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2018 UNOPAR UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ Itabuna/BA ADEMIR BERNADINO SANTOS DAIANE SANTOS DE MATOS GILVANIA SILVA DOS SANTOS SAELMO SILVA DOS ANJOS SISTEMA DE ENSINO SEMI PRESENCIAL CONECTADO BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO CONTROLADORIA, ASPECTOS TRIBUTÁRIOS, CONTÁBEIS, AUDITORIA E PERÍCIA. Itabuna/BA 2018 PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO CONTROLADORIA, ASPECTOS TRIBUTÁRIOS, CONTÁBEIS, AUDITORIA E PERÍCIA. Trabalho em grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de de Direito Tributário; Planejamento Tributário; Controladoria; Auditoria e Perícia. Tutor Eletrônico: Francislene da Silva Tutor de Sala: Sergio Carvalho Caldas ADEMIR BERNADINO SANTOS DAIANE SANTOS DE MATOS GILVANIA SILVA DOS SANTOS SAELMO SILVA DOS ANJOS SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 4 2.1 ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE ..................................................................................................... 4 2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ...................................................................... 10 2.3 CONTROLADORIA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO............................... 12 2.4 AUDITORIA E PERÍCIA .................................................................................... 14 3 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 17 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 18 3 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo atender a atividade interdisciplinar em grupo, integrando os conhecimentos abrangidos nas disciplinas apresentadas ao longo do semestre. Tem como eixo integrador a Controladoria, reunindo aspectos tributários, contábeis e de auditoria e perícia. O ambiente empresarial tem se tornado mais competitivo nas últimas décadas, aumentando seu grau de complexidade, e gerando incertezas quanto ao futuro e exigindo rápidas mudanças nas organizações. Dando maior organização ao conteúdo abordado, o estudo constitui- se em quatro etapas. A primeira delas volta-se a Lei Complementar no 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, onde buscou se apresentar as principais alterações da Lei em que os efeitos começaram a ser produzidos somente a partir de 01/01/2018. A segunda etapa aborda a importância do planejamento tributário, onde aborda-se o caso da empresa Fox Indústria de Alimentos Ltda EPP, a qual revende seus produtos para uma grande rede de supermercados e recolhe seus impostos por meio do DAS (Documento Único de Arrecadação do Simples Nacional. Nesta etapa do estudo é calculado o valor do imposto devido, destacando a partilha de cada tributo compreendido no DAS. Controladoria e planejamento estratégico é o tema abordado na terceira etapa do estudo, onde se faça uma reflexão, apresento de forma discursiva, os conceitos que evidenciam a relevância da Controladoria para o Planejamento Tributário. Por fim, a quarta e última etapa do estudo aborda o tema Auditoria, onde se procura demonstrar a importância dos controles internos e quais são as categorias de Auditoria Fiscal. 4 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE Nesta etapa do estudo nos alunos fomos desafiados, a luz do Direito Tributário, estudar sobre a Lei Complementar no 123/2006, versão consolidada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), a qual institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para posteriormente apresentar as principais alterações da Lei em que os efeitos serão produzidos somente a partir de 01/01/2018. As alterações nas regras e limites do Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123/2006 veio com a publicação da Lei Complementar nº 155/2016. Quanto à definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte o limite máximo de receita bruta anual para pequenas empresas optantes pelo regime de tributação Simples nacional sobe de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões. Já para se caracterizar como uma microempresa, pelo Simples Nacional, as empresas poderão faturar até R$ 360 mil ao ano ao ano. O Microempreendedor Individual (MEI) também terão um novo limite, que passa de R$ 60 mil reais para R$ 81 mil reais ao ano. Micro Empresa (ME) é empreendimento que tem receita bruta anual inferior ou igual a R$ 360 mil. Para formalização é necessário optar entre uma das formas de tributação (Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido) e realizar o registro em uma Junta Comercial. Nessa modalidade não há restrições para o desempenho de serviços, no entanto, é importante ter o controle do faturamento a partir do registro correto do fluxo de caixa (que deve ser realizado em toda empresa). Se o lucro ultrapassar o limite para ME, o contrato social deve ser revisto, alterando também o regime tributário do empreendimento. Empresa de Pequeno Porte (EPP) tem seu negócios com limite de faturamento anual de R$ 3,6 milhões. Da mesma forma que a Micro Empresa, o titular de uma Empresa de Pequeno Porte deve formalizar o negócio em uma Junta Comercial, optando por um dos regimes tributários (Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido). 5 Quanto às vedações ao ingresso ao Simples Nacional aos produtores de bebidas não alcoólicas e bebidas alcoólicas (produzidas ou vendidas no atacado por: 1. micro e pequenas cervejarias; 2. micro e pequenas vinícolas; 3. produtores de licores; 4. micro e pequenas destilarias). O quadro a seguir traz uma comparação entre a redação antiga e a nova redação. Tabela 1 – Vedações Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar, sobre a base de cálculo de que trata o § 3o deste artigo, observado o disposto no § 15 do art. 3o. Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota efetiva determinada na forma do caput e dos §§ 1o, 1o-A e 2o deste artigo, podendo tal incidência se dar, à opção do contribuinte, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita recebida no mês, sendo essa opção irretratável para todo o ano-calendário. Houve inovações a respeito das alíquotas e valor a deduzir. Nas tabelas abaixo contam os novos valores para cada categoria, sendo elas: comércio; indústria; Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não 6 relacionados no inciso 5º - C do artigo 18; Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no inciso 5º - C do artigo 18. Tabela 2 – Novas AlíquotasComércio Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 Tabela 3 – Novas Alíquotas Indústria Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 Tabela 4 – Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não relacionados no inciso 5º - C do artigo 18 Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 Tabela 5 – Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no inciso 5º - C do artigo 18. Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 7 Tabela 6 – Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no inciso 5º - I do artigo 18. Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 “Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal e trabalhista das microempresas e das empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.” (NR) “Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que está apresente alguma restrição. § 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e trabalhista, será assegurado o prazo de cinco dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, a critério da administração pública, para regularização da documentação, para pagamento ou parcelamento do débito e para emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa. A Lei 155/2016 também trouxe inovações no que diz respeito ao acesso das empresas optantes pelo Simples Nacional ao mercado interno e extreno. Para incentivar as empresas ao ingresso no mercado externo, o art. 49 da Lei 123/2003, por meio da Lei Complementar 147/2014 prevê que as empresas beneficiárias do Simples poderão usufruir de regime de exportação que contemple procedimentos simplificados de habilitação, licenciamento, despacho aduaneiro e câmbio. A Lei Complementar 155/2016 inovou no parágrafo único, como pode ser visualizado mais detalhamente com a leitura da Lei: 8 Figura 1 – Acesso ao Mercado Externo Fonte: Lei Complementar 123/2006 O acesso ao mercado interno é incentivado através de benefícios previstos no artigo 61-A da LC 123/2006, que permite o aporte de capital, como será visto a seguir. Já em relação ao estímulo ao crédito e à capitalização, a Lei 123/2006, em sertigo 60-A permite a instituição de Sistema Nacional de Garantias de Crédito pelo Poder Executivo, visando facilitar o acesso das microempresas e empresas de pequeno porte a créditos e demais serviços das instituições financeiras, proporcionando tratamento diferenciado, favorecido e simplificado à estas empresas. A Lei Complmentar 155/2016 inovou em seu artigo 61 – A, prevê que as microempresas ou empresas de pequeno porte, poderão permitir o aporte de capital, que não integrará o capital social da empresa. Na figura 02, pode-se verificar na íntegra estas inovações. Art. 58. Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES manterão linhas de crédito específicas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, 9 vinculadas à reciprocidade social, devendo o montante disponível e suas condições de acesso ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgados. Figura 2 – Estímulo ao crédito e Capitalização 10 Fonte: Lei Complementar 123/2006 2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO O planejamento tributário tem um objetivo a economia (diminuição) legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. Em média, 33% do faturamento empresarial é dirigido ao pagamento de tributos. Do lucro, até 34% vai para o governo. Da somatória dos custos e despesas, mais da metade do valor é representada pelos tributos. Assim, imprescindível a adoção de um sistema de economia legal. Três são as finalidades do planejamento tributário: 1) Evitar a incidência do fato gerador do tributo. Exemplo: Substituir a maior parte do valor do pró-labore dos sócios de uma empresa, por distribuição de lucros, pois a partir de janeiro/1996 eles não sofrem incidência do IR nem na fonte nem na declaração. Dessa forma, evita-se a incidência do INSS (20%) e do IR na Fonte (27,5%) sobre o valor retirado como lucros em substituição do pró-labore. 2) Reduzir o montante do tributo, sua alíquota ou reduzir a base de cálculo do tributo. Exemplo: ao preencher sua Declaração de Renda, você pode optar por deduzir até 20% da renda tributável como desconto padrão (com limite anual fixado) ou efetuar as deduções de dependentes, despesas médicas, plano de previdência privada, etc. Você certamente escolherá o maior valor, que lhe permitirá uma maior dedução da base de cálculo, para gerar um menor Imposto de Renda a pagar (ou um maior valor a restituir). 3) Retardar o pagamento do tributo, postergando (adiando) o seu pagamento, sem a ocorrência da multa. Exemplo: transferir o faturamento da empresa do dia 30 (ou 31) para o 1º dia do mês subsequente. Com isto, ganha-se 30 dias adicionais para pagamento do PIS, COFINS, SIMPLES, ICMS, ISS, IRPJ e CSLL (Lucro Real por estimativa), se for final de trimestre até 90 dias do IRPJ e CSLL (Lucro Presumido ou Lucro Real trimestral) e 10 a 30 dias se a empresa pagar IPI. Diante o caso da empresa Fox indústria de alimentos, em que nos 11 forneceu seus dados de faturamento do mês que é 312,769,45 e receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores que é de 2,845,333,17, em que diante destes dados iremos calcular o valor do importo devido, através da compreensão da planilha de cada tributo de acordo com o DAS. A empresa Fox se enquadra na 5º Faixa, onde no período de 12 meses anteriores a empresa faturou R$ 2.845.333,71. Assim, a alíquota aplicada é de 14,70% e o valor a deduzir é de R$ 85.500,00. A partir destas informações é necessário se encontrar a alíquota efetiva, o que é feito com a aplicação da seguinte fórmula: RBT12 x Alíq – PD RBT12 Onde: RBT12 = Receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração; Alíq = Alíquota nominal constante dos Anexos Anexos I, II, III, IV e V da Lei Complementar 123/2006, alterada pela Lei Complementar 155/2016; PD = Parcela a deduzir constante dos Anexos I, II, III, IV e V da Lei Complementar 123/2006, alterada pela Lei Complementar 155/2016. 12 No caso da empresa em questão teremos: R$ 2.845.333,71 x 14,70 - R$ 85.500,00. R$ 2.845.333,71 332.764,05 R$ 2.845.333,71 = 0,1170, ou 11,70% Assim, o valor do faturamento do mês (R$ 312.769,45) deve ser multiplicado por 11,70%, e a empresa terá que recolher R$ 36.594,03, conforme a tabela abaixo. Receita Bruta em 12 meses Alíquota Parcela a Deduzir Alíquota Efetiva Faturamento do mês Tributo a recolher R$ 2.845.333,17 14,70% R$ 85.500,00 11,70% R$ 312.769,45 R$ 36.594,03 Do valor total recolhido, parte será destinada ao IRPJ, parte ao CSLL, COFINS, PIS/PASEP, CPP, IPI e ICMA. A repartição detalhada destes impostos pode ser visualizada abaixo. 5º faixa IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP IPI ICMS Alíquota 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%Valor correspondente R$ 2.012,67 R$ 1.280,79 R$ 4.211,97 R$ 911,19 R$ 13.722,76 R$ 2.744,55 R$ 11.710,09 Total R$ 36.594,03 Percentual de Repartição dos tributos 2.3 CONTROLADORIA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO A Controladoria é um segmento da Contabilidade e da administração, podendo ser dividida em Controladoria Administrativa e Controladoria Contábil, mas na prática profissional ambas costumam ficar sob a égide de um único gestor, chamado de controller ou controlador. É uma área de staff, ou seja de assessoria e consultoria, normalmente fora da pirâmide hierárquica da organização. 13 Com o aumento da competitividade, o avanço da tecnologia, a crescente exigência dos consumidores, entre outros fatores, houve uma mudança no paradigma das empresas exigindo delas uma permanente adaptação a esse novo ambiente. Diante desse desafio, as organizações devem elaborar um adequado planejamento estratégico que atenda as novas necessidades dos stakeholders (clientes, fornecedores, acionistas, bancos e órgãos fiscalizadores) podendo trazer contribuições valiosas para que as decisões tomadas no presente apoiem as consequências geradas no futuro. É na gestão dessas situações que está a controladoria, cuja missão é otimizar o processo decisório garantindo informações adequadas aos gestores em busca de uma eficácia gerencial, assegurando a continuidade do negócio da empresa. É importante que o controller conheça bem o ramo de atividade da organização, seus objetivos e metas, assim como também ter conhecimentos contábeis e administrativos. As funções do Controller são: Contabilidade, Fiscal, Financeiro, Custos, Planejamento Tributário, Previsão Orçamentária Anual (Budget), Planejamento Estratégico e Relatórios para tomada de decisões. A metodologia da controladoria é baseada no processo de controle, através de padrões de qualidade previamente estabelecidos, focado no planejamento e orçamento traçados pela organização. Porém todos os membros da organização devem estar envolvidos, desde os níveis mais altos até os operacionais. Desta forma, a controladoria presta contribuições importantes ao progresso organizacional, possibilitando o equilíbrio da organização diante das dificuldades existentes no seu ambiente operacional. A controladoria deve definir os padrões de controle e projetar os resultados com enfoque nos objetivos da organização. De modo que não haja excesso, desperdício ou roubo. Desta forma, o controller irá elaborar uma análise comparativa entre os resultados e os padrões de controle estabelecidos, observando os desvios, ou seja a diferença entre os resultados e os padrões. Após a verificação dos desvios, elabora-se uma análise da relevância, a fim de apurar se os desvios comprometem os objetivos da organização. Existe uma classificação dos desvios de acordo com sua relevância (baixa, média e alta) e é através dessa classificação que a controladoria faz sugestões para possíveis soluções dos problemas identificados, repassando para os 14 gestores devidos pela ocorrência do desvio, a partir desse momento, os mesmo são responsáveis pela tomada de decisão. Contudo, a implantação do processo de controle requer uma mudança cultural no processo de gestão organizacional, é preciso que todos se adaptam a nova filosofia para ser bem sucedida. O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la. A fraude ou sonegação fiscal consiste em utilizar procedimentos que violem diretamente a lei fiscal ou o regulamento fiscal. É uma fraude dificilmente perdoável porque ela é flagrante e também porque o contribuinte se opõe conscientemente à lei. Os juristas a consideram como repreensível. Já no planejamento tributário, sem ter relação com a fraude propriamente dita, se admite que os contribuintes têm o direito de recorrer aos seus procedimentos preferidos, autorizados ou não proibidos pela lei, mesmo quando este comportamento prejudica o Tesouro. O planejamento tributário tem um objetivo a economia (diminuição) legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. Nos dias atuais é imprescindível para uma grande organização um serviço contínuo da controladoria, pois é o setor que detém todas as informações gerenciais da empresa. Planejando, organizando, controlando e dirigindo todos os risco e custos , de forma a maximizar o lucro para garantir o sucesso da mesma, portanto controladoria e planejamento tributário devem andar juntas em prol de estratégias legais para minimizar a alta carga tributária. 2.4 AUDITORIA E PERÍCIA Auditoria é um exame sistemático das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor, que tem o objetivo de averiguar se elas estão de 15 acordo com as disposições planejadas e/ou estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e se estão adequadas. Auditoria é um exame analítico e pericial que acompanha o desempenho das operações contábeis expressas em um balanço. Muitas vezes é usada a expressão auditoria contábil, que serve para descrever a avaliação de uma empresa no panorama da contabilidade. Os profissionais que participam de auditoria de demonstrações financeiras são certificados e devem seguir rigorosas normas profissionais. As auditorias podem ser classificadas em: auditoria externa e auditoria interna. A auditoria externa se distribui em diversas áreas de gestão, como auditoria de sistemas, auditoria de recursos humanos, auditoria da qualidade, auditoria de demonstrações financeiras, auditoria jurídica, auditoria contábil etc. A auditoria interna tem como objetivo, avaliar o processo de gestão, no que se refere a aspectos como a governança corporativa, gestão de riscos e procedimentos de aderência às normas, a fim de apontar eventuais desvios e vulnerabilidade às quais a organização está sujeita. Enquanto o auditor externo é um profissional que é contratado de fora e tem um tempo limitado para resolver problemas da empresa, o auditor interno é funcionário da própria empresa, que dispõe de mais tempo e de conhecimento em relação à empresa em questão. A auditoria fiscal tem por objetivo garantir que todas as obrigações tributárias da empresa estão sendo cumpridas de acordo com a legislação. Ela é elemento crucial da auditoria contábil, que analisa e avalia não apenas os aspectos fiscais, mas todos os itens relativos à gestão administrativa de uma empresa. À medida que as autoridades fecham o cerco em relação à sonegação devido à necessidade premente de arrecadação, o acompanhamento interno da área fiscal torna-se crucial também para a organização que não deseja ser flagrada em erros tributários. A auditoria fiscal possui um lado muito benéfico, para o qual muitos gestores acabam não atentando. Isso porque, ao controlar o bom andamento dos procedimentos legais, ela também cuida da recuperação de impostos pagos indevidamente ou a valor maior. Ela permite, por exemplo, levantar créditos tributários ignorados pela Contabilidade que poderiam ser reavidos ou compensados, ou mesmo conferir se a sociedade empresarial evita, de forma 16 eficiente, o cálculo de seus tributossobre eventuais subvenções e incentivos fiscais no patrimônio líquido. A auditoria fiscal deve fazer parte do cotidiano da contabilidade, uma vez que somente procedimentos corretos no dia a dia podem levar a um resultado exato no final do exercício. Se, no entanto, forem constatados erros ou indícios de fraude, podemos dizer que a auditoria fiscal deve ser procedida imediatamente. Do contrário, os erros vão se acumular de forma exponencial. Assim, existem duas categorias de auditoria fiscal: Aquela feita internamente, pela própria empresa ou por consultoria contratada, de caráter preventivo ou em busca de detectar fraudes internas e; A auditoria tributária, externa e a cargo de agentes da Receita Federal, quando o órgão detecta indícios de irregularidades. A presença de controles internos em uma organização gera uma confiança maior quanto a qualidade de seus processos. Atualmente muitas empresas usam de auditoria interna para garantir essa qualidade. Investir em uma auditoria interna, é garantir que a empresa está preparada para prevenir e corrigir falhas que possam prejudicar a empresa como um todo. A auditoria interna estuda e identifica por meio dos próprios controles internos, as falhas nos processos da empresa, e promove ações para solucioná-las e garantir que a empresa atinja seus objetivos. O controle interno é uma necessidade incontestável a qualquer empresa, mesmo as menores que não tem como ter uma auditoria interna. Isso porque para que uma empresa possa ganhar mercado e se manter bem perante ele, é necessário o uso de planos estratégicos, que só vão funcionar bem se os processos internos da empresa estiverem bem elaborados. Uma empresa para crescer precisa ser organizada, e para isso os controles internos serão as ferramentas mais seguras para avaliar o grau de crescimento da empresa, e se os atuais controles internos utilizados estão adequados a realidade organizacional da mesma. 17 3 CONCLUSÃO Diante tudo o que foi mencionado é possível concluir que a contabilidade e suas ferramentas são indispensáveis para o bom andamento e desenvolvimento de uma empresa, seja ela que ramo for, neste trabalho relatamos bastante sobre planejamento tributário onde também pode ser conhecido como elisão fiscal e não deve ser confundido com a evasão fiscal, pois evasão é sonegação de impostos e a realização de procedimentos que vão contra a lei já a elisão tem a finalidade de encontrar formas legais de obter um custo fiscal menor, onde depende de dados confiáveis e regulares. Caso contrário, ficará sujeito a erros e análises equivocadas, que podem causar prejuízos para o negócio. Planejar é indispensável e deve ser feito de maneira estratégica que busque minimizar os custos e aumentar os lucros de empresa, de maneira legal. Conclui-se portanto que o estudo alcançou seus objetivos, pois viabilizou a possibilidade o aprimoramento do conhecimento sobre os temas propostos, contribuindo para a formação do conhecimento acadêmico. 18 REFERÊNCIAS AFINAL, O QUE É CONTROLADORIA? Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/afinal-o-que-e- controladoria/45660/ Acesso em:01/03/2018 BRASIL. Lei Complementar 123/2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm Acesso em:01/03/2018. BRASIL. Lei Complementar 155/2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm Acesso em:01/03/2018 CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DE UMA AUDITORIA FISCAL Disponível em: https://arquivei.com.br/blog/beneficios-auditoria-fiscal/ Acesso em: 01/03/2018 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – LUXO OU NECESSIDADE? Disponível em: http://www.portaltributario.com.br/artigos/planejamento.htm Acesso em: 01/03/2018 SIGNIFICADO DE AUDITORIA. Disponível em: https://www.significados.com.br/auditoria/ Acesso em: 01/03/2018 A IMPORTÂNCIA DOS CONTROLES INTERNOS. Disponível em: http://contabilidadenatv.blogspot.com.br/2017/02/a-importancia-dos-controles- internos.html Acesso em: 25/03/2018. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – LUXO OU NECESSIDADE? Disponível em: http://www.portaltributario.com.br/artigos/planejamento.htm Acesso em: 25/03/2018. MICROEMPRESA, EMPRESA DE PEQUENO PORTE E MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL: DIFERENÇAS E CARACTERÍSTICAS. Disponível em: http://blog.sebrae-sc.com.br/epp-microempresa-mei/ Acesso em: 25/03/2018.
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