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83 LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO Decreto‑Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942 Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro `` Antiga Lei de Introdução ao Código Civil (LICC). Ementa com redação dada pela Lei 12.376/2010. `` DOU, 09.09.1942. O Presidente da República, usando da atribui- ção que lhe confere o artigo 180 da Constitui- ção, decreta: Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente pu‑ blicada. `` V. art. 62, §§ 3º; 4º; 6º e 7º, CF. `` V. arts. 101 a 104, CTN. `` V. Lei 2.145/1953 (Cria a Carteira de Comércio Exterior. Dispõe sobre o intercâmbio comercial com o exterior). `` V. Lei 2.410/1955 (Prorroga até 30.06.1956 o regime de licença para o intercâmbio comercial com o ex- terior, nos termos estabelecidos na Lei 2.145/1955). `` V. Lei 2.770/1956 (Suprime a concessão de medidas liminares nas ações e procedimentos judiciais de qualquer natureza que visem a liberação de bens, mercadorias ou coisas de procedência estrangeira). `` V. Lei 3.244/1957 (Dispõe sobre a reforma da tarifa das alfândegas). `` V. Lei 4.966/1966 (Isenta dos impostos de impor- tação e consumo e da taxa de despacho aduaneiro os bens dos imigrantes). `` V. Dec.-Lei 333/1967 (Dispõe sobre a entrada em vigor das deliberações do Conselho de Política Aduaneira e incorpora às alíquotas do imposto de importação a taxa de despacho aduaneiro). `` V. art. 8º, LC 95/1998 (Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis). § 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigato‑ riedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. § 2º (Revogado pela Lei 12.036/2009.) § 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocor‑ rer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos pa‑ rágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. § 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram‑se lei nova. Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. `` V. LC 95/1998 (Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis). § 1º A lei posterior revoga a anterior quan‑ do expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei re‑ vogadora perdido a vigência. Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz de‑ cidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. `` V. arts. 140, 375 e 723, NCPC. `` V. arts. 100; 101 e 107 a 111, CTN. `` V. art. 8º, CLT. `` V. art. 2º, Lei 9.307/1996 (Lei da Arbitragem). Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atende‑ rá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei 3.238/1957.) `` V. art. 5º, XXXVI, CF. `` V. art. 1.787, CC/2002. `` V. Súm. Vinc. 1, STF. § 1º Reputa‑se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Parágrafo incluído pela Lei 3.238/1957.) § 2º Consideram‑se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo co‑ meço do exercício tenha termo pré‑fixo, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Parágrafo incluído pela Lei 3.238/1957.) `` V. arts. 131 e 135, CC/2002. § 3º Chama‑se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. (Parágrafo incluído pela Lei 3.238/1957.) `` V. art. 5º, XXXVI, CF. `` V. arts. 121; 126 a 128; 131 e 135, CC/2002. `` V. art. 502, NCPC. Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o co‑ meço e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. `` V. arts. 1º a 10; 22 a 39, 70 a 78 e 1.511 a 1.638, CC/2002. `` V. arts. 31, 42 e ss., Lei 6.815/1980 (Estatuto do Estrangeiro). `` V. Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). `` V Dec. 66.605/1970 (Promulgou a Convenção sobre Consentimento para Casamento). `` V. Enunciado 408 das Jornadas de Direito Civil. § 1º Realizando‑se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos im‑ pedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. `` V. art. 1.511 e ss., CC/2002. `` V. arts. 8º e 9º, Lei 1.110/1950 (Dispõe sobre o reconhecimento dos efeitos civis do casamento religioso). `` V. Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). § 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar‑se perante autoridades diplomáti‑ cas ou consulares do país de ambos os nu‑ bentes. (Redação dada pela Lei 3.238/1957.) `` V. art. 1.544, CC/2002. § 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimô‑ nio a lei do primeiro domicílio conjugal. `` V. arts. 1.548 a 1.564, CC/2002. § 4º O regime de bens, legal ou convencio‑ nal, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. `` V. arts. 1.658 a 1.666, CC/2002. § 5º O estrangeiro casado que se naturalizar brasileiro pode, mediante expressa anuên‑ cia de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei 6.515/1977.) `` V. arts. 1.658 a 1.666, CC/2002. § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasi‑ leiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessa‑ do, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei 12.036/2009.) `` V. arts. 105, I, l; e 227, § 6º, CF. `` V. art. 961, NCPC. § 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende‑se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e CÓDIGO CIVIL 84 código civilArt. 8º o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. `` V. arts. 226, § 5º; e 227, § 6º, CF. `` V. arts. 3º; 4º; e 76, p.u., CC/2002. `` V. Lei 10.216/2001 (Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental). § 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar‑se‑á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. `` V. art. 46, NCPC. Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar‑se‑á a lei do país em que estiverem situados. `` V. arts. 1.431 a 1435; 1.438 a 1.440; 1.442; 1.445; 1.446; 1.451 a 1.460 e 1.467 a 1.471, CC/2002. § 1º Aplicar‑se‑á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. § 2º O penhor regula‑se pela lei do domi‑ cílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. Art. 9º Para qualificar e regeras obrigações, aplicar‑se‑á a lei do país em que se consti‑ tuírem. § 1º Destinando‑se a obrigação a ser exe‑ cutada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. § 2º A obrigação resultante do contrato reputa‑se constituída no lugar em que residir o proponente. Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. `` V. arts. 26 a 39; 469 a 483; 1.784 e ss., CC/2002. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no país, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável à lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei 9.047/1995.) `` V. art. 5º, XXXI, CF. `` V. arts. 1.851 a 1.856, CC/2002. § 2º A lei do domicílio do herdeiro ou le‑ gatário regula a capacidade para suceder. `` V. art. 5º, XXX e XXXI, CF. `` V. arts. 1.798 a 1.803, CC/2002. Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem. `` V. arts. 40 a 69; 981 e ss., CC/2002. `` V. art. 75, NCPC. § 1º Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira. `` V. art. 170, p.u., CF. `` V. arts. 21 e 75, NCPC. `` V. art. 32, II, Lei 8.934/1994 (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins). § 2º Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou suscetíveis de desapropriação. § 3º Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios neces‑ sários à sede dos representantes diplomá‑ ticos ou dos agentes consulares. Art. 12. É competente a autoridade judici‑ ária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. `` V. arts. 21 a 24, NCPC. § 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. § 2º A autoridade judiciária brasileira cum‑ prirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências. `` Com a EC 45/2004 a concessão de exequatur às cartas rogatórias passou a ser da competência do STJ (art. 105, I, i, CF). `` V. arts. 105, I, i; e 109, X, CF. `` V. arts. 21, 23, 36, 46, 47, 268, 256, NCPC. Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege‑se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir‑se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira des‑ conheça. `` V. arts. 373 e 374, NCPC. `` V. Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). Art. 14. Não conhecendo a lei estrangei‑ ra, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência. `` V. art. 376, NCPC. Art. 15. Será executada no Brasil a sen‑ tença proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes requisitos: `` V. arts. 36, 268, 961 e 965, NCPC. a) haver sido proferida por juiz compe‑ tente; `` V. Súm. 381, STF. b) terem sido as partes citadas ou haver‑se legalmente verificado à revelia; c) ter passado em julgado e estar reves‑ tida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; `` V. Súm. 420, STF. d) estar traduzida por intérprete auto‑ rizado; e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. `` Com a EC 45/2004 a concessão de exequatur às cartas rogatórias passou a ser da competência do STJ (art. 105, I, i, CF). `` V. art. 105, I, i, CF. `` V. art. 961, NCPC. `` V. art. 9º, CP. `` V. arts. 787 a 790, CPP. Parágrafo único. (Revogado pela Lei 12.036/2009.) Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter‑se‑á em vista a disposição desta, sem considerar‑se qualquer remis‑ são por ela feita a outra lei. Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. `` V. art. 781, CPP. Art. 18. Tratando‑se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabe‑ lionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasi‑ leira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei 3.238/1957.) § 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os re‑ quisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. (Acrescentado pela Lei 12.874/2013. Vigência: 120 dias de sua publicação oficial.) § 2º É indispensável a assistência de ad‑ vogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo neces‑ sário que a assinatura do advogado conste da escritura pública. (Acrescentado pela Lei 12.874/2013. Vigência: 120 dias de sua publicação oficial.) Art. 19. Reputam‑se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e ce‑ lebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto‑Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais. (Incluído pela Lei 3.238/1957.) Parágrafo único. No caso em que a cele‑ bração desses atos tiver sido recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto‑Lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei. (Incluído pela Lei 3.238/1957.) Rio de Janeiro, 04 de setembro de 1942, 121º da Independência e 54º da República. Getúlio Vargas Alexandre Marcondes Filho Oswaldo Aranha Lei n. 12.376, de 30 de dezembro de 2010 Altera a ementa do Decreto‑Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942. `` DOU, 31.12.2010. O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei altera a ementa do De‑ creto‑Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942, ampliando o seu campo de aplicação. Art. 2º A ementa do Decreto‑Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942, passa a vigorar com a seguinte redação: “Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro.” Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 30 de dezembro de 2010; 189º da Independência e 122º da República. Luiz Inácio Lula da Silva 85 CÓDIGO CIVIL Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 Institui o Código Civil. `` DOU, 11.01.2002. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: PARTE gERAl livRo i dAS PESSoAS TÍTUlo i dAS PESSoAS NATURAiS cAPÍTUlo i dA PERSoNAlidAdE E dA cAPAcidAdE Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. `` V. arts. 3º a 5º; 11 a 21; e 972 a 980 deste Código. `` V. art. 70, NCPC. `` V. art. 7º, caput, Lei 4.657/1942(Lei de Introdu- ção às normas do Direito Brasileiro – LInDB, antiga LICC). Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. `` V. arts. 5º; 115 a 120; 166, I; 542; 1.597; 1.598; 1.609, p.u.; 1.690, caput; 1.779; 1.798; 1.799, I; 1.800; e 1.952 deste Código. `` V. arts. 124 e 128, CP. `` V. arts. 50, 71, 178, 896, NCPC. `` V. arts. 7º a 10; 228; e 229, Lei 8.069/1990 (ECA). `` V. arts. 50 a 66; Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). `` V. arts. 3º a 5º, Lei 11.105/2005 (Lei de Bios- segurança). `` V. art. 7º, caput, Dec.-Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro - LInDB, antiga LICC). `` V. Enunciados 1 e 2 das Jornadas de Direito Civil. Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Alte‑ rado pela Lei 13.146/2015.) I a III ‑ (Revogados pela Lei 13.146/2015.) `` V. arts. 5º, 22 a 25; 76; 105; 115 a 120; 166, I; 198, I; 471; 543; 1.634, V; e 1.781 deste Código. `` V. arts. 71, 72, 447, NCPC. `` V. Enunciado 138 das Jornadas de Direito Civil. Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Alterado pela Lei 13.146/2015.) `` V. arts. 171, I; 1.634, V; 1.642, VI; 1.647; 1.649; e 1.651 deste Código. `` V. arts. 71, 72, 74 e 447, NCPC. `` V. arts. 34; 50, p.u.; e 52, CPP. `` V. arts. 2º; 36; 42; 60; 104; e 142, Lei 8.069/1990 (ECA). I ‑ os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; `` V. arts. 5º, p.u.; 180; 666; 1.634, V; 1.690; 1.747, I; e 1.774, deste Código. `` V. art. 793, CLT. `` V. art. 73, Lei 4.375/1964 (Lei do Serviço Militar). II ‑ os ébrios habituais e os viciados em tó‑ xico; (Alterado pela Lei 13.146/2015.) `` V. art. 1.767, I a III, deste Código. `` V. art. 30, § 5º, Dec.-Lei 891/1938 (Aprova a Lei de Fiscalização de Entorpecentes). `` V. Lei 10.216/2001 (Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais). `` V. Lei 11.343/2006 (Lei Antidrogas). III ‑ aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Alterado pela Lei 13.146/2015.) `` V. arts. 1.767, IV, e 1.777 deste Código. IV ‑ os pródigos. `` V. arts. 104; 171; 1.767, V, e 1.777 deste Código. `` V. arts. 71, 72, 447, NCPC. `` V. art. 30, § 5º, Dec.-Lei 891/1938 (Aprova a Lei de Fiscalização de Entorpecentes). Parágrafo único. A capacidade dos indíge‑ nas será regulada por legislação especial. (Alterado pela Lei 13.146/2015.) `` V. arts. 231 e 232, CF. `` V. Lei 6.001/1973 (Estatuto do Índio). `` V. art. 50, § 2º, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). `` V. Dec. 1.141/1994 (Dispõe sobre as ações de proteção ambiental, saúde e apoio às atividades produtivas para as comunidades indígenas). `` V. Dec. 4.645/2003 (Estatuto da FUNAI). Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habi‑ litada à prática de todos os atos da vida civil. `` V. arts. 666; 1.517; 1.635, II; 1.763, I; e 1.860. p.u., deste Código. `` V. arts. 27; 65, I; e 115, CP. `` V. arts. 15; 34; 50, p.u.; 52; 262; e 564, III, c, CPP. `` V. art. 792, CLT. `` V. art. 73, Lei 4.375/1964 (Lei do Serviço Militar). `` V. arts. 1º e 13, Lei 9.307/1996 (Lei da Arbi- tragem). `` V. Enunciados 3 e 397 das Jornadas de Direito Civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: `` V. art. 73, Lei 4.375/1964 (Lei do Serviço Militar). `` V. Enunciado 530 das Jornadas de Direito Civil. I ‑ pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homo‑ logação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; `` V. arts. 9º, II; 666; e 1.635, II, deste Código. `` V. art. 725, NCPC. `` V. art. 148, p.u., e, Lei 8.069/1990 (ECA). II ‑ pelo casamento; `` V. art. 1.115 e ss. deste Código. III ‑ pelo exercício de emprego público efetivo; `` V. art. 5º, V, Lei 8.112/1990 (Dispõe sobre o regime jurídico único dos servidores públicos civis da União). IV ‑ pela colação de grau em curso de en‑ sino superior; V ‑ pelo estabelecimento civil ou comer‑ cial, ou pela existência de relação de em‑ prego, desde que, em função deles, o me‑ nor com dezesseis anos completos tenha economia própria. `` V. arts. 1.635; 1.763; e 1.778 deste Código. `` V. art. 3º, CLT. Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume‑se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. `` V. arts. 22 a 39 deste Código. `` V. arts. 744 e 745, NCPC. `` V. art. 107, I, CP. `` V. art. 62, CPP. `` V. arts. 77 a 88; e 89 e ss., Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). `` V. Súm. 331, STF. Art. 7º Pode ser declarada a morte presu‑ mida, sem decretação de ausência: `` V. arts. 22 a 39, deste Código. `` V. Dec.-Lei 5.782/1943 (Regula a situação do servidor do Estado desaparecido em naufrágio, acidente, ou em qualquer ato de guerra ou de agressão à soberania nacional). `` V. Dec.-Lei 6.239/1944 (Regula a situação referente aos militares da Aeronáutica que se invalidarem para o serviço militar em conse- quência de atos de agressão do inimigo e a dos desaparecidos em aeronaves durante o voo). `` V. art. 88, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). `` V. Lei 9.140/1995 (Reconhece como mortas pessoas desaparecidas entre 1961 e 1979). I ‑ se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II ‑ se alguém, desaparecido em campa‑ nha ou feito prisioneiro, não for encontra‑ do até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as bus‑ cas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. Art. 8º Se dois ou mais indivíduos fale cerem na mesma ocasião, não se podendo averi‑ guar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir‑se‑ão simultaneamen‑ te mortos. Art. 9º Serão registrados em registro público: `` V. Lei 3.764/1960 (Estabelece rito sumaríssimo para retificações no registro civil). `` V. Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). `` V. 6.815/1980 (Estatuto do Estrangeiro). I ‑ os nascimentos, casamentos e óbitos; 86 código civilArt. 10 `` V. arts. 1.511; 1.512; 1.516; 1.543; e 1.604 deste Código. `` V. arts. 241 a 243, CP. `` V. art. 18, Dec.-Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu- ção às normas do Direito Brasileiro - LInDB, antiga LICC). `` V. arts. 12 e 13, Lei 6.001/1973 (Estatuto do Índio). `` V. arts. 29, I e II; 50 a 66; 70 a 75; e 77 a 88, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). II ‑ a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; `` V. art. 5º, p.u., I, deste Código. `` V. art. 725, NCPC. `` V. arts. 13, § 2º; 29, IV; e 89 a 91, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). III ‑ a interdição por incapacidade absolu‑ ta ou relativa; `` V. arts. 1.767 e ss. deste Código. `` V. Lei 6.001/1973 (Estatuto do Índio). `` V. arts. 29, V; 92; 93; 104 e 107, § 1º, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). IV ‑ a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. `` V. arts. 7º; e 22 a 39 deste Código. `` V. arts. 29, I a VIII; e 94, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). Art. 10. Far‑se‑á averbação em registro público: `` V. Enunciados 272 e 273 das Jornadas de Di- reito Civil. I ‑ das sentenças que decretarem a nulida‑ de ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; `` V. art. 1.571, II, III e IV, deste Código. `` V. arts. 29, § 1º, a; 100; e 101, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).`` V. Lei 6.515/1977 (Lei do Divórcio). II ‑ dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; `` V. arts. 1.607 a 1.617 deste Código. `` V. arts. 29, § 1º, b, c e d; e 102, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). `` V. arts. 26 e 27, Lei 8.069/1990 (ECA). `` V. art. 1º, Lei 8.560/1992 (Regula a investi- gação de paternidade dos filhos havidos fora do casamento). III ‑ (Revogado pela Lei 12.010/2009.) cAPÍTUlo ii doS diREiToS dA PERSoNAlidAdE Art. 11. Com exceção dos casos previs‑ tos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. `` V. arts. 1º, III; 3º, IV; e 5º, V, VI, IX, X e XII, CF. `` V. art. 52 deste Código. `` V. arts. 1º a 85, Lei 8.069/1990 (ECA). `` V. Lei 9.609/1998 (Lei do Software). `` V. arts. 8º a 28, Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso). `` V. Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais). `` V. Enunciados 4, 139, 274, 531 e 532 das Jornadas de Direito Civil. Art. 12. Pode‑se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. `` V. arts. 5º, X, LXVIII, LXIX e LXXI; e 142, § 2º, CF. `` V. arts. 20; 186; 402 a 405; 927; 935; 944 e 945 deste Código. `` V. arts. 150 a 154; e 208, CP. `` V. arts. 282 a 284; 647; e 648, CPP. `` V. Lei 9.507/1997 (Regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do habeas data). `` V. Súm. 37, STJ. `` V. Enunciados 5, 140 e 275 das Jornadas de Direito Civil. Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevi‑ vente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. `` V. arts. 20, p.u.; 943; 1.591; e 1.592 deste Código. `` V. art. 6º, VI, CDC. `` V. art. 138, § 2º, CP. `` V. Enunciados 398, 399 e 400 das Jornadas de Direito Civil. Art. 13. Salvo por exigência médica, é de‑ feso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. `` V. Lei 9.434/1997 (Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento). `` V. Enunciados 6, 276, 401 e 532 das Jornadas de Direito Civil. Parágrafo único. O ato previsto neste arti‑ go será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. `` V. art. 199, § 4º, CF. `` V. art. 9º, Lei 9.434/1997 (Dispõe sobre a re- moção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento). `` V. Dec. 2 .268/1997 (Regulamenta a Lei 9.434/1997). Art. 14. É válida, com objetivo científi‑ co, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. `` V. art. 199, § 4º, CF. `` V. Lei 8.501/1992 (Dispõe sobre a utilização de cadáver não reclamado para fins de estudos ou pesquisas científicas). `` V. art. 1º, Lei 9.434/1997 (Dispõe sobre a re- moção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento). `` V. Dec. 2 .268/1997 (Regulamenta a Lei 9.434/1997). `` V. Enunciado 277 das Jornadas de Direito Civil. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. `` V. art. 9º, § 5º, Lei 9.434/1997 (Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento). `` V. art. 14, § 8º, Dec. 2.268/1997 (Regulamenta a Lei 9.434/1997). `` V. Enunciado 402 das Jornadas de Direito Civil. Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter‑se, com risco de vida, a trata‑ mento médico ou a intervenção cirúrgica. `` V. art. 5º, II e III, CF. `` V. Enunciados 403 e 533 das Jornadas de Di- reito Civil. Art. 16. Toda pessoa tem direito ao no‑ me, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. `` V. art. 227, § 6º, CF. `` V. arts. 1.565, § 1º; 1.571, § 2º; e 1.578 deste Código. `` V. arts. 54, 4; 55; 57, § 8º; 59; e 60, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. `` V. art. 5º, X, CF. `` V. Súm. 221, STJ. Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. `` V. Enunciado 278 das Jornadas de Direito Civil. Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se ne‑ cessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulga‑ ção de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibi‑ das, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destinarem a fins comerciais. `` V. art. 5º, V e X, CF. `` V. arts. 12; 186 a 188; 927 e ss.; e 953 deste Código. `` V. arts. 143 e 247, Lei 8.069/1990 (ECA). `` V. Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais). `` V. Súmulas 221 e 403, STJ. `` V. ADIn 4.815/DF. `` V. Enunciados 5, 275 e 279 das Jornadas de Direito Civil. Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os as‑ cendentes ou os descendentes. `` V. arts. 12, p.u.; 22 a 25; e 943 deste Código. `` V. Enunciados 399 e 400 das Jornadas de Di- reito Civil. Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências ne‑ cessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. `` V. arts. 5º, X; e 226, § 7º, CF. `` V. art. 1.513 deste Código. `` V. ADIn 4.815/DF. `` V. Enunciados 404 e 405 das Jornadas de Di- reito Civil. cAPÍTUlo iii dA AUSÊNciA `` V. art. 9º, IV, deste Código. SEÇÃO I DA CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou pro‑ curador a quem caiba administrar‑lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, de‑ clarará a ausência, e nomear‑lhe‑á curador. `` V. arts. 6º; 7º; 9º, IV; 198, II; 335, III; 428, II e III; 1.728, I; e 1.759 deste Código. `` V. arts. 49, 72, 178, 242, 548, 626, 671, 744 e 745, NCPC. `` V. art. 94, III, f, Lei 11.101/2005 (Lei de Recu- peração de Empresas e Falência). `` V. arts. 29, VI; e 94, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente 87 código civil Art. 23 CC deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. `` Correspondência: art. 464, CC/1016. `` V. arts. 653 e 682 deste Código. `` V. art. 744, NCPC. Art. 24. O juiz que nomear o curador fixar‑lhe‑á os poderes e obrigações, con‑ forme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. `` V. arts. 1.728 a 1.783 deste Código. `` V. arts. 739, 759 e 760, NCPC. Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. `` V. arts. 1.570; 1.651; 1.775; e 1.783 deste Código. `` V. Enunciado 97 das Jornadas de Direito Civil. § 1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. § 2º Entre os descendentes, os mais próxi‑ mosprecedem os mais remotos. § 3º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. `` V. art. 744, NCPC. SEÇÃO II DA SUCESSÃO PROVISÓRIA Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou se ele deixou re‑ presentante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provi‑ soriamente a sucessão. `` V. art. 5º, XXXI, CF. `` V. art. 28, § 1º, deste Código. `` V. arts. 744 e 745, NCPC. `` V. art. 104, p.u., Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). Art. 27. Para o efeito previsto no artigo an‑ terior, somente se consideram interessados: `` V. art. 28, § 1º, deste Código. `` V. art. 745, § 1º, NCPC. I ‑ o cônjuge não separado judicialmente; II ‑ os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; III ‑ os que tiverem sobre os bens do au‑ sente direito dependente de sua morte; `` V. art. 1.951 deste Código. IV ‑ os credores de obrigações vencidas e não pagas. Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produ‑ zirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder‑se‑á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. `` V. art. 104, p.u., Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). § 1º Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê‑la ao juízo competente. § 2º Não comparecendo herdeiro ou in‑ teressado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder‑se‑á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823. `` V. art. 104, p.u., Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União. `` V. art. 33 deste Código. `` V. art. 730, NCPC. Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. `` V. art. 34 deste Código. § 1º Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a ga‑ rantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo‑se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia. `` V. art. 34 deste Código. § 2º Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemen‑ te de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. Art. 31. Os imóveis do ausente só se pode‑ rão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína. Art. 32. Empossados nos bens, os sucesso‑ res provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendi‑ mentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capita‑ lizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Públi‑ co, e prestar anualmente contas ao juiz competente. Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do su‑ cessor, sua parte nos frutos e rendimentos. Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria. `` V. art. 30, § 1º, deste Código. Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar‑se‑á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo. `` V. art. 1.784 deste Código. `` V. art. 745, NCPC. Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as me‑ didas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono. SEÇÃO III DA SUCESSÃO DEFINITIVA Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a aber‑ tura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. `` V. art. 6º deste Código. `` V. arts. 744 e ss., NCPC. Art. 38. Pode‑se requerer a sucessão defi‑ nitiva, também, provando‑se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. `` V. art. 6º deste Código. `` V. arts. 744 e ss., NCPC. Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão de‑ finitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub‑rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais in‑ teressados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. `` V. arts. 744 e ss., NCPC. Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas cir‑ cunscrições, incorporando‑se ao domínio da União, quando situados em território federal. `` V. arts. 1.822 e 1.844 deste Código. `` V. arts. 744 e ss., NCPC. TÍTUlo ii dAS PESSoAS JURÍdicAS cAPÍTUlo i diSPoSiÇÕES gERAiS Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: `` V. arts. 8º e 17, § 2º, CF. `` V. art. 75, NCPC. `` V. Lei 11.107/2005 (Lei dos Consórcios Pú- blicos). `` V. Enunciado 141 das Jornadas de Direito Civil. I ‑ a União; II ‑ os Estados, o Distrito Federal e os Ter‑ ritórios; III ‑ os Municípios; IV ‑ as autarquias, inclusive as associa‑ ções públicas; (Redação dada pela Lei 11.107/2005.) `` V. art. 20, Lei 4.717/1965 (Lei da Ação Popular). `` V. art. 5º, I, Dec.-Lei 200/1967 (Dispõe sobre a organização da administração federal). 88 código civilArt. 42 V ‑ as demais entidades de caráter público criadas por lei. Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem‑se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas nor‑ mas deste Código. `` V. art. 75, NCPC. `` V. art. 20, Lei 4.717/1965 (Lei da Ação Popular). `` V. art. 5º, Dec.-Lei 200/1967 (Dispõe sobre organização da Administração Federal). Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa quali‑ dade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. `` V. arts. 21, XXIII, c; 37, § 6º; e 173, § 5º, CF. `` V. arts. 186 a 188; e 927 a 954 deste Código. `` V. art. 125, NCPC. `` V. Lei 4.619/1965 (Dispõe sobre a ação regressiva da União contra seus agentes). `` V. art. 6º, § 2º, Lei 4.898/1965 (Regula o direito de representação e o processo de responsabili- dade administrativa civil e penal, nos casos deabuso de autoridade). `` V. arts. 121 a 126, Lei 8.112/1990 (Dispõe so- bre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais). `` V. Lei 10.309/2001 (Dispõe sobre a assunção pela União de responsabilidades civis perante terceiros no caso de atentados terroristas ou atos de guerra contra aeronaves de empresas aéreas brasileiras). `` V. Lei 10.744/2003 (Dispõe sobre a assunção, pela União, de responsabilidades civis peran- te terceiros no caso de atentados terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, contra aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras de transporte aéreo público, excluídas as empresas de táxi aéreo). `` V. Súm. 39, STJ. Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: `` V. art. 173, §§ 1º a 3º, CF. `` V. arts. 2.031 a 2.034 deste Código. `` V. art. 11, Dec.-Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu- ção às normas do Direito Brasileiro - LInDB, antiga LICC). `` V. art. 5º, 11, Dec.-Lei 200/1967 (Dispõe sobre a organização da administração federal). `` V. art. 1º, Lei 9.096/1995 (Dispõe sobre os partidos políticos). `` V. Súmulas 39 e 42, STJ. `` V. Enunciados 142, 143, 144, 280 e 469 das Jornadas de Direito Civil. I ‑ as associações; `` V. art. 5º, XVII e XXI, CF. `` V. arts. 53 a 61 deste Código. II ‑ as sociedades; `` V. arts. 981 a 1.141 deste Código. III ‑ as fundações. `` V. arts. 62 a 69; e 2.034 deste Código. `` V. art. 11, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro – LInDB, antiga LICC). IV ‑ as organizações religiosas; (Incluído pela Lei 10.825/2003.) `` V. art. 19, I, CF. V ‑ os partidos políticos. (Incluído pela Lei 10.825/2003.) `` V. art. 17, CF. VI ‑ as empresas individuais de respon‑ sabilidade limitada. (Incluído pela Lei 12.441/2011 ‑ com vigência em 180 dias.) § 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao Poder Público negar‑lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e neces‑ sários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei 10.825/2003.) `` V. Lei 9.096/1995 (Dispõe sobre os partidos políticos). § 2º As disposições concernentes às as‑ sociações aplicam‑se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei 10.825/2003.) § 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. (Incluído pela Lei 10.825/2003.) Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Exe‑ cutivo, averbando‑se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. `` V. arts. 207 a 211; 967; 985; 986; 998; 999, p.u.; 1.000; 1.012; 1.134; 1.135; e 1.150 a 1.154 deste Código. `` V. Dec. 916/1890 (Cria o registro de firmas ou razões comerciais). `` V. Dec.-Lei 9.085/1946 (Dispõe sobre o registro civil das pessoas jurídicas). `` V. Lei 4.503/1964 (Institui o Cadastro Geral de Pessoas Jurídicas no Ministério da Fazenda). `` V. arts. 114 a 126, Lei 6.015/1973 (Lei de Re- gistros Públicos). `` V. Lei 6.739/1979 (Dispõe sobre a matrícula e o registro de imóveis rurais). `` V. Lei 7.433/1985 (Dispõe sobre os requisitos sobre a lavratura de escrituras públicas). `` V. Dec. 93.240/1986 (Regulamenta a Lei 7.433/1985). `` V. arts. 1º, § 2º; e 15, § 1º, Lei 8.906/1994 (EAOAB). `` V. Lei 8.934/1994 (Dispõe sobre o registro pú- blico de empresas mercantis e atividades afins). `` V. arts. 7º a 11, Lei 9.096/1995 (Dispõe sobre os partidos políticos). `` V. Lei 9.279/1996 (Dispõe sobre a propriedade industrial). `` V. Dec. 1.800/1996 (Regulamenta a Lei 8.934/1994). `` V. art. 241, §§ 1º a 3º, Dec. 3.000/1999 (Regu- lamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza); Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publica‑ ção de sua inscrição no registro. Art. 46. O registro declarará: `` V. arts. 998; 1.000; 1.033; e 1.150 deste Código. `` V. arts. 120 e 121, Lei 6.015/1973 (Lei de Re- gistros Públicos). I ‑ a denominação, os fins, a sede, o tem‑ po de duração e o fundo social, quando houver; II ‑ o nome e a individualização dos fun‑ dadores ou instituidores, e dos diretores; III ‑ o modo por que se administra e re‑ presenta, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; `` V. art. 1.013 deste Código. `` V. art. 75, NCPC. IV ‑ se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V ‑ se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações so‑ ciais; VI ‑ as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. `` V. arts. 1.029 a 1.038 deste Código. Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. `` V. arts. 43; 989; 997, VI; e 1.010 a 1.021 deste Código. `` V. art. 37, CPP. `` V. Enunciado 145 das Jornadas de Direito Civil. Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver adminis‑ tração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. `` V. arts. 1.010 e 1.014 deste Código. Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se re‑ fere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude. Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear‑lhe‑á administrador provisório. Art. 50. Em caso de abuso da persona‑ lidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimo‑ nial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. `` V. art. 1.080 deste Código. `` V. art. 28, CDC. `` V. art. 133 e ss., NCPC. `` V. art. 135, CTN. `` V. art. 2º, CLT. `` V. art. 34, Lei 12.529/2011 (Lei Antitruste). `` V. Enunciados 7, 51, 146, 281, 282, 283, 284, 285, 406 e 487 das Jornadas de Direito Civil. Art. 51. Nos casos de dissolução da pes‑ soa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. `` V. arts. 1.033 a 1.038; 1.102 a 1.112; e 1.125 deste Código. `` V. Súm. 435, STJ. § 1º Far‑se‑á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução. § 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam‑se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado. § 3º Encerrada a liquidação, promover‑se‑á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica. 89 código civil Art. 52 CC Art. 52. Aplica‑se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. `` V. art. 5º, V e X, CF. `` V. arts. 11 a 21 deste Código. `` V. Súm. 227, STJ. `` V. Enunciado 286 das Jornadas de Direito Civil. cAPÍTUlo ii dAS ASSociAÇÕES `` V. arts. 44, § 2º; e 1.155, p.u., deste Código. Art. 53. Constituem‑se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. `` V. arts. 5º, XVII a XXI; 8º; 17; e 174, CF. `` V. arts. 40; 44 a 52; 75; 2.031; e 2.033 deste Código. `` V. arts. 511 a 521, CLT. `` V. Lei 91/1935 (Determina regras pelas quais são as sociedadesdeclaradas de utilidade pública). `` V. art. 11, Dec.-Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu- ção às normas do Direito Brasileiro - LInDB, antiga LICC). `` V. Dec.-Lei 4.684/1942 (Dispõe sobre condi- ções para a fundação e o funcionamento de associações para a defesa nacional). `` V. Dec. 50.517/1961 (Regulamenta a Lei 91/1935). `` V. arts. 35 a 43, Lei 4.380/1964 (Institui a cor- reção monetária nos contratos imobiliários de interesse social, o sistema financeiro para aquisição da casa própria e cria o Banco Na- cional da Habitação - BNH, e Sociedades de Crédito Imobiliário, as Letras Imobiliárias e o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo). `` V. arts. 62 a 65, Lei 4.728/1965 (Disciplina o mercado de capitais e estabelece medidas para o seu desenvolvimento). `` V. Dec.-Lei 70/1966 (Autoriza o funcionamento de associações de poupança e empréstimo e institui a cédula hipotecária). `` V. arts. 6º, a, 12; e 22, Lei 5.197/1967 (Dispõe sobre a proteção à fauna). `` V. arts. 114, I; e 120, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). `` V. art. 55, II, Lei 8.212/1991 (Dispõe sobre a organização da Seguridade Social e institui Plano de Custeio). `` V. Lei 8.909/1994 (Dispõe, em caráter emergen- cial, sobre a prestação de serviços por entidades de assistência social, entidades beneficentes de assistência social e entidades de fins filan- trópicos e estabelece prazos e procedimentos para o recadastramento de entidades junto ao Conselho Nacional de Assistência Social). `` V. Lei 9.096/1995 (Dispõe sobre os partidos políticos). `` V. Lei 9.637/1998 (Dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais, a criação do Programa Nacional de Publiciza- ção, a extinção dos órgãos e entidades que menciona e a absorção de suas atividades por organizações sociais). `` V. Dec. 2.536/1998 (Dispõe sobre a concessão do Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos), `` V. Lei 9.790/1999 (Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e institui e disciplina o Termo de Parceria). `` V. Dec. 3.100/1999 (Regulamenta a Lei 9.790/1999). `` V. LC 109/2001 (Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar). `` V. Enunciado 534 das Jornadas de Direito Civil. Parágrafo único. Não há, entre os asso‑ ciados, direitos e obrigações recíprocos. Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: `` V. art. 5º, XVII a XXI, CF. I ‑ a denominação, os fins e a sede da as‑ sociação; II ‑ os requisitos para a admissão, demis‑ são e exclusão dos associados; III ‑ os direitos e deveres dos associados; IV ‑ as fontes de recursos para sua manu‑ tenção; V ‑ o modo de constituição e de funciona‑ mento dos órgãos deliberativos; (Redação dada pela Lei 11.127/2005.) VI ‑ as condições para a alteração das dis‑ posições estatutárias e para a dissolução; VII ‑ a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluí‑ do pela Lei 11.127/2005.) Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. Art. 56. A qualidade de associado é in‑ transmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não im‑ portará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. `` V. art. 61 deste Código. Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim re‑ conhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. (Redação dada pela Lei 11.127/2005.) `` V. Enunciado 280 das Jornadas de Direito Civil. Parágrafo único. (Revogado pela Lei 11.127/2005.) Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. Art. 59. Compete privativamente à as‑ sembleia geral: (Redação dada pela Lei 11.127/2005.) I ‑ destituir os administradores; (Redação dada pela Lei 11.127/2005.) II ‑ alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei 11.127/2005.) Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste ar‑ tigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no esta‑ tuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. (Redação dada pela Lei 11.127/2005.) Art. 60. A convocação dos órgãos deli‑ berativos far‑se‑á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê‑la. (Redação dada pela Lei 11.127/2005.) `` V. Enunciado 280 das Jornadas de Direito Civil. Art. 61. Dissolvida a associação, o rema‑ nescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associa‑ dos, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. `` V. art. 5º, XIX, CF. `` V. Enunciado 407 das Jornadas de Direito Civil. § 1º Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do rema‑ nescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação. § 2º Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União. cAPÍTUlo iii dAS FUNdAÇÕES `` V. arts. 1.155, p.u.; e 1.799, III, deste Código. `` V. art. 11, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro – LInDB, antiga LICC). `` V. arts. 764 e 765, NCPC. Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se desti‑ na, e declarando, se quiser, a maneira de administrá‑la. `` V. arts. 40; 44 a 52; 65; 75; 215; e 2.031 a 2.033 deste Código. `` V. arts. 764 e 765, NCPC. `` V. art. 11, Dec.-Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu- ção às normas do Direito Brasileiro - LInDB, antiga LICC). `` V. arts. 114, I; 119, p.u.; e 120, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir‑se para fins de: (Alterado pela Lei 13.151/2015.) `` V. Enunciados 8 e 9 das Jornadas de Direito Civil. I – assistência social; (Alterado pela Lei 13.151/2015.) II – cultura, defesa e conservação do patri‑ mônio histórico e artístico; (Alterado pela Lei 13.151/2015.) III – educação; (Alterado pela Lei 13.151/2015.) IV – saúde; (Alterado pela Lei 13.151/2015.) V – segurança alimentar e nutricional; (Al‑ terado pela Lei 13.151/2015.) VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desen‑ volvimento sustentável; (Alterado pela Lei 13.151/2015.) `` V. Dec. 8.892/2016 (Cria a Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sus- tentável). VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, moderniza‑ ção de sistemas de gestão, produção e di‑ vulgação de informações e conhecimen‑ tos técnicos e científicos; (Alterado pela Lei 13.151/2015.) VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; (Alte‑ rado pela Lei 13.151/2015.) 90 código civilArt. 63 IX – atividades religiosas; e (Alterado pela Lei 13.151/2015.) X – (Vetadopela Lei 13.151/2015.) `` V. art. 2.032 deste Código. `` V. Lei 8.958/1994 (Dispõe sobre as relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e as fundações de apoio). Art. 63. Quando insuficientes para cons‑ tituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o ins‑ tituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. Art. 64. Constituída a fundação por ne‑ gócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir‑lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. Art. 65. Aqueles a quem o instituidor co‑ meter a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatu‑ to da fundação projetada, submetendo‑o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz. `` V. arts. 764 e 765, NCPC. Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo insti‑ tuidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público. Art. 66. Velará pelas fundações o Ministé‑ rio Público do Estado onde situadas. `` V. art. 765, NCPC. `` V. art. 25, Lei 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público). `` V. art. 72, LC 109/2001 (Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar) `` V. Enunciado 147 das Jornadas de Direito Civil. § 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministé‑ rio Público do Distrito Federal e Territórios. (Alterado pela Lei 13.151/2015.) `` V. ADIn 2.794-8. `` V. Enunciado 10 das Jornadas de Direito Civil. § 2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público. `` V. Lei 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público). Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: I ‑ seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; II ‑ não contrarie ou desvirtue o fim desta; III – seja aprovada pelo órgão do Ministé‑ rio Público no prazo máximo de 45 (qua‑ renta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri‑la, a requerimento do interes‑ sado. (Alterado pela Lei 13.151/2015.) `` V. art. 764, NCPC. Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao subme‑ terem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná‑la, se quiser, em dez dias. Art. 69. Tornando‑se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando‑se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitu‑ tivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. `` V. art. 765, NCPC. TÍTUlo iii do doMicÍlio Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. `` V. art. 5º, XI, CF. `` V. arts. 327; 1.556, II; 1.569; e 1.711 deste Código. `` V. arts. 46 a 53, 62 e 63, NCPC. `` V. arts. 127 e 159, CTN. `` V. arts. 7º; 10; e 12, Dec.-Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro - LInDB, antiga LICC). `` V. arts. 28 a 32, Dec. 3.000/1999 (Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e admi- nistração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza). `` V. Enunciado 408 das Jornadas de Direito Civil. Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar‑se‑á domicílio seu qual‑ quer delas. `` V. art. 46, NCPC. `` V. Súm. 483, STF. Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. `` V. art. 46, NCPC. `` V. art. 10, § 1º, Lei 8.906/1994 (EAOAB). Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. `` V. art. 46, NCPC. Art. 73. Ter‑se‑á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. `` V. art. 46, NCPC. `` V. art. 7º, § 8º, Dec.-Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro - LInDB, antiga LICC). Art. 74. Muda‑se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às mu‑ nicipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: I ‑ da União, o Distrito Federal; `` V. art. 109, §§ 1º a 4º, CF. `` V. art. 51, NCPC. II ‑ dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; `` V. art. 51, NCPC. III ‑ do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; IV ‑ das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas direto‑ rias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. `` V. art. 109, §§ 1º a 4º, CF. `` V. art. 53, NCPC. § 1º Tendo a pessoa jurídica diversos esta‑ belecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. `` V. art. 53, NCPC. `` V. Súm. 363, STF. § 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver‑se‑á por do‑ micílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. `` V. art. 21, NCPC. `` V. art. 3º, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação de Empresas e Falência). `` V. Súm. 363, STF. Art. 76. Têm domicílio necessário o inca‑ paz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exer‑ cer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordi‑ nado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. `` V. arts. 3º e 4º deste Código. `` V. art. 50, NCPC. `` V. art. 7º, § 7º, Dec.-Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro - LInDB, antiga LICC). Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extra‑ territorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser de‑ mandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obri‑ gações deles resultantes. `` V. art. 327 deste Código. `` V. arts. 47, 62 e 63, NCPC. `` V. art. 1º, Dec.-Lei 4.597/1942 (Dispõe sobre as prescrições de ações contra a Fazenda Pública). `` V. Súm. 335, STF. livRo ii doS BENS TÍTUlo ÚNico dAS diFERENTES clASSES dE BENS cAPÍTUlo i doS BENS coNSidERAdoS EM Si MESMoS SEÇÃO I DOS BENS IMÓVEIS Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou arti‑ ficialmente. `` V. arts. 20, VIII a X; e 176, CF. 91 código civil Art. 80 CC `` V. arts. 92 a 97; 1.229; 1.230; e 1.248 a 1.259 deste Código. `` V. art. 145, Dec. 24.643/1934 (Código de Águas). `` V. Lei 4.591/1964 (Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporaçõesimobiliárias). `` V. Dec.-Lei 227/1967 (Código de Minas). `` V. Súm. 329, STF. `` V. Súm. 238, STJ. `` V. Enunciado 11 das Jornadas de Direito Civil. Art. 80. Consideram‑se imóveis para os efeitos legais: I ‑ os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; `` V. arts. 1.225 e 1.227 deste Código. `` V. Dec. 24.778/1934 (Dispõe sobre a caução de hipoteca ou de penhor). `` V. Súm. 329, STF. II ‑ o direito à sucessão aberta. `` V. art. 5º, XXX e XXXI, CF. `` V. arts. 1.784 e 1.804 deste Código. Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I ‑ as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II ‑ os materiais provisoriamente separa‑ dos de um prédio, para nele se reempre‑ garem. `` V. art. 84 deste Código. SEÇÃO II DOS BENS MÓVEIS Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico‑social. `` V. arts. 1.267 e 1.268 deste Código. Art. 83. Consideram‑se móveis para os efeitos legais: I ‑ as energias que tenham valor econô‑ mico; `` V. art. 155, § 3º, CP. II ‑ os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; `` V. arts. 1.225 e 1.226 deste Código. III ‑ os direitos pessoais de caráter patri‑ monial e respectivas ações. `` V. art. 233 deste Código. `` V. art. 5º, Lei 9.279/1996 (Dispõe sobre a pro- priedade industrial). `` V. art. 3º, Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais). Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem emprega‑ dos, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. `` V. art. 81, II, deste Código. SEÇÃO III DOS BENS FUNGÍVEIS E CONSUMÍVEIS Art. 85. São fungíveis os móveis que po‑ dem substituir‑se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. `` V. arts. 243; 247; 307, p.u.; 369; e 579 deste Código. Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também con‑ siderados tais os destinados à alienação. `` V. art. 1.392, § 1º, deste Código. SEÇÃO IV DOS BENS DIVISÍVEIS `` V. arts. 257 a 263; 314; 504; 1.199; 1.314 a 1.358; e 1.386 deste Código. Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. `` V. arts. 177; 257 a 263; 314; 414; e 415 deste Código. Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar‑se indivisíveis por determi‑ nação da lei ou por vontade das partes. `` V. arts. 105; 263; 504; 844; 1.320; 1.386; e 1.791 deste Código. `` V. art. 65, Lei 4.504/1964 (Estatuto da Terra). SEÇÃO V DOS BENS SINGULARES E COLETIVOS Art. 89. São singulares os bens que, em‑ bora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. Art. 90. Constitui universalidade de fa‑ to a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham des‑ tinação unitária. `` V. art. 1.791 deste Código. `` V. arts. 36. § 5º; e 38, Lei 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica). `` V. Enunciado 288 das Jornadas de Direito Civil. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. `` V. Enunciado 288 das Jornadas de Direito Civil. cAPÍTUlo ii doS BENS REciPRocAMENTE coNSidERAdoS Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. `` V. arts. 184; 233; 287; 364; 822; e 1.209 deste Código. Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se des‑ tinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. `` V. Enunciado 535 das Jornadas de Direito Civil. Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. `` V. arts. 79; 237; e 1.214 a 1.216 deste Código. Art. 96. As benfeitorias podem ser volup‑ tuárias, úteis ou necessárias. `` V. arts. 453; 571; 578; 1.219 a 1.222; 1.248 a 1.259; e 1.922, p.u., deste Código. `` V. art. 24, Dec. 59.566/1966 (Regulamenta a Lei 4.504/1964). `` V. art. 538, §§ 1º e 2º, NCPC. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. `` V. arts. 1.253 a 1.259 deste Código. Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. `` V. art. 1.248 a 1.252 deste Código. cAPÍTUlo iii doS BENS PÚBlicoS `` V. arts. 20 e 26, CF. `` V. art. 1º, Lei 4.717/1965 (Lei da Ação Popular). `` V. Dec.-Lei 25/1937 (Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional). `` V. Dec.-Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens imóveis da União). Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. `` V. arts. 5º, LXXIII; 20; 26; e 176, caput, CF. `` V. art. 16, § 3º, ADCT. `` V. art. 102 deste Código. `` V. Dec. 24.643/1934 (Código de Águas). `` V. Dec.-Lei 3.236/1941 (Dispõe sobre jazidas de petróleo e gás natural). `` V. Dec.-Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens imóveis da União). `` V. Dec. 28.840/1950 (Declara integrada ao território nacional a plataforma submarina, na parte correspondente a esse território ). `` V. art. 1º, Lei 4.717/1965 (Lei da Ação Popular). `` V. Lei 6.383/1976 (Dispõe sobre o processo discriminatório de terras devolutas da União). `` V. Lei 6.634/1979 (Dispõe sobre a faixa de fronteira). `` V. Dec. 85.064/1980 (Regulamenta a Lei 6.634/1979). `` V. Lei 8.617/1993 (Dispõe sobre o mar terri- torial, a zona contígua, a zona econômica ex- clusiva e a plataforma continental brasileiros). `` V. Súmulas 340 e 650, STF. `` V. Enunciado 287 das Jornadas de Direito Civil. Art. 99. São bens públicos: `` V. Súm. 477, STF. I ‑ os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; `` V. arts. 20, I a XI; 26; 176; 191; e 225, CF. `` V. Dec. 24.643/1934 (Código de Águas). `` V. art. 5º, Dec.-Lei 2.490/1940 (Estabelece novas normas para o aforamento dos terrenos de marinha). `` V. Dec.-Lei 7.937/1945 (Dispõe sobre o lotea- mento de terrenos de marinha). `` V. Dec.-Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens imóveis da União). `` V. art. 10, Lei 7.661/1988 (Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro). II ‑ os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou esta‑ belecimento da administração federal, es‑ tadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; `` V. Dec.-Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens imóveis da União). III ‑ os dominicais, que constituem o patri‑ mônio das pessoas jurídicas de direito pú‑ blico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 92 código civilArt. 100 `` V. arts. 183, § 3º; e 191, p.u., CF. `` V. Dec.-Lei 25/1937 (Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional). `` V. art. 200, Dec.-Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens imóveis da União).`` V. Súm. 340, STF. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram‑se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. `` V. arts. 183, § 3º; e 191, p.u., CF. `` V. art. 200, Dec.-Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens imóveis da União). `` V. Súm. 340, STF. Art. 100. Os bens públicos de uso co‑ mum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. `` V. art. 23, Lei 9.636/1998 (Dispõe sobre a regula- rização, administração, aforamento e alienação de bens imóveis de domínio de União) `` V. Dec. 3.725/2001 (Regulamenta a Lei 9.636/1998). `` V. Súm. 340, STF. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exi‑ gências da lei. `` V. art. 23, Lei 9.636/1998 (Dispõe sobre a regula- rização, administração, aforamento e alienação de bens imóveis de domínio de União). `` V. Dec. 3.725/2001 (Regulamenta a Lei 9.636/1998). Art. 102. Os bens públicos não estão su‑ jeitos à usucapião. `` V. arts. 183, § 3º; e 191, p.u., CF. `` V. arts. 1.238 a 1.244 deste Código. `` V. art. 200, Dec.-Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens imóveis da União). `` V. Súm. 340, STF. Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. `` V. art. 29, Lei 6.383/1976 (Dispõe sobre o processo discriminatório de terras devolutas da União). livRo iii doS FAToS JURÍdicoS TÍTUlo i do NEgócio JURÍdico cAPÍTUlo i diSPoSiÇÕES gERAiS Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: `` V. arts. 107 a 114; 166; 167; 171 a 184; e 2.035 deste Código. `` V. arts. 6º, V; e 51, § 1º, III, CDC. I ‑ agente capaz; `` V. arts. 1º; 3º; 4º; 105; 166, I; e 171, I, deste Código. II ‑ objeto lícito, possível, determinado ou determinável; `` V. arts. 106 e 166, II e III, deste Código. III ‑ forma prescrita ou não defesa em lei. `` V. arts. 107 a 114; 166, IV; e 421 deste Código. `` V. art. 51, CDC. Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. `` V. arts. 4º; 87; 88; 104, I; 171, I; 180; 257 a 263; 314; e 889 a 895 deste Código. Art. 106. A impossibilidade inicial do ob‑ jeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. `` V. arts. 104, II; 121; 123; 124; e 130 deste Código. Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. `` V. arts. 104, III; 108; 109; 183; 184; e 212 deste Código. `` V. art. 369, NCPC. Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à cons‑ tituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário‑mínimo vigente no país. `` V. arts. 114; 215; 1.225; 1.227; 1.245; 1.275; 1.640, p.u.; 1.653; e 1.711 deste Código. `` V. art. 406, NCPC. `` V. arts. 17, § 4º; e 74, Dec.-Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens imóveis da União). `` V. art. 61, Lei 4.380/1964 (Institui a correção monetária nos contratos imobiliários de inte- resse social, o sistema financeiro para aqui- sição da casa própria, cria o Banco Nacional da Habitação (BNH) e Sociedades de Crédito Imobiliário, as Letras Imobiliárias e o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo). `` V. art. 221, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). `` V. art. 26, Lei 6.766/1979 (Dispõe sobre o par- celamento do solo urbano). `` V. art. 7º, Dec.-Lei 2.375/1987 (Dispõe sobre terras públicas). `` V. art. 33, Lei 7.652/1988 (Dispõe sobre o re- gistro da propriedade marítima). `` V. art. 38, Lei 9.514/1997 (Dispõe sobre o sis- tema de financiamento imobiliário e institui a alienação fiduciária de coisa imóvel). `` V. art. 8º, Lei 10.188/2001 (Cria o Programa de Arrendamento Residencial). `` V. arts. 10; 35; e 48, Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade). `` V. Enunciado 289 das Jornadas de Direito Civil. Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instru‑ mento público, este é da substância do ato. `` V. arts. 104, III; 212; e 215 deste Código. `` V. art. 1º, II, Lei 8.560/1992 (Regula a investi- gação de paternidade dos filhos havidos fora do casamento). Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que ma‑ nifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. `` V. art. 112 deste Código. Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o au‑ torizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. `` V. art. 539 deste Código. Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas con‑ substanciada do que ao sentido literal da linguagem. `` V. arts. 114; 133; 819 e 1.899 deste Código. `` V. arts. 46 a 48; e 51, CDC. `` V. art. 4º, Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais). `` V. Enunciado 421 das Jornadas de Direito Civil. Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa‑fé e os usos do lugar de sua celebração. `` V. arts. 164; 422; 423; 1.201; e 1.202 deste Código. `` V. art. 4º, Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais). `` V. Enunciados 409 e 421 das Jornadas de Di- reito Civil. Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam‑se estritamente. `` V. arts. 108; 112; 191; 392; 424; 538; 819; 828, I; 1.410, I; 1.425, III; e 1.806 deste Código. `` V. art. 4º, Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais). cAPÍTUlo ii dA REPRESENTAÇÃo Art. 115. Os poderes de representação conferem‑se por lei ou pelo interessado. `` V. arts. 2º; 120; 653; 1.542, § 2º; 1.634, V; 1.690; 1.747, I; e 1.774, I, deste Código. `` V. art. 75, NCPC. Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado. `` V. art. 3º; 4º; 112; 149; 213, p.u.; 662; 928; 1.205, I; e 1.634,deste Código. Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o repre‑ sentado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. `` V. arts. 138 a 184 e 685 deste Código. `` V. Súm. 165, STF. `` V. Súm. 60, STJ. Parágrafo único. Para esse efeito, tem‑se como celebrado pelo representante o ne‑ gócio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos. Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem. `` V. arts. 653; 665; 673; e 679 deste Código. Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interes‑ ses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. `` V. arts. 138 a 184 deste Código. Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear‑se a anulação prevista neste artigo. `` V. arts. 3º a 5º deste Código. Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas normas respectivas; os da represen‑ tação voluntária são os da Parte Especial deste Código. `` V. arts. 115; 653 a 692;