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Superestrutura de Estradas Estudos dos Revestimentos (Ligantes e Agregados) Profa. Suelly Helena de Araújo Barroso Estudar Bernucci et al. (2007) – Pavimentação Asfáltica (Cap 2 e 3) Programa da Disciplina ■ CONCEITUAÇÃO DE PAVIMENTOS (OK) ■ REVISÃO DE MECÂNICA DOS SOLOS APLICADA À PAVIMENTAÇÃO (OK) ■ MÓDULO DE RESILIÊNCIA (OK) ■ ESTUDO GEOTÉCNICO (OK) ■ ESTUDO DE CAMADAS GRANULARES (OK) ■ IMPRIMAÇÃO BETUMINOSA (OK) ■ AGREGADOS E LIGANTES ASFÁLTICOS ■ ESTUDO DE REVESTIMENTOS ■ DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS ■ INTRODUÇÃO À GERÊNCIA DE PAVIMENTOS ■ A camada do revestimento de uma estrutura flexível consiste de uma mistura de agregados minerais e materiais betuminosos, sobreposta à camada de base. ■ Funções ■ Resistir às forças abrasivas do tráfego ■ Reduzir a penetração de água superficial no pavimento ■ Proporcionar uma superfície resistente ao escorregamento (aderência) ■ Proporcionar um rolamento suave e uniforme ao tráfego ■ O sucesso do revestimento, depende da obtenção de uma mistura com uma ótima graduação de agregados e da porcentagem de ligante betuminoso. Revestimento Tipos de Revestimentos Asfálticos ▪ Tipos de Revestimentos Asfálticos: ✓ Misturas Usinadas e Fabricadas na Pista. ▪ Misturas Usinadas a Quente e a Frio: ✓ Densas: concreto asfáltico, areia-asfalto, pré-misturado a frio; ✓ Descontínuas: SMA, CPA, etc ▪ Fabricadas na pista: ✓ Tratamentos superficiais por penetração. ▪ Microrrevestimentos ▪ Lama Asfáltica ▪ Misturas Recicladas ✓ Usinadas ou fabricadas na pista. Mistura Densa Mistura Aberta Notas de Aula de Superestrutura de Estradas Profa. Suelly Barroso 5 Malha Rodoviária do Estado do Ceará em km (DER, 2014) 5 No estado do Ceará o TRATAMENTO SUPERFICIAL representa aproximadamen te 61% de toda a malha rodoviária estadual pavimentada (DER, 2014). Exemplo de Tipo de Revestimento para RBVT - Tratamento Superficial Processo de aplicação Camadas de Revestimento Asfáltico Mistura asfáltica usinada a quente aberta (revestimento drenante) Concreto asfáltico denso Concreto asfáltico aberto como “binder” ou camada de ligação Uma composição de revestimento de via de alto volume de tráfego Exemplo de Estrutura de Pavimento na Alemanha 4 cm de SMA camada de rolamento 8 cm de camada de ligação 22 cm de base asfáltica Revestimento Asfáltico Ligantes: Conceituação & Caracterização Convencional Ligantes Asfálticos ● No Brasil, 95% das estradas pavimentadas são de revestimento asfáltico ● Representa de 25% a 40% do custo da construção do revestimento ● Quase sempre o único elemento industrializado utilizado nas camadas do pavimento ● Nos revestimentos: ● Proporciona a união entre os agregados; ● Age como ligante proporcionando flexibilidade controlável; ● Impermeabilizante; ● Durável e resistente; ● Pode ser usado aquecido ou emulsionado. Introdução ■ Materiais Betuminosos (Betume) ■ São associações de hidrocarbonetos solúveis em bissulfeto de carbono ■ Os materiais betuminosos usados em pavimentação classificam-se em dois tipos: alcatrões e asfaltos ■ Alcatrões ■ Os alcatrões para pavimentação (AP) são produtos que contém hidrocarbonetos, obtido da queima ou destilação do carvão, da madeira, etc.. Introdução ■ Asfaltos ■ Obtidos da destilação de petróleo, podem ser naturais ou obtidos através da refinação do petróleo ■ Ligantes Asfálticos ■ Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) ■ Asfalto Diluído (AD) ■ Emulsão Asfáltica (EA) ■ Nas misturas asfálticas os dois componentes principais são os ligantes asfálticos e os agregados (incluindo o filler) • Betume: mistura de hidrocarbonetos solúvel no bissulfeto de carbono; • Asfalto: mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo de forma natural ou por destilação. Principal componente: betume. Outros componentes: oxigênio, nitrogênio e enxofre; • Alcatrão: produto que contém hidrocarbonetos, obtido da queima ou destilação do carvão, da madeira, etc... Termos mais usados Europeus – Betume Americanos - Asfalto Resumindo…. Cimento Asfáltico de Petróleo ■ O CAP é um produto semi-sólido na temperatura ambiente, necessitando de aquecimento para poder ser misturado com os agregados ■ Os CAPs são classificados pela sua consistência e também por penetração. VISCOSIDADE PENETRAÇÃO CAP 7 → η: 400 p a 1000 p CAP 30/45 CAP 20 → η:1000 a 3000 p CAP 50/70 CAP 55 → η: 3.000 p a 8.000 p CAP 85/100 CAP 150/200 ↓penetração ↑consistência Ex: CAP 30/45 > consistente CAP 50/70 ■ Os Ads são obtidos pela diluição de CAPs em solvente obtidos pela destilação do petróleo ■ Quanto ao tempo de evaporação do solvente usado os Ads são classificados ■ CR (asfalto diluído de cura rápida): diluente a nafta (gasolina) ■ CR-70, CR-250, CR-800 e CR-3000 ■ Pintura de ligação, tratamentos superficiais e misturas a frio ■ CM (asfalto diluído de cura média): diluente o querosene ■ CM-30, CM-70, CM-250, CM-800 e CM-3000 ■ Imprimação e areia-asfalto a frio ■ CL (asfalto diluído de cura lenta): diluente óleo leve ■ CL-70, CL-250, CL-800 e CL-3000 ■ São mais usados para imprimação o CM-30 Os Asfaltos Diluídos (Cut-Backs) ■ As Eas são normalmente obtidas pela emulsificação de CAPs em uma fase aquosa As Emulsões Asfálticas Esquema de preparação de emulsão asfáltica FASE OLEO SA FASE AQUO SA EMULSÃO GROSSEIRA FASE OLEOSA FASE AQUOSA FENÔMEN O DE COALESC ÊNCIA EMULSÃO ESTÁVEL (GROSSEI RO) AGENTE QUÍMICO EMULSIFI CANTE Óleo e água podem formar emulsão, porém se separam rapidamente quando cessa a agitação. As emulsões estáveis têm o emulsificante, que previne ou retarda a separação das fases. . ■ Produto estável empregado em serviços de pavimentação à temperatura ambiente ■ Nunca devem ser aquecidas acima de 70ºC ■ De acordo com a natureza eletrolítica do emulsificante, as Eas são classificadas em: ■ Emulsões asfálticas catiônicas (emulsificante catiônico) ■ Emulsões asfálticas aniônicas (emulsificante aniônico) ■ No Brasil só são especificadas e usadas as emulsões catiônicas ■ Aplicações: pintura de ligação, imprimação, tratamentos superficiais e macadame betuminoso (RR-C); pré-misturados a frio (RM-C); estabilização de solos e preparo de lama asfáltica (RL-C) As Emulsões Asfálticas RR 1C Ruptura Rápida Faixa de Viscosidade Catiônica Quando uma emulsão entra em contato com um agregado pétreo, inicia-se um processo de ruptura da emulsão, ou seja, a separação do asfalto e da água, e o recobrimento do agregado pelo asfalto. A água é liberada e finalmente evaporada. Portanto, a ruptura de uma emulsão consiste na anulação da camada de proteção dos grãos de asfalto dispersos na água e se observa pela união dos mesmos (coagulação ou floculação). A velocidade de ruptura é função da composição química do agente emulsificante e da sua dosagem na emulsão. Porém, trata-se de um fenômeno de variáveis complexas e não se dá pela ação de uma delas agindo isoladamente. As Emulsões Asfálticas As emulsões catiônicas se classificam quanto à velocidade de ruptura em: * Ruptura rápida (RR-1C e RR-2C) * Ruptura média (RM-1C e RM-2C) * Ruptura lenta (RL-1C) ASFALTO – PROPRIEDADES FÍSICAS • Ensaios usados para especificações e medição de propriedades fundamentais; • Todos os ensaios tem temperatura (T) especificada e alguns tempo(t) de carregamento; • Tipos de Ensaios: Consistência: penetração, viscosidade, ductilidade, ponto de amolecimento Durabilidade: RTFOT Pureza: Solubilidade Segurança: Ponto de Fulgor Outros Ensaios: Densidade, Ponto de Ruptura,etc • Repetibilidade (único operador) × Reprodutividade (vários operadores) Principais Ensaios para Caracterização do Ligante Asfáltico ■ Método de Penetração de Materiais Betuminosos (ABNT NBR 6576/98) ■ Método para determinar a viscosidade dos materiais betuminosos através da penetração, distância em décimos de milímetro que uma agulha padrão penetra verticalmente em uma amostra do material betuminoso sob condições específicas de temperatura (25ºC), carga (100 g) e tempo (5 segundos). . ↓penetração ↑consistência Ex: CAP 30/45 > consistente CAP 50/70 Se a agulha penetrar 3 mm, a penetração do ligante é 30. CARACTERIZAÇÃO DO ASFALTO – PENETRAÇÃO Ligantes com a mesma Penetração a 25ºC, não necessariamente se comportam da mesma forma em outras temperaturas!!! Média Baixa Alta 25ºC ESTRATÉGIA DA ESPECIFICAÇÃO SUPERPAVE Sistema de classificação baseado no clima. PG 70-22 Grau de desempenho Temperatura mínima de pavimentoMédia das máximas de 7 dias consecutivos CAP 50/70 ■ Determinação da Viscosidade Saybolt de Material Betuminoso (ABNT NBR 5847/01) ■ Viscosidade Saybolt (expressa em segundos) é o tempo necessário para o escoamento de 60 ml de material, no viscosímetro de Saybolt, sob determinadas condições de temperatura. Geralmente, essa temperatura varia com o tipo de asfalto que é utilizado (para os CAPs são utilizadas temperaturas de 135 e 177ºC). Principais Ensaios para Caracterização do Ligante Asfáltico .1 .2 .3 .5 1 10 5 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 Temperature, C Viscosity, Pa s Compaction Range Mixing Range Temperaturas de Mistura/Compactação ■ Determinação do ponto de amolecimento de materiais betuminosos (de 30 a 175ºC) (Método do Anel e Bola) ■ Ponto de amolecimento de um material é considerado como o valor de temperatura na qual a consistência de um ligante asfáltico passa do estado plástico ou semi-sólido para o estado líquido (COELHO, 1996). Esse valor, no ensaio anel e bola, é a temperatura lida no momento em que a esfera metálica padronizada atravessa o anel cheio com o material betuminoso, toca uma placa de referência após ter percorrido uma distância de 25,4 mm sob condições especificadas. Principais Ensaios para Caracterização do Ligante Asfáltico ≠ < 2ºC ■ Determinação do Ponto de Fulgor ■ Ponto de fulgor de um ligante asfáltico é a temperatura na qual existe uma liberação de vapores do produto suficiente para, em mistura com ar e na presença de uma chama, provocar uma centelha. Portanto, indica a temperatura acima da qual o asfalto deve ser manuseado como produto inflamável, desde que haja uma fonte de ignição. Principais Ensaios para Caracterização do Ligante Asfáltico Principais Ensaios para Caracterização do Ligante Asfáltico ■ Ductilidade ■ Capacidade de um asfalto sofrer deformações de sua massa. O ensaio mede a distância em que um corpo de prova padrão de asfalto é alongado até seu rompimento. Asfaltos empregados na construção rodoviária devem apresentar ductilidade elevada, maior que 1,0 m. DURABILIDADE • Simulação do envelhecimento a curto (usinagem e compactação) e longo prazos (fatores ambientais), efeitos de oxidação e evaporação; • Ensaio (RTFOT): fina película de asfalto (35g) é continuamente girada dentro de um recipiente de vidro a 163ºC por 85min., com injeção de ar a cada 3 a 4 seg; • Resultados de penetração, viscosidade e PA comparados antes e após este ensaio. Efeito do Calor e do Ar (ECA) ou Estufa de Filme Fino (TFOT) ou ensaio de película delgada Estufa de Filme Fino Rotativa (RTFOT) ou Película Delgada Rotacional Principais Ensaios para Caracterização do Ligante Asfáltico OUTROS ENSAIOS…. Ponto de Ruptura Fraass Método proposto por Fraass em 1937 para caracterizar o ligante em condições de temperaturas negativas (evitar o trincamento térmico); É a temperatura na qual o CAP, quando submetido à flexão, tende mais a romper do que a fluir. No ensaio, uma placa revestida de CAP, flexionada sob determinadas condições, é submetida a temperaturas decrescentes. O ponto de ruptura é a temperatura em que aparece a primeira fissura no revestimento do CAP. Climas frios! Equipamento de ensaio de ponto de ruptura Fraass Principais Ensaios para Caracterização do Ligante Asfáltico Carga de partícula para emulsão asfáltica (DNER-ME 002/98; ABNT NBR 6567/2000) Pr in ci pa is E ns ai os p ar a Ca ra ct er iz aç ão d o Li ga nt e As fá lti co Agregados: Conceituação & Caracterização Convencional
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