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FONTE LINEAR PROJETO DE FONTE LINEAR REGULADORA DE TENSÃO FONTE LINEAR PROJETO DE FONTE LINEAR REGULADORA DE TENSÃO INTRODUÇÃO À ENGENHARIA ELÉTRICA 9ª EDIÇÃO – MAIO DE 2013 APRESENTAÇÃO (pág. 2) CAPÍTULO 1 ESQUEMA EM DIAGRAMA DA FONTE LINEAR REGULADA (pág. 3)- - LISTA DE MATERIAIS (pág. 4) - PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO (pág. 5) CAPÍTULO 2 - TRANSFORMADOR – FUNCIONAMENTO BÁSICO (pág. 6) CAPÍTULO 3 - PROJETANDO UM FUSÍVEL (pág. 9) CAPÍTULO 4 - PROJETANDO O RESISTOR DO LED (pág. 11) CAPÍTULO 5 UTILIZANDO UM PROT-O-BOARD (pág. 15) - CAPÍTULO 6 - LAYOUT DA PLACA (pág. 17) CAPÍTULO 7 - CONFECÇÃO ARTESANAL DE PLACAS IMPRESSAS (pág. 19) CAPÍTULO 8 - MONTAGEM DA CAIXA (pág. 24) CAPÍTULO 9 - DATASHEET (pág. 25) 1 Este material foi desenvolvido como o intuito de auxiliar os alunos do curso de graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia, no projeto, confecção e montagem de uma fonte linear regulada simples. As principais características desta fonte são a entrada bi volt (127V/220V) e as saídas +15/-15/+12/-12/+5/-5Vcc. Durante toda esta apostila iremos desenvolver o projeto e dar dicas de construção passo a passo de todos os procedimentos para confecção da fonte linear. 2 ESQUEMA EM DIAGRAMA DA FONTE LINEAR REGULADA O layout de uma fonte linear é mostrado na figura 1.1. Toda a simbologia utilizada no layout da Figura 1.1 está apresentada na Tabela Tabela 1.1: Simbologia Figura 1.1: Layout básico de uma fonte linear regulada simples Capítulo 1 3 LISTA DE MATERIAIS Material Descrição Chave CH Chave seletora (liga/desliga) Fusível Proteção contra o circuito de 500µF (Cap. 3) Porta Fusível Suporte para o fusível Chave H-H Chave seletora (127/220V) Trafo Transformador (127/220V – 15/15 x 1A) Diodo Semicondutores responsáveis pela retificação Capacitor Eletrolítico 1000µF/50V para retificação Mínimo 1µF/25V para filtrar o sinal Reguladores de Tensão Manutenção da saída de um circuito elétrico LED Diodo emissor de luz (várias cores) Resistor Diminui a corrente para acender o LED (Cap. 4) Placa Virgem PCB Para o circuito impresso (PCB) sendo de fenolite ou fibra de vidro Borne Banana Fêmea Conectores para a saída dos circuitos Rabicho Cabo com macho de tomada Capítulo 1 4 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO A tensão de entrada (tomada) é abaixada para 15V através do transformador (ver figura 1.2 (a)). Esta onda senoidal é retificada através de quatro diodos formando uma ponte retificador de onda completa (ver figura 1.2 (c)). Em seguida esta tensão retificada passa por um grande capacitor eletrolítico no qual reduz significativamente o ripple da forma de onda, aproximando-a de uma forma de onda contínua (ver figura 1.2 (e)) e por um pequeno capacitor cerâmico de que filtra perturbações de alta frequência. Os capacitores na saída são responsáveis por garantir uma fonte “reserva” de tensão, mantendo assim a estabilidade do fornecimento. Capítulo 1 Figura 1.2: Princípio de Funcionamento 5 TRANSFORMADOR – FUNCIONAMENTO BÁSICO Um transformador opera segundo a lei de Lenz, bastante conhecida entre os físicos e estudiosos em eletricidade. Vejamos a figura 2.1, sabemos que quando percorremos corrente por uma ou mais espiras, temos o aparecimento de um campo magnético induzido perpendicular ao sentido da corrente. Sabemos que a recíproca também é verdadeira, quando temos um campo magnético perpendicular a uma ou mais espiras, temos o aparecimento de corrente perpendicular ao sentido do campo magnético. Logo, com a ajuda da lei de Lenz, podemos montar um dispositivo que transforme corrente em fluxo magnético e fluxo magnético em corrente. Sabemos também que os materiais ferromagnéticos são bons condutores de fluxo magnético, logo, se as espiras tiverem um núcleo ferromagnético, teremos geração de campo magnético mais forte. Quanto maior o número de espiras, maior o campo magnético (fluxo) gerado. Através desta propriedade, podemos montar um esquema didático mostrado na figura 2.2. Figura 2.1: Lei de Lenz Capítulo 1 Capítulo 2 6 O lado das espiras (bobinas) da esquerda é denominado de Primário e o lado das espiras da direita é denominado de Secundário. De todas as máquinas criadas pelo ser humano, o transformador se mostra ser a mais perfeita. Quando mencionamos a perfeição em Engenharia, estamos nos referindo à eficiência (rendimento). E o transformador possui o maior rendimento dentre todas as outras máquinas. O rendimento de um transformador comum geralmente é superior a 97%, sendo que os transformadores de distribuição e força chegam a ter 98%, 99% de rendimento, ou seja, possuem pouquíssimas perdas. Não entraremos em detalhes a respeito das perdas nos transformadores, mas somente por curiosidade, estas perdas são: por histereses e Foucault no núcleo ferromagnético, perdas joulícas e skin (efeito pelicular) no cobre (espiras). Como já sabemos que as perdas nos transformadores são tão pequenas, então podemos desprezá-las sem grandes prejuízos na maioria das análises. Ou seja, a potência que entra no transformador é “igual” a potência que sai do transformador. Como sabemos que P = V × I temos então a equação fundamental dos transformadores, mostrada na equação abaixo: Não entraremos na demonstração da segunda parte desta equação completa, mostrada abaixo, sendo N o número de espiras, temos: Figura 2.2: Diagrama didático que mostra o funcionamento de um transformador Capítulo 2 Vprimário Isecundário = Iprimário Vsecundário Vprimário/Vsecundário = Iprimário/Isecundário = Nprimário/Nsecundário 7 Dessa forma, pode-se calcular o número de espiras que deve ter no primário e no secundário de um transformador, a fim de se obter a tensão desejada. Vejamos então um exemplo prático: um transformador semelhante ao da figura 2.2 na página 7 é alimentado em seu lado primário com tensão de 220V. Sabe-se que este transformador possui 30 espiras no lado de “alta” (primário). Calcule quantas espiras se deve ter no lado de “baixa” (secundário) para que a tensão nos terminais seja igual a 110V. Solução: podemos utilizar a equação descrita abaixo para o cálculo desejado Portanto, para conseguir 110V no secundário do transformador, o mesmo deverá ter 60 espiras. Assim, percebe-se que a relação de espiras deste transformador é 2:1. Sendo assim, por que não posso colocar apenas uma espira no secundário e duas espiras no primário, visto que a relação encontrada me permite fazer isto? Este é um questionamento muito comum entre os leigos. A pergunta procede. A resposta se deve ao fato de que quanto maior o número de espiras, maior é o campo magnético induzido gerado, e vice versa, quanto maior o campo magnético, maior a corrente induzida gerada. Logo, poucas espiras podem não ser suficientes para garantir o perfeito funcionamento do transformador. Outro fato importante em relação a esta questão é a isolação das espiras, ou seja, o verniz isolante que fornece um meio dielétrico entre as bobinas possui uma capacidade de isolação limitada, que gira em torno de 3 a 4 V por espira. Nesse sentido, para garantir a isolação entre os elos das bobinastemos que aumentar o número de espiras. Agora que conhecemos o princípio básico do funcionamento de transformadores, podemos prosseguir no projeto da nossa fonte. Capítulo 2 Vprimário/Vsecundário = Iprimário/Isecundário = Nprimário/Nsecundário 220V 30 110V N = N = 60 espiras 8 PROJETANDO UM FUSÍVEL Para o cálculo do fusível temos que relembrar a equação fundamental dos transformadores mencionada no capítulo anterior. O fusível a ser projetado deverá proteger a fonte toda, logo temos que colocá-lo no primário do transformador a fim de proteger também o transformador. Temos, então, alguns dados para o cálculo do fusível: Transformador a ser utilizado: 220/127V – 15/15 x 1ª Com estes dados temos que observar o fato de que este transformador possui dois níveis de tensão no primário e dois níveis de tensão no secundário (transformador com tap central), e ele pode funcionar tanto com 220V quanto em 127V. Logo deve-se calcular o fusível considerando as duas situações e escolher a pior delas, ou seja, a que suportar a menor corrente. Sabendo que a corrente no secundário do transformador é de 1ª, temos: Logo, a pior situação possível é a situação em que o transformador está ligado a 220V. Como não existe fusível comercial de 68mA, pegaremos um equivalente próximo: 1. Considerando o transformador ligado a 220V: 2. Considerando o transformador ligado a 110V: Capítulo 3 220V 1A 15V Ipriamaria = 110V 1A 15V Ipriamaria = Ipriamaria = 68mA Ipriamaria = 118mA Fusível 50mA 9 Obs.: O ideal é trocar o fusível quando se altera o nível de tensão escolhido (220/127V), pois podemos observar que se ligarmos a fonte em 127V não poderemos utilizá-la com 1ª no secundário, pois o fusível no primário chegará aos 50mA antes do secundário chegar a 1ª e se queimará. Como pudemos ver, para 127V, o primário chegaria a 118mA. Aproveite que você aprendeu e calcule qual a capacidade de corrente no secundário que este transformador em 127V fornecerá com o fusível de 50mA. Capítulo 3 10 PROJETANDO O RESISTOR DO LED Ao verificar manuais de fabricantes de LEDs (Lighting Emissor Diode), verificaremos que em sua maioria, salvo LEDs especiais como os de alto brilho, possuem limitação de corrente na faixa de 15mA, enquanto que para a tensão, nã possuem grandes problemas suportando até 0,6kV. Estes dados já são suficientes para projetas o resistor que limitará ETA corrente para o LED. Podemos projetar o LED em vários pontos da placa, ou na saída de +15Vcc, ou na de - 15Vcc ou na saída de +5Vcc. Você poderá colocar um LED para cada uma desta tensão ou simplesmente colocar um só para indicar que a fonte está ligada. Observe que na figura 1.1, o LED está ligado na tensão de -15Vcc. Veja que o LED está com a parte positiva ligado ao terra (GND), que é considerado como sendo o pólo negativo do circuito. Isso ocorre, pois o terra possui tensão 0Vcc e -15Vcc é “mais negativo” que o terra. Logo, a parte negativa do LED ficará do lado de -15Vcc. RESISTOR DO LED LIGADO A +15Vcc Temos então dois dados para o calcula deste resistor: a tensão de 15Vcc e como dito anteriormente, projetaremos o LED para a corrente de 15mA. Segundo a Lei de Ohm: RESISTOR DO LED LIGADO A -15Vcc Temos então dois dados para o calcula deste resistor: a tensão de 15Vcc e como dito anteriormente, projetaremos o LED para a corrente de 15mA. Obs.: O positivo do LED deverá estar ligado do lado do +15Vcc. Capítulo 4 V= R I 15V = R 15 10 -3 R = 1000 = 1K 11 Segundo a Lei de Ohm: RESISTOR DO LED LIGADO A +5Vcc Temos então dois dados para o calcula deste resistor: a tensão de 15Vcc e como dito anteriormente, projetaremos o LED para a corrente de 15mA. Segundo a Lei de Ohm: Obs.: O positivo do LED deverá estar ligado do lado do terra (GND). Obs.: O positivo do LED deverá estar ligado do lado do +5Vcc. V= R I 15V = R 15 10 -3 R = 1000 = 1K Capítulo 4 V= R I 5V = R 15 10 -3 R = 333.33 = 330K 12 EITURA DE RESISTORE – CÓDIGO DE CORES Tabela 4.1: Código de cores Cores Valores Multiplicadores Tolerancia Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Prata - - - 0,01 10% Preto 0 0 0 1 - Marron 1 1 1 10 1% Vemelho 2 2 2 100 2% Laranja 3 3 3 1000 - Amarelo 4 4 4 10000 - Verde 5 5 5 100000 - Azul 6 6 6 1000000 - Violeta 7 7 7 - - Cinza 8 8 8 - - Branco 9 9 9 - - Nenhuma - - - - 20% Capítulo 4 13 Veja a figura 4.1: Cores Valores Multiplicadores Tolerancia Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Preto 0 0 0 x1 - Marron 1 1 1 x10 1% Vemelho 2 2 2 x100 2% Laranja 3 3 3 x1K - Amarelo 4 4 4 x10K - Verde 5 5 5 x100K 5% Azul 6 6 6 x1M 25% Violeta 7 7 7 x10 0,1% Cinza 8 8 8 0,05% Branco 9 9 9 - Dourado x0,1 5% Prata x0,01 10% Figura 4.1: Leitura correta de resistores 1 5 Para a leitura de resistores, procedemos da seguinte forma: - Juntamos a primeira faixa com a segunda; - Multiplicamos pela potência dez a terceira faixa, ou seja, o valor do multiplicador - A quarta faixa indica a tolerância deste resistor, e não é relevante para o nosso projeto. Logo, como vimos na figura 4.1: - Primeira e segunda faixa: Verde/Azul = 56; - Terceira faixa: Amarelo = 10 - Quarta faixa: Prata = ±10% de tolerância Temos então 560.000Ω ou 560kΩ. Capítulo 4 14 UTILIZANDO UM PROT-O-BOARD Um Pront-o-Board, ou matriz de contatos é uma placa utilizada em experimentos laboratoriais em eletrônica. Quanto estamos projetando um protótipo, não sabemos se realmente esle irá funcionar ou se precisará de alguns “ajustes” finais. A confecção de uma placa de circuito impresso (veja no capítulo 7) é uma tarefa não muito simples e requer muito tempo se for feito de forma artesanal ou dinheiro se for feita industrialmente. Logo, temos que ter certeza de que nosso layout está corrente e nosso circuito funcionando antes de fazer a placa final. Para isso temos a ferramenta denominada Pront-o-Board, ou matriz de contatos, ou ainda Pront-o-Labor. A área reservada para a montagem do circuito (ver figura 5.2) é formada por linhas horizontais e verticais. As linhas verticais estão curtocircuitadas entre si, formando um mesmo ponto ou nó. As linhas horizontais estão interligadas entre si, como mostra a figura 5.2. Esta figura ilustra perfeitamente o funcionamento da matriz de contatos Figura 5.1: Pront-o Board Capítulo 5 15 Figura 5.2: Esquema de funcionamento Linhas horizontais são interligadas. Bournes utilizados para conectar a fonte de alimentação. As linhas horizontais são destinadas a alimentação, os furos estão interconectados. Capítulo 5 16 LAYOUT DA PLACA Confeccionaremos agora um Layout de placa. Para o layout da placa podemos fazê-lo diretamente na placa com uma caneta de retroprojetor ou com auxíliode um software para confecção de placas de circuito impresso para confecção profissional da placa. Dentre os softwares usados para tal finalidade, podemos destacar alguns deles: TangoII PCB, Accel Tango, Microsim PSpice, OrCad, Proteus, Eagle e Protel LAYOUT PRONTO Como você ainda não possui conhecimentos de simuladores de circuito de eletrônica, fizemos o layout da placa da fonte e ele já está pronto para imprimir em papel Couché (ver capítulo 7). Figura 6.1: Layout vista superior em escala real Figura 6.2: Layout vista inferior em escala real Capítulo 6 17 Em anexo temos o layout da figura 6.2 pronto para ser impresso em papel Couché em impressora a laser. É importante ressaltar que a impressão não pode ser feita em impressoras a jato de tinta, pois neste caso não haverá transferência do papel para placa. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE Uma observação muito importante é que quando forem imprimir não se esquecer de marcar propriedade de escada do Adobe Acrobat como NÃO, ou seja, sem ajustar escalas para imprimir. Se esta opção estiver marcada como SIM, o Acrobat irá alterar o tamanho real do layout e as placas não serão impressas na escala correta, e os componentes eletrônicos não encaixarão na placa. Capítulo 6 18 CONFECÇÃO ARTESANAL DE PLACAS IMPRESSAS A técnica que utilizaremos é a técnica com papel couché. O papel couché é um papel liso semelhante ao papel de folha de revista, e é um papel barato. Iremos explicar passo a passo ilustrando com fotos de uma placa sendo confeccionada (ver figura 7.1). PREPARAÇÃO Para a confecção da placa precisaremos de: - Palha de aço fina tipo Bom-Brill - Folha de papel couché, transparência; - Água morna em outro recipiente semelhante ao anterior; - Fita crepe (não serve durex); - Furadeira de bancada ou mini-drill - Impressora Laser (não seve jato de tinta); - Ferro de passar roupas; - Tesoura; - Caneta para retro-projetos, canetinha de tinta permanente preta; - Pano velho (trapo) - Solução de Percloreto de Ferro (para corroer a placa); - Recipiente para mergulhar a placa no percloreto (vasilha de sorvete); Capítulo 7 19 1º PASSO Imprimir o layout no papel couché utilizando uma impressora laser. Lembre-se de que se a placa for de face simples, ou seja, com apenas um dos lados possuindo cobre, você deverá imprimir o layout em espelho horizontal para que quando for transferido para a placa fique de forma correta. Figura 7.1: Impressão laser em papel couché Obs.: O layout da Figura 7.1 é uma placa genérica. 2º PASSO Pegue uma placa de fenolite ou fibra de vidro virgem (ver figura 7.2) e coloque o layout da placa sobre o cobre (figura 7.3). Prenda com fita crepe o layout impresso na placa. 3º PASSO Com um ferro de passar ligado no máximo de sua potência e um trapo de pano, prense com força o ferro sobre o layout (não esfregue o ferro, somente prense com força) por 10 ou 15 minutos, conforme a figura 7.4, retire o pano e prense novamente por 1 ou 2 minutos conforme figura 7.5. Figura 7.2: Placa de fenolite ou fibra de vidro virgem Capítulo 7 20 Figura 7.3: Colocando o layout sobre a placa Figura 7.4: Preparando o ferro por 10 à 15 minutos para prensar o layout Figura 7.5: Pressionando o ferro de passar por 1 ou 2 minutos sem o trapo 4º PASSO Mergulhe tudo em água morna ou quente e deixe por mais 15 minutos. Constantemente retire da água e esfregue o dedo suavemente retirando parte do papel e retornando novamente para a água até retirar todo o papel. Note que somente o impresso ficará grudado no cobre da placa. Capítulo 7 21 Figura 7.6: Mergulho em água morna ou quente Figura 7.7: Retirando o papel com o dedo Figura 7.8: Resultado após retirar todo o excesso de papel 5º PASSO Com uma caneta para retroprojetor complete as possíveis imperfeições que ocorreram no processo. Com uma furadeira de bancada ou mini-drill, fure os furos (pads) onde passarão as pernas dos componentes (ver figura 7.9). Após furar, mergulhe a placa em percloreto de ferro por 20 minutos (não deixa a placa no fundo do recipiente, pois o percloreto de ferro decanta e prejudica o layout impresso). Dica: agitar o recipiente em que se encontra a placa acelera a corrosão, acelerando o processo. Retire constantemente do percloreto para conferir se todo o cobre já foi corroído. Figura 7.9: Fure os pads com mini-drill Figura 7.10: Mergulho em percloreto de ferro Capítulo 7 22 6º PASSO Após tudo corroído, lave com água corrente e você verificará que ficou como na figura 7.11. Caso alguns pontos ainda contenham toner da impressora a laser, utilize a palha de aço e tudo estará pronto (como na figura 7.12). Figura 7.11: Resultado da corrosão Figura 7.12: Resultado após passar palha de aço Capítulo 7 23 MONTAGEM DA CAIXA A técnica que utilizaremos é a técnica com papel couché. O papel couché é um papel liso semelhante ao papel de folha de revista, e é um papel barato. Iremos explicar passo a passo ilustrando com fotos de uma placa sendo confeccionada (ver figura 7.1). A montagem final deverá ser feita dentro de uma caixa, com bornes para acesso das tensões inclusive do terra, e não esquecer da chave (liga-desliga) e do fusível. A figura 8.1 mostra uma fonte como a nossa já montada e funcionando. Figura 8.1: Fonte Linear simples Capítulo 8 24 DATASHEET Nas páginas seguintes mostraremos a primeira página de cada manual (Datasheet) importante para a confecção desta placa de circuito impresso Aconselha-se que todos entrem na internet e busque os manuais completos para poderer ir se familiarizando, e desfrutando de todos os termos científicos e características de funcionamento, ponto de operação, etc, que são de vital importância para o engenheiro projetista. Capítulo 9 25 Capítulo 9 26