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Portfólio 7º Semestre

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2018 
 
 
 
 
 
UNOPAR UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Itabuna/BA 
 
ADEMIR BERNADINO SANTOS 
DAIANE SANTOS DE MATOS 
GILVANIA SILVA DOS SANTOS 
SAELMO SILVA DOS ANJOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SISTEMA DE ENSINO SEMI PRESENCIAL CONECTADO 
 BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO 
 CONTROLADORIA, ASPECTOS TRIBUTÁRIOS, CONTÁBEIS, 
AUDITORIA E PERÍCIA. 
 
Itabuna/BA 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO 
 CONTROLADORIA, ASPECTOS TRIBUTÁRIOS, CONTÁBEIS, 
AUDITORIA E PERÍCIA. 
 
 
Trabalho em grupo apresentado à Universidade Norte do 
Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a 
obtenção de média bimestral na disciplina de de Direito 
Tributário; Planejamento Tributário; Controladoria; 
Auditoria e Perícia. 
 
Tutor Eletrônico: Francislene da Silva 
Tutor de Sala: Sergio Carvalho Caldas 
 
ADEMIR BERNADINO SANTOS 
DAIANE SANTOS DE MATOS 
GILVANIA SILVA DOS SANTOS 
SAELMO SILVA DOS ANJOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 
2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 4 
2.1 ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE 
PEQUENO PORTE ..................................................................................................... 4 
2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ...................................................................... 10 
2.3 CONTROLADORIA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO............................... 12 
2.4 AUDITORIA E PERÍCIA .................................................................................... 14 
3 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 17 
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 18 
 3 
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como objetivo atender a atividade 
interdisciplinar em grupo, integrando os conhecimentos abrangidos nas disciplinas 
apresentadas ao longo do semestre. Tem como eixo integrador a Controladoria, 
reunindo aspectos tributários, contábeis e de auditoria e perícia. O ambiente 
empresarial tem se tornado mais competitivo nas últimas décadas, aumentando seu 
grau de complexidade, e gerando incertezas quanto ao futuro e exigindo rápidas 
mudanças nas organizações. 
Dando maior organização ao conteúdo abordado, o estudo constitui-
se em quatro etapas. A primeira delas volta-se a Lei Complementar no 123/2006, 
que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, 
onde buscou se apresentar as principais alterações da Lei em que os efeitos 
começaram a ser produzidos somente a partir de 01/01/2018. 
A segunda etapa aborda a importância do planejamento tributário, 
onde aborda-se o caso da empresa Fox Indústria de Alimentos Ltda EPP, a qual 
revende seus produtos para uma grande rede de supermercados e recolhe seus 
impostos por meio do DAS (Documento Único de Arrecadação do Simples Nacional. 
Nesta etapa do estudo é calculado o valor do imposto devido, destacando a partilha 
de cada tributo compreendido no DAS. 
Controladoria e planejamento estratégico é o tema abordado na 
terceira etapa do estudo, onde se faça uma reflexão, apresento de forma discursiva, 
os conceitos que evidenciam a relevância da Controladoria para o Planejamento 
Tributário. 
Por fim, a quarta e última etapa do estudo aborda o tema Auditoria, 
onde se procura demonstrar a importância dos controles internos e quais são as 
categorias de Auditoria Fiscal. 
 
 
 
 
 
 4 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO 
PORTE 
Nesta etapa do estudo nos alunos fomos desafiados, a luz do Direito 
Tributário, estudar sobre a Lei Complementar no 123/2006, versão consolidada pelo 
Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), a qual institui o Estatuto Nacional da 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para posteriormente apresentar as 
principais alterações da Lei em que os efeitos serão produzidos somente a partir de 
01/01/2018. 
As alterações nas regras e limites do Simples Nacional, de que trata 
a Lei Complementar nº 123/2006 veio com a publicação da Lei Complementar nº 
155/2016. 
Quanto à definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno 
Porte o limite máximo de receita bruta anual para pequenas empresas optantes pelo 
regime de tributação Simples nacional sobe de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões. 
Já para se caracterizar como uma microempresa, pelo Simples Nacional, as 
empresas poderão faturar até R$ 360 mil ao ano ao ano. O Microempreendedor 
Individual (MEI) também terão um novo limite, que passa de R$ 60 mil reais para R$ 
81 mil reais ao ano. 
Micro Empresa (ME) é empreendimento que tem receita bruta anual 
inferior ou igual a R$ 360 mil. Para formalização é necessário optar entre uma das 
formas de tributação (Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido) e realizar o 
registro em uma Junta Comercial. Nessa modalidade não há restrições para o 
desempenho de serviços, no entanto, é importante ter o controle do faturamento a 
partir do registro correto do fluxo de caixa (que deve ser realizado em toda 
empresa). Se o lucro ultrapassar o limite para ME, o contrato social deve ser revisto, 
alterando também o regime tributário do empreendimento. 
Empresa de Pequeno Porte (EPP) tem seu negócios com limite de 
faturamento anual de R$ 3,6 milhões. Da mesma forma que a Micro Empresa, o 
titular de uma Empresa de Pequeno Porte deve formalizar o negócio em uma Junta 
Comercial, optando por um dos regimes tributários (Simples Nacional, Lucro Real ou 
Lucro Presumido). 
 5 
 
Quanto às vedações ao ingresso ao Simples Nacional aos 
produtores de bebidas não alcoólicas e bebidas alcoólicas (produzidas ou vendidas 
no atacado por: 1. micro e pequenas cervejarias; 2. micro e pequenas vinícolas; 3. 
produtores de licores; 4. micro e pequenas destilarias). O quadro a seguir traz uma 
comparação entre a redação antiga e a nova redação. 
 
Tabela 1 – Vedações 
Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 
 
Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa ou 
empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será determinado 
mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais 
constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar, sobre a base de 
cálculo de que trata o § 3o deste artigo, observado o disposto no § 15 do art. 3o. 
Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota efetiva 
determinada na forma do caput e dos §§ 1o, 1o-A e 2o deste artigo, podendo tal 
incidência se dar, à opção do contribuinte, na forma regulamentada pelo Comitê 
Gestor, sobre a receita recebida no mês, sendo essa opção irretratável para todo o 
ano-calendário. 
Houve inovações a respeito das alíquotas e valor a deduzir. Nas 
tabelas abaixo contam os novos valores para cada categoria, sendo elas: comércio; 
indústria; Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não 
 6 
relacionados no inciso 5º - C do artigo 18; Receitas decorrentes da prestação de 
serviços relacionados no inciso 5º - C do artigo 18. 
 
 
Tabela 2 – Novas AlíquotasComércio 
Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 
 
 
Tabela 3 – Novas Alíquotas Indústria 
Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 
 
 
Tabela 4 – Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não relacionados no 
inciso 5º - C do artigo 18 
Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 
 
 
Tabela 5 – Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no inciso 5º - C do artigo 18. 
Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 
 
 7 
 
Tabela 6 – Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no inciso 5º - I do artigo 18. 
Fonte: Lei 123/2006 e Lei 155/2016 
 
 
“Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade 
fiscal e trabalhista das microempresas e das empresas de pequeno porte somente 
será exigida para efeito de assinatura do contrato.” (NR) 
“Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno porte, por 
ocasião da participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a 
documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal e 
trabalhista, mesmo que está apresente alguma restrição. 
§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade 
fiscal e trabalhista, será assegurado o prazo de cinco dias úteis, cujo termo inicial 
corresponderá ao momento em que o proponente for declarado vencedor do 
certame, prorrogável por igual período, a critério da administração pública, para 
regularização da documentação, para pagamento ou parcelamento do débito e para 
emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão 
negativa. 
A Lei 155/2016 também trouxe inovações no que diz respeito ao 
acesso das empresas optantes pelo Simples Nacional ao mercado interno e extreno. 
Para incentivar as empresas ao ingresso no mercado externo, o art. 49 da Lei 
123/2003, por meio da Lei Complementar 147/2014 prevê que as empresas 
beneficiárias do Simples poderão usufruir de regime de exportação que contemple 
procedimentos simplificados de habilitação, licenciamento, despacho aduaneiro e 
câmbio. A Lei Complementar 155/2016 inovou no parágrafo único, como pode ser 
visualizado mais detalhamente com a leitura da Lei: 
 
 8 
 
Figura 1 – Acesso ao Mercado Externo 
Fonte: Lei Complementar 123/2006 
 
O acesso ao mercado interno é incentivado através de benefícios 
previstos no artigo 61-A da LC 123/2006, que permite o aporte de capital, como será 
visto a seguir. 
Já em relação ao estímulo ao crédito e à capitalização, a Lei 
123/2006, em sertigo 60-A permite a instituição de Sistema Nacional de Garantias 
de Crédito pelo Poder Executivo, visando facilitar o acesso das microempresas e 
empresas de pequeno porte a créditos e demais serviços das instituições 
financeiras, proporcionando tratamento diferenciado, favorecido e simplificado à 
estas empresas. A Lei Complmentar 155/2016 inovou em seu artigo 61 – A, prevê 
que as microempresas ou empresas de pequeno porte, poderão permitir o aporte de 
capital, que não integrará o capital social da empresa. Na figura 02, pode-se verificar 
na íntegra estas inovações. 
Art. 58. Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos 
públicos com carteira comercial, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional do 
Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES manterão linhas de crédito 
específicas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, 
 9 
vinculadas à reciprocidade social, devendo o montante disponível e suas condições 
de acesso ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgados. 
 
Figura 2 – Estímulo ao crédito e Capitalização 
 10 
Fonte: Lei Complementar 123/2006 
2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
O planejamento tributário tem um objetivo a economia (diminuição) 
legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos (impostos, 
taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, 
senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de 
sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. 
Em média, 33% do faturamento empresarial é dirigido ao pagamento 
de tributos. Do lucro, até 34% vai para o governo. Da somatória dos custos e 
despesas, mais da metade do valor é representada pelos tributos. Assim, 
imprescindível a adoção de um sistema de economia legal. 
Três são as finalidades do planejamento tributário: 
1) Evitar a incidência do fato gerador do tributo. Exemplo: Substituir 
a maior parte do valor do pró-labore dos sócios de uma empresa, por distribuição de 
lucros, pois a partir de janeiro/1996 eles não sofrem incidência do IR nem na fonte 
nem na declaração. Dessa forma, evita-se a incidência do INSS (20%) e do IR na 
Fonte (27,5%) sobre o valor retirado como lucros em substituição do pró-labore. 
2) Reduzir o montante do tributo, sua alíquota ou reduzir a base de 
cálculo do tributo. Exemplo: ao preencher sua Declaração de Renda, você pode 
optar por deduzir até 20% da renda tributável como desconto padrão (com limite 
anual fixado) ou efetuar as deduções de dependentes, despesas médicas, plano de 
previdência privada, etc. Você certamente escolherá o maior valor, que lhe permitirá 
uma maior dedução da base de cálculo, para gerar um menor Imposto de Renda a 
pagar (ou um maior valor a restituir). 
3) Retardar o pagamento do tributo, postergando (adiando) o seu 
pagamento, sem a ocorrência da multa. Exemplo: transferir o faturamento da 
empresa do dia 30 (ou 31) para o 1º dia do mês subsequente. Com isto, ganha-se 
30 dias adicionais para pagamento do PIS, COFINS, SIMPLES, ICMS, ISS, IRPJ e 
CSLL (Lucro Real por estimativa), se for final de trimestre até 90 dias do IRPJ e 
CSLL (Lucro Presumido ou Lucro Real trimestral) e 10 a 30 dias se a empresa pagar 
IPI. 
Diante o caso da empresa Fox indústria de alimentos, em que nos 
 11 
forneceu seus dados de faturamento do mês que é 312,769,45 e receita bruta 
acumulada nos 12 meses anteriores que é de 2,845,333,17, em que diante destes 
dados iremos calcular o valor do importo devido, através da compreensão da 
planilha de cada tributo de acordo com o DAS. 
 
 
A empresa Fox se enquadra na 5º Faixa, onde no período de 12 
meses anteriores a empresa faturou R$ 2.845.333,71. Assim, a alíquota aplicada é 
de 14,70% e o valor a deduzir é de R$ 85.500,00. A partir destas informações é 
necessário se encontrar a alíquota efetiva, o que é feito com a aplicação da seguinte 
fórmula: 
 
RBT12 x Alíq – PD 
RBT12 
 
Onde: 
RBT12 = Receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao período de 
apuração; 
Alíq = Alíquota nominal constante dos Anexos Anexos I, II, III, IV e V da Lei 
Complementar 123/2006, alterada pela Lei Complementar 155/2016; 
PD = Parcela a deduzir constante dos Anexos I, II, III, IV e V da Lei Complementar 
123/2006, alterada pela Lei Complementar 155/2016. 
 12 
 
No caso da empresa em questão teremos: 
 
R$ 2.845.333,71 x 14,70 - R$ 85.500,00. 
R$ 2.845.333,71 
 
332.764,05 
R$ 2.845.333,71 
 
= 0,1170, ou 11,70% 
 
Assim, o valor do faturamento do mês (R$ 312.769,45) deve ser 
multiplicado por 11,70%, e a empresa terá que recolher R$ 36.594,03, conforme a 
tabela abaixo. 
 
Receita Bruta 
em 12 meses
Alíquota
Parcela a 
Deduzir
Alíquota 
Efetiva
Faturamento 
do mês
Tributo a 
recolher
R$ 2.845.333,17 14,70% R$ 85.500,00 11,70% R$ 312.769,45 R$ 36.594,03 
 
Do valor total recolhido, parte será destinada ao IRPJ, parte ao 
CSLL, COFINS, PIS/PASEP, CPP, IPI e ICMA. A repartição detalhada destes 
impostos pode ser visualizada abaixo. 
 
5º faixa IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP IPI ICMS
Alíquota 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%Valor 
correspondente R$ 2.012,67 R$ 1.280,79 R$ 4.211,97 R$ 911,19 R$ 13.722,76 R$ 2.744,55 R$ 11.710,09
Total R$ 36.594,03
Percentual de Repartição dos tributos
 
2.3 CONTROLADORIA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
A Controladoria é um segmento da Contabilidade e da 
administração, podendo ser dividida em Controladoria Administrativa e Controladoria 
Contábil, mas na prática profissional ambas costumam ficar sob a égide de um único 
gestor, chamado de controller ou controlador. É uma área de staff, ou seja de 
assessoria e consultoria, normalmente fora da pirâmide hierárquica da organização. 
 13 
Com o aumento da competitividade, o avanço da tecnologia, a 
crescente exigência dos consumidores, entre outros fatores, houve uma mudança no 
paradigma das empresas exigindo delas uma permanente adaptação a esse novo 
ambiente. 
Diante desse desafio, as organizações devem elaborar um 
adequado planejamento estratégico que atenda as novas necessidades dos 
stakeholders (clientes, fornecedores, acionistas, bancos e órgãos fiscalizadores) 
podendo trazer contribuições valiosas para que as decisões tomadas no presente 
apoiem as consequências geradas no futuro. 
É na gestão dessas situações que está a controladoria, cuja missão 
é otimizar o processo decisório garantindo informações adequadas aos gestores em 
busca de uma eficácia gerencial, assegurando a continuidade do negócio da 
empresa. É importante que o controller conheça bem o ramo de atividade da 
organização, seus objetivos e metas, assim como também ter conhecimentos 
contábeis e administrativos. As funções do Controller são: Contabilidade, Fiscal, 
Financeiro, Custos, Planejamento Tributário, Previsão Orçamentária Anual (Budget), 
Planejamento Estratégico e Relatórios para tomada de decisões. 
A metodologia da controladoria é baseada no processo de controle, 
através de padrões de qualidade previamente estabelecidos, focado no 
planejamento e orçamento traçados pela organização. Porém todos os membros da 
organização devem estar envolvidos, desde os níveis mais altos até os operacionais. 
Desta forma, a controladoria presta contribuições importantes ao progresso 
organizacional, possibilitando o equilíbrio da organização diante das dificuldades 
existentes no seu ambiente operacional. 
A controladoria deve definir os padrões de controle e projetar os 
resultados com enfoque nos objetivos da organização. De modo que não haja 
excesso, desperdício ou roubo. Desta forma, o controller irá elaborar uma análise 
comparativa entre os resultados e os padrões de controle estabelecidos, observando 
os desvios, ou seja a diferença entre os resultados e os padrões. Após a verificação 
dos desvios, elabora-se uma análise da relevância, a fim de apurar se os desvios 
comprometem os objetivos da organização. 
Existe uma classificação dos desvios de acordo com sua relevância 
(baixa, média e alta) e é através dessa classificação que a controladoria faz 
sugestões para possíveis soluções dos problemas identificados, repassando para os 
 14 
gestores devidos pela ocorrência do desvio, a partir desse momento, os mesmo são 
responsáveis pela tomada de decisão. 
Contudo, a implantação do processo de controle requer uma 
mudança cultural no processo de gestão organizacional, é preciso que todos se 
adaptam a nova filosofia para ser bem sucedida. 
O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que 
visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o 
seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos 
de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e 
lícita, a fazenda pública deve respeitá-la. 
A fraude ou sonegação fiscal consiste em utilizar procedimentos que 
violem diretamente a lei fiscal ou o regulamento fiscal. É uma fraude dificilmente 
perdoável porque ela é flagrante e também porque o contribuinte se opõe 
conscientemente à lei. Os juristas a consideram como repreensível. 
Já no planejamento tributário, sem ter relação com a fraude 
propriamente dita, se admite que os contribuintes têm o direito de recorrer aos seus 
procedimentos preferidos, autorizados ou não proibidos pela lei, mesmo quando este 
comportamento prejudica o Tesouro. 
O planejamento tributário tem um objetivo a economia (diminuição) 
legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos (impostos, 
taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, 
senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de 
sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. 
Nos dias atuais é imprescindível para uma grande organização um 
serviço contínuo da controladoria, pois é o setor que detém todas as informações 
gerenciais da empresa. Planejando, organizando, controlando e dirigindo todos os 
risco e custos , de forma a maximizar o lucro para garantir o sucesso da mesma, 
portanto controladoria e planejamento tributário devem andar juntas em prol de 
estratégias legais para minimizar a alta carga tributária. 
2.4 AUDITORIA E PERÍCIA 
Auditoria é um exame sistemático das atividades desenvolvidas em 
determinada empresa ou setor, que tem o objetivo de averiguar se elas estão de 
 15 
acordo com as disposições planejadas e/ou estabelecidas previamente, se foram 
implementadas com eficácia e se estão adequadas. 
Auditoria é um exame analítico e pericial que acompanha o 
desempenho das operações contábeis expressas em um balanço. Muitas vezes é 
usada a expressão auditoria contábil, que serve para descrever a avaliação de uma 
empresa no panorama da contabilidade. 
Os profissionais que participam de auditoria de demonstrações 
financeiras são certificados e devem seguir rigorosas normas profissionais. 
As auditorias podem ser classificadas em: auditoria externa e 
auditoria interna. A auditoria externa se distribui em diversas áreas de gestão, como 
auditoria de sistemas, auditoria de recursos humanos, auditoria da qualidade, 
auditoria de demonstrações financeiras, auditoria jurídica, auditoria contábil etc. 
A auditoria interna tem como objetivo, avaliar o processo de gestão, 
no que se refere a aspectos como a governança corporativa, gestão de riscos e 
procedimentos de aderência às normas, a fim de apontar eventuais desvios e 
vulnerabilidade às quais a organização está sujeita. 
Enquanto o auditor externo é um profissional que é contratado de 
fora e tem um tempo limitado para resolver problemas da empresa, o auditor interno 
é funcionário da própria empresa, que dispõe de mais tempo e de conhecimento em 
relação à empresa em questão. 
A auditoria fiscal tem por objetivo garantir que todas as obrigações 
tributárias da empresa estão sendo cumpridas de acordo com a legislação. Ela é 
elemento crucial da auditoria contábil, que analisa e avalia não apenas os aspectos 
fiscais, mas todos os itens relativos à gestão administrativa de uma empresa. 
À medida que as autoridades fecham o cerco em relação à 
sonegação devido à necessidade premente de arrecadação, o acompanhamento 
interno da área fiscal torna-se crucial também para a organização que não deseja 
ser flagrada em erros tributários. 
A auditoria fiscal possui um lado muito benéfico, para o qual muitos 
gestores acabam não atentando. Isso porque, ao controlar o bom andamento dos 
procedimentos legais, ela também cuida da recuperação de impostos pagos 
indevidamente ou a valor maior. Ela permite, por exemplo, levantar créditos 
tributários ignorados pela Contabilidade que poderiam ser reavidos ou 
compensados, ou mesmo conferir se a sociedade empresarial evita, de forma 
 16 
eficiente, o cálculo de seus tributossobre eventuais subvenções e incentivos fiscais 
no patrimônio líquido. 
A auditoria fiscal deve fazer parte do cotidiano da contabilidade, uma 
vez que somente procedimentos corretos no dia a dia podem levar a um resultado 
exato no final do exercício. Se, no entanto, forem constatados erros ou indícios de 
fraude, podemos dizer que a auditoria fiscal deve ser procedida imediatamente. Do 
contrário, os erros vão se acumular de forma exponencial. 
Assim, existem duas categorias de auditoria fiscal: 
 Aquela feita internamente, pela própria empresa ou por 
consultoria contratada, de caráter preventivo ou em busca de 
detectar fraudes internas e; 
 A auditoria tributária, externa e a cargo de agentes da 
Receita Federal, quando o órgão detecta indícios de 
irregularidades. 
A presença de controles internos em uma organização gera uma 
confiança maior quanto a qualidade de seus processos. 
Atualmente muitas empresas usam de auditoria interna para garantir 
essa qualidade. 
Investir em uma auditoria interna, é garantir que a empresa está 
preparada para prevenir e corrigir falhas que possam prejudicar a empresa como um 
todo. 
A auditoria interna estuda e identifica por meio dos próprios 
controles internos, as falhas nos processos da empresa, e promove ações para 
solucioná-las e garantir que a empresa atinja seus objetivos. 
O controle interno é uma necessidade incontestável a qualquer 
empresa, mesmo as menores que não tem como ter uma auditoria interna. 
Isso porque para que uma empresa possa ganhar mercado e se 
manter bem perante ele, é necessário o uso de planos estratégicos, que só vão 
funcionar bem se os processos internos da empresa estiverem bem elaborados. 
Uma empresa para crescer precisa ser organizada, e para isso os 
controles internos serão as ferramentas mais seguras para avaliar o grau de 
crescimento da empresa, e se os atuais controles internos utilizados estão 
adequados a realidade organizacional da mesma. 
 17 
3 CONCLUSÃO 
 
Diante tudo o que foi mencionado é possível concluir que a 
contabilidade e suas ferramentas são indispensáveis para o bom andamento e 
desenvolvimento de uma empresa, seja ela que ramo for, neste trabalho relatamos 
bastante sobre planejamento tributário onde também pode ser conhecido como 
elisão fiscal e não deve ser confundido com a evasão fiscal, pois evasão é 
sonegação de impostos e a realização de procedimentos que vão contra a lei já a 
elisão tem a finalidade de encontrar formas legais de obter um custo fiscal menor, 
onde depende de dados confiáveis e regulares. Caso contrário, ficará sujeito a erros 
e análises equivocadas, que podem causar prejuízos para o negócio. Planejar é 
indispensável e deve ser feito de maneira estratégica que busque minimizar os 
custos e aumentar os lucros de empresa, de maneira legal. 
Conclui-se portanto que o estudo alcançou seus objetivos, pois 
viabilizou a possibilidade o aprimoramento do conhecimento sobre os temas 
propostos, contribuindo para a formação do conhecimento acadêmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
REFERÊNCIAS 
 
AFINAL, O QUE É CONTROLADORIA? Disponível em: 
http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/afinal-o-que-e-
controladoria/45660/ Acesso em:01/03/2018 
 
BRASIL. Lei Complementar 123/2006. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm Acesso em:01/03/2018. 
 
BRASIL. Lei Complementar 155/2016. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm Acesso em:01/03/2018 
 
CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DE UMA AUDITORIA FISCAL Disponível em: 
https://arquivei.com.br/blog/beneficios-auditoria-fiscal/ Acesso em: 01/03/2018 
 
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – LUXO OU NECESSIDADE? Disponível em: 
http://www.portaltributario.com.br/artigos/planejamento.htm Acesso em: 01/03/2018 
 
SIGNIFICADO DE AUDITORIA. Disponível em: 
https://www.significados.com.br/auditoria/ Acesso em: 01/03/2018 
 
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MICROEMPRESA, EMPRESA DE PEQUENO PORTE E MICROEMPREENDEDOR 
INDIVIDUAL: DIFERENÇAS E CARACTERÍSTICAS. Disponível em: 
http://blog.sebrae-sc.com.br/epp-microempresa-mei/ Acesso em: 25/03/2018.

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