Buscar

Chikungunya, Auxílio-Doença, Aposentadoria por Invalidez, INSS e MDS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tutoria – Problema 3 – Pedro Shogo
Chikungunya
HISTÓRIA NATURAL
A letalidade da chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue. Por outro lado, a doença gera um grande impacto social por causa do alto número de casos; da incapacidade de trabalhar, às vezes, a longo prazo; das consequências dos efeitos colaterais de medicamentos inapropriados; e das consequências da não obtenção de um diagnóstico preciso.
O Chikungunya (CHIKV) é um RNA vírus da família Togaviridae do gênero Alphavirus, descrito pela primeira vez em 1950 na região que hoje corresponde à Tanzânia durante um surto atribuído inicialmente ao vírus Dengue.
Após as primeiras descrições, dois padrões de transmissão distintos foram descritos: um silvestre e periurbano na África (Aedes ssp) e outro urbano na Ásia (A. aegypti). Além disso, três genótipos diferentes circulando em regiões do planeta (África Central, Sul e Leste – ECSA, África Ocidental – WA e Ásia) foram relatados. Até então, poucos casos clínicos graves e nenhum óbito haviam sido associados a infecções por este vírus.
A partir de 2005, pequenas mutações na proteína E1 do envelope viral na variante ECSA permitiram melhor adaptação viral a um novo vetor cosmopolita (Aedes albopictus). Isto contribuiu para uma grande expansão da doença para o Oceano Índico e, posteriormente, Ásia e Europa. Ainda em 2005, o vírus chegou às Ilhas Reunião após um surto ocorrido no Quênia. Nesta epidemia que atingiu cerca de 40% da população, muitos casos graves foram documentados e confirmados laboratorialmente, com letalidade de estimada em 1/1.000 casos.
Os humanos constituem os principais reservatórios do CHIKV em períodos epidêmicos, durante períodos interepidêmicos alguns vertebrados têm sido implicados como potenciais reservatórios (primatas, roedores, pássaros e outros pequenos mamíferos). Dada a distribuição dos vetores nas Américas, toda a região é suscetível à introdução e propagação do vírus, o que torna necessária a implantação e o aprimoramento das ações de vigilância do vírus no Brasil. Facilmente identificada por febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. O Ministério da Saúde definiu que devem ser consideradas como casos suspeitos todas as pessoas que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia (dor articular) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.
Os sinais e os sintomas são clinicamente parecidos com os da dengue – febre de início agudo, dores articulares e musculares, cefaleia, náusea, fadiga e exantema. A principal manifestação clínica que as difere são as fortes dores nas articulações. Após a fase inicial, a doença pode evoluir em duas etapas subsequentes: fase subaguda e crônica. Embora o chikungunya não seja uma doença de alta letalidade, tem caráter epidêmico com elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, tendo como consequência a redução da produtividade e da qualidade de vida
Existe a possibilidade de ocorrência de epidemias no Brasil devido à alta densidade do vetor, à presença de indivíduos susceptíveis e à intensa circulação de pessoas em áreas endêmicas. Diante desse cenário, foi elaborado este documento com o objetivo de orientar os profissionais de saúde sobre o diagnóstico precoce e o manejo adequado desta enfermidade.
A maioria dos indivíduos infectados pelo CHIKV desenvolve sintomas, alguns estudos mostram que até 70% apresentam infecção sintomática. Esses valores são altos e significativos quando comparados às demais arboviroses. Dessa forma, o número de pacientes que necessitarão de atendimento será elevado, gerando uma sobrecarga nos serviços de saúde A doença pode evoluir em três fases: aguda, subaguda e crônica. Após o período de incubação iniciase a fase aguda ou febril, que dura até o décimo dia. Alguns pacientes evoluem com persistência das dores articulares após a fase aguda, caracterizando o início da fase subaguda, com duração até 3 meses. Quando a duração dos sintomas persistem até 3 meses atingem a fase crônica.
O acompanhamento dos pacientes na fase subaguda e crônica deve ser realizado, preferencialmente nas unidades de Atenção Básica, com a avaliação dos pacientes com equipes multidisciplinares e desenvolvimento de atividades individuais ou em grupo. Para casos extremos, também se recomenda a avaliação pelo reumatologista.
VIGILÂNCIA
Todo caso suspeito de chikungunya deve ser notificado imediatamente ao serviço de vigilância epidemiológica, conforme fluxo estabelecido em cada município.
The virus, previously thought to be transmitted by Aedes aegypti mosquitoes, has repeatedly been associated with a new vector, Aedes albopictus. This vector change represents a unique example of evolutionary convergence: in independent instances the virus acquired an adaptive mutation in its envelope gene that favoured replication in A albopictus.
Schuff enecker and colleagues12 have reported the nearcomplete nucleotide sequences of chikungunya virus strains isolated from six patients in Réunion and the Seychelles, and partial (E1) sequences of isolates from 127 patients in Réunion, the Seychelles, Mayotte, Madagascar, and Mauritius. Interestingly, these authors detected a mutation at residue 226 of the membrane fusion glycoprotein E1 (E1-A226 V), which was absent from the strains isolated during the fi rst months of the ongoing outbreak in Réunion, but was found in more than 90% of isolates after September, 2005. This change could be related to virus adaptation to the mosquito vector species. Together with the lack of herd immunity, this might explain the abrupt and escalating nature of the Réunion outbreak.
VETORES
Principais : Aedes albopictus e Aedes aegypti.
Aedes albopictus
A albopictus has a wide geographical distribution, is particularly resilient, and can survive in both rural and urban environments. The mosquito’s eggs are highly resistant and can remain viable throughout the dry season, giving rise to larvae and adults the following rainy season.
Originating from Asia, and initially sylvatic, A albopictus has shown a remarkable capacity to adapt to human beings and to urbanisation, allowing it to supersede A aegypti in many places (including China, the Seychelles, and Hawaii), and to become a secondary but important vector of dengue and other arboviruses. 
It seems that most new introductions of A albopictus have been caused by vegetative eggs contained in timber and tyres exported from Asia throughout the world. A albopictus is therefore both rural and urban, zoophilic and anthropophilic, thriving both in the natural environment, and in habitations and their immediate periphery.
It is aggressive, silent, and diurnal, meaning that bednets are ineffective. The adult female appears to transmit the virus vertically to her eggs, although this remains to be documented in the Indian Ocean outbreak.
Aedes aegypti
CARACTERÍSTICAS
Febre
Dor articular intensa e debilitante
Cefaleia
Mialgia
Poliartrite (artralgia = qualquer tipo de artrite que envolve 5 ou mais articulações) simétrica. Principalmente nos punhos, tornozelos e cotovelos.
Bolhas cutâneas
Miocardite
A Poliartrite, em geral, melhora após 10 dias. No entanto, ela pode durar meses após o quadro febril. 
O nome Chikungunya significa “aquele que se curva” na língua Makonde, falada em várias regiões da África Oriental, razão da posição antálgica que os pacientes adquiriam durante o período de doença.
Embora quadros severos não sejam comuns e não ocorram choque ou hemorragias importantes como na dengue, manifestações neurológicas (encefalite, meningoencefalite, mielite, síndrome Guillain Barré), cutâneas bolhosas e miocardite podemtrazer gravidade aos casos; principalmente, em bebês e idosos.
CHIKUNGUNYA E A DENGUE 
Ao se comparar com a dengue, a Chikungunya apresenta características que amplificam a disseminação da doença e aumentam a possibilidade de grandes e explosivas epidemias. Entre estas características estão a maior proporção de casos sintomáticos (> 90%), menor tempo de incubação intrínseca (de 2 a 7 dias), maior período de viremia (2 antes e 10 depois da febre) e menor período de incubação extrínseca (no mosquito). A replicação viral no mosquito Aedes albopictus além do A. aegypti aumenta a extensão geográfica das regiões com potencial de circulação viral. Existe, ainda, o risco de estabelecimento de um ciclo enzoótico da Chikungunya macacomosquito no Brasil impossibilitando a erradicação da doença no país.
DESAFIO
Um grande desafio se apresenta ao país. A inclusão da doença entre os diagnósticos clínicos diferenciais de síndrome dengue-like (doenças próximas à dengue) implica em intensa divulgação do agravo entre as equipes de saúde em todo o Brasil. A ocorrência de epidemias simultâneas dificulta o manejo clínico em razão de peculiaridades da dengue e da febre do Chikungunya. A ausência de vacina e de medicação específica deixa para as equipes de controle de vetores, a tarefa de prevenir a transmissão. O Ministério da Saúde aponta também para a identificação precoce de casos em área indene, ampliação da retaguarda diagnóstica e o treinamento de equipes de saúde. Cabe à comunidade científica, junto aos serviços de saúde, acompanhar o quadro epidemiológico, identificar os padrões de transmissão no Brasil, o impacto da doença e, principalmente, contribuir com a proposição de medidas de enfrentamento deste grande desafio emergente.
Auxílio-doença
O Auxílio-Doença é um benefício por incapacidade devido ao segurado do INSS que comprove, em perícia médica, estar temporariamente incapaz para o trabalho em decorrência de doença ou acidente.
	Tipo
	Categoria do trabalhador
	Quando pedir o benefício ao INSS
	Carência (tempo trabalhado exigido)
	Estabilidade no Emprego
	FGTS durante recebimento do Auxílio-doença
	Comum
	Segurado Empregado (urbano/rural)
	Após 15 dias de afastamento (podendo ser 15 dias intercalados dentro do prazo de 60 dias)
	12 meses – exceto para doenças específicas (ver página sobre carência)
	Não há
	Empresa não é obrigada a depositar
	
	Segurado Empregado Doméstico, Trabalhador Avulso, Contribuinte Individual, Facultativo, Segurado Especial
	No momento em que se incapacitar
	
	
	
	Acidentário
	Empregado vinculado a uma empresa e o Empregado Doméstico (a partir de junho/2015)
	Deverá estar afastado do trabalho há pelo menos 15 dias (podendo ser 15 dias intercalados dentro do prazo de 60 dias)
	Isento
	Por período de 12 meses após retorno ao trabalho
	Empresa é obrigada a depositar
Nos últimos 15 dias do auxílio-doença, caso julgue que o prazo inicialmente concedido para a recuperação se revelou insuficiente para retorno ao trabalho, o segurado poderá solicitar a prorrogação do benefício pela Central 135, internet ou comparecendo em uma agência do INSS.
Principais requisitos
Cumprir carência de 12 contribuições mensais – a perícia médica do INSS avaliará a isenção de carência para doenças previstas na Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2998/2001, doenças profissionais, acidentes de trabalho e acidentes de qualquer natureza ou causa;
Possuir qualidade de segurado (caso tenha perdido, deverá cumprir metade da carência de 12 meses a partir da nova filiação à Previdência Social – Lei nº 13.457/2017);
Comprovar, em perícia médica, doença/acidente que o torne temporariamente incapaz para o seu trabalho;
Para o empregado em empresa: estar afastado do trabalho há pelo menos 15 dias (corridos ou intercalados dentro do prazo de 60 dias se pela mesma doença).
Documentos originais e formulários necessários
Documento de identificação oficial com foto, que permita o reconhecimento do requerente;
Número do CPF;
Carteira de trabalho, carnês de contribuição e outros documentos que comprovem pagamento ao INSS;
Documentos médicos decorrentes de seu tratamento, como atestados, exames, relatórios, etc, para serem analisados no dia da perícia médica do INSS;
Para o empregado: declaração carimbada e assinada do empregador, informando a data do último dia trabalhado (se precisar, imprima o requerimento);
Comunicação de acidente de trabalho (CAT), se for o caso;
Para o segurado especial (trabalhador rural, lavrador, pescador): documentos que comprovem esta situação, como declaração de sindicato, contratos de arrendamento, entre outros.
- Comprovação da incapacidade: deve ser realizada em perícia médica do INSS. O não comparecimento implica no indeferimento do pedido;
- Solicitação de acompanhante em perícia médica: o cidadão poderá solicitar a presença de um acompanhante (inclusive seu próprio médico) durante a realização da perícia. Para tanto, é necessário preencher o formulário de solicitação de acompanhante e levá-lo no dia da realização da perícia. O pedido será analisado pelo perito médico e poderá ser negado, com a devida fundamentação, caso a presença de terceiro possa interferir no ato pericial.
Aposentadoria por Invalidez
A aposentadoria por invalidez é um benefício devido ao trabalhador permanentemente incapaz de exercer qualquer atividade laborativa e que também não possa ser reabilitado em outra profissão, de acordo com a avaliação da perícia médica do INSS.
O benefício é pago enquanto persistir a invalidez e o segurado pode ser reavaliado pelo INSS a cada dois anos.
Inicialmente o cidadão deve requerer um auxílio-doença, que possui os mesmos requisitos da aposentadoria por invalidez. Caso a perícia médica constate incapacidade permanente para o trabalho, sem possibilidade de reabilitação para outra função, a aposentadoria por invalidez será indicada.
Revisão periódica do benefício: de acordo com a lei, o aposentado por invalidez deve ser reavaliado pela perícia médica do INSS a cada dois anos para comprovar que permanece inválido. Os segurados maiores de 60 anos e os maiores de 55 anos com mais de 15 anos em beneficio por incapacidade são isentos dessa obrigação (Lei nº 8.213/1991 Art. 101 §1º incisos II e I respectivamente);
Solicitação de acompanhante em perícia médica: o cidadão poderá solicitar a presença de um acompanhante (inclusive seu próprio médico) durante a realização da perícia. Para tanto, é necessário preencher o formulário de solicitação de acompanhante e levá-lo no dia da realização da perícia. O pedido será analisado pelo perito médico e poderá ser negado, com a devida fundamentação, caso a presença de terceiro possa interferir no ato pericial.
Acidentes de trabalho
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que apenas 3,9% dos ATs são notificados. No Brasil, principalmente até abril de 2007, os registros de AT têm sido reconhecidos como altamente subnotificados.
Em abril de 2007, após inúmeras evidências científicas dessa subnotificação, o INSS implementou o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP (BRASIL, 2007).
O NTEP decorre de um estudo de coor te, de base populacional, para estabelecimento de correlações entre grupos de diagnósticos da incapacidade para o trabalho e atividades econômicas às quais os trabalhadores incapacitados estão vinculados.
O NTEP disponibiliza à Perícia Médica do INSS um perfil epidemiológico de adoecimento e de acidentabilidade dos empregados de todas as atividades econômicas do país. Essa metodologia de caracterização da natureza acidentária oferece ao processo de concessão de benefício uma nova opção para estabelecimento de nexo técnico entre o trabalho/atividade econômica e o agravo, independente, mas não excludentemente, da emissão da CAT (comunicação do acidente de trabalho)
Apesar dos avanços ocorridos a partir de abril 2007, mesmo sem a dependência exclusiva da CAT para notificação de AT, a subnotificação ainda persiste, principalmente em relação aos acidentescom duração do absenteísmo inferior a dezesseis dias consecutivos. Para esses afastamentos, não há concessão de benefício e consequentemente não há aplicação do NTEP.
Mesmo considerado esse contexto de subnotificação, os gastos decorrentes dos ATs são expressivos. Em 2003, a OIT estimou esses gastos em torno de 4% do Produto Interno Bruto – PIB.
Os gastos com esse tipo de agravo geralmente são classificados em diretos e indiretos. Os gastos diretos podem ser considerados aqueles nos quais a relação de consequência direta com o acidente é de fácil percepção, como assistência à saúde, pagamento de benefícios previdenciários (auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte), entre outros.
Classificam-se como gastos indiretos os relacionados às perdas salariais dos trabalhadores, quando não totalmente compensadas com o recebimento dos benefícios previdenciários, os salários do trabalhador afastado (primeiros 15 dias) e do trabalhador substituto, o treinamento do trabalhador substituto, os encargos trabalhistas (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS), tributários e advocatí- cios, bem como os danos patrimoniais, entre outros. Esses gastos são de percepção mais moderada.
Apesar dos autores apresentarem distintas razões entre os gastos diretos e os indiretos (LARSSON; BETTS, 1996), a ilustração dessa relação é comumente estabelecida por meio de uma analogia com a figura de um iceberg, na qual os gastos diretos são representados pela parte visível e os indiretos, pela parte submersa. Além dos gastos diretos e indiretos, há outros de difícil percepção que estão relacionados à perda da qualidade de vida.
No Brasil, as lesões (XIX) ainda representam a maioria dos casos dos ADAT, o que aponta para a persistência da precariedade das medidas de segurança nos ambientes do trabalho. Diferentemente do Brasil, em países desenvolvidos as doenças do trabalho representam a maioria dos casos de incapacidade de natureza acidentária.
INSS/MDS
INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS foi criado em 27 de junho de 1990, por meio do Decreto n° 99.350, a partir da fusão do Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social – IAPAS com o Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, como autarquia vinculada ao Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS.
Compete ao INSS a operacionalização do reconhecimento dos direitos dos segurados do Regime Geral de Previdência Social – RGPS que abrange a mais de 50 milhões de segurados e aproximadamente 33 milhões de beneficiários em 2017. No artigo 201 da Constituição Federal Brasileira observa-se a organização do RGPS, que tem caráter contributivo e de filiação obrigatória, e onde se enquadra toda a atuação do INSS, respeitadas as políticas e estratégias governamentais oriundas dos órgãos hierarquicamente superiores, como os ministérios. A entidade é vinculada atualmente ao Ministério do Desenvolvimento Social – MDS.
O INSS caracteriza-se, portanto, como uma organização pública prestadora de serviços previdenciários para a sociedade brasileira. É nesse contexto e procurando preservar a integridade da qualidade do atendimento a esse público que o Instituto vem buscando alternativas de melhoria contínua, com programas de modernização e excelência operacional, ressaltando a otimização de resultados e de ferramentas que fundamentem o processo de atendimento ideal aos anseios dos cidadãos.
Resumo
MDS
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) é o responsável pelas políticas nacionais de desenvolvimento social, de segurança alimentar e nutricional, de assistência social e de renda de cidadania no país. É também o gestor do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). Criado em 23 de janeiro de 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cabe ainda ao MDS a missão de coordenar, supervisionar, controlar e avaliar a execução dos programas de transferência de renda, como o Fome Zero, cujo maior expoente é o cartão Bolsa Família, bem como aprovar os orçamentos gerais do Serviço Social da Indústria (SESI), do Serviço Social do Comércio (SESC) e do Serviço Social do Transporte (SEST). É ainda o órgão que coordena a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é responsável pelo pagamento da aposentadoria e demais benefícios aos trabalhadores brasileiros, com exceção de servidores públicos. Para ter direito ao benefício, o trabalhador deverá pagar uma contribuição mensal durante um determinado período ao INSS, variando de acordo com o tipo de aposentadoria. 
A Previdência Social tem por objetivo garantir a renda do(a) trabalhador(a) e de sua família nos momentos em que ele estiver incapacitado para o trabalho. Ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) compete reconhecer o direito e viabilizar o acesso de todos os cidadãos aos benefícios e serviços da Previdência Social, como aposentadoria, pensão e salário maternidade. A Carta de Serviços da Previdência Social busca conceder visibilidade e transparência aos seus serviços e canais de atendimento, contribuindo para que todos os cidadãos e cidadãs conheçam os critérios de acesso aos benefícios da Previdência Social.
Médico do Trabalho
O papel fundamental do MT é mediar a relação entre a exigência de uma atividade profissional e o impacto do dia a dia na saúde dos colaboradores. Neste contexto, uma das habilidades determinadas ao médico do trabalho é saber administrar as exigências dos empresários e os limites físicos e mentais dos colaboradores.
O médico do trabalho deve conhecer a fundo todas as atividades dos funcionários a fim de traçar perfis e panoramas sobre os possíveis quadros de adoecimento, sejam eles físicos ou mentais. Outra premissa do MT é o trabalho de prevenção e conscientização do trabalhador – mesmo nas atividades clínicas, como o exame médico, o médico deve focar na prevenção e na busca por sintomas.
“Hoje, os maiores problemas de saúde mais encontrados nas organizações são os transtornos mentais e a LER/DORT (Lesões por Esforço Repetitivo/ Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho)”, aponta Dr. Mário Bonciani, diretor científico da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).
A exigência do médico do trabalho em uma organização depende da Norma Regulamentadora (NR), que estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Nos espaços do trabalho ou da produção – as empresas -, como empregado nos Serviços Especializados de Engenharia de Segurança e de Medicina do Trabalho (Sesmt), como prestador de serviços técnicos, para a elaboração do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) ou de consultoria;
Na normalização e fiscalização das condições de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) desenvolvida pelo Ministro do Trabalho e Emprego (MTE);
Na rede pública de serviços de saúde e no desenvolvimento das ações de saúde do trabalhador;
Na assessoria sindical em saúde do trabalhador, nas organizações de trabalhadores e de empregadores;
Na Perícia Médica da Previdência Social, enquanto seguradora do Acidente do Trabalho (SAT);
Na atuação junto ao Sistema Judiciário como perito judicial em processos trabalhistas, ações cíveis e ações da promotoria pública;
Na atividade docente e na formação e capacitação profissional;
Na atividade de investigação no campo das relações entre saúde e trabalho;
Em consultoria privada no campo da SST.
Seja qual for o campo de atuação, o médico de trabalho tem a função de compreender e trabalhar na relação entre a saúde e as atividades profissionais. “É fazer com que este processo seja muito mais um gerador de saúde do que de doenças”
FUNÇÕES
° Executa exames periódicos de todos os empregados ou em especial daqueles expostos a maior riscode acidentes do trabalho ou de doenças profissionais, fazendo o exame clínico e/ou interpretando os resultados de exames complementares, para controlar as condições de saúde dos mesmos a assegurar a continuidade operacional e a produtividade;
• Executa exames médicos especiais em trabalhadores do sexo feminino, menores, idosos ou portadores de subnormalidades, fazendo anamnese, exame clínico e/ou interpretando os resultados de exames complementares, para detectar prováveis danos à saúde em decorrência do trabalho que executam e instruir a administração da empresa para possíveis mudanças de atividades;
• Faz tratamento de urgência em casos de acidentes de trabalho ou alterações agudas da saúde, orientando e/ou executando a terapêutica adequada, para prevenir consequências mais graves ao trabalhador;
• Avalia, juntamente com outros profissionais, condições de insegurança, visitando periodicamente os locais de trabalho, para sugerir à direção da empresa medidas destinadas a remover ou atenuar os riscos existentes;
• Participa, juntamente com outros profissionais, da elaboração e execução de programas de proteção à saúde dos trabalhadores, analisando em conjunto os riscos, as condições de trabalho, os fatores de insalubridade, de fadiga e outros, para obter a redução de absenteísmo e a renovação da mão de obra;
• Participa do planejamento e execução dos programas de treinamento das equipes de atendimento de emergências, avaliando as necessidades e ministrando aulas, para capacitar o pessoal incumbido de prestar primeiros socorros em casos de acidentes graves e catástrofes;
• Participa de inquéritos sanitários, levantamentos de doenças profissionais, lesões traumáticas e estudos epidemiológicos, elaborando e/ou preenchendo formulários próprios e estudando os dados estatísticos, para estabelecer medidas destinadas a reduzir a morbidade e mortalidade decorrentes de acidentes do trabalho, doenças profissionais e doenças de natureza não ocupacional;
• Participa de atividades de prevenção de acidentes, comparecendo a reuniões e assessorando em estudos e programas, para reduzir as ocorrências de acidentes do trabalho;
• Participa dos programas de vacinação, orientando a seleção da população trabalhadora e o tipo de vacina a ser aplicada, para prevenir moléstias transmissíveis;
• Participa de estudos das atividades realizadas pela empresa, analisando as exigências psicossomáticas de cada atividade, para elaboração das análises profissiográficas;
• Procede aos exames médicos destinados à seleção ou orientação de candidatos a emprego em ocupações definidas, baseando-se nas exigências psicossomáticas das mesmas, para possibilitar o aproveitamento dos mais aptos;
• Participa da inspeção das instalações destinadas ao bem-estar dos trabalhadores, visitando, juntamente com o nutricionista, em geral (0-68.10), e o enfermeiro de higiene do trabalho (0-71.40) e/ou outros profissionais indicados, o restaurante, a cozinha, a creche e as instalações sanitárias, para observar as condições de higiene e orientar a correção das possíveis falhas existentes. 
Referências
Leparc-Goffart, Isabelle, et al. "Chikungunya in the Americas." The Lancet 383.9916 (2014): 514.
Pialoux, Gilles, et al. "Chikungunya, an epidemic arbovirosis." The Lancet infectious diseases 7.5 (2007): 319-327.
Donalisio, Maria Rita, and André Ricardo Ribas Freitas. "Chikungunya in Brazil: an emerging challenge." Revista Brasileira de Epidemiologia 18.1 (2015): 283-285.
Site da MSF (Médicos Sem Fronteira)
Martins, Victor Emanuel Pessoa, et al. "Distribuição espacial e características dos criadouros de Aedes albopictus e Aedes aegypti em Fortaleza, Estado do Ceará." Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 43.1 (2010): 73-77.
Site do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social)
Moura, Alda Alice Gomes de, Eduardo Freese de Carvalho, and Neiton José Carvalho da Silva. "Repercussão das doenças crônicas não-transmissíveis na concessão de benefícios pela previdência social." Ciência & Saúde Coletiva12 (2007): 1661-1672.
Almeida, Paulo César Andrade, and Anadergh Barbosa-Branco. "Acidentes de trabalho no Brasil: prevalência, duração e despesa previdenciária dos auxílios-doença." Rev Bras Saúde Ocup 36.124 (2011): 195-207.

Mais conteúdos dessa disciplina