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Tudo sobre a Lei 8666 - Licitações e Contratos

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SUMÁRIO
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. 3
CONCEITO 3
CARACTERÍSTICAS 3
CLÁUSULAS NECESSÁRIAS 5
AS GARANTIAS CONTRATUAIS 6
PRAZO DOS CONTRATOS 8
CLÁUSULAS EXORBITANTES 11
CONCEITO 11
CONTRATOS DE DIREITO PRIVADO 11
CONTRATOS DE DIREITO PÚBLICO 11
RESCISÃO UNILATERAL 12
ALTERAÇÃO UNILATERAL 12
EXIGÊNCIA DE GARANTIA 12
FISCALIZAÇÃO DOS CONTRAT OS 12
FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS 14
CLÁUSULAS EXORBITANT ES 14
APLICAÇÃO DE SANÇÃO – ART. 87 DA LEI 8.666 14
APLICAÇÃO DIFERIDA DA EXCEÇÃO DE CONTRAT O NÃO CUMPRIDO – ART. 78, INCISO XV 17
CLÁUSULAS EXORBITANTES 17
FORMALIZAÇÃO DOS CONTRAT OS 18
ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTO PRÉVIO 20
CONVOCAÇÃO DO INTERESSADO PARA ASSINAR O CONTRATO 20
CONTRATO DEVE SER ESCRITO 20
ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE CONTRATO 21
CONTRATO DEVE SER REGISTRADO 21
CONTRATO DEVE SER PUBLICADO 21
ÁLEAS 21
ÁLEAS ORDINÁRIAS 21
ÁLEA EXTRAORDINÁRIA 22
ÁLEAS (continuação) 24
ÁLEAS EXTRAORDINÁRIAS 24
ÁLEA ECONÔMICA 25
REVISÃO REAJUSTE E REPACTUAÇÃO 25
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REAJUSTE 26
REVISÃO 26
REPACTUAÇÃO 26
RESCISÃO DOS CONTRAT OS 28
CARACTERÍSTICAS – resumo 28
3. EXECUÇÃO DOS CONTRATOS 31
4.1 - CLÁUSULAS NECESSÁRIAS 31
4.2 - CLÁUSULAS EXORBITANTES 32
5. PRERROGATIVAS 32
 
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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.
CONCEITO
Existem os chamados contratos da Administração e, ainda, existem os contratos 
administrativos.
Os contratos da Administração consistem em um a expressão gênero, sendo todo e 
qualquer contrato celebrado pela Administração Pública. Esses contratos da Administração 
podem ser contratos de direito público ou de direito privado, sendo chamado contrato da 
Administração pelo simples fato da administração pública ser contratante.
 
Veja-se, o contrato administrativo será abordado na aula com um a maior ênfase devida 
a sua importância. Trata-se do contrato regido pelo direito público e, supletivamente, aplica-
se a Teoria Geral dos Contratos, aquela que se estuda no Direito Civil e normas do direito 
privado.
 
Assim sendo, atente-se a seguinte situação: o contrato administrativo é regido 
eminentemente por normas de direito público, todavia supletivamente se aplica a Teoria 
Geral dos Contratos e as normas de direito privado.
 
Nesse sentido, os contratos administrativos serão objeto de estudo no curso, ao passo 
que os Contratos da Administração não. Antes de adentrar na análise específica das 
características, das cláusulas e outros, é importante que seja anotada, no caderno, um a 
diferença importante dos contratos de escopo e dos contratos de execução continuada.
 
Desse m odo, anote que: pelos contratos de escopo, o contratado deve executar uma 
atividade específica e determinada. Observe que no contrato de escopo haverá um a duração, 
ou seja, um lapso temporal em que o contrato vigora. Esse lapso temporal m arca o tempo em 
que o contratado deve executar essa atividade específica e determinada (obra ou serviço). Um 
a vez cumprida essa atividade, dentro do tempo estabelecido, o contrato se exaure e é extinto.
 
Os contratos de execução continuada são aqueles que se postergam no tempo, 
diferentemente do contrato de escopo, não há um a atividade específica e determinada. São 
feitas várias atividades, que se postergam ao longo do tempo. EXEMPLO: se o sujeito executa 
um a atividade, um a obra ou um serviço nos contratos de execução continuada, o contrato 
não se extingue, posto ele tem de continuar executando-o. O contrato de execução continuada 
é extinto pelo tempo. Findo o tempo, a duração do contrato, o contrato se extingue.
 
Esse tem a é assaz relevante e pode ser cobrado em prova. Ultrapassada a parte 
conceitual, analisar-se-á as características do contrato administrativo.
CARACTERÍSTICAS
Os contratos administrativos têm algum as características importantes e marcantes. A 
primeira característica do contrato administrativo é ele ser formal, ou seja, ele exige um a 
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formalidade prévia, que é a própria licitação, ou ainda que não tenha licitação, o procedimento 
de justificação.
 
Conclui-se que o contrato é formal é um a formalidade prévia: a licitação ou o 
procedimento de justificação, dado que a licitação é formal, o contrato também é formal.
 
A segunda característica desse contrato: bilateral ou plurilateral. Mas o que é um 
contrato bilateral ou plurilateral? Se responder que o contrato bilateral são duas partes e o 
plurilateral são duas ou m ais partes, está equivocado, porque todo contrato é bilateral, ou 
seja, todo contrato é um negocio jurídico bilateral. O que pode acontecer é o contrato ser 
unilateral ou bilateral plurilateral, no entanto o contrato tem duas pessoas. Ele é negócio 
jurídico bilateral.
Dessarte, a característica do contrato ser bilateral ou plurilateral não é essa. A 
característica do contrato ser bilateral ou plurilateral é que há direitos e obrigações para 
todas as partes envolvidas. A terceira característica do contrato: oneroso.
Em que consiste a característica do contrato ser oneroso? É o contrato caro? 
Não! Contrato oneroso é aquele em que há vantagens para ambas as partes. Diferente de 
um contrato gratuito. O contrato oneroso é o que o aluno celebra com o curso Ênfase, tem a 
vantagem do curso em ter o seu pagamento e a do aluno em ter o prazer inoxidável de ter aula 
com o professor Bruno. Difere do contrato gratuito (com o a doação) em que há vantagem 
apenas para um a das partes.
 
A quarta característica do contrato administrativo: é comutativo, que é contrato no qual 
prestação e contraprestação são previam ente conhecidas. É diferente do contrato aleatório. O 
contrato que do aluno com o curso ênfase é um contrato comutativo, no qual a prestação e 
contraprestação são conhecidos, ou seja, é sabido quanto que se pagará e sabe o que receberá.
 
Diferente do contrato aleatório, em que apenas a contraprestação é conhecida. É o 
contrato de seguro do carro que se celebra do seu carro. Sabe-se o quanto se pagará, contudo 
não sabe quanto receberá. Na verdade, espera-se que não se receberá. Faz-se um contrato 
para não querer usá-lo.
 
O contrato administrativo é consensual, ou seja, ele aperfeiçoa-se com o encontro de 
vontades. Por exemplo, o professor quer contratar, quer ser contratado. O contrato está 
aperfeiçoado. Diferente de um contrato real, aquele que som ente se aperfeiçoa com a entrega 
da coisa (é o contrato de depósito, apenas se efetiva com a transferência da coisa 
depositada).O contrato administrativo possui cláusulas exorbitantes. (Esse tópico é assaz 
importante e será revisto em momento posterior).
 
O contrato administrativo consiste em um contrato de adesão. Lembre-se que contrato 
de adesão é aquele em que a parte simplesmente adere ao contrato, ela não negocia as 
cláusulas. É diferente do contrato paritário. Na verdade, contrato paritário é aquele em que as 
partes negociam as cláusulas contratuais. Contrato administrativo é de adesão.
 
Há um a música dos cantores Jorge e Mateus que o tem a é contrato. Ela diz: "eu vou 
fazer um contrato, se liga nas cláusulas, assina embaixo e não muda nada, vou levar café da 
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manhã, no final do jantar a louça é minha e não é sua, e, no final, diz que o contrato é vitalício". 
Está errado. Esse contrato é de adesão. Contrato vitalício é "só quando morrer acaba".
 
Por fim , o contrato administrativo é personalíssimo. Trata-se de um contrato intuitu 
personae, cujo o contratado é quem deve executar a obra.
 
OBSERVAÇÃO: Apesar de o contrato ser personalíssimo, não afasta a possibilidade da 
subcontratação, desde que respeitados os limites previstos no edital e no contrato, sob pena 
de rescisão contratual. Ultrapassada a análise das características do contrato administrativo, a 
seguir, analisar-se-á as cláusulas necessárias.
CLÁUSULAS NECESSÁRIAS
As cláusulas necessárias estão previstas no artigo 55 da Lei 8.666/93.
Art.55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que 
estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e 
periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de 
atualização monetária entre a data do adimplemento das 
obrigações e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de 
entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o 
caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da 
classificação funcional programática e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, 
quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades 
cabíveis e os valores das multas;
VIII - os casos de rescisão;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de 
rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para 
conversão, quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou 
ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente 
aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a 
execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por 
ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação 
exigidas na licitação.
 
Perceba que há 13 cláusulas necessárias. Como o próprio nome diz, cláusula necessária é 
aquela obrigatória no contrato administrativo. Dificilmente o aluno conseguirá memorizar 
todas as cláusulas, entretanto algumas devem ser chamadas à atenção, até mesmo para fins de 
cobrança de prova discursiva.
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O estudo para a prova discursiva ocorrerá nesse momento. Observe a "pegadinha" que é 
cobrada na prova objetiva.
 
O caput do artigo 55 estabelece as cláusulas necessárias em todo contrato. A prova 
indica que se deva m arcar a alternativa incorreta: letra A- São cláusulas necessárias em todo 
contrato administrativo. O examinador coloca na alternativa o objeto e os seus elementos 
característicos, o candidato marca errado, e som ente descobre o erro ao conferir o gabarito 
da questão.
 
São cláusulas necessárias em TODO contrato administrativo. É tão recorrente estudar 
que "todo", "nunca" e "sempre" estão errados, contudo veja, se está sempre errado, também 
isso está errado, dado que nesse caso a Lei fala em todo contrato, estabelecendo cláusulas 
obrigatórias, as quais precisam ser respeitadas no contrato.
 
Destaca-se a característica do item 3. Deve-se dar relevo a expressão "periodicidade do 
reajustamento de preços". Será estudado em breve a diferença de revisão, reajuste e 
repactuação. Veja que é cláusula necessária no contrato administrativo a periodicidade do 
reajuste.
 
O reajuste deve ter previsão contratual, sob pena da proposta ser irreajustável. Deve-se 
lembrar que está previsto o item 3 do art. 55 da Lei 8.666/93, dado que a prova discursiva 
leva em conta a indicação do artigo e o candidato ganhará ponto com isso.
 
Outro ponto que merece a atenção são os casos de garantias. As garantias têm de vir 
previstas no contrato quando forem exigidas. Devem estar previstas no contrato quando 
forem exigidas.
 
Há os casos de rescisão, que devem vir previstos no contrato. Há, ainda, os direitos e as 
responsabilidades das partes, o crédito pelo qual correrá a despesa. Porém, a mais importante 
situação é a prevista no item 3, porque, inclusive, foi cobrado em algum as provas discursivas.
AS GARANTIAS CONTRATUAIS
Basicamente, o estudo das garantias contratuais está previsto no artigo 56 da Lei 
8.666/93.
 
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde 
que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida 
prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e 
compras.
§ 1o Caberá ao contratado optar por uma das seguintes 
modalidades de garantia: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 
1994)
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes 
ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em 
sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo 
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Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, 
conforme definido pelo Ministério da Fazenda; (Redação dada pela 
Lei nº 11.079, de 2004)
II - seguro-garantia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
III - fiança bancária. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94)
 
Importante no estudo do tópico das garantias é a literalidade do artigo 56. Anote que as 
garantias serão exigidas a critério da autoridade competente e, para serem exigidas, devem 
vir previstas no instrumento convocatório e no contrato.
 
Lembre-se que é um a cláusula necessária no contrato quando for exigida. Não há 
obrigatoriedade de exigência de garantias. Elas são exigidas a critério da autoridade 
competente. Contudo, elas devem vir previstas no instrumento convocatório e no contrato.
 
Veja que a escolha das garantias cabe ao contratado. O contratado pode escolher qual a 
garantia que prestará.
Quais são as garantias que podem ser prestadas pelo contratado?
 
Primeiro: caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública.
 
A segunda garantia a ser escolhida pelo contratado: o seguro garantia.
Uma terceira garantia a ser escolhida é a fiança bancária. O aluno deve ter pensado em 
um primeiro momento com o a Lei 8.666/93 foi "boa" com o contratado, na medida que 
deixou a seu critério a escolha da garantia que será prestada. Todavia, a Lei 8.666/93 deixou a 
escolha para o contratado porque qualquer um a dessas garantias são boas para 
Administração Pública.
 
Veja, a caução em dinheiro é ótimo para a administração em títulos da dívida pública 
(pode-se não entender nada de economia e mercado financeiro, m as sabe-se que são os 
títulos da dívida pública que possuem alto rendimento). Isso é coisa boa também.
 
O seguro garantia é um contrato de seguro feito com a seguradora que garantirá a 
proposta e a fiança bancária, o banco pagará. Atenção pelo seguinte, aproveitando para 
esclarecer que tudo que for falado sobre as garantias da Lei 8.666/93 são aplicadas às 
garantias da Lei 13.303 (Lei das Estatais). Excetuando-se apenas um a coisa: o contratado 
pode escolher caução em dinheiro, seguro-garantia, fiança bancária. Na Lei 8.666/93 não há a 
previsão do contratado dar como garantia títulos da dívida pública. Tirando isso o resto 
permanecerá igual.
A garantia possui um valor determinado. Qual o valor da garantia?
O valor com o regra será de até 5% do valor do contrato. Assim sendo, a garantia 
contratual será de até 5% do valor do contrato. Porém, há um a exceção que aduz que será de 
até 10% do valor do contrato quando esse apresentar riscos financeiros consideráveis, um 
contrato com quantias vultosas (grande investimento) ou quando envolver alta complexidade 
tecnológica (nesse caso a garantia será no valor de até 10% do valor do contrato).
 
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OBSERVAÇÃO: quando na execução do contrato a Administração Pública tiver de 
transferir o objeto ao contratado, ao valor da garantia será acrescido o valor deste objeto 
transferido. O que se quer dizer é: imagine que a Administração Pública celebre um contrato 
de obra com um a em presa privada no valor de R$ 100.000.000,00, 5% é a garantia. 
Entretanto, esse contrato de obra a Administração teve de transferir o terreno onde a obra 
será realizada. Neste caso, além dos 5% dos R$ 100.000.000,00 deve acrescer à garantia o 
valor do terreno, o valor do objeto transferido ao contratado, o valor do objeto que fica em 
depósito com o contratado.
 
OBSERVAÇÃO: ao final do contrato, tendo o contratado cumprido o contrato, a 
garantia será liberada.
 
OBSERVAÇÃO: eventual multa a ser aplicada pelaAdministração pode recair sobre a 
garantia. Em outras palavras, a garantia dada pelo contratado pode ser utilizada para o 
pagamento de multa aplicada pela Administração ao contratado. Se a multa for menor do que 
a garantia, o restante será liberado ao final do contrato; porém , se a multa for maior, a 
garantia vale como o mínimo e depois o contratado tem de pagar o restante da multa.
PRAZO DOS CONTRATOS
É necessário ficar atento com esse tópico, que possui previsão no artigo 57 da Lei 
8.666/93.
 
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita 
à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto 
aos relativos:
 
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas 
estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser 
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso 
tenha sido previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, 
os quais poderão ter a sua duração estendida por igual período;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, 
que deverão ter a sua duração dimensionada com vistas à obtenção 
de preços e condições mais vantajosas para a administração, 
limitada a duração a sessenta meses. (Redação dada pela Lei nº 
8.883, de 1994)
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, 
que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos 
períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais 
vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; 
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
III - (VETADO)
III - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de 
informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.
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V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, 
cujos contratos poderão ter vigência por até cento e vinte meses, 
caso haja interesse da administração. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 495, de 2010)
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, 
cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) 
meses, caso haja interesse da administração. (Incluído pela Lei nº 
12.349, de 2010)
Quais são os prazos do contrato? 
 
Como regra, a duração dos contratos será de no máximo 12 meses.
Isso em razão da vigência do crédito orçamentário. O orçamento vigora por um ano. Vale 
lembrar que é cláusula necessária do contrato indicar qual é o crédito que correrá o 
pagamento das despesas do contrato. Adem ais, a licitação deve ter a dotação orçamentária, 
em bora não precisa ter disponibilidade financeira, tem de ter a dotação orçamentária. Então, 
vigora exatamente pelo prazo do orçamento, de até 12 meses, de até 1 ano, ou pode aparecer 
na sua prova vigência do crédito orçamentário.
 
Há algum as exceções que se deve saber. A primeira exceção são os contratos cujo objeto 
estejam contemplados no plano plurianual. O plano plurianual estudado no direito financeiro, 
matéria importantíssima para os concursos de Procuradorias.
 
Os contratos cujo o objeto estejam contemplados no plano plurianual. Essa é a Lei 
orçamentária com duração de 4 anos, que tem vigência a partir do segundo ano do mandato 
do chefe do executivo e segue até o primeiro ano do mandato subsequente. Os contratos que 
tenham objeto contemplado no plano plurianual poderão vigorar pelo tempo do plano 
plurianual, ou seja, pelo prazo de 4 anos. Poderão ser prorrogados se houver interesse da 
Administração e desde que tenha previsão no ato convocatório, no edital ou na carta-convite .
 
A segunda exceção trata dos contratos de prestação de serviços a serem executados de 
maneira contínua. Eles poderão vigorar até 72 meses, se houver interesse da administração.
 
A segunda exceção são os contratos de prestação de serviços que possam ser executados 
de maneira contínua. Exemplo no âmbito da Administração Pública: serviço de limpeza que 
consiste em um contrato que pode ser executado de maneira contínua.
 
A Lei 8.666/93 aduz o seguinte: Esses contratos poderão vigorar por 12 messes 
prorrogáveis por m ais 12 meses + 12 meses + 12 meses + 12 meses, perfazendo o total de 60 
meses.
 
Entretanto, o artigo 57, em um dos seus parágrafos, cita: de maneira excepcional, ou 
seja, havendo excepcional interesse da administração, esse contrato pode vigorar por m ais 12 
meses, perfazendo o total de 72 meses. Na prova objetiva, poderá ser cobrado da seguinte 
maneira: os contratos de prestação de serviço que podem ser executados de forma contínua 
podem ter prazo de até 60 meses (assertiva correta). 
E, se a prova falar que em caráter excepcional pode vigorar por m ais 12 meses, havendo 
interesse da administração, perfazendo o total de 72 meses (também estará correta).
 
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Os contratos de prestação de serviços executados de forma contínua, poderão durar até 
72 meses, se houver interesse da Administração. Serão prorrogados por iguais e sucessivos 
períodos de 12 meses limitados a 60 meses. Contudo, o § 4º do Artigo 57 afirma que, em 
caráter excepcional, poderá vigorar por até m ais 12 meses, ou seja, totalizando, então, 72 
meses. O exemplo é o do contrato do serviço de limpeza visto que é assaz com um no âmbito 
da Administração.
 
A terceira exceção m ostra com o a Lei 8.666/93 está desatualizada, mostra que, de fato, 
a Lei 8.666/93 precisa ser alterada ou que se precisa de um a nova lei de licitações. Veja que 
ela diz que poderá vigorar por até 48 meses os contratos de aluguel de equipamentos, está 
correto, todavia a utilização de programas de informática. A Lei 8.666 é de 93, lembre-se que o 
primeiro Windows é de 95.
 
Desse modo, a Lei é de 93 está com base na época em que o legislador pensou sobre isso, 
e, na verdade, a lei foi publicada em 93, m as foi elaborada anos antes. Foi pensada durante 
algum tempo. O legislador aduziu que o contrato de utilização de programas de informática 
poderão durar até 48 meses. Nenhum a Administração Pública faz um contrato de programa 
de informática por 48 meses, um a vez que rapidamente se desatualiza. 
 
A administração pública não fará isso. Torna-se um a letra morta. Para fins de prova, o 
contrato de aluguel de equipamento de utilização de programas de informática podem vigorar 
por até 48 meses.
 
A última exceção: contratos poderão ter vigência de até 120 meses, caso haja interesse 
da Administração. Isso corre quando houver possibilidade de comprometimento da segurança 
nacional, remanescente de obra, serviço ou fornecimento de bens produzidos ou prestados no 
país que envolva cumulativamente alta complexidade tecnológica e defesa nacional. Note que 
se estudou o artigo 57 e a duração dos contratos administrativos. Ao final das exceções, o 
professor solicita que o aluno faça algum as observações.
 
OBSERVAÇÃO: é vedado celebrar contrato por prazo indeterminado.
 
OBSERVAÇÃO: toda prorrogação contratual deve ser autorizada pela autoridade 
competente.
 
OBSERVAÇÃO: os contratos celebrados pelas estatais, com o regra, terão um prazo de 
até 5 anos. Se na lei 8666 até 1 ano, na Lei das estatais até 5 anos. Exceção: é possível que haja 
um prazo maior. Duas exceções que possibilitarão o prazo contratual celebrado pelas estatais, 
pela em presa pública e sociedade de economia mista ser maior.
 
Primeira exceção: por exigência de mercado. Quando se fala de exigência de mercado, 
entenda-se o seguinte: no âmbito privado, as em presas celebram um determinado tipo de 
contrato pelo prazo de 8 anos, 9 anos 10 anos, o sujeito que poderia contratar com 
administração pública não terá o mínimo interesse de contratar com Administração Pública se 
for um contrato de até 5 anos. Por exigência de mercado, esse contrato pode ter prazo 
superior a 5 anos.
 
Segunda exceção em que o contrato pode vigorar por mais de 5 anos: quando o objeto 
do contrato estiver contemplado no plano de negócio da estatal. Cuidado que quando a prova 
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cobrar, a prova dirá que o objeto está contemplado no plano de negócio, não se deve presumir 
isso. A prova dirá que essa atividade está contemplada no plano de negócio da estatal. Com o 
regra é até 5 anos, no entanto, se o objeto estiver no plano de negócio da estatal, esse prazo 
pode ser maior.
CLÁUSULAS EXORBITANTES
No caso em que a sociedade empresária tenha sido contratada mediante licitação para a 
execução integral eventos promovidos pelo Poder Público, a contratada – e não o ente que 
apenas a contratou, sem elaborar direta ou indiretamente a execução do espetáculo – será 
responsável pelo pagamento dos direitos autorais referente às obras musicais executadas no 
evento, salvo se com provada a ação culposa do contratante quanto ao dever de fiscalizar o 
cumprimento dos contratos públicos (culpa in eligendo e in vigilando).
 
O aluno deve lembrar que no tópico de número 2, o professor explicou que um a das 
características dos contratos administrativos são as cláusulas exorbitantes. De tão importante 
que elas são irem os estudar neste momento.
CONCEITO
São cláusulas abusivas leoninas e ilícitas entre particulares, porém lícitas quando a 
figura da administração está presente.
CONTRATOS DE DIREITO PRIVADO
Para que haja a aplicação das cláusulas exorbitantes tem de vir em previsão expressa no 
contrato. Portanto, as cláusulas exorbitantes em contratos de direito privado som ente 
poderão vir caso tenham previsão no contrato.
CONTRATOS DE DIREITO PÚBLICO
Nesse tipo de contrato, as cláusulas exorbitantes não precisam vir expressas no 
contrato. A sua aplicação decorre da própria lei, ou seja, podem sem aplicadas de forma 
implícita.
A leitura do artigo 58 não será suficiente, pois é necessário aprofundar além da lei.
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído 
por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a 
prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às 
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do 
contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I 
do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do 
ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens 
móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, 
na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa 
de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de 
rescisão do contrato administrativo.
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§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos 
administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância 
do contratado.
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-
financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha 
o equilíbrio contratual.
RESCISÃO UNILATERAL
É possível a rescisão unilateral do contrato que será feito pela administração pública, 
pois o contratado não pode rescindir unilateralmente.
ALTERAÇÃO UNILATERAL
Será estudada em momento específico.
EXIGÊNCIA DE GARANTIA
Foi estudado quando visto sobre 5% , regra de até 10% , quando envolver contratos de grande vulto 
financeiro e alta complexidade tecnológica.
FISCALIZAÇÃO DOS CONTRAT OS
Ao sinalizar que a leitura do artigo 58 não seria suficiente, o professor reforça que é 
necessária também a leitura do artigo 70 a 72 da lei 8.666 e as repercussões de jurisprudência 
do STF e do TST.
 
“Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados 
diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua 
culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo 
essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo 
órgão interessado.
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, 
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do 
contrato.
§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos 
trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração 
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar 
o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras 
e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (Redação 
dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
§ 2o A Administração Pública responde solidariamente com o 
contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução 
do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 
1991.(Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
§ 3º (Vetado) (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 72.O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das 
responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes 
da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada 
caso, pela Administração.”
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Dispõe a lei que a execução do contrato é obrigação do contratado e corre por conta e 
risco do contratado. Porém, a fiscalização será um a obrigação da administração pública. No 
que tange a disposição em lei, os encargos trabalhistas, fiscais, comerciais e previdenciários 
são de responsabilidade do contratado. Nesse sentido, a literalidade da lei 8.666 dispõe que os 
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não se transferem para a administração pública. A 
lei ainda destaca os encargos previdenciários, a administração pública terá responsabilidade 
solidária.
 
Em relação aos encargos trabalhistas é importante o entendimento do TST e STF.
Nesse sentido, quanto ao TST, existe um a súmula 331 item V que dispõe que a 
administração pública tem responsabilidade subsidiária pelos encargos trabalhistas. Ela não 
decorre do simples inadimplemento. De acordo com o TST, a responsabilidade subsidiária da 
administração pelos encargos trabalhistas decorre do inadimplemento som ado a falha na 
fiscalização.
 
Verifica-se que, com o exemplo, a administração pública fez a contratação de uma em 
presa privada para que essa em presa realizasse a execução de um a obra e serviço. Ela tem os 
em pregados e não realizou os pagamentos. Na literalidade da lei 8.666, a administração 
pública não será responsável pelos encargos trabalhistas, posto que os mesmos não se 
transferem para a administração. 
 
Contudo, pelo entendimento do TST, a administração pode vir a ser responsabilizada, 
mas não pelo simples inadimplemento, pelo inadimplemento som ado à falha da fiscalização. 
Imagine que houve essa contratação e a administração pouco ligou para a fiscalização do 
contrato, simplesmente a administração fiscalizou mal a execução do contrato. Nesse caso, a 
administração pública terá responsabilidade, um a vez que não decorre do simples 
inadimplemento, mas também somado a falha na fiscalização.
 
Perceba que se a administração pública fiscaliza e tem ciência de que um contratado não 
cumpre os encargos trabalhistas, a mesma pode tom ar medidas acautelatórias, ou seja, 
medidas de preservação. Assim sendo, pode aplicar sanções ao contratado, multa e 
advertência. Vale lembrar que a administração pública não está sendo falha na fiscalização.
 
Entretanto, se ela deixa de fazer isso, ela falha na fiscalização. Responde pelos encargos 
trabalhistas, todavia de maneira subsidiária e não pelo simples inadimplemento. Contudo, 
pelo simples inadimplemento som ado à falha na fiscalização.
 
Em tese de repercussão geral, o STF firmou entendimento que quando o professor leu os 
jornais verificou que o STF havia mudado de entendimento. Porém, ao ler melhor a matéria, 
os jornais noticiaram a informação destorcida por falta de fundamentação jurídica. O STF 
anotou a seguinte tese de repercussão geral: 
 
A administração pública não responde, de maneira automática, quer solidária ou 
subsidiariamente pelos encargos trabalhistas.
A notícia, na época, informouque a administração pública não responde pelos encargos 
trabalhistas, mas pelo simples inadimplemento. Responde pelo inadimplemento somado à 
falha na fiscalização. Esse é o entendimento do TST que foi ratificado pelo STF, acrescentando 
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que a administração não responde de maneira automática. Houve o inadimplemento por si só, 
a administração não responderá. De acordo com o STF, é necessária haver essa prova de falha 
na fiscalização.
 
O Supremo dispõe que a prova na falha da fiscalização incumbe ao em pregado. Verifica-
se que a reforma trabalhista, na CLT, na parte de processo do trabalho que os fatos 
constitutivos do direito precisam ser provados pelo reclamante. Se ele está reclamando, 
deverá provar que a administração pública foi falha na fiscalização, caso contrário, a 
administração não responde.
 
No âmbito da justiça do trabalho e do processo do trabalho, verifica-se da não 
possibilidade da inversão do ônus consensual. Assim sendo, verifica-se no processo civil das 
partes convencionarem alteração do ônus probatório, respeitados o parâmetro do CPC. Isso 
no processo do trabalho não é admitido. Desse m odo, o ônus é do em pregado em provar o 
seu fato constitutivo.
FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
OBSERVAÇÃO: RESCISÃO X REAJUSTE X REPACTUAÇÃO
 
CLÁUSULAS EXORBITANT ES
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA DE BENS MÓVEIS, IMÓVEIS, SERVIÇO, PESSOAL DO CONT 
RATADO PARA MANUT ENÇÃO DOS SERVIÇOS ESSENCIAIS.
No caso em questão, a cláusula exorbitante em questão é o fato da administração pública 
se ocupar, provisoriamente, dos bens móveis e imóveis, serviços e pessoal do contratado para 
a manutenção dos serviços essenciais. Quando o contratante para de cumprir o contrato, a 
administração se opõe e, neste sentido, ocupará os bens móveis e imóveis, serviços e pessoal 
para a manutenção dos serviços que sejam essências. Essa é um a cláusula exorbitante.
 
APLICAÇÃO DE SANÇÃO – ART. 87 DA LEI 8.666
Verifica-se que este artigo traz algum as sanções para serem observadas pela 
administração pública ao aplicar ao particular.
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a 
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao 
contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no 
contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e 
impedimento de contratar com a Administração, por prazo não 
superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a 
Administração Pública enquanto perdurarem os motivos 
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação 
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perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será 
concedida sempre que o contratado ressarcir a
Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo 
da sanção aplicada com base no inciso anterior.
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, 
além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, 
que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela 
Administração ou cobrada judicialmente.
§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão 
ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa 
prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) 
dias úteis.”
§ 3º A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de 
competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário 
Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do 
interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da 
abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 
(dois) anos de sua aplicação. (Vide art. 109 inciso III)
 
Verifica-se que não há ordem nem gradação das penalidades, ou seja, o administrador 
público para aplicar a declaração de inidoneidade não precisará fazê-la seguindo um a ordem. 
O fator preponderante para aplicar a sanção dependerá da análise de oportunidade e 
conveniência do caso, ele poderá aplicar direto a declaração de inidoneidade. Ou seja, não há 
um a ordem na aplicação das penalidades, pois trata-se de ato discricionário do administrador 
público em aplicar a penalidade m ais adequada ao caso concreto.
Quais os poderes da administração pública fundamentam a aplicação dessas 
penalidades, o poder de polícia ou o poder disciplinar?
 
É o poder disciplinar que consiste no poder dever de apurar infrações e aplicar 
penalidades aos servidores e a particulares que se submetam ao vínculo administrativo. 
Portanto, em função do contratado se submeter a esse vínculo, o poder que legitima a 
aplicação de sanção a ele, o contratado licitante se submete ao vínculo administrativo e, em 
consequência, ao poder disciplinar.
- Advertência
- Multa: pode ser aplicada de maneira isolada ou de fora cumulativa. Ou seja, pode ser 
multa, multa advertência, multa suspensão ou multa declaração de inidoneidade.
- Suspensão: temporária para licitar e contratar com a administração por prazo não 
superior a dois anos.
- Declaração de inidoneidade: para licitar e contratar com a administração pública por 
prazo não inferior a dois anos: trata-se de penalidade a ser aplicada, exclusivamente, pelo 
Ministro de Estado, pelo secretário de Estado Estadual ou pelo secretário de estado Estadual.
 
IMPORTANTE: quanto a declaração de inidoneidade há um a grande possibilidade de se 
ter um a questão em prova, isso porque, se for no âmbito federal, quem a aplica é o Ministro 
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do Estado, contudo, caso for no âmbito estadual, será o Secretário de Estado Estadual, e no 
âmbito Municipal, o Secretário de Estado Municipal. 
 
A competência é exclusiva dessas autoridades. A respeito da suspensão temporária para 
licitar e contratar com a administração, a lei 8.666 dispõe que será com a administração 
pública, que uma, terá prazo não superior a dois anos, e a outra não será inferior a dois anos. 
Conforme disposto no artigo 87 da lei 8.666, na declaração de inidoneidade, o sujeito poderá 
ser reabilitado, porém deve-se observar o inciso anterior. Caso o sujeito não venha a se 
reabilitar no período de dois anos, ele não voltará a contratar com a administração e deverá 
esperar o prazo de dois anos. Verifica-se que dispõe do tempo não inferior a dois anos, ainda 
que aconteça a reabilitação.
 
Percebe-se, portanto, que há a suspensão temporária para licitar e contratar com a 
administração pública e, por outro lado, há a declaração de inidoneidade para licitar e 
contratar com a administração pública. Isso é igual ou é diferente?
 
Ao ler o que está disposto no artigo 6º, incisos XI e XII, da lei 8.666, observasse que estes 
trazem vários conceitos e definições de institutos previstos na lei 8.666. O inciso XI refere-se à 
administração pública e o inciso XII trata da administração.
 
Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:
XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
abrangendo inclusive as entidades com personalidade jurídica de 
direito privado sob controle do poder público e das fundações por 
ele instituídas ou mantidas;
XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa 
pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente;
Percebe-se que o inciso XI refere-se a toda a administração pública (federal, estadual e 
municipal, direta ou indireta). EXEMPLO: se um município de Belo Horizonte aplica a 
declaração de inidoneidade para um a em presa, ela não poderá licitar e contratar com 
ninguém.
 
Portanto, nos termos do inciso XII, a administração seria apenas a entidade, então, se 
verifica que, caso o Município de Belo Horizonte aplique a suspensão temporária de licitar e 
contratar, tal em presa não poderá contratar e licitar, especificamente, com Belo Horizonte.
 
Tal posicionamento é o adotado pelo TCU baseado na literalidade da lei. Por outro lado, 
o STJentende que a administração e a administração pública terão apenas o prazo como 
diferença um a da outra. Assim , o STJ entende que a suspensão temporária impede de licitar e 
contratar com todos, com o a declaração de inidoneidade.
 
OBSERVAÇÃO: O professor ressalta que nunca observou a banca cobrar a diferença entre 
administração pública e a administração, a fim de que o candidato explique a diferença. Isso porque, 
no entendimento do professor, seria um problema, já que o TCU entende de um a forma e o STJ de 
outra. Porém , já foi requerido em prova a literalidade da lei.
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APLICAÇÃO DIFERIDA DA EXCEÇÃO DE CONTRAT O NÃO CUMPRIDO – 
ART. 78, INCISO XV
Ao estudar o significado da exceção do contrato não cumprido, conforme disposto no 
direito civil, verifica-se que o sujeito que não cumpre a sua parte no contrato não pode exigir 
que a outra parte cum pra a sua obrigação e isso é a exceção do contrato não cumprido.
 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos 
pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, 
ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de 
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou 
guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão 
do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a 
situação;
 
No âmbito da administração pública, a exceção de contrato não cumprido é aplicável, m 
as consiste em cláusula exorbitante, já que essa aplicação é diferida. Caso duas pessoas 
celebrem um contrato e um a delas não cumpre o acordo, a outra parte, imediatamente, para 
de cumprir sua parte.
Agora, se a administração pública parar de cumprir a sua parte no contrato, o contratado 
não poderá deixar de cumprir a parte dele imediatamente. Por isso, está-se diante de um a 
cláusula exorbitante que consiste num a aplicação postergada. Na verdade, o contratado terá 
que esperar um prazo de 90 dias, conforme disposto no artigo 78, inciso XV., e, após o referido 
prazo, ele poderá suspender unilateralmente a sua execução.
Percebe-se que o contratado não irá rescindir unilateralmente, pois a rescisão unilateral 
é cláusula exorbitante da administração pública, mas esta é quem fará a rescisão unilateral.
A rescisão somente será possível na via judicial, já que o contratado não pode rescindir 
unilateral ente. Contudo, terá que ajuizar um a ação com o objetivo de rescisão do contrato. A 
cláusula da aplicação diferida de contrato não cumprido, ou seja, a possibilidade do 
contratado suspender depois de certo tempo, não se aplica nos casos de guerra, perturbação 
da ordem pública e calam idade pública. Nestas três situações, ainda que a administração 
pública deixe de cumprir sua parte, o contratado não poderá suspender unilateralmente o 
contrato e, neste caso, não se aplica a exceção do contrato não cumprido. O contratado terá 
que continuar a cumprir a sua parte no contrato.
CLÁUSULAS EXORBITANTES 
É importante que os alunos tenham atenção ao julgado do STJ para realizar um a prova 
objetiva e, também , em um a prova discursiva que a banca pode criar, conforme segue:
 
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No caso em que a sociedade empresária tenha sido contratada mediante licitação para a 
execução integral de evento festivo promovido pelo Poder Público, a contatada - e não o ente 
que apenas a contratou, sem colaborar direta ou indiretamente para a execução do espetáculo 
– será responsável pelo pagamento dos direitos autorais referente às obras musicais 
executadas no evento, salvo se com provada a ação culposa do contratante quanto ao dever de 
fiscalizar o cumprimento dos contratos públicos (culpa in elegendo ou vigilando).
A fiscalização da administração em nada interfere na responsabilidade do contratado, ou 
seja, na literalidade da lei? Na literalidade da lei estará correto.
 
No entanto, no julgado do STJ mitiga também o dispositivo da lei 8.666 de que a 
administração pública será responsabilizada se ela for negligente na fiscalização. Pois, em 
regra, quem deve ser responsabilizado pelos direitos autorais no caso de execução de evento 
festivo é a contratada. A administração pública que apenas a contratou sem ter realizado 
qualquer ato para a execução do ato festivo, não tem responsabilizado, salvo se houver a 
conduta culposa negligente na fiscalização.
FORMALIZAÇÃO DOS CONTRAT OS
O seu estudo está localizado entre os artigos 60 a 64 da Lei 8.666. Neste sentido, no 
momento em que a administração quer celebrar um contrato, é o momento da sua efetiva 
celebração.
"Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas 
repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico 
dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os 
relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por 
instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se 
cópia no processo que lhe deu origem.
 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a 
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, 
assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por 
cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta 
Lei, feitas em regime de adiantamento.
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de 
seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua 
lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da 
inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às 
cláusulas contratuais.
§ 1º A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus 
aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para 
sua eficácia, será providenciada pela Administração na mesma data 
de sua assinatura para ocorrer no prazo de 20 (vinte) dias, 
qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus.
§ 2º (VETADO).
§ 3º (VETADO)
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato 
ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição 
indispensável para sua eficácia, será providenciada pela 
Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua 
assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, 
qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o 
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disposto no art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 
1994)
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de 
concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e 
inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites 
destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em 
que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos 
hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, 
autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
§ 1º A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou ato 
convocatório da licitação.
§ 2º Em carta contrato, nota de empenho de despesa, autorização 
de compra, ordem de execução de serviço ou outros instrumentos 
hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 56 desta lei.
§ 2º Em "carta contrato", "nota de empenho de despesa", 
"autorização de compra", "ordem de execução de serviço" ou outros 
instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55 
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 3º Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais 
normas gerais, no que couber:
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o 
Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, 
predominantemente, por norma de direito privado;
II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de 
serviço público.
§ 4º É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição 
prevista neste artigo, a critério da Administração e 
independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega 
imediata e integral dos bens adquiridos,dos quais não resultem 
obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos 
do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer 
interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o 
pagamento dos emolumentos devidos.
Art. 64. A Administração convocará regularmente o interessado 
para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento 
equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos, sob pena de 
decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas 
no art. 81 desta Lei.
§ 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por 
igual período, quando solicitado pela parte durante o seu 
transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela 
Administração.
§ 2º É facultado à Administração, quando o convocado não assinar 
o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento 
equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os 
licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em 
igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro 
classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de 
conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação 
independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei.
§ 3º Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das 
propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes 
liberados dos compromissos assumidos."
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ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTO PRÉVIO
Esse procedimento prévio será a licitação ou o procedimento de justificação.
Para que a administração pública comece a celebrar um contrato, é necessário realizar o 
procedimento de justificação nos casos das contratações diretas.
CONVOCAÇÃO DO INTERESSADO PARA ASSINAR O CONTRATO
Na convocação do interessado para assinar o contrato cabe recordar que esse 
interessado é o licitante vencedor.
Verificou-se na Lei 8.666 que a administração pública pode realizar um a licitação e, ao 
final, não desejar s celebrar o contrato. É possível ocorrer com base na Lei 8.666. Neste 
sentido, a administração faz a licitação e ao final, em um primeiro momento, ela não quer 
celebrar o contrato, sim celebrar em um momento futuro.
 
Vale lembrar que o período da proposta é válido por 60 dias da sua entrega. Ou seja, se a 
administração não quiser celebrar, ela ainda tem o prazo de a ser respeitado de 60 dias da 
entrega. Após esse prazo, a administração pode convocar o interessado que é o vencedor. 
Neste sentido, não estará m ais obrigado a celebrar com a administração. A validade da 
proposta é pelo prazo de 60 dias da sua entrega. Passado esse prazo, o vencedor/interessado 
tem a possibilidade de ser convocado, entretanto ele não terá m ais obrigatoriedade de 
celebrar o contrato com a administração pública.
CONTRATO DEVE SER ESCRITO
O contrato será nulo e de nenhum efeito caso seja contrato verbal, salvo os contratos:
 
a) pequenas com pras;
b) pronto pagamento;
c) regime de adiantamento: é um instituto constante do Direito Financeiro.
 
Consiste no fato do servidor público já ter o dinheiro com a administração pública. 
Passou pelo regular empenho e está nas mãos da administração pública.
 
OBSERVAÇÃO: o contrato deve ser escrito e é nulo o contrato verbal com ajuste de 
contas. Essa matéria cai bastante em prova e não é fácil perceber em um a questão aberta essa 
questão.
 
EXEMPLO: a administração pública celebrará contrato com um a em presa, porém a em 
presa já começa a executar a obra, com a ciência da administração. Entretanto, no caso em 
tela, se trata de um contrato verbal. Deste m odo, é importante que o aluno se atente para 
quando cair na prova. Portanto, a administração pública autorizou o contratado a realizar a 
obra. Ocorre que não houve a assinatura do contrato propriamente dito, portanto é contrato 
verbal e este é nulo, não possui efeito algum.
 
OBSERVAÇÃO: termo de ajuste de contas é estabelecido pela doutrina e pela 
jurisprudência, que consiste em um termo em ser celebrado entre a administração e o 
particular para que haja o pagamento do período em que não havia a celebração do contrato 
em efetivo. O valor a ser pago tem natureza indenizatória e o termo de ajuste de contas 
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decorre do princípio da m oralidade e da boa fé. Ele veda o enriquecimento ilícito da 
administração, visto que o sujeito contratado executou algo pelo qual não havia contrato e, 
portanto, não havia cobertura para pagamento. Portanto, celebra-se esse termo de ajuste de 
conta exatamente para suprir essa ilegalidade.
 
d) valor até 5% do convite (valor de até R$ 8.800,00).
ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE CONTRATO
Será obrigatório quando houver licitação na modalidade, tomada de preço e 
contratações diretas nos respectivos valores. Será facultativo nas demais hipóteses.
 
OBSERVAÇÃO: será facultativo também nos casos de com pras com entrega imediata 
do bem contratado, independentemente do valor.
A Lei 8.666 apenas reforça que nos demais casos será facultativo o instrumento de 
contrato e no que já foi supracitado.
 
ATENÇÃO: o instrumento de contrato é facultativo, no entanto, também não se 
celebrará o instrumento contratual, ou seja, o contrato efetivo. Haverá a substituição por uma 
nota de empenho, carta contrato, pela autorização da execução da obra e do serviço.
CONTRATO DEVE SER REGISTRADO
O contrato será registrado na repartição competente. 
 
OBSERVAÇÃO: contrato de Direito Real sobre imóveis, neste caso o contrato será 
lavrado no cartório de notas. Vale ressaltar que o contrato precisa ser registrado na repartição 
competente. Se versar acerca de Direito Real de Imóveis será lavrado no cartório de notas.
CONTRATO DEVE SER PUBLICADO
O contrato deve ser publicado na imprensa oficial e foi dito no inicio do curso que 
quando algo precisa ser publicado deve ser feito como condição de eficácia.
O requerimento da publicação será até o quinto dia útil do mês seguinte ao da assinatura 
do contrato.
EXEMPLO: o contrato é celebrado no dia 15 de março e o seu requerimento para 
publicação tem de ser até o quinto dia útil do mês de abril. Desta forma, deve ser efetivada a 
publicação no prazo de 20 dias após o requerimento.
 
 ÁLEAS
ÁLEAS são os riscos de celebrar um contrato com a Administração Pública e podem ser 
de dois tipos: ordinárias ou extraordinárias, essas subdividem-se em administrativas ou 
econômicas, aquelas tratam a teoria da imprevisão. As administrativas subdividem-se em três, 
são elas: alteração unilateral, fato do príncipe e fato da administração.
 
 
ÁLEAS ORDINÁRIAS
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É o risco do negócio, da essência do negócio, intrínseco, será suportado pelo contratado. 
Não será imposta à Administração Pública o risco do negócio, ou seja, a ÁLEA ordinária. Faz-se 
necessário saber três exemplos de ALEAS ordinárias, todos do STJ, veja:
 
a) Inflação no Brasil é um a ALEA ordinária, não será um a ALEA extraordinária;
b) Desvalorização do real frente ao dólar; e
c) Negociações Coletivas
 
Quanto as negociações coletivas, via de regra, acordo e convenção coletiva têm prazo 
máximo de dois anos, porém são celebrados anualmente. Imagine que em um a convenção 
coletiva foi estabelecido o aumento da remuneração dos empregados de determinado setor 
em que a em presa atua junto à Administração Pública. A em presa celebra contrato de obra 
com a Administração Pública e o sindicato dos em pregados e o sindicato dos em pregadores 
estabeleceram aumento da remuneração para os em pregados daquela em presa que 
contratou com a Administração Pública. 
 
Portanto, esse aumento de remuneração decorrente de negociação coletiva é um a ÁLEA 
ordinária, será suportado pelo contratado. O contratado alegará junto à Administração 
Pública, nesses três casos Supra mencionados, que tem direito a manutenção do equilíbrio 
econômico financeiro, caberá ao aluno, enquanto Procurador do Estado ou Município, 
sustentaráque de acordo com a jurisprudência do STJ, consiste em ÁLEA ordinária e que deve 
ser suportada pelo próprio contratado, não havendo de se falar em manutenção do equilíbrio 
econômico financeiro. Repise-se, a Administração não suportará essas três situações.
ÁLEA EXTRAORDINÁRIA
Como o próprio nome diz, não é algo inerente ao negócio, é algo fora do padrão, do 
essencial do negócio. Subdivide-se em :
 ÁLEA ADMINISTRATIVA
Com o visto anteriormente, essa subdivide-se em : alteração unilateral, fato do príncipe e 
fato da administração.
 ALTERAÇÃO UNILATERAL.
Encontra disposição no art. 65 da lei 8.666/93, o Professor indica a leitura do artigo no 
seu todo devido a sua importância. Diz a lei 8.666 que a alteração unilateral pode se dar de 
suas maneiras:
QUALITATIVA: para m elhor especificação do projeto, busca-se melhorá-lo, trazendo 
algum as qualidades a m ais para aquele projeto..
 
QUANTITATIVA: pensa-se em valores do contrato. Tem -se com o exemplo hipótese em 
que a Administração celebra um contrato para a com pra de dez carros, pode alterá-lo 
quantitativamente para a com pra de doze carros, oito carros. Essa é a que m ais interessa.
Nos termos da lei 8.666, o contratado fica obrigado a aceitar nas mesmas condições 
iniciais:
 
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a) Nos contratos de compras, obras e serviços, acréscimos e supressões em até 
25% do valor do contrato.
b) Nos contratos de reforma de edifício ou de equipamento, acréscimos de até 50% . 
Contudo, as supressões mantém-se em até 25% . Nos termos da lei 8.666/93 que fora dos 
valores acima mencionados, a Administração Pública não pode alterar o contrato, SALVO por 
acordo entre as partes para as supressões.
A Administração pode impor ao contratado:
 Supressão de até 25%;
 Acréscimo até 25% e (no caso de reforma de edifício ou equipamento até 50%)
 Para acrescer além disso, nem que o contratado concorde a Administração 
poderá:
 Acrescer m ais de 25% e (no caso de reforma de edifício ou equipamento até 
50%)
 Se a Administração quiser suprimir mais de 25% deve haver acordo entre as 
partes.
 
EXEMPLO: A Administração fez a com pra de 1000 (mil) canetas por R$100,00 (cem ) 
reais. A Administração deseja alterar a quantidade de canetas. Observe as possibilidades:
 
CONTRATO - 1000 canetas - 100 reais
ACRÉSCIMO - 1250 canetas - 125 reais
SUPRESSÃO - 750 canetas - 75 reais
 
ATENÇÃO: IMPORTANTÍSSIMO - Trata-se da manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro do contrato. Trata-se de direito INTANGÍVEL dos contratados, das partes 
envolvidas na contratação, seja para m ais ou para menos, deve haver a manutenção do 
equilíbrio econômico-financeiro do contrato. + de 1250 canetas - a Administração NÃO PODE 
alterar, ainda que o contratado concorde.
- de 750 canetas - SOMENTE através de acordo entre as partes.
 
OBSERVAÇÃO 1: Lei 13.303/16, a lei das estatais, os valores das alterações 
quantitativas são os mesmos. Porém, na Lei 13.303 NÃO há de se falar em alteração unilateral. 
Destarte, o contratado NÃO é obrigado a aceitar, ao contrário, ele pode aceitar, ou seja, 
depende da concordância desse.
 
OBSERVAÇÃO 2: Posicionamento do ST J e do T CU: Entendem que os limites de 
valores das alterações quantitativas também se aplicam as alterações qualitativas. Em bora 
haja vozes na doutrina que entendem que isso não ocorre. Para fins de prova, leve o 
entendimento do STJ e do TCU.
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ÁLEAS (CONTINUAÇÃO)
ÁLEAS EXTRAORDINÁRIAS
b) Fato do Príncipe:
 
A primeira característica que o m arca é que ele é um a conduta feita pelo governo, que 
incidirá para todos e também no contrato. Diz-se um a medida de autoridade púbica posto que 
é de governo, e também por isso é de caráter geral, visto que não incide no contrato, m as no 
contrato repercute.
 
Além disso, o fato do príncipe aduz a alteração das alíquotas dos impostos. Imagine o IPI, 
quando se fala nesse imposto é lembrada a questão dos carros, houve um a época em que o 
governo aumentava e diminuía o IPI de acordo com o estímulo que o governo queria dar ao 
mercado.
 
EXEMPLO: A União celebra contrato de com pra e venda de trinta carros pelo valor de 
500 mil reais. No decorrer da execução do contrato, o governo federal eleva a alíquota do IPI. 
Anteriormente, os trinta carros saíam por 500 mil reais, atualmente, sairão por um valor 
superior. Contudo, é possível que o governo, ao invés de aumentar a alíquota, diminua-a, de 
modo que os mesmos trinta carros que custariam 500 mil reais, passem a custar menos.
 
O fato do príncipe pode ser positivo onerando o contrato, ou negativo, desonerando o 
contrato. Se a alíquota é majorada, os mesmos trinta carros sairão por 600 mil reais, visto que 
a em presa contratada deverá pagar mais imposto. De mesmo m odo, se a alíquota diminui, os 
mesmos trinta carros saem por 400 mil reais. Não importa se o fato do príncipe é positivo ou 
negativo, haverá a mesma coisa que ocorre na alteração unilateral, qual seja, a manutenção do 
equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
 
AT ENÇÃO: O fato do príncipe é um a conduta da administração pública de caráter geral, 
não incide no contrato, mas nele repercutirá. Pouco importa se positivo onerando o contrato, 
ou negativo desonerando o contrato. O fato do príncipe enseja a manutenção do equilíbrio 
econômico-financeiro dos contratos.
 
OBSERVAÇÃO: parte da doutrina entende que para a alteração das alíquotas dos 
impostos ser considerada fato do príncipe deve ser um ente federativo competente para 
alterar aquela alíquota.
 
Exemplo: O contrato foi celebrado entre união e particular, para que seja considerada 
fato do príncipe a alteração nas alíquotas dos impostos devem ocorrer em impostos da União, 
ou seja, impostos federais. Se o estado de São Paulo altera a alíquota do ICMS, isso repercutirá 
no contrato entre União e particular, contudo parte da doutrina entende que isso não é fato do 
príncipe, entende que, para que seja fato do príncipe, a alteração nas alíquotas dos impostos 
devem ser de competência do ente federativo que celebrou o contrato.
 
 Nesse entendimento, para ser considerado fato do príncipe no âmbito da União, deve haver 
alteração pela União dos impostos federais, o mesmo se aplica no âmbitos do Estados, deve haver 
alteração pelo Estado dos impostos estaduais, e, por óbvio, no âmbito dos Municípios, deve haver 
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alteração pelo Município dos impostos municipais. Se essa doutrina entende que para que se 
considere fato do príncipe deve haver alteração do ente competente, no caso mencionado no 
parágrafo anterior onde São Paulo, enquanto Estado, altera o ICMS, não estaria diante de um fato 
do príncipe. 
 
Dessarte, para essa parte da doutrina, quando a alteração da alíquota do imposto é de ente 
federativo diverso daquele que celebra o contrato, o que ocorre é a teoria da imprevisão. A outra 
parte da doutrina entende que não importa qual o ente federativo, sempre será fato do príncipe.
 
c) Fato da Administração
 
Trata-se de um a conduta da Administração que recai diretamente no contrato. Se o fato do 
príncipe é um a medida de caráter geral, o fato da administração é um a medida direcionada àquele 
contrato. Exemplo clássico de fato da administração é o descumprimento contratual por parte da 
Administração. O fato da Administração enseja a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, 
visto que o descumprimento por parte da administração causará gastos ao contratado, sendo assim , 
esse possui o direito de ser com pensado.
 
ÁLEA ECONÔMICA
Consiste na aplicação da teoria da imprevisão. A teoria da imprevisão terá fundamento 
na cláusula rebus sic stantibus. Consiste na ocorrência de fatos imprevisíveis ou previsíveis de 
consequências incalculáveis, estranho ao objeto contratado e estranho a vontade das partes 
contrantes. A ÁLEA econômica trata-se das repercussões na ordem da economia de um país, 
de um mercado, de um determinado nicho. Se ateoria da imprevisão é fundamentada na 
cláusula rebus sic stantibus, é direito das partes a manutenção do equilíbrio econômico 
financeiro do contrato.
 
AT ENÇÃO: ART. 58, §1º assim dispõe:
 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído 
por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a 
prerrogativa de:
 
§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos 
administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância 
do contratado.
Exemplo: se em um a caneta, paga-se um real, em duas canetas, deve-se pagar dois 
reais. Se a Administração desejar três canetas, não poderá pagar dois reais e cinquenta 
centavos, não poderá unilateralmente fazer isso. A cláusula econômico financeira trata da 
proporção daquilo que se com pra, se recebe e se dá, não podendo a Administração alterar 
isso de maneira unilateral. Portanto, se a Administração deseja três canetas, deverá pagar três 
reais, salvo em caso de acordo com o contratado.
REVISÃO REAJUSTE E REPACTUAÇÃO
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REAJUSTE
1ª situação: previsão contratual
a) O reajuste deve ter previsão no contrato conforme disposição do art. 55, III da lei 8.666/93;
 
b) Além de haver no contrato a previsão do reajuste, deve haver também o índice do reajuste;
 
c) Se não houver a previsão no contrato, a proposta é irreajustável.
 
2ª situação: A inflação.
A razão do reajuste é a inflação. A inflação enseja o reajuste, e não a revisão do contrato. 
(Isso foi objeto de questionamento na prova discursiva da PGE Pernambuco).
3ª situação: Periodicidade mínima de 1 ano.
Somente é possível realizar ajuste com previsão no contrato, indicando o índice, em 
decorrência da inflação com a periodicidade mínima de um ano, ou seja, depois de um ano.
Quando começa-se a contar o lapso de um ano? Da assinatura do contrato ou da 
apresentação da proposta ou do orçamento?
 
A doutrina e a jurisprudência são pacíficas, entendendo que o prazo de um ano começa a 
contar da apresentação da proposta ou do orçamento. Não consideram a assinatura do 
contrato.
4ª situação: Apostilamento
O reajuste não demanda a celebração de termo aditivo do contrato, demanda o 
apostilamento. (Isso foi objeto de prova por inúmeras vezes).
 
REVISÃO
1ª situação: independe de previsão contratual que haja a revisão pouco importa que a 
previsão no contrato, isso decorre da segunda situação.
2ª situação: fatos imprevisíveis ou previsíveis mas de consequências incalculáveis.
A razão da revisão são fatos imprevisíveis ou previsíveis de consequências incalculáveis. 
Esse é o motivo de não se exigir a previsão contratual, posto que é imprevisível ou previsível 
de consequência incalculável.
3ª situação: não há a periodicidade mínima de 1 ano. Sendo a situação imprevisível ou 
previsível m as de consequência incalculável, dispensa-se a periodicidade mínima de um ano.
4ª situação: haverá aditamento contratual. Para que a revisão efetive-se, haverá 
aditamento contratual.
REPACTUAÇÃO
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É um a espécie de reajuste. Por óbvio, deverá haver previsão contratual, periodicidade 
mínima de um ano, e mediante apostilamento. Ocorre nos contratos de prestação de serviços 
contínuos em razão da alteração dos valores dos insumos dos contratos.
 
 
  
AT ENÇÃO: A periodicidade anual do reajuste deve considerar a data da apresentação 
da proposta ou do orçamento e não a assinatura do contrato, nos termos do art. 40, XI, da lei 
8.666/93.
 
Adem ais, na lei 8.666/93 no art. 65, inciso II, alterações por acordo entre as partes, veja:
 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com 
as devidas justificativas, nos seguintes casos:
 
II - por acordo das partes:
 
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
 
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra 
ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de 
verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais 
originários;
 
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por 
imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial 
atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao 
cronograma financeiro fixado, sem a correspondente 
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou 
serviço;
 
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram 
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da 
administração para a justa remuneração da obra, serviço ou 
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos 
imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, 
retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em 
caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando 
álea econômica extraordinária e extracontratual.
A alínea "a" trata da substituição da garantia, costuma ser cobrado em provas, quanto a 
ele, salienta-se que a Administração Pública não pode impor ao contratado a substituição da 
garantia. Essa apenas pode ser feita mediante acordo entre as partes.
 
O inciso II e suas alíneas costumam ser objeto de prova reiteradamente, e são cobrados, 
via de regra, de forma literal. Nas provas, os enunciados costumam afirmar que a 
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Administração pode impor tais alterações. Não é verdade, tais alterações podem ser feitas 
unicamente mediante acordo entre as partes.
RESCISÃO DOS CONTRAT OS
Pode ser unilateral, amigável ou judicial. A rescisão unilateral é feita pela Administração 
Pública nos termos do art. 78, I a XII e XVII. Com a simples leitura do artigo, percebe-se 
quando a rescisão é unilateral, amigável ou judicial. Se o erro é do contratado, quem rescinde 
o contrato é a Administração Pública.
 
É imprescindível lembrar que a Administração rescindirá o contrato e quando o faz, faz 
de maneira unilateral.
 
Via de regra, no inciso I a XII por culpa do contratado. Há, todavia, hipótese em que não 
há culpa do contratado, qual seja, inciso XVII, caso fortuito ou força maior.
 
A rescisão unilateral deve seguir as regras do art. 79, §1º da lei 8.666/93
 
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos 
incisos I a XII e XVII do artigo anterior;
 
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, 
desde que haja conveniência para a Administração;
 
III - judicial, nos termos da legislação;
 
IV - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
 
§ 1o A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e 
fundamentada da autoridade competente.
 
Quando a Administração Pública quer rescindir o contrato, fá-lo unilateralmente, trata-
se de um a cláusula exorbitante.
 
A rescisão amigável por sua vez, trata-se dos casos em que o contratado quer rescindir o 
contrato. O contratado não rescinde unilateralmente, entretanto pode fazê-lo de duas formas, 
amigável ou judicialmente, tratam-se das mesmas hipóteses de possibilidade de rescisão do 
contrato pelo contratado, art. 78, inciso XIII a XVI. Nesses casos, a Administração dá causa à 
rescisão, porém o contratado não pode rescindir o contrato de forma unilateral.
CARACTERÍSTICAS – RESUMO 
 Consensual: Se fundamenta em um acordo entre as partes.
 Formal: Se expressa por escrito (em regra) e apresenta requisitos especiais.
 Oneroso: Sempre remunerado, da forma convencionada.
 Comutativo: As partes já conhecem suas obrigações dentro do contrato, possuem 
obrigações recíprocas.
 Intuitu Personae: Deve ser sempre executado pelo próprio contratado, não 
suportando, a princípio, sua substituição.
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 Vertical: Não há igualdade entre as partes. A Administração Pública se coloca 
sempre superior por possuir poderes contratuais que o particular não tem.
 Mutável: A Administração pode mudar unilateralmente as cláusulas de um 
contrato.Exceção: Cláusulas de remuneração, que só podem ser alteradas com 
anuência do particular.
 Presença de Cláusulas Exorbitantes: Poderes especiais da Administração. Ex.: 
Rescisão unilateral do contrato, obrigatoriedade de manutenção no cumprimento 
do contrato por 90 dias mesmo que deixe de receber e possibilidade da 
Administração alterar quantitativamente o objeto, respeitando o limite geral de 
25% (em se tratando de reforma de edifícios ou equipamentos, o limite é ampliado 
para 50%, aplicável apenas para acréscimos).
 Garantia do Equilíbrio Econômico: Ocorrendo alguma situação especial que 
aumente o custo do contrato, a Administração deve majorar a remuneração. 
Situação principais:
 Fato do Príncipe: Evento Estatal geral externo ao contrato. 
 Fato da Administração: Provocado pelo Estado, dentro do contrato.
1. Ano: 2017 Órgão: ARTESP Prova: Analista de Suporte à Regulação de Transporte 
 Ciente da distinção entre contratos da administração e contratos administrativos, 
estes se caracterizam e se diferenciam 
a) por serem celebrados por entes da Administração pública, não por pessoas jurídicas 
que integram a administração indireta.
b) por sempre dependerem de prévia licitação para sua realização.
c) porque se prestam a promover a delegação de serviços públicos, enquanto os contratos 
da administração podem dispor sobre as demais atribuições da Administração.
d) porque a eles são inerentes as cláusulas exorbitantes, que conferem prerrogativas 
unilaterais à Administração pública, como a faculdade de alteração do contrato.
e) porque nestes não existe igualdade entre as partes contratantes, tendo em vista que a 
Administração pública sempre figura em condição de supremacia, garantindo-se o 
equilíbrio contratual apenas em sua fase de execução inicial. 
2. Ano: 2020 Órgão: AL-AP Prova: Assistente Legislativo 
 No contexto das contratações administrativas, constitui “fato do príncipe” 
a) a cláusula do edital de licitação que permite à Administração revogar a licitação.
b) a rescisão unilateral do contrato, decorrente de conveniência administrativa.
c) a cláusula contratual que permite à Administração alterar unilateralmente o contrato.
d) o ato de autoridade pública, não relacionado com o contrato, que impacta no seu 
equilíbrio econômico-financeiro.
e) o evento de natureza interna, relacionado à gestão contratual, que dificulta ou impede 
a execução do ajuste pelo contratado. 
2. FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
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 Instrumento de contrato (obrigatório nas modalidades tomada de preço e 
concorrência). No convite, pode se utilizar nota de empenho, carta-contrato, 
autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
 Contrato poderá ser verbal para pequenas compras (até 5% do convite, pronta 
entrega e regime de antecipação).
 Como requisito de eficácia está a publicação do contrato. Será providenciada a 
publicação de um resumo do contrato até o 5 dia útil do mês seguinte à celebração 
do contrato que deve ser efetivamente publicado em 20 dias.
3. Ano: 2019 Órgão: METRÔ-SP Prova: Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – 
Administração de Empresas 
Acerca do prazo de vigência, a Lei nº 8.666/1993 − Lei de Licitações e Contratos − 
estatui que os contratos administrativos 
a) não são prorrogáveis; apenas os contratos privados celebrados pela Administração 
permitem prorrogação.
b) de natureza emergencial celebrados com dispensa de licitação têm vigência limitada a 
cento e oitenta dias, podendo ser prorrogados uma única vez.
c) de prestação de serviços a serem executados de forma contínua podem ter duração 
indeterminada.
d) de aluguel de equipamentos e de utilização de programas de informática podem 
vigorar por até setenta e dois meses, contados do início da vigência do contrato.
e) relativos a projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no 
Plano Plurianual podem ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde 
que isso tenha sido previsto no ato convocatório. 
4. Ano: 2019 Órgão: Prefeitura de Recife - PE Prova: Analista de Gestão Administrativa 
 No que concerne à formalização dos contratos administrativos, na forma disciplinada 
pela Lei n° 8.666/1993, 
a) admite-se contrato verbal para as compras e serviços de pequeno valor e entrega 
imediata ou pronta execução, até o montante individual máximo de R$ 8.000,00.
b) o instrumento de contrato somente é exigível quando na precedente licitação tenha 
sido adotada a modalidade concorrência, facultando-se, nos demais casos, a 
substituição por nota de empenho.
c) os contratos que decorram de dispensa ou inexigibilidade de licitação não demandam 
publicação resumida na imprensa oficial, cabendo, contudo, a publicação da ratificação 
pela autoridade competente.
d) a publicação resumida do contrato e de seus aditamentos na imprensa oficial constitui 
condição de eficácia do contrato, qualquer que seja o seu valor.
e) as aquisições realizadas no âmbito do sistema de registro de preços dispensam a 
formalização mediante termo de contrato, o qual é exigível em todos os demais casos. 
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3. EXECUÇÃO DOS CONTRATOS 
 Possível a subcontratação desde que se partes do contrato que não sejam a 
finalidade dele e com devida autorização do contratante.
 Administração responde solidariamente pelos débitos previdenciários.
 Súmula 331 TST IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços 
quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e 
conste também do título executivo judicial. 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem 
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua 
conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, 
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais 
da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não 
decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela 
empresa regularmente contratada. 
5. Ano: 2017 Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR) Prova: Técnico Judiciário - Área 
Administrativa 
 Considere abaixo o que concerne aos contratos administrativos.
I. A inadimplência do contratado, com referência a encargos fiscais, poderá, em algumas 
hipóteses, onerar o objeto do contrato.
II. A subcontratação de partes da obra, serviço ou fornecimento não exime o contratado 
de suas responsabilidades, tanto legais, quanto contratuais.
III. Na fiscalização da execução contratual, admite-se a contratação de terceiros para 
assistir e subsidiar o representante da Administração de informações pertinentes a 
essa atribuição.
IV. O fato do príncipe não se preordena diretamente ao particular contratado, pois tem 
cunho de generalidade e apenas reflexamente incide sobre o contrato, ocasionando 
oneração excessiva ao particular independentemente da vontade deste.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I e III.
d) II e IV.
e) I e IV. 
4. CLÁUSULAS NECESSÁRIAS X CLÁUSULAS EXORBITANTES
4.1 - CLÁUSULAS NECESSÁRIAS
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 Prazo determinado (duração coincidente com o crédito orçamentário - 1 ano de 
regra. Exceções - previsão no PPA, prestação de serviços continuados - máximo de 
60 meses - excepcionalmente e justificadamente prorrogável por mais 12 meses, 
aluguel de equipamentos e programas de informática por no máximo 48 meses e 
contratos do art. 24 IX, XIX, XXVIII e XXXI por até 120 meses). Contratos que não 
geram despesas podem ser celebrados por prazos maiores do que o crédito 
orçamentário.
 Casos de Rescisão - extinção natural (advento do prazo ou cumprimento do 
objeto), anulação e rescisão (unilateral, judicial, bilateral e de pleno direito). 
4.2 - CLÁUSULAS EXORBITANTES
 Alteração Unilateral de Contrato (quanto ao projeto e quanto

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