cair na cabeça de um aluno, e que entre seguir as formalidades ou colocar em risco a segurança dos alunos, daria sempre preferência à segunda. Em análise do fato é possível afirmar: a. As prorrogações foram feitas corretamente, pois nada há que seja mais importante que a segurança dos alunos. O interesse público se sobrepõe às formalidades da lei. b. A primeira prorrogação foi correta. c. A segunda prorrogação está correta. d. A terceira prorrogação é a única que está incorreta. e. Nenhuma prorrogação deveria ter sido feita, pois era possível realizar um planejamento prévio às contratações. Este item está correto! A Administração deveria, tão logo verificou a necessidade de ampliação da área a ser reparada, verificar as demais necessidades de reparo e elaborar procedimento licitatório para todo o serviço. A questão envolve a falta de planejamento e a tentativa de caracterizar situações em que existiram desídia e/ou má gestão como se fossem emergenciais. Certamente a Administração Pública poderá utilizar uma contratação emergencial para sanar a situação de risco a que estão expostos os alunos, porém deverá verificar quem deu causa a esta situação, responsabilizando-o, conforme Orientação Normativa/AGU nº 11, de 01.04.2009. Além disso, é fundamental realizar planejamento para contratação de empresa responsável pela manutenção preventiva da escola, de forma a evitar que a manutenção só ocorra em situações de emergência. Gabarito: Nenhuma prorrogação deveria ter sido feita, pois era possível realizar um planejamento prévio às contratações. Este item está correto! A Administração deveria, tão logo verificou a necessidade de ampliação da área a ser reparada, verificar as demais necessidades de reparo e elaborar procedimento licitatório para todo o serviço.
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