Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – UEG UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS 1 FERNANDO DE PAULA ROCHA JHESSICA SPENCER LUZ SANTANA MARCOS PAULO GUIMARÃES RODRIGUES DA MATA RENAN GUIMARÃES BARBOSA TRIVELLI DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE RELATÓRIO 02 ANÁPOLIS / GO Setembro, 2017 2 SUMÁRIO Capítulo Página 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 3 2 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................ 3 2.1 MÉTODO DA ESTUFA ......................................................................................... 3 2.1.1 MATERIAIS UTILIZADOS ................................................................... 3 2.1.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................... 5 2.2 MÉTODO SPEEDY ............................................................................................... 6 2.2.1 MATERIAIS UTILIZADOS ................................................................... 6 2.2.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................... 6 3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS........................................................................ 7 3.1 MÉTODO DA ESTUFA.......................................................................................... 7 3.2 MÉTODO SPEEDY................................................................................................ 9 4 DISCUSSÃO......................................................................................................................... 9 5 CONCLUSÕES................................................................................................................... 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 10 3 1 INTRODUÇÃO Os índices físicos são relações entre volumes ou entre massas ou entre a massa e o volume das fases constituintes dos solos. A finalidade da determinação dos índices físicos é caracterizar as condições existentes no solo, pois os mesmos desempenham importante papel no estudo das propriedades dos solos. A análise da umidade (um dos índices físicos) do solo possui grande importância no ramo da construção civil, pois por meio dessa determinação pode-se identificar a quantidade exata de água necessária para obter uma melhor compactação do solo, bem como se o teor de umidade está na quantidade necessária para alcançar maior resistência desse solo. Todo esse processo é necessário, considerando que é sobre o solo que as estruturas das obras são apoiadas. As amostras são retiradas em vários locais e profundidades, no campo, podendo constituir-se de amostras simples ou compostas. Essas amostras podem ser deformadas, utilizando-se trados comuns, ou não deformadas, de volume conhecido, usando trados especiais (EMBRAPA, 1997). Sabendo que o teor de umidade é a relação entre a massa da água contida nos vazios de um solo e a massa das partículas sólidas, em porcentagem, pode-se determiná-lo de várias maneiras, podendo se destacar os seguintes métodos: a) Estufa – ABNT (1986). b) Speedy – DNER (1994). O objetivo do ensaio realizado no laboratório da UEG, campus Henrique Santillo, sob a supervisão do professor Renato Cabral Guimarães, foi a determinação e comparação do teor de umidade de amostras de solo, pelo Método da Estufa e Speedy. 2 MATERIAIS E MÉTODOS A umidade pode ser determinada de várias maneiras, a seguir serão destacados os dois métodos mais utilizados: o método da estufa e do Speedy. 2.1 MÉTODO DA ESTUFA 2.1.1 MATERIAIS UTILIZADOS 4 Balanças que permitam pesar nominalmente 200 g, 1,0 ou 1,5 kg, e 5 kg, com resolu- ção de 0,01 g, 0,1 g, e 0,5 g respectivamente, com sensibilidades compatíveis; Estufa capaz de manter a temperatura entre 60°C e 65°C e entre 105°C e 110°C; Figura 2.1. Estufa. Cápsulas metálicas. Figura 2.2 Cápsula metálica. 5 2.1.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL - Pegou-se uma quantidade de material, função da dimensão dos grãos maiores contidos na amostra, como indicado na Tabela 2.1, destorroá-la, colocá-lo, no estado fofo, em cápsulas metálicas adequadas. Pesou o conjunto (massa do solo úmida + cápsula) com a resolução correspondente. Tabela 2.1 Quantidade de material em função da dimensão dos grãos. Dimensão dos grãos maiores contidos na amostra (mm) Quantidade de material (g) Capacidade nominal (g) Resolução (g) < 2 30 200 0,01 2 a 20 30 a 300 1500 0,1 20 a 76 300 a 3000 5000 0,5 - Colocou a cápsula em estufa, à temperatura de 105°C a 110°C, onde permaneceu cerca de 16 horas, até a constância de peso. - Retirou a cápsula da estufa e pesou-a quando a sua temperatura estava próxima à ambiente ou suficiente fria de modo que a pesagem pode ser realizada sem danos a balança, pegando a cápsula com a mão. Anotou-se a massa do conjunto (massa do solo seco + cápsula). - Determinou o teor de umidade utilizando a expressão: 𝑊 = 𝑀1−𝑀2 𝑀2−𝑀3 𝑋 100 (Equação 2.1) Onde: w = teor de umidade, expresso em porcentagem; M1 = massa do solo úmido + massa da cápsula, expresso em gramas; M2 = massa do solo seco + massa da cápsula, expresso em gramas; M3 = massa da cápsula, expresso em gramas. - Efetuou no mínimo três determinações de teor de umidade por amostra e considerou a média como resultado final, que deverá ser expresso com aproximação de 0,1%. 6 2.2 MÉTODO DO SPEEDY 2.2.1 MATERIAIS UTILIZADOS Conjunto Speedy; Figura 2.3 Aparelho Speedy. Ampolas com cerca de 6,5 g de carbureto de cálcio. 2.2.1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL - Pegou-se uma quantidade de material, função da umidade estimada da amostra, como indicado na Tabela 2.2. Pesou-se e colocou o material na câmara do aparelho “Speedy”. Tabela 2.2 Massa da amostra em função da umidade admitida. Umidade estimada (%) Massa da amostra (g) 5 20 10 10 20 5 30 ou mais 3 - Introduziu na câmara duas esferas de aço, seguidas da ampola de carbureto de cálcio, deixando deslizar com cuidado pelas paredes da câmara, a fim de evitar que se quebre. 7 Fechou-se o aparelho e agitou-o repetidas vezes para quebrar a ampola, o que se verificou ter ocorrido pelo surgimento da pressão assinalada no manômetro. - Leu-se a pressão manométrica após esta se apresentar constante, o que indicava que toda água existente na amostra reagiu com o carbureto. - Nota: Se a leitura manométrica fosse menor que 20 kPa (0,2 kg/cm2), o ensaio deveria ser repetido com massa da amostra imediatamente superior ao empregado (Tabela 2.2). Se a leitura manométrica fosse maior que 150 kPa (1,5 kg/cm2), repetiria o ensaio com uma massa de amostra imediatamente inferior. - Por meio na tabela de aferição própria do aparelho com a leitura manométrica e a massa da amostra utilizada no ensaio e obteve-se a percentagem de umidade em relação à amostra total úmida (w1). Determinou o teor de umidade, em relação à massa de solo seco, utilizando a expressão: 𝑊 = 𝑊1 100−𝑊1 𝑋 100(Equação 2.2) Onde: w = teor de umidade em relação a massa de solo seco, expresso em porcentagem; w1 = umidade dada pelo aparelho “Speedy” em relação à amostra total úmida, expresso em porcentagem. 3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Os resultados do teor de umidade da amostra 2017-2, para cada um dos métodos de ensaio (estufa e Speedy), são apresentados a seguir, acompanhados dos modelos matemáticos que levaram à sua obtenção. 3.1 MÉTODO DA ESTUFA Tabela 2. 1: Dados para determinação do teor de umidade do solo - Método da Estufa Amostra: 2017-2 Furo: ST 01 Profundidade: 1,0 a 2,0 m Local: Anápolis - GO Operador: Alunos Data: 24/08/2017 8 N° da cápsula 2 24 189 Massa solo úmido + cápsula (g) M1 105,86 121,90 118,41 Massa solo seco + cápsula (g) M2 97,78 113,14 109,78 Massa da cápsula (g) M3 22,97 30,84 28,64 Massa de água (g) M1 – M2 8,08 8,76 8,63 Massa de solo seco (g) M2 – M3 74,81 82,30 81,14 Umidade (%) w 10,8 10,6 10,6 W (%): 10,7 Fonte: Autor. Para obtenção do percentual do teor de umidade da massa de solo contida em cada recipiente pelo método da estufa utilizou-se a equação a seguir: w= M1-M2 M2-M3 ×100 (Equação 3.1) Onde: W= teor de umidade, expresso em porcentagem; M1 = massa do solo úmido + massa da cápsula, expresso em gramas; M2 = massa do solo seco + massa da cápsula, expresso em gramas; M3 = massa da cápsula, expresso em gramas. Considerando que o teor de umidade da amostra de solo é dado pela média aritmética dos percentuais de umidade verificados para cada recipiente ensaiado, com aproximação de 0,1%, vem: 9 w = w2+w24+w189 3 (Equação 3.2) w = 10,7%. 3.2 MÉTODO DO SPEEDY O resultado de teor de umidade obtido pela análise da tabela de aferição do próprio aparelho, correspondente à w1 5,2%, já se encontrava com os valores convertidos na mesma, sendo então w1=w. Amostra: 2017-2 Furo: ST 01 Profundidade: 1,0 a 2,0 m Local: Anápolis - GO Operador: Alunos Data: 24/08/2017 Determinação Nº 1 Speedy Nº 1 Pressão (kgf/cm2) 0,5 Massa utilizada (g) 10 Umidade Speedy (%) – (w1) 5,2 Umidade (%) – (w) 5,2 W (%): 5,2 4 DISCUSSÃO Entende-se pela comparação entre os dois resultados que pequenas variações no teor de umidade de um mesmo solo podem provocar efeitos catastróficos na elaboração de projetos e na execução de obras. A variação entre os valores obtidos pelos dois métodos, nesse experimento, foi significativa e requereria outros ensaios a fim de minimizar tal variação. Observa-se que embora o método do Speedy seja mais rápido e prático, o da estufa se apresentou mais preciso, seja pelo método, seja pelo procedimento. Por isso, o ideal seria sempre fazer o ensaio pelo método da estufa, mesmo quando forem necessários resultados imediatos, nos quais se utiliza dos métodos mais rápidos como o do Speedy, por exemplo. Nesses casos, a fim de garantir a segurança da obra, faz-se os ensaios pelo método do Speedy e também pelo da estufa e realiza-se uma comparação entre eles com o intuito de 10 validá-los e prosseguir com a obra. Variações grandes entre os valores vão diagnosticar possíveis erros e por vezes faz-se necessário interromper a obra, até que seja verificado o problema e dada a solução. 5 CONCLUSÕES Quando fala-se em teor de umidade em experimentos na engenharia civil, as normas utilizadas como parâmetros para esta caracterização são: NBR 06457 para o método da estufa e DNER- 052/94 para o Speedy. Para a realização deste ensaio o método que se mostrou mais eficaz e próximo aos resultados esperados foi o realizado pelo método da estufa. O método do Speedy requer alguns importantes parâmetros para que seja confiável, como por exemplo a experiência do operador e a calibração do equipamento. Já o método da estufa por ser mais analítico, é também mais simples de execução, e embora tenha maior duração tem também boa precisão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Amostras de Solos – Preparação para Ensaios de Compactação e Ensaios de Caracterização, Rio de Janeiro, 1986. 9 p. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 052: Solos e Agregados Miúdos – Determinação da Umidade com Emprego do Speedy, Rio de Janeiro, 1994 a. 4 p. EMBRAPA SOLOS. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. 1997. 212p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 06457: Preparação para ensaio de compactação e ensaios de caracterização, Rio de Janeiro, 1986.
Compartilhar