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Educação inclusica breve análise

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FACULDADE DE DIREITO DO SUL DE MINAS 
 
 
 
MOUKAIBER DO COUTO VILELA
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL: BREVE ANÁLISE SOBRE A TEMÁTICA
POUSO ALEGRE – MG
2014
MOUKAIBER DO COUTO VILELA
EDUCAÇÃO ESPECIAL: BREVE ANÁLISE SOBRE A TEMÁTICA
Atividade acadêmica elaborada para complementação da carga horária da disciplina de Oficina do Trabalho, do 4º Período, curso Noturno de Graduação em Direito, da Faculdade de Direito do Sul de Minas.
Professor: Ana Carolina de Faria Silvestre
FDSM – MG
2014
RESUMO
VILELA, Moukaiber do Couto. Educação Especial: uma análise sobre e temática. 2015. Faculdade de Direito do Sul de Minas. Graduação em Direito, Pouso Alegre, 2015.
A Educação Especial é considerada como uma proposta de aplicação prática ao campo da educação e faz parte de um movimento mundial, denominado inclusão social. Esta atrela à construção de uma sociedade democrática, na qual todos conquistam sua cidadania, e a diversidade é respeitada, aceita e reconhecida politicamente. Este trabalho trata de um estudo de revisão narrativa de literatura que aborda os desafios do professor frente à inclusão social. Tem como objetivo analisar os fundamentos básicos sobre a integração escolar e a escola inclusiva: seus impasses e possibilidades, propondo uma análise sobre a educação para que atenda e integre de forma humanizada o aprendizado aos alunos portadores de deficiência.
Palavras-chave: Educação. Especial. Inclusão social. Didática.
ABSTRACT
Vilela, Moukaiber do Couto. Special education: an analysis on thematic and. 2015. Faculdade de Direito do Sul de Minas. Law degree, Pouso Alegre, 2015. 
Special education is considered as a proposal for practical application to the field of education and is part of a worldwide movement, named social inclusion. This ties together the construction of a democratic society, in which all gain their citizenship, and diversity is respected, accepted and recognized politically. This work is a study of narrative literature review that addresses the challenges of social inclusion front teacher. Aims to analyze the basics about school integration and inclusive school: his dilemmas and opportunities, proposing an analysis of education for taking into account and integrate humanized form of learning disabled students.
 Keywords: Education Special. Social inclusion. Didactics.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	METODOLOGIA	3
3.	DESENVOLVIMENTO	4
3.1 Desenvolvimento da Educação Especial...............................................................................4
4.	CONCLUSÃO	7
5.	REFERÊNCIAS	8
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1.Introdução
Nos últimos anos, à educação especial tem ganhado espaço nos debates acadêmicos, escolares, na sociedade civil e no Estado. O crescente diálogo sobre a educação das pessoas com deficiência e o movimento pela garantia dos seus direitos, vêm sendo acompanhado por fatores de ordem social, refletindo a luta pelos direitos à educação, à saúde, ao lazer e a abertura dos diversos espaços de convivência das pessoas portadoras de necessidades especiais no país. 
Todas as pessoas portadoras de necessidades especiais têm o direito de acesso à escola regular e demais recursos necessários ao seu pleno desenvolvimento e aprendizado, dentro deste contexto, as leis e as políticas públicas, colocam em pauta a concepção dos direitos humanos buscando formar cidadãos conscientes, reconhecendo o seu espaço na sociedade, tendo este direito reconhecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei 99.394/1996, Capítulo V, arts. 58 e 59, que direciona a atual política de educação inclusiva.
Para Almeida (2011):
do ponto de vista ético-político, a educação, dita inclusiva veio propor uma educação de qualidade para todos, contribuindo para a diminuição do preconceito e da exclusão social. Do ponto de vista pedagógico, a inclusão implica em mudanças curriculares, na formação docente, nos recursos educacionais, nas condições de trabalho dos professores, bem como nas atitudes da comunidade escolar.
2.Metologia
	Como metodologia foi utilizada a pesquisa de arquivos indexados. A atividade tem como proposito comprovar os conhecimentos em metodologia do trabalho científico sob as regras contidas no manual de trabalhos acadêmicos da FDSM, sugerido pela Prof.ª Ana Carolina de Faria Silvestre, para complementar a carga horária da matéria de Oficina do Trabalho. 
3.Desenvolvimento
Historicamente, a educação especial vem lidando com a educação e aperfeiçoamento dos indivíduos para que estes possam interagir e integrar na sociedade de maneira produtiva.
Laplane (2004) argumenta que acredita que valores e princípios da educação inclusiva sejam capazes de promover instituições mais justas do que aquelas que fundamentaram a segregação, compreender que o discurso em defesa da inclusão se constituiu historicamente como oposto ao da segregação e, nesse contexto, reconhecer a importância de destacar as vantagens da educação inclusiva.
Dessa maneira, os professores e cidadãos comprometidos com a proposta da educação especial, devem acreditar no potencial dos alunos, em seu desempenho para que os mesmos sintam-se úteis na sociedade, torna-se necessário antes de tudo, proporcionar requisitos para que a escola seja verdadeiramente inclusiva, e não excludente.
A partir do referencial apresentado, o presente artigo tem como objetivo conhecer os fundamentos básicos sobre a integração escolar e a escola inclusiva: seus impasses e possibilidades, procurando adaptar na sua realidade uma estratégia que facilite a inclusão, o aprendizado e a valorização dos alunos portadores de necessidades especiais.
3.1.Desenvolvimento da educação especial
Ao longo dos anos, o problema da educação especial vem sendo estudado, a fim de se proporcionar melhoras neste ensino que requer uma dedicação maior que o obstáculo enfrentado. A educação inclusiva visa melhora no aprendizado e na convivência das pessoas portadoras de necessidades especiais. 
O espaço escolar deve estar preparado através do Atendimento Educacional Especializado, para receber e lidar com as necessidades apresentadas pelos alunos, disponibilizando a estes uma sala de aula capacitada e preparada para minimizar as dificuldades, integrando aluno e professor nos diversos espaços escolares.
Para apoiar os sistemas de ensino, torna-se necessário o desenvolvimento de programas de formação continuada de professores na educação especial , programa de implantação de salas de recursos multifuncionais, programa escola acessível (adequação de prédios escolares para a acessibilidade), e programa educação inclusiva: direito à diversidade, que forma gestores e educadores para o desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) possui um conjunto de atividades, recursos pedagógicos e de acessibilidade, oferecidos de forma complementar ou suplementar à escolarização dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação matriculados nas classes comuns do ensino regular. Esse conjunto de atividades, registradas no Projeto Político Pedagógico de cada escola, é realizado individualmente ou em pequenos grupos, em turno contrário ao da escolarização.
A Sala de Recursos Multifuncionais são espaços onde o professor regente com formação continuada em Educação Especial realiza o Atendimento Educacional Especializado – AEE. Constituem-se de mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos de acessibilidade e equipamentos específicos e estão localizadas nas escolas de educação básica que possuem matrículas de estudantes público alvo da educação especial.
Nestas salas são realizadas atividades de Atendimento Educacional Especializado (AEE) tais como:
1.Ensino do Sistema Braille: Consiste na definição e utilização de métodos e estratégias paraque o estudante se aproprie desse sistema tátil de leitura e escrita.
2. Estratégias para autonomia no ambiente escolar: Consiste no desenvolvimento de atividades, realizadas ou não com o apoio de recursos de tecnologia assistiva, visando à fruição, pelos estudantes, de todos os bens – sociais, culturais, recreativos, esportivos entre outros – serviços e espaços disponíveis no ambiente escolar com autonomia, independência e segurança.
3. Ensino do uso de recursos ópticos e não ópticos: Consiste no ensino da funcionalidade e da usabilidade dos recursos ópticos e não ópticos e no desenvolvimento de estratégias para promoção da acessibilidade nas atividades de leitura e escrita. São exemplos de recursos ópticos: lupas manuais ou de apoio, lentes específicas bifocais, telescópios, dentre outros, que possibilitam a ampliação de imagem. São exemplos de recursos não ópticos: iluminação, plano inclinado, contrastes, ampliação de caracteres, cadernos de pauta ampliada, caneta de escrita grossa, lupa eletrônica, recursos de informática, dentre outros, que favorecem o funcionamento visual.
4. Estratégias para o desenvolvimento de processos mentais: Consiste na promoção de atividades que ampliem as estruturas cognitivas facilitadoras da aprendizagem, nos mais diversos campos do conhecimento, para desenvolvimento da autonomia e independência do estudante frente às diferentes situações no contexto escolar. A ampliação dessas estratégias para o desenvolvimento dos processos mentais possibilita maior interação entre os estudantes, o que promove a construção coletiva de novos saberes na sala de aula comum.
5. Técnicas de orientação e mobilidade: Consiste no ensino de técnicas e desenvolvimento de atividades para a orientação e mobilidade proporcionando o conhecimento dos diferentes espaços e ambientes para a locomoção do estudante, com segurança e autonomia. Para estabelecer as referências necessárias para o ir e vir. Tais atividades devem considerar as condições físicas, intelectuais e sensoriais de cada estudante.
6. Ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS: O ensino de Libras consiste no desenvolvimento de estratégias pedagógicas para a aquisição das estruturas gramaticais e dos aspectos linguísticos que caracterizam essa língua.
7. Ensino do uso da comunicação alternativa e aumentativa – CAA: Consiste na realização de atividades que ampliem os canais de comunicação com o objetivo de atender as necessidades comunicativas de fala, leitura ou escrita dos estudantes. Alguns exemplos de CAA são cartões de comunicação, pranchas de comunicação com símbolos, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador, quando utilizado como ferramenta de voz e comunicação.
8. Estratégias para enriquecimento curricular: Consiste na organização de práticas pedagógicas exploratórias suplementares ao currículo comum, que objetivam o aprofundamento e expansão nas diversas áreas do conhecimento. Tais estratégias podem ser efetivadas por meio do desenvolvimento de habilidades, da articulação dos serviços realizados na escola, na comunidade, nas instituições de educação superior, da prática da pesquisa e desenvolvimento de produtos; da proposição e o desenvolvimento de projetos de trabalho no âmbito da escola, com temáticas diversificadas, como artes, esporte, ciências e outras.
9. Ensino do uso do Soroban: O ensino do uso do Soroban, calculadora mecânico manual, consiste na utilização de estratégias que possibilitem ao estudante o desenvolvimento de habilidades mentais e do raciocínio lógico matemático.
10. Ensino da usabilidade e das funcionalidades da informática acessível: Consiste no ensino das funcionalidades e da usabilidade da informática como recurso de acessibilidade à informação e comunicação, promovendo a autonomia do estudante. São exemplos desses recursos: leitores de tela e sintetizadores de voz, ponteiras de cabeça, teclados alternativos, acionadores, softwares para a acessibilidade.
11. Ensino da Língua Portuguesa na modalidade escrita: Desenvolvimento de atividades e de estratégias de ensino da língua portuguesa, na modalidade escrita como segunda língua, para estudantes usuários de Libras, voltadas à observação e análise da estrutura da língua, seu sistema linguístico, funcionamento e variações, tanto nos processos de leitura como na produção de textos.
O atendimento educacional especializado é realizado mediante a atuação de profissionais com conhecimentos específicos no ensino da Língua Brasileira de Sinais, da Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda língua, do sistema Braille, do soroban, da orientação e mobilidade, das atividades de vida autônoma, da comunicação alternativa, do desenvolvimento dos processos mentais superiores, dos programas de enriquecimento curricular, da adequação e produção de materiais didáticos e pedagógicos, da utilização de recursos ópticos e não ópticos, da tecnologia assistiva e outros. 
3.Conclusão
Cabe aos sistemas de ensino, ao organizar a educação especial na perspectiva da educação inclusiva, disponibilizar as funções de instrutor, tradutor/intérprete de Libras e guia intérprete, bem como de monitor ou cuidador aos alunos com necessidade de apoio na
atividade de higiene, alimentação, locomoção, entre outras que exijam auxílio constante no 
cotidiano escolar. 
No contexto desta estrutura, o termo "educação inclusiva" refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem. 
Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e, portanto possuem necessidades educacionais especiais em algum ponto durante a sua escolarização. Escolas devem buscar formas de educar tais crianças bem sucedidamente, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas. O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem sucedidamente educar todas as crianças. O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que elas sejam capazes de prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças: o estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentido de modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras e de desenvolver uma sociedade inclusiva.
Portanto a sociedade deve oferecer educação gratuita e de qualidade para todos,
a formação de professores especializados exige a perseverança e o envolvimento no processo de todos que buscam a escola aberta às diferenças. Os caminhos da mudança fazem-se constantemente e não tem fim. Devemos promover uma efetiva participação dos alunos com deficiência nas atividades escolares, identificando necessidades destes alunos, lutando por sociedade digna para todos.
4.Referências
SARTORETTO, M.L. BERSCH, R. Atendimento Educacional Especializado. 2014. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/aee.html>. Acessado em: 20/01/2015.
ALMEIDA, W.G. A política nacional de educação inclusiva: um estudo de escolas da rede municipal de Gurinhém/PB. João Pessoa, 2010. Disponível em: <http://bdtd.biblioteca.ufpb.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1302> Acessado em: 20/01/2015.
BRASIL. LDB: Lei de Diretrizes e Bases: lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. – 6. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados,Edições Câmara, 2011. Disponível em: http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CCAQFjAA&url=http%3A%2F%2Fbd.camara.gov.br%2Fbd%2Fbitstream%2Fhandle%2Fbdcamara%2F2762%2Fldb_6ed.pdf%3Fsequence%3D7&ei=Lb_OVN2XIM_GsQTA2IG4Dw&usg=AFQjCNGQv3zAMBmGcQIuYqNiVdPiXetkhg&bvm=bv.85076809,d.cWc. Acessado em: 20/05/2014.
____________.Manual de Orientação: Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. 2010. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17430&Itemid=817 > Acessado em: 15/01/2015.

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